Ver Noticias

Santo Antão: Orlando Delgado diz-se realizado por entregar à Ribeira Grande a maior obra da infraestruturação hidráulica do país

Ribeira Grande: Inaugurada imagem de Nossa Senhora do Rosário no miradouro da Ladeira do Santíssimo

Santo Antão: Obras de construção do estádio municipal do Tarrafal arrancam na segunda-feira - autarca

Santo Antão: Ministro da Agricultura diz que visita do diretor da FAO é para mostrar a realidade e partilhar os desafios

Escola de Capoeira Angola Cortiço do Abelha homenageia Beto Diogo em Portugal

MpD desmente críticas do PAICV e destaca progresso em Santo Antão

Ribeira Grande, 26 Jul (Inforpress) – O presidente da Comissão Política Concelhia do MpD, em Ribeira Grande, Santo Antão, Pedro da Luz, refutou hoje as criticas do PAICV que considerou recentemente que Santo Antão enfrenta “um dos piores tempos” da sua história.

“O não reconhecimento do progresso e do desenvolvimento que Santo Antão tem registado nos últimos anos só pode ser interpretado como miopia política por parte do PAICV e seus dirigentes na ilha”, opinou.

Pedro da Luz, que falava aos jornalistas em conferência de imprensa, afirmou que “infelizmente o maior partido da oposição, prefere pintar uma visão distorcida e pessimista” da ilha, numa atitude que não só “desrespeita o esforço colectivo” de todos que contribuem para desenvolvimento da mesma.

Conforme o politico, tal atitude revela uma “falta de compromisso com a verdade” e com o futuro de Santo Antão.

Pedro da Luz garantiu que “nunca nenhum Governo investiu tanto em Santo Antão” como o liderado por Ulisses Correia e Silva, do Movimento para a Democracia (MpD).

No sector da agricultura, segundo a mesma fonte, foram mobilizadas água e infraestruturas hidroagrícolas, com “mais de um milhão de contos” investidos.

“Foram instalados 46 furos com sistemas fotovoltaicos, para além dos mais de 250 mil contos alocados no orçamento do estado para 2024 destinados à requalificação e valorização da bacia hidrográfica de Ribeira Grande e a construção de um novo centro de expurgos em Porto Novo”, indicou a mesma fonte.

No que toca ao desencravamento de localidades, Pedro da Luz referiu que oito estradas foram construídas e reabilitadas na ilha num investimento superior a um milhão e quatrocentos mil contos.

De entre outros sectores, o político salientou ainda que importantes investimentos foram e estão a ser canalizados para a implementação de um programa de construção e reabilitação de infraestruturas desportivas em toda a ilha, estando ainda previsto “para breve” o início das obras de construção do pavilhão desportivo coberto do Porto Novo e dos estádios municipais do Paul e do Tarrafal da Ribeira Grande.

“Estes são ganhos que o PAICV e a sua liderança em Santo Antão fingem não ver, mas que os santantonenses dão valor e reconhecem como resultados positivos da governação do MpD e desmentem a narrativa da oposição”, finalizou.

LFS/AA

Inforpress/Fim

Ler mais

Festival de Churrasco: Organização espera mais de 2000 pessoas neste primeiro dia

Cidade da Praia, 26 Jul (Inforpress) - O organizador da terceira edição do Festival de Churrasco, Alexandrino Lopes, disse hoje esperar mais de 2000 pessoas neste primeiro dia do festival, que arrancou esta tarde, no Largo da Quebra Canela, na cidade da Praia.

“Já está tudo a postos para o início deste festival, com clima agradável e espero contar com mais de 2000 pessoas”, disse, considerando que o festival se iniciou com “boa organização e dinâmica” e que tudo aponta para um evento de sucesso.

Em declarações à Inforpress, este promotor de eventos avançou que os dez “Stands” que estão a participar neste festival já estão preparados para o início deste festival, com pequeno “atraso”, mas que está a ser ultrapassado.

Este certame, que iniciou às 15:00, tem como objectivo a promoção da cultura gastronómica, economia solidária e a interação humanitária entre as famílias, no âmbito das churrasqueiras, contando neste primeiro dia com actuação dos artistas Hélio Batalha, Paulinha, Sidu, Djunta Raiz e o grupo Tradison di Terra, a partir das 21:00.

Para o segundo dia, sábado, o festival inicia-se às 13:00 e o show a partir das 17:00, com Mário Gambôa e Banda, seguido do Triu di Fogo, Djayza, Titio de Belo e Kamoka.

No domingo, no mesmo horário, o Trio de Samba abre o palco do evento, seguido por Fidjus Codé di Dona e Ceuzany que encerra o festival de churrasco 2024.

Os bilhetes custam 500 escudos por dia, com pacotes de 1000 escudos para os três dias, bem como pacotes especiais com descontos para famílias de até cinco pessoas e para empresas.

A segurança será garantida pela polícia nacional.

Por sua vez, Eder Martins, responsável do churrascão O Pai, avançou que este festival começou bem e que estão a ter uma “boa venda e aceitação”.

A primeira edição, realizada em Outubro de 2022, contou com a participação de mais de quatro il pessoas, enquanto a segunda edição atraiu mais de seis mil visitantes.

DG/JMV

Inforpress/Fim

Ler mais
Metereologia

VÍDEOS

Santo Antão: Orlando Delgado diz-se realizado por entregar à Ribeira Grande a maior obra da infraestruturação hidráulica do país

Ribeira Grande, 26 Jul (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Orlando Delgado, afirmou hoje ser um homem “realizado” por entregar a Ribeira Grande, Santo Antão e Cabo Verde, “a maior obra” da infraestruturação hidráulica do país, a Ponte de Canal.

Durante o seu discurso no acto de inauguração da requalificação da Ponte de Canal, situado em Boca de Ambas Ribeira, Ribeira Grande Santo Antão, Orlando Delgado afirmou que sentiu um misto de satisfação, mas também de “comoção”.

“A obra em si, a questão emblemática, mas a possibilidade de estarmos aqui hoje para restituir, de facto, isso, para que as pessoas possam desfrutar dessa arquitetura é, sem dúvida, uma grande alegria”, enfatizou.

Conforme o autarca a obra ainda funciona tal e qual e para o qual foi construída, ou seja, havia três funções para se construir essa obra, uma é a passagem de água, que na altura da sua execução não havia eletricidade, nem bombagem.

Segundo Orlando Delgado as pessoas tinham que passar a água de um lado para outro, já não tinham como passar a água para poder irrigar todas as propriedades a volta.

Outrossim, a mesma fonte garantiu que vão fazer tudo para potenciar a obra.

“É por isso que estes trabalhos complementares que vão ser feitos aqui são efectivamente importantes para o sucesso dessa grande infraestrutura, que passará a não ser somente para a questão da água, mas que passará agora com uma vertente forte em termos do turismo”, salientou.

O presidente da Câmara da Ribeira Grande relembrou ainda que para a reabilitação da Ponte de Canal foram  lançados três concursos e todos ficaram no “deserto”.

“Não apareceu empresa, porque era uma obra de execução difícil. Lembro-me que na altura a Universidade do Porto veio cá e apresentou, de facto, uma solução, uma solução que era ancorada nos pilares, mas depois viemos cá no terreno e nós dissemos, não, com a empresa construtora, com a SGL, com os técnicos, vamos propor uma nova solução”, disse.

Por sua vez, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse que a preservação e o restauro do património são algo importante para o desenvolvimento do país.

“Não por aquilo que hoje podemos devolver como interesse turístico, mas que conta histórias que precisamos contar para as gerações futuras, para entenderem que o caminho do desenvolvimento não é fácil”, salientou.

Ulisses Correia e Silva disse ainda que Santo Antão está de parabéns e que sabe o quanto as pessoas estimam a  Ponte de Canal e avaliam positivamente a sua reconstrução e reabilitação.

As obras de conservação e reabilitação da Ponte Canal arrancaram em meados de Outubro de 2023, com a montagem do estaleiro e, posteriormente, foram feitas as sapatas de fundação para receber a estrutura metálica que começou a ser montada no final do mês de Fevereiro.

A reabilitação da Ponte Canal era uma antiga reivindicação das autoridades e da população santantonenses que temiam a derrocada desse “ex libris” da ilha de Santo Antão.

A Ponte Canal é uma infra-estrutura hidráulica constituída, na parte superior, por uma levada que leva a água de uma margem para a outra dessa ribeira, para a irrigação das explorações agrícolas nas imediações das localidades de Boca de Ambas-as-Ribeiras e de Boca de Coruja.

Foi edificada no ano de 1956 sob a direcção do engenheiro indiano Kenkró, em alvenaria de pedra e argamassa, erguendo-se num arco abatido de volta perfeita, que, por sua vez, é encimado com molduras também em formato de arco romano, conforme descrição feita pelos técnicos envolvidos no projecto de recuperação dessa infra-estrutura.

 LFS/JMV

Inforpress/Fim

Ler mais

Ferro Gaita apostaram no “funaná genuíno” quando este “estava quase a morrer”

Sines, 26 Jul  (Inforpress) – Os músicos cabo-verdianos Ferro Gaita, que actuaram em Sines, no Festival Músicas do Mundo, esta madrugada, recusam o título de “embaixadores do funaná”, mas reconhecem que apostaram no ritmo “genuíno” quando este “estava quase a morrer”.

Quando o grupo foi criado, em 1996, o funaná tinha sido tomado por sintetizadores e outros apetrechos tecnológicos, a que os Ferro Gaita responderam com um regresso à base.

“Na altura, os grupos mais velhos, Bulimundo, Finaçon, Os Tubarões, já não existiam, já tinham desaparecido, então o funaná estava quase a morrer”, recorda Bino Branco, em entrevista à agência Lusa, no final do último concerto de quinta-feira, que terminou pelas cinco da manhã, depois de pôr uma vasta plateia a dançar, no palco montado na avenida marginal junto à Praia Vasco da Gama, em Sines.

O segredo do funaná é somente ferro e gaita. “Pegámos no instrumento básico e só introduzimos viola, baixo e uma bateria”, simplifica o músico, acreditando que tocam o “funaná mais genuíno que existe em Cabo Verde”.

A banda – cujo primeiro álbum, “Fundu Baxu”, vendeu 40 mil cópias num país que tinha, à altura, pouco mais de 400 mil habitantes – foi responsável por uma espécie de febre de ferro e gaita, que fez disparar em Cabo Verde o número de grupos que passaram a tocar funaná tradicional.

“Isso é muito bom, ver a música a crescer, [o funaná] deu um pulo mais alto”, congratula-se.

O funaná não tem idade, assinala Bino, convicto de que as novas gerações recebem “com amor e carinho” o funaná e que “assim a tradição não vai morrer”.

Os Ferro Gaita agradecem a deferência, mas recusam o título de “embaixadores do funaná” – partilhando o pódio das instituições da música cabo-verdiana com Cesária Évora e Tito Paris.

Ao ouvir as palavras “embaixadores do funaná”, Bino tapa até a cara com as mãos, meio sem jeito: “Fizemos o nosso trabalho, estamos a fazer o nosso trabalho.”

Mas agradece, sobretudo aos cabo-verdianos – dentro e fora do arquipélago – e congratula-se, “um bocadinho” emocionado, com o percurso da banda que cumpriu 28 anos de música há dias, celebrados em palco no Festival Músicas do Mundo.

É conhecida a promessa dos Ferro Gaita em continuar a tocar até fazerem 50 anos: “É sempre a subir, com a mesma linha, não vamos parar nunca, a velhice não conta.”

Vestidos de uniformes com as cores do Partido Africano da Independência de Cabo Verde - PAICV (amarelo, vermelho e verde), alguns dos elementos dos Ferro Gaita pertenceram, quando crianças, à Organização dos Pioneiros Abel Djassi e à Juventude Africana Amílcar Cabral.

“Andamos a carregar a nossa bandeira, porque temos de defender a nossa pátria, temos de defender Cabo Verde com unhas e dentes, o nosso país é uma mãe querida”, compara Bino, assegurando que não deixará morrer a memória da luta pela libertação.

O funaná foi perseguido, marginalizado e mesmo proibido no tempo da ditadura colonial portuguesa.

Porém, os cabo-verdianos continuaram a tocá-lo e nunca saiu da tradição: “Os cabo-verdianos são teimosos [solta uma gargalhada]. Nós somos orgulhosos disso mesmo.”

Hoje, Bino Branco vê “um Cabo Verde melhor”, que se desenvolveu, que “está no bom caminho”.

Confia nos “mais grandes” que lideram o país e acha que eles hão de saber o que há a melhorar, sabendo, desde já, que não têm uma varinha mágica que resolva o principal problema do país, que “é sempre a falta de chuva”.

Inforpress/Lusa/fim

Ler mais

Subscreva na nossa Newsletter

Receba as notícias mais recentes diretamente na sua caixa de entrada. Assine nossa newsletter e mantenha-se informado!"

: 0 / 280

Santo Antão: Obras de construção do estádio municipal do Tarrafal arrancam na segunda-feira - autarca

Ribeira Grande, 26 Jul (Inforpress) – As obras para a construção do Campo Municipal do Tarrafal, com lotação para 1.270 pessoas, arrancam na próxima segunda-feira, 29, anunciou hoje o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Orlando Delgado.

Orlando Delgado, que falava depois do lançamento da primeira pedra do Campo Municipal do Tarrafal, considerou que o acto marca o início oficial da obra, que, segundo o mesmo, vai trazer grandes benefícios para a comunidade local.

Segundo o autarca, o projecto, que há muito tempo era aguardado pelos residentes, representa uma importante promessa cumprida por parte das autoridades locais.

No seu discurso, Orlando Delgado expressou a sua satisfação com o início das obras, e destacou que "não há volta a dar".

Para o autarca ribeira-grandense a construção do campo de futebol do Tarrafal é uma das várias iniciativas de requalificação urbana que visam melhorar as condições de vida e de lazer na região.

"A realização deste projeto é uma demonstração do nosso compromisso com o desenvolvimento da cidade de Ribeira Grande. Estou emocionado por finalmente estarmos aqui, dando início a uma obra que irá beneficiar toda a comunidade", afirmou.

Por sua vez, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, prometeu que no próximo ano, seguramente num dia 24, irão fazer a inauguração deste “grande empreendimento”.

“Estou de acordo com o arquitecto António Jorge, que 24 é de facto um número mágico para a localidade de Tarrafal, mas é um número mágico que se transformou em realidade”, disse.

Segundo Ulisses Correia e Silva o lançamento da obra do campo do Tarrafal é também o símbolo daquilo que é resultado de boa parceria entre a Câmara Municipal e o Governo.

Em Agosto de 2020, na apresentação pública do estudo prévio, o presidente da câmara da Ribeira Grande, Orlando Delgado, avançara que o projecto do Estádio Municipal do Tarrafal estava orçado em 115 mil contos.

“Neste momento temos cinco casas que já estão identificadas e já estamos em processo negocial com os proprietários. Estas casas não impedem que avancemos com o projecto, mas se as tirarmos de lá teremos a possibilidade de alargar infraestrutura”, acrescentou Orlando Delgado naquela ocasião, afirmando-se “muito convicto” que o projeto seria inaugurado “muito brevemente”.

O projecto do Estádio Municipal do Tarrafal, desenhado pelo arquitecto António Jorge Delgado, também engloba uma requalificação futura da zona, sendo que o estádio contará com dimensões de 100x55 metros, com área de segurança da bancada de 7,5 metros de 2,5 metros do lado oposto às casas.

A lotação das bancadas será de 1.270 lugares sentados e vestiário, e, numa primeira fase, terá dois balneários, uma para cada equipa e dois balneários para árbitros.

Contará ainda com duas instalações sanitárias para o público, um gabinete médico, sala de fisioterapia, sala de imprensa, tribunas de transmissão de rádio e televisão, bem como uma sala de conferência e ginásio.

LFS/JMV

Inforpress/Fim

Ler mais

Santo Antão: PM afirma que requalificação urbana de Ponta do Sol marca novo capítulo na transformação da cidade

Ponta do Sol, 26 de Jul (inforpress) - O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou hoje que a requalificação da Ponta do Sol, Ribeira Grande, Santo Antão, representa a materialização de um compromisso governamental com o desenvolvimento urbano real.

“Quando assumimos o Governo encontramos muitas cidades situadas apenas no papel. Hoje, testemunhamos a transformação dessas cidades em realidades vibrantes e dinâmicas”, afirmou.

O chefe do Governo falava durante a inauguração do projecto de requalificação urbana de Ponta do Sol, um investimento de 130 mil contos, assumido pelo Ministério das Infraestruturas, através do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidade (PRRA).

Ulisses Correia e Silva destacou os esforços do Governo na requalificação urbana e ambiental, melhoria de acessibilidades, reabilitação de casas e patrimônios históricos, bem com desenvolvimento de áreas marítimas em todo o país.

Segundo o chefe do executivo tais investimentos são destinados a melhorar a qualidade de vida dos residentes, criar oportunidades para o turismo e atrair investimentos.

“Ponta do Sol é um exemplo concreto de cidade que foi declarada no papel, mas hoje é muito mais do que aquilo que estava projectado no papel. Toda essa requalificação, os arruamentos, sistemas de drenagem, espaços verdes, zonas de pessoas, mais iluminação, tudo isso é, de facto, qualidade para a vida de pessoas”, assinalou.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Orlando Delgado, ressaltou a importância do projecto de reabilitação de Ponta do Sol.

“Estamos entregando à população o maior projecto de requalificação urbana já implementado na cidade. Esta iniciativa transformou a zona de Chechênia, que antes enfrentavam sérios problemas de infraestrutura, numa zona modernas e acessível”, explicou.

O edil ribeira-grandense anunciou ainda a próxima fase do projeto, que incluirá a requalificação de uma nova avenida na cidade, com um investimento adicional de cerca de 35 mil contos.

“Esse novo projecto visa continuar a transformação urbana e melhorar ainda mais a infraestrutura da Ponta do Sol. Estamos comprometidos em criar uma cidade que seja um modelo de desenvolvimento e qualidade de vida”, garantiu.

Alem da requalificação urbana de Ponta do Sol, o momento serviu para homenagear o escritor Luís Romano com a colocação de uma silhueta na praça em frente à Câmara Municipal, em reconhecimento do seu legado literário e cultural.

LFS/JMV

nforpress/Fim

Ler mais

Santo Antão: Ministro da Agricultura diz que visita do diretor da FAO é para mostrar a realidade e partilhar os desafios

Ribeira Grande, 26 jul (Inforpress) – O ministro da Agricultura disse hoje que a visita do director-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) ao país serve para mostrar a realidade e partilhar os desafios.

Em declarações à Inforpress, em Santo Antão, Gilberto Silva considerou que a visita do director da FAO, Qu Dongyu, é uma forma de conhecer Cabo Verde "in loco" e de fortalecer a colaboração de quase 50 anos entre a FAO e o Governo de Cabo Verde.

"Durante todo este tempo, trilhamos este caminho juntos, com esta organização (FAO), porque enquanto agência da Nações unidas para a Alimentação e Agricultura, tem capacidade para apoiar os países e é neste quadro que convidamos o diretor geral da FAO para ver, não só o que temos feito e realizado de bom mas, também, apresentar os novos desafios", considerou.

Gilberto Silva fez um balanço positivo da visita e apresentou como maiores desafios a modernização da agricultura e da pecuária, melhoria da gestão dos recursos marinhos, a inovação tecnológica, a capacidade de mobilizar mais financiamentos de projetos e de recursos, a capacitação de quadros e mais aposta nos projectos de investigação.

O director-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, iniciou uma visita de 24 horas à Santo Antão, pelo concelho do Porto Novo, esteve na Ribeira Grande, onde participou na inauguração das obras de restauração da Ponte de Canal (construção hidráulica), que abastecia as propriedades agrícolas do Vale da Ribeira Grande, visitou o perímetro florestal do Planalto Leste (zona inter-municipal), e percorreu o vale agrícola da Ribeira da Torre.

Qu Dongyu, encontra-se de visita a Cabo Verde a convite do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva e, em Santo Antão, terminou a sua agenda de 24 horas, no município do Paul, acompanhado de uma delegação, da qual faz parte a diretora Adjunta da FAO, Maria Helena Semedo, que foi Ministra da Agricultura e do Mar, em Cabo Verde´.

EL/JMV

Inforpress/Fim

Ler mais

Médio Oriente: OMS vai enviar para Gaza um milhão de vacinas contra poliomielite

Genebra, 26 Jul (Inforpress) – O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou hoje que a agência vai enviar para a Faixa de Gaza um milhão de vacinas contra a poliomielite, após este vírus ter sido detetado no enclave.

“O vírus da poliomielite foi detetado na semana passada em amostras de água em Gaza, um desenvolvimento alarmante, mas não surpreendente, dado o estado de desmantelamento do sistema de saúde no território após nove meses de guerra implacável”, afirmou Ghebreyesus num artigo de opinião publicado no diário britânico ‘The Guardian’.

A deteção do vírus ocorreu em plena ofensiva lançada pelo exército israelita na sequência dos ataques de 07 de outubro de 2023 do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e de outras fações palestinianas.

Ghebreyesus lembrou que “a maioria dos hospitais não consegue funcionar” e disse que se registou um aumento de “doenças diarreicas, infeções respiratórias e hepatite A, entre outras”, enquanto “quase todos em Gaza enfrentam uma grave insegurança alimentar e uma fome catastrófica”.

“Milhares de crianças estão subnutridas, o que as torna ainda mais suscetíveis a doenças”, disse Ghebreyesus, referindo que cerca de 2,3 milhões de pessoas vivem nos 365 quilómetros quadrados da Faixa de Gaza, “cada vez mais concentradas face ao acesso limitado a água potável limpa e segura e à deterioração das condições sanitárias”.

O diretor-geral da OMS referiu ainda que, desde o início de maio, “cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas de Rafah para Khan Younis e Deir al-Bala'a, onde foram encontradas amostras de poliomielite”.

“Embora ainda não tenham sido notificados casos de poliomielite, sem uma ação imediata, é uma questão de tempo até que esta atinja milhares de crianças que ficaram desprotegidas”, frisou.

“As crianças com menos de cinco anos estão em risco, especialmente as crianças com menos de dois anos, uma vez que muitas não foram vacinadas durante os nove meses de conflito”, explicou, defendendo que as vacinas a enviar pela OMS "serão administradas nas próximas semanas para evitar que as crianças sejam atingidas pela doença".

No entanto, reiterou que “sem um cessar-fogo imediato e uma grande aceleração da entrega de ajuda, incluindo uma campanha de vacinação centrada nas crianças, as pessoas continuarão a morrer de doenças evitáveis e ferimentos tratáveis”. 

“As condições em Gaza constituem o terreno perfeito para a propagação de doenças”, afirmou.

Por sua vez, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), Philippe Lazzarini, sublinhou que a descoberta destas amostras “é mais um acontecimento grave numa viagem interminável de miséria”.

“A poliomielite surge devido a um sistema de saúde falido, à falta de água potável e de materiais de higiene, a abrigos sobrelotados e a um saneamento muito deficiente”, argumentou, referindo que, com a guerra, a vacinação infantil caiu de níveis quase universais para pouco mais de 85%, porque as pessoas têm estado constantemente em movimento, fugindo de zonas de combate e procurando segurança’.

“A propagação da poliomielite em Gaza e noutros locais pode ser controlada através de campanhas de vacinação que cheguem a todas as crianças, onde quer que se encontrem”, explicou na rede social X. "O cessar-fogo e o aumento do fluxo de vacinas permitiriam que isso acontecesse”, adiantou Lazzarini. 

A 18 deste mês, o Ministério da Saúde de Gaza anunciou a descoberta de poliomielite em amostras recolhidas nas águas residuais do enclave, referindo que a água “corre entre as tendas dos deslocados e nos locais onde os sobreviventes estão alojados devido à destruição das infraestruturas” pelos ataques de Israel.

Segundo a OMS, a poliomielite, uma doença altamente contagiosa que afeta sobretudo as crianças, é transmitida principalmente por via fecal-oral. O vírus é endémico apenas no Afeganistão e no Paquistão, depois de a Nigéria ter declarado a sua erradicação em 2020.

Israel desencadeou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza após os atentados de 07 de outubro, que causaram a morte de cerca de 1.200 pessoas e o rapto de 240. Segundo as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, a ofensiva israelita fez cerca de 39.200 mortos.

Inforpress/Lusa

Fim

Ler mais

Galeria de imagens