Economia
ECONOMIA
Porto Novo, 06 Out (Inforpress) – Os produtores agrícolas no concelho do Porto Novo, em Santo Antão, esperam aumentar a exportação dos excedentes para os mercados turísticos das ilhas do Sal e Boa Vista, a partir dos princípios do próximo ano.
Abordados pela Inforpress, alguns agricultores dizem esperar aumentar o escoamento dos produtos para esses mercados com a operacionalização do novo centro de expurgos de Santo Antão, que está a ser instalado no porto do Porto Novo.
Além de oferecer serviços com custos baixos, a “excelente localização” do novo centro de expurgo leva os produtores a acreditarem em melhores dias em termos de exportação dos excedentes para os mercados turísticos nacionais.
“O novo centro vai ficar nas instalações portuárias. É uma excelente localização e isso vai facilitar os agricultores em termos de custo dos serviços que vão ser prestados pelo centro”, avançou o produtor António Silva.
O agricultor José Rodrigues é também de opinião de que o novo centro de expurgo, por causa da sua localização no cais do Porto Novo, “vai facilitar a exportação dos produtos”.
“Por isso, esperamos aumentar a exportação dos excedentes para as ilhas do Sal e da Boa Vista”, sublinhou.
José Santos é um outro agricultor que se diz esperançado no novo centro de expurgos e nas facilidades que vai proporcionar aos produtores a nível de escoamento dos produtos para o mercado turístico nacional.
O ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, exortou, recentemente, os agricultores da ilha de Santo Antão a tirarem proveito do mercado turístico das ilhas do Sal e Boa Vista.
Carlos Santos, referindo-se às vantagens do novo centro de expurgo, desafiou os agricultores santantonenses a aproveitarem a oportunidade de negócio que este mercado turístico oferece, informando que, por ano, os hotéis no Sal e da Boa Vista consomem 100 milhões de euros só em produtos agrícolas.
A Aliança de Produtores Agrícolas de Santo Antão defendeu a necessidade de os agricultores se organizarem para melhor tirarem o projecto do novo centro de expurgos, que trará novas oportunidades de mercado aos produtos agrícolas desta ilha.
Nos primeiros seis meses deste ano, quase 60 toneladas de produtos agrícolas diversos provenientes da ilha de Santo Antão foram exportados para os mercados turísticos do Sal e da Boa Vista.
Os serviços do Ministério da Agricultura e Ambiente informaram que 85 por cento (%) dos produtos, como inhame, batatas, cenoura e tomate vão para a ilha do Sal, que tem sido o principal mercado para os produtos agrícolas de Santo Antão.
Em 2023 foram exportadas para as duas ilhas turísticas 118 toneladas de produtos agrícolas.
JM/HF
Inforpress/Fim
Porto Novo, 05 Out (Inforpress) – Os sabonetes e champôs produzidos no município do Porto Novo, em Santo Antão, estão a conquistar o mercado em Portugal, onde estão a ser comercializados desde os princípios deste ano, soube-se junto da proprietária, Inês Silva.
Inês Silva disse à Inforpress que estes produtos naturais começaram no início deste ano a ser comercializados em Portugal, mas que a intenção é explorar outros mercados na Europa, mais precisamente em Espanha, França e Alemanha.
“Os produtos já estão a ser comercializados em Portugal e que a meta é colocá-los em outros países da Europa, como Espanha, França e Alemanha”, confirmou a empresária que, em 2018, decidiu investir na indústria de sabão no concelho do Porto Novo.
A fábrica está instalada na Ribeira das Patas, no interior do Porto Novo, e tem apostado na conquista do mercado internacional, informou Inês Silva, segundo a qual, depois dos Estados Unidos da América, os sabonetes em barra e líquidos e champôs da unidade chegaram já a Portugal.
A nível nacional, os produtos têm sido colocados em várias ilhas do arquipélago.
Esta fábrica produz sabonetes e shampoo natural, com base em matéria-prima natural como aloé vera, leite de cabra, argila, entre outras.
JM/JMV
Inforpress/Fim
Porto Novo, 05 Out (Inforpress) – O ordenamento da bacia hidrográfica da Ribeira das Patas, no concelho do Porto Novo, representa a principal aspiração dos agricultores desse vale agrícola, informou hoje o líder da associação para o desenvolvimento integrado dessa zona.
O representante da Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas, Arlindo Delgado, voltou a reivindicar investimentos no sector agrícola nessa bacia hidrográfica, sobretudo na mobilização de água e na criação de infra-estruturas hidráulicas.
“Ribeira das Patas é uma zona essencialmente agrícola, mas enquanto não houver investimentos na agricultura nesta zona, não se pode fazer nada”, notou Arlindo Delgado, reafirmando que o ordenamento dessa bacia hidrográfica constitui a principal reivindicação dos agricultores locais.
Este responsável lembra que Ribeira das Patas é um dos maiores produtos de citrinos da ilha de Santo Antão, pelo que “merece investimentos públicos para potenciar este sector e dinamizar a economia local”.
A Inforpress soube junto do delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente no Porto Novo, Joel Barros, que o projecto de ordenamento da bacia hidrográfica da Ribeira das Patas está “bem encaminhado”, devendo começar a ser implementado a curto prazo.
O projeto de ordenamento da bacia hidrográfica da Ribeira das Patas, com duração de quatro anos, insere-se no quadro de um pacote a cargo do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), co-financiado pelo GEF (Programa das Pequenas Subvenções do Fundo Mundial para o Ambiente).
JM/JMV
Inforpress/Fim
Porto Novo, 04 Out (Inforpress) – A segunda edição da feira agropecuária de Ponte Sul – Chã de Mato, no município do Porto Novo, em Santo Antão, acontece em Dezembro, anunciou hoje a Associação para a Defesa do Património de Mértola, Portugal.
Esta associação, promotora do evento, avançou que a edição 2024 deste certame vai homenagear a mulher rural no município do Porto Novo, adiantando que, além da exposição e venda de produtos, haverá ainda palestras e animação cultural.
Porto Novo recebe, ao longo do ano, várias feiras agropecuárias para a promoção das potencialidades deste concelho nos domínios da agricultura e pecuária, bem como proporcionar aos homens do campo o intercâmbio e troca de experiência.
O evento de maior dimensão acontece em Junho, por altura das festividades de São João, com a realização da feira agropecuária de Santo Antão, que recebe, anualmente, na cidade do Porto Novo, dezenas de agricultores, criadores de gado e artesãos de toda a ilha.
JM/CP
Inforpress/Fim
São Filipe, 04 Out (Inforpress) – Os vinhos produzidos pela adega Chã, situada em Chã das Caldeiras, foram destaque na 32.ª edição Mundial de Vinhos Extremos realizada nos dias 29 e 30 de Setembro em Sarre, Itália, com três medalhas de ouro.
Na prestigiada edição Mundial de Vinhos Extremos três vinhos cabo-verdianos da marca Chã foram distinguidos com medalhas de ouro o que reafirma a sua qualidade e o seu reconhecimento internacional.
A informação foi avançada hoje à Inforpress por Rosando Monteiro, um dos responsáveis da adega/cooperativa de Chã das Caldeiras.
Os vinhos “Chã Branco” colheita 2023, “Chã Tinto” colheita 2022 e “Chã Passito” colheita 2023 receberam a medalha de ouro e posicionaram-se entre os melhores vinhos de viticultura heroica no mundo.
Os vinhos extremos também chamados de “Vinhos Heroicos” são vinhos que são e serão para sempre produzidos com muita exaustão e com muito suor e são muitas vezes produzidos em localidades tão escondidas que são praticamente desconhecidas.
A 32.ª edição mundial de vinhos extremos contou com a participação de 1.015 vinhos provenientes de 356 vinícolas de 25 países, o que torna as conquistas da marca Chã ainda mais notáveis.
A competição, que ocorreu nos dias 29 e 30 de Setembro em Sarre, Região Autónoma do Vale de Aosta (Itália), é o único concurso internacional dedicado exclusivamente aos vinhos produzidos em condições extremas, como terrenos montanhosos ou de difícil acesso, onde a viticultura exige esforços extraordinários.
Ao todo, foram atribuídas 64 Grandes Medalhas de Ouro e 241 Medalhas de Ouro, além de 19 Prémios Especiais. O Prémio Vinofed, estabelecido pela Federação dos Grandes Concursos Internacionais de Vinhos, foi também uma das principais distinções do evento.
Esta é a segunda vez que o vinho da adega Chã é distinguido com medalha de ouro. O vinho “Chã Branco” colheita de 2021 tinha sido distinguido com medalha de ouro no concurso internacional de vinhos dedicado aos vinhos “heroicos” que também foi realizado em Itália.
A distinção dos vinhos Chã reflecte não apenas a excelência na produção vinícola em condições desafiadoras, mas também o reconhecimento de Cabo Verde como um importante produtor de vinhos de alta qualidade no cenário mundial.
O concurso mundial de vinhos extremos é organizado pelo Centro de Investigação e Valorização da Viticultura da Montanha (CERVIM).
Os vinhos da adega Maria Chaves, nomeadamente Santa Luzia (branco) e Pico do Fogo (reserva) conquistaram medalhas de ouro em 2018, na 26.ª ediçao do Mundial de Vinhos Extremos.
Numa primeira reacção e via telefone, o responsável da adega/cooperativa de Chã das Caldeiras, David Gomes Monteiro “Neves” disse que se trata de um bom sinal para a sua adega.
“É um reconhecimento de que estamos a fazer um excelente trabalho. Estamos orgulhosos e representa um incentivo para continuar a trabalhar cada vez mais e melhor”, afirmou.
Este ano a adega participou no concurso com três produtos e todos foram medalhas de ouro, referiu Neves, que sublinhou que também foram enviadas garrafas de bagaceiras que extraviaram no percurso e não chegaram ao destino.
“Agora estamos a preparar para ir receber o prémio em Dezembro em Itália”, referiu o responsável da adega.
Enquanto isso, Neves avançou que a adega, depois das vindimas já começou o processo de engarrafamento e a preparar para colocar os vinhos no mercado antes da época festiva, incluindo o vinho espumante que vai ser uma das novidades.
“Temos todo o equipamento para engarrafamento de vinho espumante na adega e falta apenas a vinda de um técnico para ministrar formação do pessoal na utilização dos equipamentos para poder preparar e ter o vinho espumante pronto para ser colocado no mercado na época festiva de natal e fim do ano”, informou.
JR/CP
Inforpress/Fim
Cidade da Praia, 03 Out (Inforpress) – O presidente do Tribunal de Contas, João Cruz Silva, considerou hoje que houve uma “boa performance” na execução da conta geral do Estado de 2022, quer em termos de despesas, quer na arrecadação de receitas.
O responsável fez estas considerações à imprensa, após entregar o relatório do parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2022 ao presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia.
Segundo afirmou, o princípio de unicidade de caixa já está praticamente a 100 por cento (%) conseguido, e no tocante ao capítulo da receita, sublinhou uma melhoria significativa em comparação ao parecer de 2020, 2021 e 2022.
Salientou que em 2020, em pleno período de pandemia, constataram que o país arrecadou receita no valor de 44 mil milhões de euros, em 2021, quase a sair do período pandémico houve um ligeiro aumento, para 45 mil milhões de euros.
Entretanto, ressaltou melhoria significativa na arrecadação de receitas em 2022, ou seja, aumentou para 54 mil milhões de euros, um valor de 93,2% do orçamento previsto.
“No capítulo da despesa, em 2022, digamos, que a despesa foi realizada no valor de 81% da despesa prevista, de modo que houve uma boa performance, quer em termos de execução da despesa, quer na arrecadação da receita”, disse.
Relactivamente a subsídios e benefícios fiscais, o Tribunal de Contas realçou que houve também melhorias, e destacou o esforço do Governo no sentido de garantir a transparência nas suas atribuições.
Isto tendo em conta que, conforme explicou a instituição, em 2022 foi publicada uma lista das entidades beneficiárias de subsídios e benefícios fiscais, que foi atualizada em 2023.
“Nós ainda, portanto, reparamos que o Governo contratou uma empresa no sentido de criar uma plataforma para fazer a gestão de subsídios e benefícios fiscais, de modo que vai dar informação à Unidade da Política Tributária sobre o impacto da renúncia fiscal por parte do Governo”, observou.
Sobre a dívida pública, João Cruz Silva recordou que em 2020 era de 155,5%, tendo aumentado em 2021 para 158,5% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), por causa de empréstimos efetuados para fazer face à pandemia.
“Em 2022, portanto, essa dívida baixou substancialmente para 133,9%, o que significa que também há um esforço do Governo no sentido de baixar a dívida pública global face ao PIB”, disse.
Embora não tenham sido identificadas anomalias significativas na Conta Geral de Estado 2022, o Tribunal de Contas apresentou 18 recomendações para melhorar a gestão pública, entre as quais a necessidade de regulamentação nas operações de tesouraria e a gestão do património.
ET/JMV
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Mindelo, 03 Out (Inforpress) – O Governo está a acompanhar a situação dos trabalhadores da empresa Atunlo, sediada em São Vicente, actualmente em ‘lay-off’ e a receberem 50% do salário, e promete “uma via de solução” para “breve”.
A declaração é do ministro do Mar, Jorge Santos, que reforçou que “o importante aqui é defender os interesses nacionais” e dentro destes está a manutenção dos postos de trabalho.
Jorge Santos falava à imprensa no decurso da visita que efectuou hoje ao Instituto Marítimo Portuário (IMP), no Mindelo, e disse que o processo Atunlo, empresa espanhola que labora no sector da transformação de pescado, encontra-se em andamento.
“Nós temos que esperar a formalização da saída do mercado por parte da empresa, que ainda não foi feita, porque existem questões jurídicas que têm que ser acauteladas”, sintetizou o ministro.
Por conseguinte, reforçou a mesma fonte, neste momento a Enapor tem andamento algumas soluções e também algumas negociações no sentido de repor a normalidade, pois o Governo está a acautelar a manutenção dos postos de trabalho.
O ministro lembrou que o ‘lay-off’ é uma situação legal, mas que é preciso garantir a continuidade, como manter esses postos de trabalho, já que, informou, a empresa descontinuou a unidade de São Vicente e a nível internacional também descontinuou outras unidades por estratégia própria.
“Neste momento já existem interessados, portanto, é uma matéria muito sensível, o Governo está a acompanhar como tutela do sector, mas temos uma empresa concessionária dos portos [Enapor] que tem essa responsabilidade, assim como também temos a Direcção Nacional das Pescas, que também tem todo o interesse e que também tem estado a acompanhar”, finalizou o ministro do Mar.
No passado dia 30 de Setembro, os trabalhadores da Atunlo concentraram-se pela segunda vez à frente das instalações da empresa, no Porto Grande do Mindelo, exigindo uma solução para a situação de ‘lay-off’ que já dura sete, ao longo dos quais têm auferido um salário parcelado de 6.800 escudos.
AA/CP
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Mindelo, 03 Out (Inforpress) - O capital humano e a formação, seja de fiscais, inspectores ou pessoal de marítimo, é “um dos pilares prioritários” de todo o sector marítimo portuário, anunciou hoje o ministro do Mar.
Jorge Santos efectuou, com efeito, a condição de titular da pasta do Mar, a primeira visita ao Instituto Marítimo Portuário (IMP), sediado no Mindelo, instituição que classificou de “central” no seu ministério e em toda a política do sector do mar, a nível nacional.
A questão relacionava-se com a temática da fiscalização e de carência de fiscais no IMP, actualmente, e o ministro lembrou que há também o desafio da transição geracional e a renovação em termos de técnicos no sector marítimo portuário em Cabo Verde.
O ministro apontou o Campus do Mar, que vai ajudar na “aceleração” da formação de técnicos, entre eles do quadro da fiscalização, e ainda zelar pela melhoria do capital humano no sector.
Aliás, Jorge Santos destacou o IMP como uma instituição que tem a responsabilidade de pôr o sector a funcionar em segurança, mas também ter recursos humanos qualificados e certificados para, no quadro dos parâmetros internacionais, Cabo Verde ter um sector marítimo com "credibilidade e operacionalidade".
“É um sector que está a expandir, num crescimento cada vez mais vincado, não só em termos estatísticos e das actividades marítimo portuárias, seja a nível da movimentação de navios, seja a nível de movimentação de passageiros e carga, daí a função fundamental do IMP”, completou o ministro.
Jorge Santos foi, igualmente, abordado sobre a construção de raiz de uma sede do IMP em São Vicente e garantiu que a decisão já está tomada e acomodada no quadro do Orçamento do Estado para 2025.
“Será uma sede para hoje, para amanhã e para o futuro, instalações dignas e multifuncionais para acolher toda esta capacidade e competência, não só presente, mas também a que virá com a evolução do próprio sector”, precisou.
Ainda no capítulo da melhoria das instalações do IMP em todo o país, o ministro referiu-se à recente inauguração das instalações na ilha Boa Vista, a construção de instalações em São Nicolau e melhorias que estão a ser introduzidas na Capitania dos Portos da Praia.
“Ou seja, o que se quer é criar aqui um quadro de infraestruturas dignas para a representação do sector marítimo portuário em todas as ilhas”, finalizou.
AA/CP
Inforpress/Fim
Cidade da Praia, 02 Out (Inforpress) – O ministro das Finanças, Olavo Correia, garantiu hoje que o Orçamento do Estado (OE) 2025 será financiado em 80 por cento (%) com os recursos arrecadados internamente e terá foco na promoção de investimento, emprego e inclusão.
Estas considerações foram feitas em conferência de imprensa proferida na tarde de hoje pelo também vice-primeiro-ministro e ministro do Fomento Empresarial, para apresentação da proposta do OE2025, após a entrega do documento ao parlamento.
Na ocasião, Olavo Correia reiterou que a proposta de Orçamento do Estado para 2025 ronda os 98 milhões de contos cabo-verdianos, realçando que o mesmo será financiado em 80 % por recursos arrecadados internamente e com foco na promoção de investimento, emprego e inclusão.
“O orçamento prevê um crescimento económico na ordem dos 5 %, a inflação ronda 1, 7 por cento e a previsão da dívida pública entre 105 e 108 por cento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB)”, destacou.
Olavo Correia sublinhou ainda que com este orçamento, que prevê um aumento de 14 % em relação ao actual, o país estará a apostar grandemente no capital humano, como uma das prioridades, desde o pré-escolar ao ensino básico e secundário, universitário e pós-universitário e formação profissional.
Por outro lado, assinalou, vai-se também dar atenção especial ao sector da saúde, ao acesso aos bens essenciais, como a água potável, habitação e inclusão social.
“Estamos a trabalhar para garantirmos a proteção social aos mais desfavorecidos, em segundo lugar, as conectividades, abrangendo o sector aéreo, marítimo, terrestre, o sector tecnológico e digital, e as mobilidades numa lógica holística”, assegurou.
Neste sentido, o Governo manifestou-se aberto em receber contributos, quer sejam da oposição e da sociedade civil, porque, argumentou, o que pretendem é apresentar o melhor Orçamento do Estado possível que possa servir o país.
ET/JMV
Inforpress/Fim
Tarrafal, 02 Out (Inforpress) – O nadador salvador e operador turístico, conhecido por Nelito Tavares, destacou hoje a urgência da legalização do projecto de excursões turísticas com botes tradicionais, para garantir maior segurança tanto para turistas como para proprietários.
Em entrevista à Inforpress, Nelito explicou que, actualmente, dez botes dedicam-se a essa actividade na baía do Tarrafal, que combina experiências marítimas com a beleza natural da região.
Apesar de sua longa experiência no sector, Nelito ressalta que a falta de legalização representa um “desafio significativo”.
Conforme enfatizou, a formalização do serviço é uma prioridade para assegurar a qualidade e a segurança nos serviços prestados, mas também garantir a sustentabilidade daqueles que se dedicam a esta actividade.
Nelito tem uma trajectória diversificada no mar, mas segundo o mesmo, sempre encontrou dificuldades, explicando que antes de se dedicar ao turismo, trabalhou na pesca tradicional, mas também já foi nadador profissional, tendo até representando Cabo Verde em competições internacionais, nomeadamente em 2011 e 2012, em que foi ao Senegal competir e representar o país na prova de natação dos cinco quilómetros (km).
Devido à falta de incentivos e apoio, resolveu deixar de lado a natação, além de contar que também, a baía do Tarrafal, embora propícia para actividades aquáticas, enfrenta crescente concorrência de outras iniciativas turísticas, o que dificultou igualmente, a sua prática de desportos competitivos.
Motivado pela paixão pelo mar, decidiu juntar-se ao grupo de pescadores que fazem a excursão de turistas nos botes tradicionais, que oferecem passeios e actividades como pesca, snorkeling, mergulho, com botes equipados com cordas, remos, malas de primeiros socorros e equipamentos que garantem a segurança dos passageiros.
É uma actividade que dá rendimentos, um “projecto viável” que precisa de regularização e licença, um processo que, segundo o mesmo, depende do Instituto Marítimo e Portuário (IMP).
Ele acredita que, uma vez regularizado, o serviço não apenas beneficiará os turistas e proprietários dos botes, mas também contribuirá para o desenvolvimento do turismo sustentável na região.
MC/HF
Inforpress/Fim
Porto Novo, 02 Out (Inforpress) – Os pescadores no Tarrafal de Monte Trigo, no município do Porto Novo, em Santo Antão, reclamaram hoje melhores condições em matéria de tratamento e secagem do pescado nessa comunidade piscatória.
O vice-presidente da associação local dos pescadores, José da Luz, disse à Inforpress que a falta de condições para o tratamento e secagem do pescado tem sido uma grande preocupação dos homens do mar no Tarrafal de Monte Trigo.
“Além do problema de conservação, temos enfrentado também muitas dificuldades no tratamento e secagem do pescado. É uma grande preocupação dos pescadores do Tarrafal de Monte Trigo”, sublinhou o vice-presidente da associação de classe.
A Inforpress soube que o projecto Terra Azul, co-financiado pela cooperação espanhola e pelo Ministério do Mar, que está a ser implementado em Santo Antão, prevê, além da transformação do pescado, ainda a criação de plataformas de secagem do pescado nas comunidades piscatórias nesta ilha, entre elas Tarrafal de Monte Trigo.
O projecto, que consiste num investimento de 70 mil contos para as ilhas de Santo Antão e São Vicente durante dois anos, está a ser realizado pelo Centro de Estudos Rurais e Agricultura Internacional (CERAI) e Associação dos Amigos de Natureza (AAN).
A nível de conservação do pescado, os pescadores no Tarrafal de Monte Trigo continuam a percorrer mais de 50 quilómetros para adquirir gelo na cidade do Porto Novo.
Os operadores de pesca dessa comunidade confirmaram à Inforpress que continuam a adquirir gelo na cidade do Porto Novo, a 54 quilómetros dessa zona, já que a unidade de produção de gelo local “deixou de funcionar há muito tempo”.
Em 2015, foi instalada nessa comunidade piscatória uma unidade de produção de gelo que deixou de funcionar nos últimos anos, uma situação que tem condicionado a actividade piscatória no Tarrafal de Monte Trigo, alertaram os pescadores.
O primeiro-ministro, de visita a essa localidade, em finais de Julho, reconheceu que a problemática do gelo representa a maior preocupação dos operadores de pesca do Tarrafal de Monte Trigo, assegurando que o Governo está conjuntamente com um privado a criar as condições para a resolução do problema.
Ulisses Correia e Silva reafirmou que o Governo pretende instalar um complexo de pesca e de frio no Tarrafal de Monte Trigo, onde se situa um dos maiores bancos de pesca do País.
JM/JMV
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Santa Maria, 02 Out (Inforpress) – O presidente do Conselho de Administração da Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), disse hoje na ilha do Sal, que a conferência CANSO África 2024, é um espaço para perspectivar um futuro melhor para a gestão de tráfego aéreo.
Ao fazer a sua alocução no acto de abertura da conferência internacional da Organização de Serviços de Navegação Aérea Civil (CANSO), Moisés Monteiro, sublinhou que a escolha de Cabo Verde para a conferência deste ano, representa uma “grande” responsabilidade já que reúne, na ilha do Sal, líderes da região africana, prestadores de serviços de navegação aérea mundial.
“Aqui é uma conferência já mais a nível regional, com líderes de cada uma das instituições homólogas da ASA, para debatermos como, efectivamente, concretizamos as nossas ideias e as nossas perspectivas de um futuro melhor para a gestão de tráfego aéreo”, sublinhou.
Para Moisés Monteiro, a ideia da conferência é, essencialmente, “juntar as ideias de todas as outras conferências passadas e ver como torná-las realidade” para que as partes interessadas “sintam melhorias na segurança, eficiência e sustentabilidade ambiental”, continuou.
Para o PCA da ASA, esta conferência também vai permitir promover a ASA no sector da aviação civil e conseguir o objectivo de ser uma “referência” da região a nível da prestação de serviços de navegação aérea.
Questionado sobre os contributos que o evento traz para Cabo Verde, a mesma fonte sublinhou que vai trazer “inputs importantíssimos” para a melhoria do sector.
“A ASA, neste momento, tem um “master plan” até 2035 elaborado, sem dúvida, em linha com o plano global da navegação aérea e o plano regional, mas aqui temos a oportunidade de absorver sugestões importantíssimas, essenciais para a nossa melhoria, num momento em que a ASA se torna, desde o ano passado, uma empresa essencialmente de prestação de serviços de navegação aérea”, frisou.
“Com a retirada da concessão dos aeroportos da ASA, nós temos aqui uma oportunidade única para investir fortemente naquilo que é a melhoria de serviços de navegação aérea e ninguém melhor do que os pares que aqui estão para nos ajudarem a trilhar este caminho e identificar as melhores soluções”, sustentou.
Moisés Monteiro concluiu afirmando que, nesta conferência, a ASA irá contribuir com a sua experiência em matéria de separação do regulador e do prestador de serviços, uma experiência que, segundo o mesmo, “tem desde a sua existência”.
Para o director-geral da CANSO, Simon Hocquard, a escolha de Cabo Verde para acolher a conferência deste ano, recai sobre a localização estratégica do país, combinado com a intenção e a “crença” de Cabo Verde em relação à sustentabilidade.
“Cabo Verde pretende chegar à meta dos 100% de energia renovável em 2030, e estando num momento em que precisamos fazer a navegação sustentável, cria um ambiente em que podemos ser inovadores, criativos e tomar o tempo de realmente pensar sobre o que precisamos fazer”, frisou.
Para Simon Hocquard, o propósito da CANSO 2024 é focar na implementação para ajudar a transformar a indústria e fazê-la mais sustentável e mais segura do que é hoje.
“Cada país é único e tem o seu próprio jeito de fazer coisas, por isso é somente em lugares como este, onde você pode reunir todos os países diferentes, incluindo Cabo Verde, que podemos ter essas melhores práticas e todos podem aprender um com o outro”, concluiu o director-geral.
A conferência CANSO 2024, que se enquadrada nas comemorações dos 40 anos da ASA e reúne líderes, especialistas e prestadores de serviços aeronáuticos da Região Africana, é um evento que fornece uma plataforma para a liderança regional compartilhar suas visões estratégicas, enfatizando esforços colaborativos para aprimorar o tráfego aéreo regional em toda a África.
Até a próxima sexta-feira, os participantes envolver-se-ão em discussões sobre como avançar as principais iniciativas da CANSO, incluindo sistemas de gerenciamento de segurança e a visão de longo prazo para o tráfego aéreo até 2045.
NA/HF
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