internacional


26-07-2024 15:31

Genebra, 26 Jul (Inforpress) – O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou hoje que a agência vai enviar para a Faixa de Gaza um milhão de vacinas contra a poliomielite, após este vírus ter sido detetado no enclave.

“O vírus da poliomielite foi detetado na semana passada em amostras de água em Gaza, um desenvolvimento alarmante, mas não surpreendente, dado o estado de desmantelamento do sistema de saúde no território após nove meses de guerra implacável”, afirmou Ghebreyesus num artigo de opinião publicado no diário britânico ‘The Guardian’.

A deteção do vírus ocorreu em plena ofensiva lançada pelo exército israelita na sequência dos ataques de 07 de outubro de 2023 do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e de outras fações palestinianas.

Ghebreyesus lembrou que “a maioria dos hospitais não consegue funcionar” e disse que se registou um aumento de “doenças diarreicas, infeções respiratórias e hepatite A, entre outras”, enquanto “quase todos em Gaza enfrentam uma grave insegurança alimentar e uma fome catastrófica”.

“Milhares de crianças estão subnutridas, o que as torna ainda mais suscetíveis a doenças”, disse Ghebreyesus, referindo que cerca de 2,3 milhões de pessoas vivem nos 365 quilómetros quadrados da Faixa de Gaza, “cada vez mais concentradas face ao acesso limitado a água potável limpa e segura e à deterioração das condições sanitárias”.

O diretor-geral da OMS referiu ainda que, desde o início de maio, “cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas de Rafah para Khan Younis e Deir al-Bala'a, onde foram encontradas amostras de poliomielite”.

“Embora ainda não tenham sido notificados casos de poliomielite, sem uma ação imediata, é uma questão de tempo até que esta atinja milhares de crianças que ficaram desprotegidas”, frisou.

“As crianças com menos de cinco anos estão em risco, especialmente as crianças com menos de dois anos, uma vez que muitas não foram vacinadas durante os nove meses de conflito”, explicou, defendendo que as vacinas a enviar pela OMS "serão administradas nas próximas semanas para evitar que as crianças sejam atingidas pela doença".

No entanto, reiterou que “sem um cessar-fogo imediato e uma grande aceleração da entrega de ajuda, incluindo uma campanha de vacinação centrada nas crianças, as pessoas continuarão a morrer de doenças evitáveis e ferimentos tratáveis”. 

“As condições em Gaza constituem o terreno perfeito para a propagação de doenças”, afirmou.

Por sua vez, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), Philippe Lazzarini, sublinhou que a descoberta destas amostras “é mais um acontecimento grave numa viagem interminável de miséria”.

“A poliomielite surge devido a um sistema de saúde falido, à falta de água potável e de materiais de higiene, a abrigos sobrelotados e a um saneamento muito deficiente”, argumentou, referindo que, com a guerra, a vacinação infantil caiu de níveis quase universais para pouco mais de 85%, porque as pessoas têm estado constantemente em movimento, fugindo de zonas de combate e procurando segurança’.

“A propagação da poliomielite em Gaza e noutros locais pode ser controlada através de campanhas de vacinação que cheguem a todas as crianças, onde quer que se encontrem”, explicou na rede social X. "O cessar-fogo e o aumento do fluxo de vacinas permitiriam que isso acontecesse”, adiantou Lazzarini. 

A 18 deste mês, o Ministério da Saúde de Gaza anunciou a descoberta de poliomielite em amostras recolhidas nas águas residuais do enclave, referindo que a água “corre entre as tendas dos deslocados e nos locais onde os sobreviventes estão alojados devido à destruição das infraestruturas” pelos ataques de Israel.

Segundo a OMS, a poliomielite, uma doença altamente contagiosa que afeta sobretudo as crianças, é transmitida principalmente por via fecal-oral. O vírus é endémico apenas no Afeganistão e no Paquistão, depois de a Nigéria ter declarado a sua erradicação em 2020.

Israel desencadeou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza após os atentados de 07 de outubro, que causaram a morte de cerca de 1.200 pessoas e o rapto de 240. Segundo as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, a ofensiva israelita fez cerca de 39.200 mortos.

Inforpress/Lusa

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26-07-2024 12:17

Atlanta, Estados Unidos, 26 Jul (Inforpress) – O ex-presidente norte-americano Barack Obama e a antiga primeira-dama Michelle Obama declararam hoje apoio a Kamala Harris na candidatura à Casa Branca pelo Partido Democrático.

O apoio dos dois democratas mais populares do país, anunciado num vídeo que mostra Harris a aceitar um telefonema conjunto do antigo primeiro casal, surge num momento em que Harris continua a ganhar força como a provável candidata do partido, após a decisão do Presidente Joe Biden de pôr fim à sua candidatura à reeleição e apoiar o seu segundo comandante contra o candidato republicano e antigo Presidente Donald Trump.

O apoio também realça a amizade e a ligação potencialmente histórica entre o primeiro presidente negro da nação e a primeira mulher negra e de ascendência asiática a ocupar o cargo de vice-presidente.

Inforpress/Lusa

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25-07-2024 16:38

Santiago, 25 Jul (Inforpress) - O Presidente chileno apoiou hoje as declarações do seu homólogo brasileiro, Lula da Silva, afirmando ser inconcebível o líder venezuelano e recandidato ao cargo presidencial, Nicolás Maduro, ameaçar com “banhos de sangue” se perder as eleições do próximo domingo.

“Concordo e apoio as declarações de Lula: em hipótese alguma se pode ameaçar com banhos de sangue. O que os líderes e os candidatos recebem são banhos de votos e esses banhos de votos representam a soberania popular, que deve ser respeitada”, argumentou Gabriel Boric, num encontro com correspondentes estrangeiros.

Numa referência ao ato eleitoral de domingo, o líder progressista chileno apelou às autoridades venezuelanas, “para o bem da Venezuela e de toda a América Latina”, para seja assegurado “o desenvolvimento normal do processo eleitoral com garantias, especialmente para a oposição, garantindo o respeito irrestrito pelos resultados devidamente acreditados”.

Na semana passada, Nicolás Maduro radicalizou o seu discurso político e afirmou que, se não for reeleito nas presidenciais de domingo, o país poderá deparar-se com um banho de sangue.

Na terça-feira, Maduro decidiu contextualizar estas declarações, afirmando que foram uma “reflexão”.

“Não disse mentiras, apenas fiz uma reflexão, quem se assustou que tome um chá de camomila porque o povo da Venezuela está curado do seu medo e sabe o que estou a dizer, e na Venezuela triunfará a paz”, afirmou.

O Presidente venezuelano respondia às declarações do seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, sem o mencionar diretamente, que disse ter ficado assustado quando Maduro afirmou que se perder as eleições de domingo haverá “um banho de sangue”, numa tentativa, segundo a oposição, de provocar a abstenção entre os que defendem a sua destituição do poder.

Maduro está na corrida eleitoral para tentar alcançar um novo mandato presidencial de seis anos, que será o seu terceiro.

Mais de 21,6 milhões de venezuelanos são chamados a votar nas presidenciais venezuelanas de domingo, que contam com dez candidatos.

O principal concorrente de Maduro (do Partido Socialista Unido da Venezuela/PSUV) é o opositor Edmundo González Urritia (da Mesa de Unidade Democrática/MUD).

Durante a campanha, que termina hoje oficialmente, cerca de uma centena de opositores foram presos, segundo organizações de direitos humanos.

Inforpress/Lusa

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25-07-2024 13:53

Kencho Shacha, 25 Jul (Inforpress) – O número de mortos na sequência do deslizamento de terras ocorrido na segunda-feira numa zona de difícil acesso do sul da Etiópia aumentou para 257 e poderá atingir os 500, informaram hoje as Nações Unidas.

O anterior balanço apontava para 229 mortos.

Num relatório sobre a situação, o Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA) refere que “as operações de salvamento continuam” e “os residentes estão a escavar, principalmente com as próprias mãos ou com pás, por falta de outras opções’.

“O número de mortos deverá aumentar para 500, de acordo com as informações fornecidas pelas autoridades locais”, acrescenta-se no relatório.

Os deslizamentos de terras são comuns durante a estação das chuvas na Etiópia, que começou em Julho e deverá prolongar-se até meados de setembro.

Os deslizamentos de terra mortais ocorrem frequentemente na região da África Oriental, desde o leste montanhoso do Uganda até às terras altas do centro do Quénia.

Inforpress/Lusa

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25-07-2024 7:48

Washington, 25 Jul (Inforpress) - O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a “ambição pessoal” não pode sobrepor-se a "salvar a democracia" norte-americana, nas primeiras declarações proferidas para explicar a decisão de pôr fim à campanha de reeleição.

“Acredito que o meu historial como Presidente, a minha liderança no mundo e a minha visão para o futuro dos Estados Unidos justificariam um segundo mandato, mas nada pode interferir no caminho de salvar a nossa democracia. Isso inclui a ambição pessoal”, disse o dirigente num discurso à nação, na quarta-feira, a partir da Sala Oval da Casa Branca.

No discurso de 11 minutos, Biden disse que os Estados Unidos estão num “ponto de viragem” - uma frase recorrente nos discursos que tem feito - e que nas últimas semanas ficou claro que é necessário unir o Partido Democrata.

Esta foi a primeira aparição de Biden desde que anunciou, numa carta dirigida ao povo norte-americano, no domingo, que ia colocar um ponto final à campanha para a reeleição nas eleições de 05 de novembro.

Pouco depois de divulgar a carta, o Presidente pediu, numa mensagem na rede social X (antigo Twitter) que votassem na vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, que já garantiu o apoio necessário para ser a candidata democrata e enfrentar nas urnas o ex-presidente e candidato Republicano Donald Trump.

Nunca antes um candidato presidencial se retirou da corrida tão perto das eleições. O Presidente Lyndon Johnson (1963-1969) anunciou em março de 1968 que não se recandidataria, mas fê-lo quando as primárias do partido ainda estavam a começar.

A decisão de Biden foi tomada quando as primárias já tinham terminado e a pouco mais de três meses das eleições.

Dezenas de membros do Congresso e figuras importantes do Partido Democrata, incluindo a ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, pressionaram durante semanas Biden para pôr fim à campanha presidencial depois de um fraco desempenho no debate contra Trump em 27 de junho.

Inforpress/Lusa

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24-07-2024 18:03

Madrid, 24 Jul (Inforpress) - As Nações Unidas afirmaram que cerca de 26 milhões de pessoas sofrem de “fome aguda” no Sudão e expressaram “extrema preocupação” com o agravamento da situação de segurança alimentar no país, em guerra desde Abril de 2023.

O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) indicou que mais de 750.000 pessoas estão “a um passo da fome” devido ao aumento dos preços dos alimentos e às dificuldades na distribuição da ajuda devido ao conflito.

E disse que os preços dos alimentos subiram 16% em Junho, em relação a maio, com um aumento acumulado de 120% em relação a junho de 2023, uma situação que “só vai piorar” devido à actual estação das chuvas.

“O posto fronteiriço de Tine, que é utilizado para o transporte de abastecimentos do Chade para o Darfur, está atualmente intransitável devido às fortes chuvas e inundações. Muitas rotas no sul do Sudão também estão inacessíveis”, afirmou a agência.

A agência sublinhou que o país “enfrenta o pior cenário possível” e insistiu que “a comunidade humanitária necessita urgentemente de acesso através de todas as rotas possíveis para evitar uma maior deterioração da situação” no Sudão.

“A disponibilização de mais fundos é também crucial. A partir de hoje, o apelo humanitário deste ano para o Sudão está financiado a pouco mais de 30%”, sublinhou o OCHA, com o agravamento da crise e continuação dos combates, com as partes a não conseguirem até agora chegar a um acordo de cessar-fogo.

A guerra eclodiu em 15 de Abril, na sequência de divergências acentuadas entre o exército e as Forças de Reação Rápida (RSF) sobre a integração do grupo paramilitar nas forças armadas, o que fez descarrilar o processo de transição após a destituição de Omar Hassan al-Bashir, depois de 30 anos no poder, num golpe militar em Abril de 2019.

Inforpress/Lusa

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24-07-2024 8:08

Rio de Janeiro, Brasil, 24 Jul (Inforpress) - O Brasil introduziu hoje pela primeira vez na agenda de discussões do G20 a luta contra o racismo, durante uma reunião de ministros do grupo das 20 maiores economias do mundo.

A necessidade de estabelecer metas e políticas de redução da desigualdade racial e de combate ao racismo no G20 foi abordada no último dia da reunião dos ministros do Desenvolvimento do G20 e que antecede a apresentação da Aliança Global contra a Fome e Pobreza.

O Brasil, como presidente anual do G20 e um dos países com maior população afrodescendente do mundo, aproveitou o encontro para colocar o tema pela primeira vez em discussão no fórum que reúne as 20 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.

“O Nosso país amadureceu para compreender que não é possível promover um desenvolvimento sem que haja promoção da igualdade racial e enfrentamento às distorções provocadas pelo racismo”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, durante a reunião que decorreu hoje.

“Uma sociedade desenvolvida de verdade é uma sociedade onde ninguém mais esteja passando fome, onde a cor da pele não seja determinante para saber se você vai ter três refeições ou não, se voltará para casa, se terá moradia digna ou acesso à educação e segurança ambiental e climática", acrescentou.

Na mesma ocasião, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lembrou que foi o Brasil que, em reunião da ONU no ano passado, estabeleceu voluntariamente a igualdade racial como um dos objetivos de desenvolvimento social a serem alcançados até 2030, definindo-a como o décimo oitavo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU a ser alcançado até 2030.

Portugal - que foi convidado, assim como Angola, pela presidência brasileira para membro observador do G20 -, estará representado, de acordo com fontes diplomáticas à Lusa, pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Inês Domingos (Reunião Ministerial de Desenvolvimento), pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel (reunião da Força-Tarefa do G20 para o Estabelecimento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza) e pelo secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José Maria Brandão de Brito (ministros das Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20).

Em Fortaleza, entre quinta e sexta-feira, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, será a representante portuguesa na reunião do Grupo de Trabalho sobre Emprego.

As prioridades do Governo brasileiro para esta presidência são o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global, nomeadamente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, algo que tem vindo a ser defendido por Lula da Silva desde que tomou posse como Presidente do Brasil, denunciando o défice de representatividade e legitimidade das principais organizações internacionais.

Os membros do G20 é constituído pelas 19 principais economias do mundo: Estados Unidos, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia, e ainda pela União Europeia e União Africana.

O Brasil, que exerce a presidência do G20 desde o primeiro dia de dezembro de 2023, convidou Portugal, Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura para observadores da organização, assim como a Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Inforpress/Lusa

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24-07-2024 7:45

Washington, 24 Jul (Inforpress) - A vice-presidente dos Estados Unidos evocou hoje, numa ação de campanha para as presidenciais de novembro, o seu passado como procuradora para atacar o candidato republicano, Donald Trump, o primeiro ex-Presidente condenado na história do país.

"Eu sei bem como é a sua espécie", referiu Kamala Harris num comício em Milwaukee, o primeiro desde que garantiu matematicamente a indicação democrata na noite de segunda-feira, relembrando sua carreira como procuradora-geral da Califórnia entre 2011 e 2017 para se comparar a Trump.

A vice-presidente norte-americana é o nome mais forte para suceder a Joe Biden, que retirou no domingo a sua recandidatura à Casa Branca.

“Como procuradora, enfrentei criminosos de todos os tipos: aqueles que abusaram de mulheres, golpistas que enganaram os consumidores, trapaceiros que violaram regras para ganho pessoal. Então ouçam-me com atenção: eu conheço o tipo de Trump”, afirmou Kamala Harris.

Os ataques a Donald Trump foram recebidos com aplausos pelas cerca de três mil pessoas, segundo os números da campanha, que lotaram uma escola secundária em Milwaukee, no importante estado de Wisconsin.

Kamala Harris elencou ainda algumas das políticas que disse que Trump pretende implementar se regressasse à Casa Branca, como as restrições no acesso aos cuidados de saúde para doentes crónicos.

"A América já tentou essas políticas económicas fracassadas antes, mas não vamos voltar atrás. Não vamos voltar atrás. Vou vos dizer por que não vamos voltar atrás, porque a nossa luta é pelo futuro", exclamou Harris.

Ao longo do seu discurso, a vice-presidente do EUA tentou traçar um contraste claro com Trump, realçando como se dedicou a condenar criminosos, enquanto o antigo Presidente, em maio passado, foi condenado num julgamento criminal em que era acusado de ter falsificado documentos para encobrir um escândalo sexual.

A vice-presidente aprofundou estas diferenças ao definir a sua campanha como um movimento “impulsionado pelo povo” e comprometido com “a classe média americana”, garantindo, ao mesmo tempo, que as grandes corporações e os bilionários estão com a campanha do seu rival republicano.

Harris fez este discurso em Milwaukee, a mesma cidade onde foi realizada há poucos dias a Convenção Nacional Republicana, na qual Donald Trump foi oficialmente proclamado candidato daquela força política para as eleições de novembro.

Joe Biden anunciou no domingo a desistência da sua campanha de reeleição e o apoio a Kamala Harris como possível sucessora depois de semanas de pressão interna para desistir da corrida.

O líder da Casa Branca, de 81 anos, cuja condição de saúde tem vindo a ser questionada, vai explicar na quarta-feira a sua decisão num discurso à nação.

Para ser candidata contra Trump em novembro, a vice-presidente norte-americana, de 59 anos, tem de ser confirmada pelos delegados na Convenção Nacional Democrata, que vai decorrer em Chicago de 19 a 22 de agosto.

Inforpress/Lusa

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23-07-2024 7:59

Washington, 23 Jul (Inforpress) – O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, viaja esta semana para a Ásia, numa deslocação de oito dias há muito planeada com o objetivo de fortalecer os laços com aliados e parceiros do Indo-Pacífico.

Um dia depois do anúncio da desistência do Presidente Joe Biden da corrida eleitoral para a Casa Branca, o Departamento de Estado anunciou que Blinken visitará o Vietname, Laos, Japão, Filipinas, Singapura e Mongólia.

Programada muito antes do anúncio do Presidente, elementos do Departamento de Estado notaram como a presença de Blinken é agora ainda mais importante para demonstrar que a mudança de cenário político não afetará a política externa dos EUA pelo menos até ao final do mandato de Biden.

Citado pela agência noticiosa France Presse, um alto funcionário do Departamento de Estado informou que Blinken viajará na quarta-feira para a Ásia, onde deverá reafirmar a liderança dos Estados Unidos no contexto da ascensão da China.

“A mensagem que o secretário de Estado levará à região é que os Estados Unidos têm um grande interesse no Indo-Pacífico desde o primeiro dia desta administração e que aprofundámos significativamente o nosso compromisso na região”, disse Daniel Kritenbrink, secretário de Estado Adjunto para o sudeste Asiático e o Pacífico.

No Laos, o responsável participará numa reunião ministerial dos países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), à margem da qual se deve encontrar com o seu homólogo chinês, Wang Yi, sem que fosse especificado se se trata de um encontro bilateral.

Blinken desloca-se depois ao Japão para uma reunião envolvendo também o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, assim como também deverá sentar-se à mesa com os parceiros do 'Quad': Estados Unidos, Japão, Austrália e Índia.

Em Manila, já na próxima semana, deverá decorrer um encontro entre os chefes da diplomacia e da defesa, durante o qual as “provocações” chinesas no Mar do Sul da China serão debatidas.

“Congratulamo-nos com este anúncio e elogiamos os esforços diplomáticos para evitar uma escalada das tensões no Mar do Sul da China”, afirmou o diplomata norte-americano, depois de um “acordo provisório” alcançado no domingo entre a China e as Filipinas sobre águas territoriais disputadas pelas duas partes.

Depois de uma escala em Singapura para reforçar as relações bilaterais, Blinken concluirá esta viagem na Mongólia, tendo em vista reforçar as relações.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou a desistência da corrida às eleições presidenciais, justificando com o interesse do Partido Democrata e do país e afirmou que pretende terminar o mandato.

O líder dos Estados Unidos disse ter “a maior honra” da sua vida nas funções que ocupa há quase quatro anos, porém cedeu às pressões do seu próprio partido após o mau desempenho no primeiro debate televisivo, em junho passado, da corrida à Casa Branca contra o antigo Presidente (2017-2021) e candidato republicano, Donald Trump.

Pouco depois de ter anunciado a sua desistência, o Presidente norte-americano declarou o seu "apoio total” à sua vice-Presidente, Kamala Harris, como candidata presidencial do Partido Democrata às eleições de 05 de novembro.

Inforpress/Lusa

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23-07-2024 7:58

Jerusalém, Israel, 23 Jul (Inforpress) – A liderança militar e de segurança israelita admite que as Forças Armadas podem abandonar completamente a Faixa de Gaza durante seis meses, no âmbito de um acordo de libertação de reféns em posse do grupo islamita palestiniano Hamas.

Segundo a emissora pública Kan, tanto o ministro da Defesa, Yoav Gallant, como o chefe do Estado-Maior General, Herzi Halevi, bem como os diretores das agências de informações nacionais e estrangeiras (Shin Bet e Mossad), Ronen Bar e David Barnea, disseram na noite de domingo ao chefe do Governo, Benjamin Netanyahu, que apoiam um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

De acordo com a sua análise, o grupo palestiniano não teria tempo suficiente em seis meses para se reagrupar e rearmar, pelo que a prioridade deve ser libertar os reféns israelitas que ainda permanecem no enclave.

De acordo com o canal de notícias israelita 12, Netanyahu mostrou-se relutante em aceitar a argumentação dos quatro responsáveis e criticou-os pela sua flexibilidade.

Netanyahu viajou hoje para Washington para uma visita oficial aos Estados Unidos, na qual se vai reunir com o Presidente norte-americano, Joe Biden, e discursar perante as duas câmaras do Congresso.

Na noite de domingo, enquanto milhares de israelitas afluíam ao aeroporto Ben Gurion de Telavive para lhe exigir que não viajasse antes de selar um acordo com o Hamas, Netanyahu anunciou que uma delegação israelita iria relançar as negociações.

As últimas conversações indiretas entre Israel e o Hamas tiveram lugar há algumas semanas em Doha e no Cairo, com sinais positivos de que um acordo estava próximo.

Mas, no último minuto, o primeiro-ministro acrescentou exigências que bloquearam novamente o diálogo, como o controlo do Corredor de Filadélfia e a passagem de Rafah, na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito.

Na sua conversa com as lideranças militares e de segurança, Netanyahu deixou claro que não pretende recuar nas suas exigências, que farão parte da mensagem da delegação de negociações, que deverá partir na quinta-feira.

O local das negociações ainda não foi divulgado.

O atual conflito foi iniciado em 07 de outubro com um ataque sem precedentes do Hamas em Israel, onde deixou quase 1.200 mortos e de onde levou mais de 200 pessoas como reféns.

Em retaliação, Israel lançou desde então uma grande ofensiva na Faixa de Gaza, e, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas, cerca de 39 mil pessoas já morreram, a maioria civis, num cenário denunciado pela ONU como um desastre humanitário.

Inforpress/Lusa

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22-07-2024 9:43

Jerusalém, 22 Jul 2024 (Lusa) – O Exército israelita atacou nas últimas horas 35 objectivos na Faixa de Gaza, com os militares a anunciarem a morte de Muhamad Abu Seidu, alegado membro da Nukhba, célula do Hamas, envolvida na operação de 07 de Outubro de 2023.

Um comunicado oficial israelita indica que a "Força Aérea atacou aproximadamente 35 objectivos em toda a Faixa de Gaza", incluindo estruturas militares e instalações utilizadas "por terroristas". 

O mesmo documento refere que no domingo as forças israelitas "eliminaram vários terroristas" no centro do enclave onde um ataque aéreo destruiu uma rampa de lançamento de mísseis que estava apontada para território israelita.

Em Rafah, sul de Gaza, os soldados israelitas reclamam a eliminação de "dezenas de terroristas em combates corpo a corpo" entre os quais Muhamad Abu Seidu que, supostamente, "participou na invasão de Israel, a 07 de Outubro de 2023 e que dirigiu múltiplos ataques contra as tropas". 

No domingo, dois palestinianos morreram e "vários ficaram feridos" na sequência de bombardeamentos contra Rafah.

Em Beit Lahia, no norte do enclave, um outro cidadão palestiniano morreu "e outros ficaram feridos" por disparos de artilharia que atingiram uma residência perto de uma mesquita, indicou hoje a agência de notícias palestiniana Wafa. 

As fontes citadas pela Wafa referem ainda que três civis, entre os quais duas crianças, morreram num ataque aéreo israelita contra Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. 

Hoje, o Exército de Israel ordenou a evacuação de várias zonas adjacentes a Khan Yunis, nomeadamente em Al Mawasi onde se encontram milhares de deslocados.

Israel referiu que uma "ofensiva contra membros das milícias é iminente" na zona de Al Mawasi, na mesma altura em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, realiza uma visita aos Estados Unidos, o principal aliado do governo israelita.

A guerra começou no dia 07 de Outubro do ano passado após o ataque do Hamas contra Israel que fez 1.200 mortos e 251 raptos. 

A ofensiva de Israel está a devastar a Faixa de Gaza tendo morrido, até ao momento, 39 mil pessoas, a maior parte civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas. 

Inforpress/Lusa/Fim

22-07-2024 9:04

Pequim, 22 Jul (Inforpress) – As equipas de salvamento continuam hoje à procura de dezenas de desaparecidos, após fortes chuvas terem provocado inundações repentinas e a queda de uma ponte em diferentes partes da China, matando pelo menos 25 pessoas.

No sábado, a meio da noite, uma inundação repentina destruiu uma aldeia no sudoeste da província de Sichuan. As equipas de salvamento disseram que 10 pessoas morreram e que estão à procura de 29 desaparecidos.

Dias de chuva intensa fizeram transbordar o rio que atravessa uma aldeia no condado de Hanyuan. De acordo com órgãos locais, a água arrastou 40 casas situadas nas margens do rio, tendo também destruído pontes e cortado estradas.

Na província de Shaanxi, no noroeste do país, vários veículos caíram num rio quando parte de uma ponte de uma autoestrada ruiu, na sexta-feira.

A televisão estatal CCTV informou que pelo menos 15 pessoas morreram. Uma fotografia divulgada pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua mostra que uma secção da ponte se partiu e se dobrou num ângulo de quase 90 graus, tombando na água que corria em baixo.

Os socorristas disseram no sábado que cerca de 20 carros e 30 pessoas estavam desaparecidos.

O colapso levantou mais questões sobre a segurança das infraestruturas rodoviárias e das pontes da China, que foram construídas rapidamente nas últimas décadas. Em maio, um desmoronamento semelhante na província de Guangdong matou 36 pessoas.

As chuvas fortes e as inundações representam um risco especial para as estradas de montanha e as pontes rodoviárias devido à erosão, aos fluxos de detritos e aos deslizamentos de terras.

Com as alterações climáticas, é provável que o mundo se depare com fenómenos meteorológicos e climáticos mais extremos, como recordes de calor e de precipitação.

Este ano, só nos primeiros cinco dias de maio, 70 países ou territórios bateram recordes de calor.

Inforpress/Lusa

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