cultura


22/10/24 08:34

São Filipe, 22 Out (Inforpress) – O projecto “São Filipe convida”, da Agência Cabo-verdiana de Imagem (ACI), numa edição de oito programas, decorre de 22 de Outubro a 05 de Novembro na Praça João Paes de Vasconcelos.

A equipa de produção passou o final de semana na montagem do palco, na Praça João Paes de Vasconcelos, situada à frente do edifício de Paços do Concelho, para a gravação ao vivo dos oito programados que acontece dia sim, dia não, de 22 de Outubro a 05 de Novembro, com entrada livre.

O projecto “São Filipe convida” é da responsabilidade da ACI e assemelha a outros programas realizados noutras ilhas, nomeadamente São Vicente (Mindelo) e Santiago (Cidade Velha) e esta é a terceira edição.

O objectivo é trazer “grandes artistas nacionais” para São Filipe disse a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de São Filipe, Lia Barbosa.

“São Filipe convida” é um programa de música ao vivo, que explora as novas sonoridades, em fusão com os ritmos tradicionais de Cabo Verde, com actuação ao vivo de alguns dos mais icónicos intérpretes da música crioula.

De acordo com a programação para a abertura da série de outros programas é feita com a artista foguense Assol Garcia e o encerramento com Loony Johnson, mas pelo meio estão programadas actuações de Lucibela Santos, Neuza de Pina, Fattu Djakite, Neyna, Hélio Batalha e Zubikilla Spencer.

O programa musical será posteriormente transmitido nos canais televisivos como a RTP-África, RTP1 e RTP2 e a ACI.

O projecto que vai na sua 3ª edição visa mostrar as novas abordagens da música cabo-verdiana, a sua vertente mais contemporânea, e revelar a forma como os artistas recebem e recriam hoje os ritmos tradicionais e as múltiplas influências musicais que receberam ao longo da sua carreira.

JR/AA

Inforpress/Fim

21/10/24 12:13

Lisboa, 21 Out (Inforpress) – O cabo-verdiano Sérgio Silva chegou a Portugal há menos de um ano à procura de uma vida melhor, aprendeu a fazer pano de terra com 12 anos e gostaria que o mesmo fosse mais valorizado fora do país.

Natural da localidade de João Dias, no município de Santa Catarina, interior da ilha de Santiago, Sérgio Silva contou à Inforpress que aprendeu a fazer o pano de terra (tecido típico de Cabo Verde, feito de forma artesanal), com o pai.

“O meu pai está em Portugal há cinco anos, mas em Cabo Verde era esse o seu ofício. Aqui tem feito por encomenda, que não é muito, porque ainda não é muito valorizado, uma realidade que gostaria que fosse diferente”, confidenciou.

Confeccionado através da tecelagem manual e em cores branco e preto, o pano de terra pode ser feito em vários tamanhos, mas para diversificar e apelar mais a sua aquisição, Sérgio e o pai têm inovado, fazendo pano de terra em várias cores e também com diferentes imagens de fundo.

Sérgio Silva também ajuda o pai em Portugal, a fazer esse produto, quando necessário, o que não acontece muito, conforme ele, porque não há muita encomenda, por isso, acredita que participando em feira e eventos culturais é uma forma de divulgar e dar a conhecer “esse tecido tradicional de Cabo Verde”.

A participação em alguns eventos tem acontecido para fazer essa divulgação, sendo que o último em que participou foi no dia 05 de Outubro, na “Cabo Verde Fest 24”, promovida pela Plataforma Associação Cabo Verde e Diáspora (PLTCVD), em Portugal, para comemorar o 49º aniversário da independência do arquipélago, assinalado a 05 de Julho.

DR/CP

Inforpress/Fim

21/10/24 12:02

Nova Sintra, 21 Out (Inforpress) - O jovem bravense Nylton Gonçalves abriu recentemente uma escola de música na Brava denominada Escola Cultural Nhô Mundinho com o objectivo de ensinar os mais pequenos a tocar tambor e não deixar morrer a tradição.

Em entrevista à Inforpress hoje, o responsável e professor da escola contou que a intenção é ter vários alunos para aprenderem a tocar, entretanto também mostrou o interesse de ter mais tambores, para o melhor desempenho dos meninos.

Conforme disse Nylton Gonçalves, esta geração tem estado afastada da tradição e, portanto, frisou que se os mais velhos não incentivarem os mais novos a praticarem o tambor a tradição pode até morrer.

“Foi neste sentido que, com ajuda da minha esposa, conseguimos cinco tambores pequenos e convidamos algumas crianças para virem aprender a tocar o instrumento, isso da mesma forma que o meu avô fez comigo”, afirmou.

No entanto, o responsável da Escola Cultural Nhô Mundinho disse que neste primeiro momento, tendo em conta que também tem outros afazeres, as aulas acontecem aos sábados, na parte da tarde.

Nylton Gonçalves explicou ainda que a intenção é preparar os seus “sucessores” que poderão tocar nas festas tradicionais da ilha e não só, também quando ele se encontrar ausente.

Até ao momento, adiantou que já possuem cinco tambores pequenos e um maior, sendo que também a escola já tem 10 alunos inscritos e os ensaios decorrem na sua própria garagem de casa.

“Os ensaios são rotativos, uma vez que o espaço é pequeno. Por isso, em sábados alternados ensaio grupo de cinco crianças, para que possam ter maior aproveitamento”, afirmou, notando que a escola neste momento conta apenas com o apoio da esposa que financiou os instrumentos.

DM/CP

Inforpress/Fim

19/10/24 22:12

Mindelo, 19 Out (Inforpress) – O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas anunciou hoje, no Mindelo, a possibilidade de as verbas arrecadadas nas feiras do livro serem usadas para apoiar iniciativas editoriais, tanto de cariz público, como privado.

Augusto Veiga teceu as considerações ao presidir a abertura da “Grande Feira do Livro”, realizada na Praça Dom Luís, no Mindelo, e que marca o encerramento  do ciclo de feira organizadas em outros concelhos do país, desde Abril último.

“Outra valência da feira é a possibilidade de alocar as verbas arrecadadas no sentido de apoiar não só os projectos no domínio da promoção da leitura, mas na criação de linhas iniciativas editoriais locais, tanto de cariz público, como de editoras privadas”, afiançou.

O novo modelo da feira do livro, inaugurado há seis meses na cidade da Praia, e que já passou por outras parte do país como Tarrafal (Santiago), Fogo, Santo Antão e agora São Vicente, tem se revelado, conforme a mesma fonte, uma “grande aposta” no mercado livreiro nacional e na facilitação do acesso ao livro.

Mais ainda, ajuntou, os eventos desse tipo conseguiram gerar um conjunto de actividades paralelas, nomeadamente sessões de autógrafos, com a participação de “grandes figuras” da cultura e da literatura nacional e internacional, lançamentos de livros, entre outras.

Por isso, assegurou Augusto Veiga, o balanço que se faz da feira do livro é “extremamente positivo” por esta atingir “números recordes”, cerca de 30 mil livros vendidos e mais de 12 mil visitantes até ao momento.

A feira do livro do Mindelo decorre até quarta-feira, 23, e para além da Biblioteca Nacional, tem a participação de outras entidades como a Editora JovemTudo, Livraria Semente e Centro Cultural Português do Mindelo, entre outras.

Até dia 23, como actividades paralelas, estão agendadas sessões de autógrafos, exibição de filmes e momentos de contos, entre outras.

A sua organização está enquadrada nas celebrações do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, celebrado na sexta-feira, 18, e que teve Santo Antão como palco central das comemorações.

LN/AA

Inforpress/Fim

19/10/24 15:58

Porto Novo, 19 Out (Inforpress) - O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas prometeu hoje, em Santo Antão, sensibilizar a Unesco visando a classificação das festas de São João Baptista, no município do Porto Novo, a património imaterial da humanidade.  

Augusto Veiga avançou que na qualidade da tutela da comissão nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura em Cabo Verde, envidará esforços, até final do seu mandato, em 2026, para “tentar trazer” a Porto Novo responsáveis desta organização para “viverem na primeira pessoa” a manifestação cultural, um dos mais populares do arquipélago.  

O ministro, que falava na apresentação do catálogo das festividades de São João Baptista, cujo acto teve lugar hoje na cidade do Porto Novo, no âmbito das comemorações do Dia da Cultura Nacional, assegurou que os contactos com a Unesco em relação a estas festas, que se celebram a 24 de Junho, vão começar  já a partir de Novembro, com a sua visita a Dacar, capital do Senegal

Nessa altura terá a oportunidade, como referiu, de falar com os responsáveis da Unesco no continente africano e a nível mundial sobre a possibilidade de visitar Porto Novo e conhecer de perto as festividades de São João Baptista, elevadas em 2017 à categoria de património imaterial nacional.

“Até final do mandato vamos fazer o esforço de tentar trazer para cá os responsáveis da Unesco para viver na primeira pessoa as festas de São João. Estaremos em Novembro em Dacar onde estaremos em contacto com os responsáveis no continente africano e a nível mundial”, notou Augusto Veiga.

O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas assegurou também que, entre 2025 e 2026, o projecto do museu nacional das romarias, a localizar-se na cidade do Porto Novo, será concretizado.

“Até ao final do nosso mandato, o museu das romarias vai acontecer”, afiançou o governante, que disse estar a trabalhar com o Fundo do Turismo com vista ao financiamento deste projecto.

Aliás, na segunda-feira, 21, o ministro terá um encontro de trabalho com o coordenador do Fundo Turismo e a questão do financiamento do museu das romarias estará a ser abordada, adiantou Augusto Veiga, que enalteceu a importância do catálogo das festas de romaria de São João na salvaguarda destas festividades.

Trata-se de um inventário sobre os aspectos das festas elaborado pelos técnicos do Instituto do Património Cultural, no âmbito do programa de valorização das festas de São João, sendo “uma guia útil” para novos projectos de valorização das festas, com destaque para o museu das romarias, que será materializado em 2025-2026.

O presidente da câmara do Porto Novo, Aníbal Fonseca, disse que o museu das romarias representa “um grande desígnio” deste município, que está a trabalhar há oito anos com o Governo neste projecto.

“Estamos convencidos que o Governo vai financiar este projecto e acreditamos que poderá ser concretizado no próximo ano”, sublinhou o autarca, para quem o museu será “mais um passo” no sentido de salvaguarda das festas de São João Baptista.

JM/AA

Inforpress/fim  

19/10/24 14:53

Achada Igreja, 19 Out (Inforpress) – A Câmara Municipal de São Salvador do Mundo promove este domingo mais uma edição do festival de cachoeira Picos 2024, que tem como palco a cachoeira do Ponte Sansan nesse município do interior de Santiago.

Conforme informações avançadas pela autarquia a cada fim-de-semana a cachoeira do Ponte Sansan e demais existentes no município se têm destacado como atrativos no norte da ilha de Santiago, e dinamizando a economia local e da ilha, no seu tudo.

É nesse sentido, que a câmara municipal vai realizar este festival de música para que as famílias salvadorenhas, e não só, continuem a ter rendimento, para fazer a divulgação do referido espaço e ainda para promover o turismo de natureza.

O evento musical, com entrada livre, aprazado para a partir das 13:00, vai contar com animação dos artistas Bedja KP, Fidjus de Nossa Senhora da Luz, Benancinho e Suzete, Jocel Gaita, Sidney Gaita e Vladiny, Kádio Tavares, MC Barais, MC Neguinho e Deejay (DJ) Sayo.

FM/AA

Inforpress/Fim

19/10/24 11:27

Ribeira Grande, 19 out (Inforpress) – O concerto “Ponto de Luz, Farol da Diáspora”, realizado sexta-feira, 18, na Ribeira Grande, Santo Antão, encerrou as celebrações do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, com homenagem a Sara Tavares e actuações de grupos locais.

O espectáculo de música promovido pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde marcou o fim das celebrações do Dia Nacional da Cultura, celebrado a 18 de Outubro, e que este ano teve Ribeira Grande de Santo Antão como epicentro das actividades a nível nacional.

A cantora santantonense Eliana Rosa abriu o concerto por volta das 21:00 seguida de Ary Kueka, artista do município do Paul, actuações que continuaram com a Banda Nhô Kzik, formada por artistas da Ponta do Sol.

Por último, o emblemático grupo Cordas do Sol, do Paul, que, liderado pelo fundador do grupo Arlindo Évora, subiu ao palco mostrou que o seu repertório, com canções com mais de 20 anos, continua a valorizar a língua e a cultura nacionais.

O ministro da Cultura e Industrias Criativas, Augusto Veiga, declarou no decorrer das celebrações que o evento realizado em Santo Antão é uma forma de descentralizar as comemorações do Dia da Cultura.

Por sua vez, o presidente da Camara Municipal da Ribeira Grande, Orlando Delgado, realçou que Santo Antão é uma ilha com “muita cultura e história” por isso, considerou que foi uma “excelente decisão” celebrar o Dia da Cultura e das Comunidades no seu município.

Durante o concerto, que prestou homenagem à cantora cabo-verdiana Sara Tavares, que residia na diáspora e faleceu em Portugal, procedeu-se ao reconhecimento a várias personalidades que, através dos seus trabalhos, têm promovido a divulgação da cultura cabo-verdiana.

Houve ainda, na lista de actividades para celebrar Dia da Cultura e das Comunidades, uma feira do livro, conversa aberta com os ministros da Cultura e das Comunidades e uma serenata “Cultura, Ponto de Luz – Farol da Diáspora”. que levou artistas e amantes da cultura às ruas da cidade numa promoção e valorização da cultura, com desfile de mornas.

EL/AA

Inforpress/Fim

19/10/24 09:31

São Filipe, 19 Out (Inforpress) – O lançamento do livro “Instauração do Salazarismo em Cabo Verde - repressão como meio de silenciar os opositores” prevista para sexta-feira, 18, foi adiado para o dia 26 devido às condições do tempo.

O lançamento do livro deveria acontecer no átrio do Centro Cultural Armand Montrond, mas minutos antes do início das actividades um vendaval acompanhado de chuvisco levou o autor e a organização a adiar a apresentação para o dia 26 de Outubro, a partir das 18:00, no mesmo espaço.

A apresentação será feita pelo Procurador da República Nelson Vaz e moderado pelo comandante regional da Polícia Nacional, Fernando Tavares.

O livro é da autoria do professor da disciplina de História/Cultura Cabo-verdiana na escola secundária Dr. Teixeira de Sousa, Manuel António Amado, e resultou da tese de dissertação de mestrado defendida em 2019 na Universidade Nova de Lisboa.

O livro explora o período de instauração do regime salazarista em Cabo Verde, com destaque para a repressão como ferramenta para silenciar opositores políticos.

Trata-se, segundo o autor, de um tema de “grande relevância” para a história contemporânea do país, mas que é pouco trabalhado em Cabo Verde, sobretudo a nível político, agora num livro estruturado em quatro capítulos.

Trata-se, segundo a mesma fonte, de um trabalho científico e de investigação com investigação feita com proeminência em Portugal, porque, finalizou, é difícil encontrar documentação em Cabo Verde.

JR/AA

Inforpress/Fim

18/10/24 21:01

Sal Rei, 18 Out (Inforpress) – A ilha Boa Vista celebrou hoje o Dia Nacional da Cultura e das Comunidades com uma feira gastronómica, que incluía degustação de pratos típicos, artesanato, teatro e música ao vivo.

O evento, que foi organizado pela Câmara Municipal, teve lugar no Pátio do Centro de Arte e Cultura (CAC), onde foram expostas produções de peças artesanais, doces e queijos tradicionais.

Pelo meio, um menu de degustação de pratos típicos como a “catchupa k’butchada”, papa k’frisnot, gelado de camoca, acompanhados de música ao vivo, teatro, representando as tradições culturais e culinárias das diversas comunidades da ilha.

Segundo a vereadora da Cultura, Nádia Santos, não poderiam deixar o dia passar em branco visto que “Cabo Verde, no seu todo é um país rico a nível cultural”, e por isso quiseram demonstrar a particularidade da Boa Vista, uma "ilha de todos e para todos", desde música, gastronomia e artes.

Nádia Santos informou que para o evento de hoje quiseram apostar na gastronomia, e trazer aquilo que de melhor tem no menu dos pratos tradicionais, e outros produtos como o queijo tradicional, que, além de serem produtos culturais, também são produtos turísticos.

As actividades foram condimentadas com momentos musicais, não fosse a Boa Vista “uma ilha se músicos, tocadores e de compositores”, levando um pouco de tudo o que tem de mais ancestral ao pátio da CAC.

Tratando-se de “um dia importante para o país, para a ilha da Boa Vista, para os artistas e para todos aqueles que criam e fazem a cultura”, a vereadora aproveitou para deixar “uma palavra especial de carinho a todos os criadores e fazedores de arte, da cultura em geral”.

Este ano, 18 de Outubro, Dia da Cultura e das Comunidades, é celebrado sob o lema “Cultura, ponto de luz farol da diáspora”, que inclui vários eventos culturais, um pouco por todo país.

MGL/JMV

Inforpress/Fim.

18/10/24 19:27

Ribeira Grande, 18 out (Inforpress) –A criação de quatro museus na ilha de Santo Antão é uma das propostas apresentadas no final do workshop sobre a história da ilha, realizado esta semana, na Ribeira Grande, anunciou o historiador José Évora.

A apresentação da proposta para a criação dos Museus da Água, Museu Etnográfico, Museu da Agricultura e do Museu da Resistência e da Resiliência, na ilha de Santo Antão, foi conhecida durante uma conferência enquadrada no Dia da Cultura e das Comunidades, celebrado hoje, de forma oficial na Ribeira Grande.

O facilitador do workshop, José Évora, que falava em representação do Instituto do Arquivo Histórico Nacional de Cabo Verde, disse em declarações à Inforpress, após a apresentação dos resultados, que o objetivo da conferência foi dar a conhecer o trabalho de uma semana de formação dirigida a vários agentes que estiveram a afinar propostas em prol da promoção do turismo cultural que se quer para Santo Antão.

“Estamos a propor a criação de quatro museus para os três municípios da ilha de Santo Antão, com base nas particularidades históricas da ilha de forma a interligarem numa rede de museus e criar conexão com os centros interpretativos que sabemos que já existem na ilha, de modo a promover a história e o turismo”, justificou.

Conforme as propostas apresentadas o “Museu da Agricultura” deverá ficar sediada na Ribeira Grande, o “Museu Etnográfico de Santo Antão” na cidade da Ponta do Sol, enquanto que o Município do Paul acolherá o “Museu da Resistência e da Resiliência”, sendo que o “Museu da Água” ficará no Município do Porto Novo.

Questionado sobre a escolha do Município do Porto Novo para acolher o “Museu da Água”, o historiador José Évora disse que todos os municípios têm vocação agrícola e poderiam acolher o referido museu, mas explicou que a escolha é uma forma simbólica de reconhecer que “durante muito tempo, desde o século XIX, até um passado muito recente, a água para São Vicente era oriunda de Santo Antão a partir Tarrafal de Monte Trigo, no Porto Novo”.

Durante o seu discurso, o presidente da Camara Municipal da Ribeira Grande comprometeu-se no sentido da instalação dos museus que, no seu entender, vão promover a ligação entre a história e o turismo, de forma a promover a ilha de Santo Antão com verdade, pois, criticou que “neste momento muitos guias turísticos inventam as suas estórias no sentido de promover os seus clientes”.

No workshop foram debatidos temas como "Os fenómenos da resistência em Santo Antão, sinais de resiliência face às adversidades do meio (as secas, as fomes e as epidemias)”, “subsídios para um roteiro do turismo histórico-cultural” e, por fim, “a ilha de Santo Antão, Resistências, Resiliências e Dinâmicas Sociais (1711-1981)".

 A vereadora Maria Rodrigues, que representou a autarquia Ribeira-grandense no workshop sobre a história da ilha de Santo Antão, realizado durante esta semana, fez um balanço positivo do evento que culminou com entrega de certificados aos participantes e uma homenagem ao historiador José Évora durante o acto oficial do Dia da Cultura e das Comunidades.

Criado em 2011, o Dia Nacional da Cultura e das Comunidades tem como patrono o poeta Eugénio Tavares, nascido a 18 de Outubro de 1897, na ilha Brava, um dos maiores compositores de mornas cabo-verdianas e um dos pioneiros da emigração cabo-verdiana.

 EL/JMV

Inforpress/fim

18/10/24 19:21

Ribeira Grande, 18 Out (Inforpress) – A Grande Feira do Livro vendeu mais de 5 mil obras, na Ribeira Grande, Santo Antão, o que superou as expectativas da organização, disse hoje a presidente da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, Matilde Santos.

A Grande Feira do Livro decorreu sob a organização da Biblioteca Nacional de Cabo Verde durante os dias 16, 17 e 18 de Outubro, no âmbito das comemorações do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, com Cofinanciamento da Cooperação Portuguesa, e mereceu um balanço positivo da organização.

Em declarações à Inforpress a presidente da Biblioteca Nacional, Matilde Santos, falou de uma “boa adesão” de visitantes à feira e mais de 5 mil obras vendidas. 

“Podemos dizer que graças à boa adesão das pessoas, que estimamos entre os 6 mil a 7 mil visitantes, conseguimos vender só nos dois primeiros dias cerca de 5 mil livros e hoje, no terceiro e último dia do evento pode-se afirmar que Ribeira Grande de Santo Antão superou as expectativas”.

Segundo a mesma fonte, os preços dos livros variaram entre os 200 e os 4 mil escudos com à venda de obras especializadas e técnicas, livros de literatura e obras infanto-juvenil, com destaque para livros clássicos da literatura cabo-verdiana que, conforme exemplificou, “O Galo Cantou na Baía”, “Chuva Braba”, “Chiquinho”, “Contra Mar e Vento” e “O testamento do Senhor Napumoceno”, se esgotaram.

“A Grande Feira do Livro foi muito concorrida e comparativamente às outras edições que temos realizado em Ribeira Grande de Santo Antão tem sido muito positiva e posso afirmar que Ribeira Grande está bem cotado em relação as feiras realizadas nas ilhas de São Vicente e Santiago”, assegurou.

Matilde Santos disse que o objectivo foi democratizar e descentralizar a feira e avançou que depois de Santo Antão, a Grande Feira do Livro que também já esteve nas ilhas de Santiago, Sal, Fogo, vai estar na ilha de São Vicente de 19 a 23 de Outubro. 

EL/ZS

Inforpress/Fim

18/10/24 19:11

Lisboa, 18 Out (Inforpress) – O escritor cabo-verdiano Evel Rocha apresentou hoje, em Lisboa, a obra “Para além das ondas: o legado de um visionário”, livro que narra o percurso de vida do empresário no sector hoteleiro em Cabo Verde Patone Lobo.

O lançamento do livro aconteceu no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), no âmbito da programação Outubro - Mês da Cultura e das Comunidades, inserida nas comemorações do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, celebrado hoje, 18 de Outubro.

“É um livro inspirado na vida do Patone Lobo, que é um empresário bastante conhecido em Cabo Verde, e conta a história do personagem desde a sua infância até aos dias de hoje. Essa ficção biográfica é exactamente a tentativa de escrever a história de alguém baseado na vida real, mas sem perder aquele cunho ficcionário”, explicou Evel Rocha, em declarações à Inforpress.

Conforme o autor, a intenção do livro é motivar as pessoas e para os jovens que também querem aventurar-se enquanto operadores, seja no turismo, seja na vida comercial ou em qualquer aventura que tenha como objectivo um lucro.

“Entre os momentos da vida do Patone que eu destacaria é aquela parte em que o personagem se apresenta como um activista social, um homem que defende os interesses da sua localidade, que também é um filantropo”, indicou, sublinhando o facto de ele estar à frente de praticamente de todos os grandes casos que diz respeito à vida social da ilha do Sal.

“Para além das ondas: o legado de um visionário” enquanto obra literária, explora não apenas os desafios e vitórias do mundo dos negócios, mas também os dilemas pessoais e as lições de vida de um homem cuja visão moldou uma geração de empreendedores.

A obra “Para além das ondas: o legado de um visionário” teve a apresentação feita por Rita Canas Mendes e Silvestre Fonseca, no evento que contou com a presença do empresário Patone Lobo.

“Eu sou portuguesa, nunca estive em Cabo Verde, então encarei este livro como um postal ilustrado, como um convite de viajar até Cabo Verde, porque o livro é uma história, é uma carta de amor a Cabo Verde, embora centrada na figura de Patone, que através das vivências dele vamos conhecendo as últimas décadas da história de Cabo Verde e até recuemos um pouco mais”, considerou Rita Canas Mendes.

Para a apresentadora, há vários momentos muito interessantes ao longo do percurso do biografado, tendo destacado o momento em que ele decide, depois de 20 anos de muito sucesso no Hotel Marabeza, forjar o seu próprio caminho, e isso “contra tudo e contra todos, remando contra ventos e contra marés”.

O autor Evel Rocha é professor universitário e neste momento a desempenhar a função de assessor cultural no Ministério do Turismo. Ao logo do seu percurso participou em várias conferências internacionais como orador na área da história e literatura, e é membro da Academia Cabo-verdiana de Letras.

Entre as obras publicadas, estão “Versos d’Alma” (1997, poesia), “Estátuas de Sal” (2003, romance), “Marginais” (2010, romance), “Cinzas Douradas” (2015, poesia), “Cisne Branco” (2017, romance), “Campo da Fortuna” (2018, romance), “Belga” (2021, romance), “Aguarela Salense” (2023, crónicas, Org.), “Mata-me depois” (2024, romance, Prémio Arnaldo França) e “Poesia Salislena” (2024, poesia, Org.).

O lançamento do livro contou com a presença do embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Correia Monteiro.

DR/JMV

Inforpress/Fim

18/10/24 18:08

Ribeira Grande, 18 Out (Inforpress) - Os Ministérios das Comunidades e da Cultura rubricaram hoje, em Ribeira Grande, Santo Antão, um memorando de entendimento para a criação do Museu da Diáspora Cabo-verdiana.

Em declarações à imprensa, a presidente do Instituto do Património Cultural (IPC), Ana Samira Baessa, explicou que o protocolo visa “dar uma nova dinâmica” ao projecto em que estão a trabalhar, que tem como principal objectivo a criação de um Museu da Diáspora Cabo-verdiana.

Ana Samira Baessa salientou que o projecto está alinhado com a política de ambos os ministérios, no que diz respeito à valorização da cultura e à integração da diáspora cabo-verdiana através da criação de uma infra-estrutura que vai “resgatar” a memória, tanto da imigração cabo-verdiana nos diferentes pontos do globo, como a forma como a cultura cabo-verdiana se faz representar através dessa diáspora nas diferentes comunidades.

“Portanto, é um museu vivo, diria, que traz essa componente da memória histórica da imigração cabo-verdiana, mas que procura também, em algum momento, prestar homenagem a todos os cabo-verdianos que saíram do seu país para buscar uma vida melhor, ter trabalho e procurar rendimentos, mas que carregaram a cultura cabo-verdiana”, afirmou.

Embora não haja uma data definida para a conclusão, Ana Baessa disse que, de momento, estão a trabalhar no mapeamento da diáspora e, através deste projecto, a ideia da criação do Museu da Diáspora “ganha um novo fôlego”.

“Este mapeamento vai, de alguma forma, contribuir com informações relativamente a como está a cultura cabo-verdiana na diáspora, e todos estes elementos serão representados no museu. Não há uma data para a conclusão do projecto, mas existe um forte interesse institucional, tanto do Ministério das Comunidades como do Ministério da Cultura, para que o projecto avance o quanto antes, acelerando esta dinâmica do mapeamento e trabalhando naturalmente para a concretização deste grande objectivo”, frisou.

O protocolo para a criação do Museu da Diáspora Cabo-verdiana foi rubricado após o acto oficial do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, que teve lugar no Terreiro da Ribeira Grande, em Santo Antão.

Ribeira Grande, Santo Antão, é o centro das comemorações do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades deste ano, que acontecem de 16 a 20 de Outubro.

Sob o lema "Cultura, ponto de luz, farol da diáspora", a programação inclui uma série de actividades culturais diversificadas.

De acordo com a programação, o evento começou esta quarta-feira com uma feira do livro, que ocupará as ruas da cidade, mantendo viva a tradição das manifestações culturais ao ar livre.

LFS/ZS

Inforpress/Fim

18/10/24 18:07

Mindelo, 18 Out (Inforpress) - O Centro Cultural do Mindelo inaugura hoje, no Dia Nacional da Cultura, a exposição “Cabo Verde Toca e Canta” do fotógrafo cabo-verdiano, residente em Portugal, Ben do Rosário.

De acordo com o CCM, trata-se de um projecto na qual o fotografo junta duas paixões, a música e a fotografia, para apresentar registos visuais da música cabo-verdiana, ostentando imagens de músicos cabo-verdianos e de origem cabo-verdiana.

A exposição, acrescentou a mesma fonte, visa essencialmente “divulgar e homenagear a música, considerada um dos aspectos mais marcantes da cultura cabo-verdiana”.

Antes de São Vicente, a exposição “Cabo Verde Toca e Canta” esteve aberta ao público na galeria Avenidas, em Lisboa, Portugal, no mês de Julho, integrada nas comemorações dos 49 anos da independência de Cabo Verde.

Segundo o fotógrafo, a maioria das 49 fotografias foi tirada em Lisboa, com enfâse no espaço B.Leza, onde costuma fotografar os eventos africanos e de música de Cabo Verde.

Também constam da exposição imagens feitas em outros países, dos quais em Cabo Verde, onde aproveitou o Atlantic Music Expo (AME) e o Kriol Jazz Festival (KJF), na Cidade da Praia, para tirar algumas fotos.

Além de Portugal e Cabo Verde, o autor pretende levar a exposição para outros países, nomeadamente onde há presença da diáspora cabo-verdiana.

CD/ZS

Inforpress/fim

18/10/24 17:38

Ribeira Grande, 18 Out (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande (CMRG), Orlando Delgado, considerou hoje que Santo Antão é uma ilha com uma história rica e um dos maiores patrimónios do mundo.

“Santo Antão é uma ilha de história, já foi a sede da comarca de toda a região do Barlavento. Este é um dado inequívoco para compreendermos a dimensão da ilha”, realçou.

Orlando Delgado, que discursava no acto oficial do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, que teve lugar no Terreiro da Ribeira Grande, em Santo Antão, afirmou que a ilha possui um património edificado e religioso “significativo, um dos maiores de Cabo Verde”.

“Em termos de património natural, é indiscutível que Santo Antão possui um dos maiores patrimónios do mundo. Assim, cabe-nos a responsabilidade de garantir que toda essa história seja valorizada como um activo para o desenvolvimento de Santo Antão”, salientou.

Nesse sentido, a mesma fonte afirmou que desejam que a história de Santo Antão “não seja fragmentada”.

Outrossim, o edil ribeira-grandense afirmou que pretendem aliar a história da ilha ao turismo, que, segundo a sua perspectiva, é um dos “motores de crescimento”.

“Os guias turísticos necessitam de informação fundamentada para poderem transmitir aos visitantes toda a grandeza de Santo Antão. O presidente do Instituto Nacional do Arquivo Histórico lançou-nos o desafio de trabalharmos toda a informação existente sobre Santo Antão, para que possamos começar a contar a nossa história verídica e não aquela que, muitas vezes, é inventada por cada um”, pontuou.

Por sua vez, o ministro da Cultura, Augusto Veiga, afirmou que a escolha de Ribeira Grande, Santo Antão, para acolher o Dia Nacional da Cultura e das Comunidades se deve ao princípio da descentralização, tendo o mesmo reconhecido que todos os municípios de Cabo Verde têm o direito de receber actividades como esta.

“Demos o primeiro passo para que, daqui em diante, este evento também seja descentralizado e realizado em vários municípios. Estamos a observar o impacto que está a ter aqui no município da Ribeira Grande e também em Santo Antão, com a realização do acto central, bem como com a feira do livro, a projecção de filmes, o lançamento de livros e as conversas abertas. Achamos que, realmente, foi uma decisão muito positiva e, da nossa parte, vamos continuar”, afirmou.

Augusto Veiga acrescentou que existem desafios no sector da cultura, sendo um dos maiores a formalização do sector, para que este possa ter um peso significativo e um impacto maior a nível da economia, além de obter o devido respeito e financiamento.

“No Orçamento de Estado, representamos menos de 1 % do orçamento total. Portanto, é uma luta contínua para conseguirmos mais recursos, para podermos formar, formalizar e representar melhor o nosso país além-fronteiras”, finalizou.

Já o ministro das Comunidades, Jorge Santos, referiu que o “casamento” entre a cultura e as comunidades é “perfeito”, pois, segundo o seu entendimento, a cultura é a base da cabo-verdianidade.

“Por isso, esse casamento é perfeito: a cultura e as comunidades. Daqui da Ribeira Grande, quero felicitar todos os cabo-verdianos que se encontram nas Américas, na Europa, na África e na Ásia por este dia que é o nosso dia. Não é um dia qualquer, é um dia de reflexão sobre o nosso percurso, a nossa civilização cristã e o que nos caracteriza enquanto povo”, afirmou.

O ministro enfatizou a importância de unir esforços para preservar e promover a cultura cabo-verdiana, destacando que cada cabo-verdiano, onde quer que esteja, desempenha um papel crucial na construção da identidade nacional.

“Devemos continuar a trabalhar juntos para que a cultura seja um dos pilares que sustentam as nossas comunidades, independentemente de onde nos encontramos. A cultura é a nossa herança e a nossa força”, concluiu.

A cidade da Ribeira Grande, Santo Antão, é o centro das comemorações do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades deste ano, que acontecem de 16 a 20 de Outubro.

Sob o lema "Cultura, ponto de luz, farol da diáspora", a programação inclui uma série de actividades culturais diversificadas.

De acordo com a programação, o evento começou esta quarta-feira com uma feira do livro, que ocupa as ruas da cidade, mantendo viva a tradição das manifestações culturais ao ar livre.

LFS/ZS

Inforpress/Fim

18/10/24 14:38

Cidade da Praia, 18 Out (Inforpress) – As escolas primárias da cidade da Praia celebram hoje o Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, que se assinala anualmente a 18 de Outubro, com actividades que vão desde apresentação de pratos típicos, dança e exposição.

Numa ronda efectuada por algumas diferentes escolas, a Inforpress constatou que o clima era de comemoração da cultura cabo-verdiana, com apresentação de várias actividades, como dança, exposição e degustação de pratos típicos de Cabo Verde, entre outras.

Na Escola Primária Nova Presidência, o professor do Agrupamento 3 da Praia, Arlindo Rodrigues, disse que no âmbito das comemorações o dia iniciou-se  com uma conversa nas salas de aula para transmitir um pouco da cultura às crianças.

“Programamos atividades tanto na sala de aula quanto no pátio, onde os alunos poderão participar ativamente e explorar a cultura de Cabo Verde”, explicou o professor.

“O objetivo inicial é avaliar o que os alunos já conhecem sobre sua própria cultura e que é fundamental que eles tenham consciência de suas raízes e da história que molda quem somos hoje”, avançou a mesma fonte.

Arlindo Rodrigues precisou que muitas vezes a cultura cabo-verdiana é lembrada apenas e durante as festividades, levando com que a vivência cultural se restringe a alguns momentos, dificultando assim um aprendizado contínuo.

“Precisamos incentivar as crianças a conhecerem mais sobre sua herança, não apenas na escola, mas também em casa”, destacou.

Também o director da Escola Abel Djassi, António Mendes, afirmou que para comemorar o Dia Nacional da Cultura a escola preparou uma exposição de selos e de alguns materiais antigos, com o objetivo de promover o conhecimento e a valorização das tradições locais.

"Os alunos estão em processo de aprendizado sobre a cultura cabo-verdiana, e muitos já têm algum conhecimento, especialmente sobre dança e música, no entanto, ainda existem utensílios e aspectos da cultura que são desconhecidos por eles”, indicou o docente.

Segundo António Mendes, ao longo do semestre será possível aprofundar o conhecimento dos alunos sobre a cultura de Cabo Verde, promovendo um aprendizado ativo e envolvente.

Na Achada Santo António, a professora do Ensino Básico Obrigatório, Luísa Veiga, afirmou que é o dever da escola transmitir e mostrar às crianças todos os traços culturais, usos e costumes do povo cabo-verdiano.

“Começamos a nossa comemoração com uma conversa sobre a cultura durante o período da manhã, seguido de uma exposição com peças antigas, como discos, ferro de engomar, pratos típicos, jogos de tabuleiro, utensílios de cozinha, roupas típicas e ainda apresentação de dança tradicionais”, afirmou.

A professora aproveitou para agradecer o engajamento dos pais e encarregados de educação, “crucial” na preparação das crianças, para que as actividades fossem realizadas.

Reforçou que é importante envolver os mais pequenos com a cultura desde cedo, para se tornarem defensoras do património cultural, contribuindo para sua preservação e promoção.

Este ano, o Dia da Cultura e das Comunidades de 2024 é celebrado sob o lema “Cultura, ponto de luz farol da diáspora”, que inclui vários eventos culturais, um pouco por todo país.

JBR/AA

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18/10/24 14:27

Porto Novo, 18 Out (Inforpress) – Anísio Rodrigues e banda vão estar este sábado, na Ribeira das Patas, interior do município do Porto Novo, para abrilhantar a noite cultural que saúda o dia desta vila, segundo o cartaz do evento.

A noite cultural, que marca um dos momentos altos das comemorações do nono aniversário de criação da vila da Ribeira das Patas, vai contar ainda com as actuações dos artistas Ary Beatz e Alyrio.

O dia da vila da Ribeira das Patas assinala-se a 22 de Outubro, data que coincide com a criação da paróquia de São João Paulo II, com sede, precisamente nessa urbe.

Para marcar a data, realiza-se também este sábado o concurso de beleza miss Ribeira das patas e uma mostra de sabores locais.

O ponto das comemorações vai ser marcado com as cerimónias religiosas do dia 22 de Outubro.

JM/CP

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18/10/24 14:00

Porto Novo, 18 Out (Inforpress) – A praça de Paços do Concelho do Porto Novo, em Santo Antão, é palco hoje de uma mostra de cultura local, espectáculos de música e dança a cargo dos vários grupos e escolas ligadas ao sector cultural.

Além da mostra da cultural local, marcada por actuações da escola municipal de música e de grupos de dança contemporânea e tradicional, esta efeméride está ainda a ser assinalada no município do Porto Novo com um ateliê de pintura ministrado pelo artista plástico Nelson Neves.

O programa, coordenado pela Câmara Municipal do Porto Novo, concluiu-se este sábado com a apresentação do catálogo das festas de romaria de São João Baptista, santo padroeiro, e apresentação do inventário do património cultural local. 

O catálogo das festas de São João insere-se no programa de preservação e valorização desta manifestação popular, classificada em 2017 como património imaterial nacional.

Do programa de preservação e valorização das festas de São João incluiu a requalificação do roteiro da peregrinação da imagem do santo padroeiro, o restauro das capelas da Ribeira das Patas e da cidade do Porto Novo, além da criação do museu nacional das romarias.  

JM/CP

Inforpress/Fim

18/10/24 11:49

Cidade da Praia, 18 Out (Inforpress) - A cidade da Praia acolhe hoje, a partir das 19:00, uma serenata em celebração do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades com “grandes artistas” e destaque para a música tradicional cabo-verdiana.

De acordo com a organização, o evento terá início na praça do Liceu Domingos Ramos e seguirá pelas ruas do Platô com paradas em restaurantes para interação com o público, culminando no Palácio da Cultura Ildo Lobo.

Entre as grandes atracções da noite, Leroy Pinto encantará o público com as canções "Amizade" e "Mãe Querida", enquanto Niclas interpretará "Dez Grãozinho de Terra" e "Subi Montanha".

Arlindo Rodrigues apresentará "Mal d'Amor", uma homenagem ao célebre Eugénio Tavares, com a canção "Contam nha Kretxeu".

Rivaldo promete emocionar com as músicas "Ponta d'Sol" e "Morna PPZ", enquanto Toti, ao lado de Mano, levará ao público a profunda "Minuto de Silêncio".

Fechando a lista de destaques, Zuleika Barros trará à tona toda a nostalgia de "Mar e Morada de Sodade" e a morna "Rabilona", além de Tidy, que encantará com "Mar de Canal" e "Doce Guerra".

Segundo a organização, a coordenação musical está a cargo de músicos nacionais, garantindo a excelência nas interpretações.

Essa serenata promete não apenas resgatar e valorizar a cultura musical de Cabo Verde, mas também “proporcionar uma experiência única de convivência entre os artistas e o público em um formato intimista e cheio de emoção”.

Ainda em celebração ao Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, que tem como patrono Eugénio Tavares, a Sala Beijing, do Palácio do Presidente da República, recebe hoje, a partir das 18:00, o “Ano Novo Quarteto + 1”, num concerto intimista.

O evento é uma oferta do grupo, formado por descendentes do artista Ano Novo mais o professor Pascoal Fernandes, tocador de cimboa, ao mais alto magistrado da nação, em retribuição à visita recentemente efetuada por José Maria Neves a São Domingos, concelho de onde o grupo é originário.

TC/CP

Inforpress/Fim

18/10/24 08:30

São Filipe, 18 Out (Inforpress) – O Dia Nacional da Cultura, assinalado hoje, é celebrado em São Filipe com o lançamento do livro “Instauração do Salazarismo em Cabo Verde - Repressão Como Meio de Silenciar os Opositores”, do autor Manuel António Amado.

Amado é professor da disciplina de História/Cultura Cabo-verdiana na Escola Secundária Dr. Teixeira de Sousa, e a obra resultou da tese de dissertação de Mestrado defendida em 2019, na Universidade Nova de Lisboa (Portugal).

O lançamento do livro “Instauração do Salazarismo em Cabo Verde - Repressão Como Meio de Silenciar os Opositores 1926 – 1929” acontece às 18:00 no Centro Cultural Armand Montrond e a apresentação é feita pelo procurador Nelson Vaz e moderado pelo comandante regional da Polícia Nacional, Fernando Tavares.

O livro explora o período de instauração do regime salazarista em Cabo Verde, com destaque para a repressão como ferramenta para silenciar opositores políticos, um tema de “grande relevância” para a história contemporânea do país, mas que é pouco trabalhado em Cabo Verde, sobretudo a nível político, ressaltou o autor. em declaração à Inforpress.

“O livro está estruturado em quatro capítulos. O primeiro aborda a antecedência do salazarismo em Cabo Verde com destaque para a República e o fim da República que foi de forma prematura e um pouco da ditadura militar anterior a 1926”, disse Manuel António Amado.

O segundo capítulo aborda a implantação do salazarismo em Cabo Verde, o terceiro sobre os meios repressivos utilizados para impor o regime e o quarto e último capítulo que foi acrescentado à tese de dissertação que tinha limitação de página e tem como título “Amadeu Gomes de Figueiredo – o governo grego e troiano”.

Segundo o autor, este capítulo, que foi acrescentado, leva este subtítulo porque embora era difícil, na altura, agradar a população e o regime, Amadeu Gomes de Figueiredo agradou tanto a população como o regime e “não houve assim tanta contestação nem de uma nem de outra”, apesar de uma ou outra contestação como o caso de Baltazar Lopes da Silva.

Segundo o autor, trata-se de um trabalho científico e de investigação e ressaltou que a investigação foi feita mais em Portugal porque é difícil encontrar documentação em Cabo Verde.

“É mais fácil encontrar documentação em Portugal, no Arquivo Histórico Ultramarino ou na Torre do Tombo. O grande problema em Cabo Verde para quem quiser fazer um trabalho de investigação de qualidade, a nível de história, tem de se deslocar a Portugal”, lamentou o autor, que sublinhou que o livro aborda todas as ilhas de Cabo Verde.

Apesar da dissertação ter ocorrido em 2019, o autor referiu que só agora foi possível a edição da obra, porque, explicou, depois veio a covid-19 e também era necessário mobilizar alguns patrocínios que ainda não foram muito significativos.

Além do lançamento da obra, que é feita em parceria com a câmara de São Filipe, está programado um sarau cultural, que enriquecerá ainda mais a celebração do Dia Nacional da Cultura.

Por isso, a edilidade convida toda a comunidade a participar neste evento, que promete ser uma “reflexão profunda” sobre a história e a cultura do país.

JR/AA

Inforpress/Fim

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