Tarrafal: Projecto Acolha diz que famílias beneficiárias “já podem andar com seus próprios pés” – coordenadora (c/áudio)

26-07-2024 15:44

Tarrafal, 26 Jul (Inforpress) – A coordenadora nacional do projecto Acolha, implementado pela Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV), disse hoje que as famílias beneficiárias já se encontram em condições de “andar com os seus próprios pés”.

Inerdina Borges falava à imprensa no acto de encerramento do projecto que, durante dois meses, esteve a preparar e capacitar essas famílias e jovens no âmbito do projecto que teve como missão desenvolver o turismo rural e sustentável e melhorar as condições de vida das famílias mais vulneráveis em algumas localidades.

No Tarrafal, as comunidades beneficiárias foram Trás-os-Montes, Fazenda e Ponta Furna, e os beneficiários foram capacitados em diversas áreas, orientando-os para obterem rendimento nos seus trabalhos.

A nível das formações, a responsável destacou a formação em hospedagem para aqueles que fazem a recepção e alojamento dos turistas nas suas casas, restauração para aquelas que preparam a alimentação dos visitantes, mas também formação de inglês para reforçar a língua estrangeira e preparar os beneficiários para falarem com os visitantes.

Alguns jovens beneficiaram de uma acção de formação em acolhimento turístico comunitário, cujo objectivo é capacitar os jovens das comunidades para apresentar os visitantes/turistas a localidade e outras zonas nos arredores, mediante os potenciais e interesse.

Igualmente, a coordenadora destacou que foram feitas várias acções de sensibilização de acordo com as necessidades encontradas nas comunidades, nomeadamente Violência Baseada no Género (VBG), igualdade de género, conceito do turismo, proteção das crianças e famílias voltadas ao turismo.

O projecto encerra hoje, mas a coordenadora avançou que a OMCV vai continuar a seguir essas famílias para se inteirar das necessidades que podem surgir posteriormente.

Em representação aos beneficiários, Maria Varela enalteceu a importância do projecto, pois ela pertence a um grupo de batucadeiras no município e também uma associação que faz um trabalho comunitário no processo de sensibilização de diversas situações e fenómenos sociais.

Segundo a beneficiária, para que o projecto atingisse os objectivos traçados os beneficiários foram submetidos a várias acções de formação e capacitação, mediante a área de actuação de cada um no projecto.

Essas formações foram consideradas como sendo uma “mais-valia”, mas também as intervenções nas comunidades beneficiárias pois, conforme considerou Maria Varela, agora os beneficiários são capazes de “andar com os próprios pés”, graças ao projecto que “marcou a vida dessas comunidades”.

O presidente da Câmara Municipal do Tarrafal, José dos Reis, por seu lado, considerou que este foi mesmo um projecto para as famílias, implementado pela OMCV em parceria com a autarquia local, que teve como fim criar espaços para rendimento próprio, principalmente para mulheres.

Ressaltou ainda que o projecto contempla uma componente turística, social, ecológico e ambiental, para criar uma “grande oportunidade” de rendimento para as mulheres, jovens e famílias, na área do turismo rural e residencial.

O projecto que teve como objectivo apoiar as ofertas turísticas das famílias rurais para melhorar as suas rendas e a qualidade de vida, assentou-se na segurança, informação, proteção de menores e sustentabilidade ambiental, implementado pela OMCV, e a ONG Italiana Persone Come Noi Onlus.

Dentro do projecto foram realizadas diversas acções de requalificação e valorização das comunidades do município de Tarrafal de Santiago, nomeadamente a reabilitação das trilhas de Angra, Medronho e Fazenda, a instalação de um banco gigante em Angra, além das formações aos beneficiários.

MC/AA

Inforpress/Fim

 

 

 

 

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