ECONOMIA


24/06/24 20:32

Cidade da Praia, 24 Jun (Inforpress) - O Grupo de Apoio Orçamental (GAO) vai investir 56 milhões de euros em 2024 no país, um acréscimo de 25 milhões em relação a 2023, face à entrada adicional do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), revelou hoje o vice-primeiro-ministro.

Em conferência de imprensa para o balanço de mais uma missão de avaliação do GAO, que terminou hoje, Olavo Correia, também ministro da Finanças, alertou, contudo, que a “tendência futura, é cada vez menos donativos e cada vez menos ajuda pública”, face ao cenário político e as incertezas que impedem sobre o mundo e o país.

“Nós temos a obrigação no plano interno de trabalhar para mobilizarmos mais recursos endógenos”, referiu o governante, para quem torna-se imprescindível arrecadar mais impostos para “pagar mais e melhor”, alegando que os “salários não podem ser pagos com o recurso à dívida pública”.

O Governo, segundo o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, no quadro do exercício do GAO resulta uma análise muito positiva do desempenho económico e global do executivo, sobretudo no alinhamento com os parceiros em relação aos pilares fundamentais para a construção do futuro melhor para Cabo Verde.

Olavo Correia destacou “o alinhamento forte no sentido de manter o país como um referencial de estabilidade económica, macroeconómica, financeira, orçamental”, assim como na estabilidade política e social, admitindo, entretanto que “existe riscos fortes, que advém, seja do lado externo, como do lado interno”.

Apontou ainda, o governante, a necessidade de o Governo continuar a sua agenda de estruturação de reformas do sector económico, como o segundo pilar importante para poder duplicar o potencial económico da economia cabo-verdiana e a edificação de um sector privado, cada vez mais forte.

Uma agenda alinhada com a transição energética (acção climática), a transição digital e a criação de um bom ambiente de negócio e de um bom clima de investimentos foi defendida por Olavo Correia, como sendo importante para o crescimento económico, assim como a diversificação da economia cabo-verdiana.

A inclusão foi, também, programada pelo governante como um pilar “muito importante” para promover as pessoas à uma vida com dignidade, autonomia e independência, assim como uma governação marcada por instituições fortes, e capacitadas para o desafio de “vencer a velocidade à escala exigida pelas pessoas num quadro de transparência e fluidez na prestação de contas”.

Já na sua primeira avaliação de 2024, o economista sénior do BAD para Cabo Verde, Felisberto Mateus, que foi apresentado pelo Governo como o novo representante residente desta instituição financeira no país, enalteceu o crescimento económico de 5.1% (por cento) em 2023, mas alertou “para a urgência de acelerar as medidas de protecção social” para combater a pobreza.

O GAO reiterou a necessidade de se acelerar o processo da diversificação da economia, altamente dependente do turismo, de forma a torná-la mais resiliente a choques externos, e de “enfrentar o desafio de longa data dos transportes inter-ilhas”, alegando que este processo desempenha um papel crucial para o desenvolvimento do país.

SR/CP

Inforpress/Fim

24/06/24 18:46

Espargos, 24 Jun (Inforpress) - O Ministério da Coesão Territorial apresentou hoje, na ilha do Sal, o seu Plano de Estratégia Nacional de Desenvolvimento Regional e Local, visando recolher junto dos parceiros, subsídios importantes para esse desenvolvimento.

Para o director-geral da Política de Coesão Territorial, Gerson Sousa, este não é um processo apenas do Governo para os municípios, mas que envolve o Governo, os municípios e os parceiros de desenvolvimento.

Estamos na fase da ‘socialização’ da estratégia e recolha de subsídios para que possamos fazer ajustes e também ter ‘inputs’ para a implementação”, explicou.

Conforme o responsável, a fase subsequente é a da implementação progressiva, sublinhando que não se trata de um trabalho feito apenas por parte do ministério, mas em conjunto, para juntar as sinergias de todos.

A ideia da diversificação económica, segundo Gerson Sousa, é um dos aspectos que mereceu enfoque, já que a ilha já tem uma economia “relativamente dinâmica”, com aposta num sector que é competitivo, mas que precisa de mais esforços para que, a par do turismo, outras actividades económicas sejam promovidas.

Para a mesma fonte, a ilha não pode apostar apenas no turismo embora seja um sector estruturante para o país, já que a aposta num sector apenas, descura os outros setores “e isso não é sustentável”.

Gerson Sousa concluiu afirmando que “é importante" aproveitar os recursos endógenos que a ilha tem, como as salinas de Pedra de Lume e apostar na capacitação aeronáutica.

NA/CP

Inforpress/Fim

24/06/24 14:31

Cidade da Praia, 24 Jun (Inforpress) - Cabo Verde registou, durante o mês de Maio deste ano, uma "melhoria significativa" nos principais indicadores fiscais e macroeconómicos, quando comparado com o mesmo período de 2023, informa o Governo.

Em comunicado de imprensa, o Executivo esclarece que esses dados são da Síntese de Execução Orçamental, publicados pela Direcção Nacional de Orçamento e da Contabilidade Pública, do Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial.

O documento precisa que o défice orçamental situou-se em 0,3 por cento (%) do Produto Interno Bruto (PIB), mantendo a consistência em matéria da consolidação das finanças públicas.

"O saldo corrente primário atingiu 3.699,7 milhões de escudos cabo-verdianos (1,3% do PIB), um aumento face aos 3.251,7 milhões de CVE (1,2% do PIB) observados em 2023", detalha.

Regista-se também uma melhoria no saldo global primário, que se fixou em 1.962,5 milhões de CVE (0,7% do PIB), comparativamente aos 2.209,6 milhões de CVE (0,8% do PIB) ao período homólogo de 2023.

Este desempenho, justifica a mesma fonte, deveu-se, "em parte", a um aumento das receitas totais (excluindo venda de ativos) de 7,1% (+1.754,3 milhões de escudos cabo-verdianos), impulsionado pelo crescimento de 8,4% na arrecadação de impostos e de 1,6% das outras receitas.

Por outro lado, adianta que as despesas correntes agravaram-se em 6,4% (+1.546,5 milhões de CVE), com aumentos significativos nas rubricas de aquisição de bens e serviços, transferências, benefícios sociais, despesas com pessoal e outras despesas.

Realça ainda que a execução dos investimentos líquidos em activos não financeiros aumentou 56,3%.

Relativamente ao stock da dívida pública, o Ministério das Finanças informa que houve um decréscimo de 4,8 pontos percentuais, face ao mesmo período homólogo, atingindo assim, 107,1% do PIB.

"Estes resultados reflectem a melhoria gradual da situação fiscal e macroeconómica de Cabo Verde, contribuindo para a consolidação das finanças públicas, bem como o crescimento sustentável do país", conclui a nota informativa.

OM/ZS

Inforpress/Fim

23/06/24 13:06

Assomada, 23 Jun (Inforpress) – A Associação dos Pescadores e Peixeiras da Ribeira da Barca (APPRB) confirmou hoje que o processo de fibragem de embarcações de pesca naquela vila piscatória já foi concluído e beneficiou mais de 30 pescadores.

Segundo o presidente da APPRB, José Rui de Oliveira, os beneficiários deste que considerou “um grande projecto do Governo” receberam as suas embarcações em finais de Maio e já regressaram ao mar em busca de sustento para as suas famílias.

Não obstante os atrasos registados no arranque, o líder associativo notou que mais importante é que todas as embarcações “totalmente fibradas” ganharam “maior durabilidade, segurança e mobilidade”.

Nesse sentido, instou os proprietários e pescadores a preservarem as mesmas para que possam ver outras das suas reivindicações atendidas como arrastadouros de bote, construção de cais de pesca e aquisição de motores de popa.

O projecto enquadra-se no âmbito do edital número um, para fibragem de embarcações de pesca artesanal, financiado a 100 por cento (%) pelo Ministério do Mar, através do Fundo Autónomo das Pescas.

O mesmo visa conferir maior segurança e maior praticidade, reduzir o gasto de combustível e o tempo de manutenção das embarcações.

FM/HF

Inforpress/Fim

23/06/24 10:09

Ribeira Grande, 24 Jun (Inforpress) – Odalles Brandão, residente em Penha de França, Ribeira Grande, Santo Antão afirmou hoje que a confecção do tradicional rosário e roscas das festas juninas está na família há duas gerações.

Em declarações à Inforpress, Odalles Brandão recordou que através de uma cunhada, a sua mãe, na altura com 13 anos, aprendeu a fazer as roscas (uma espécie de pão imitando bonecas, corações, pastas e outras formas características da época) e rosários (bolos muito pequenos, mancarra, grãos de café ou pipocas enfiados num cordel imitando um rosário) para vender nas festas juninas.

“A mãe da minha mãe faleceu e como na altura ela não tinha mais ninguém para a ajudar, agarrou a oportunidade que a sua cunhada lhe deu para aprender a fazer as roscas e os rosários”, contou.

Após alguns anos, a mesma fonte salientou que a progenitora, já com duas filhas, resolveu “arriscar” no negócio por conta própria e até os dias de hoje a tradição de confeccionar rosca e rosário não “morreu” na família Brandão.

Segundo Odalles Brandão a sua mãe a ensinou desde muito cedo a receita desta tradição gastronómica da época junina e, com o passar do tempo, tomou as rédeas do negócio quando a sua mãe teve de acompanhar a sua irmã mais nova à Portugal por motivos de doença.

“Há oito anos, a minha mãe foi para Portugal com a minha irmã doente. No primeiro ano ela me perguntou se arriscaria fazer as roscas e os rosários logo respondi que não estava preparada para avançar. E nisso ela me deu algumas coordenadas de como fazer e a quem recorrer para me ajudar e assim fiz e desde então todos os anos no mês de Junho os faço”, pontuou.

Conforme a mesma fonte das três festas juninas – Santo António, São João e São Pedro – ela costuma lucrar mais na festa de São João Baptista.

Outrossim, Odalles Brandão lamentou que a tradição “infelizmente” não irá passar para as outras gerações da família e justificou que a juventude “não quer aprender” porque acham que o processo é cansativo.

“Até nas vendas os pais insistem com os filhos para colocarem um rosário e a maioria não aceita. Infelizmente a tradição vai morrer.”, disse.

A mesma fonte disse que depois da pandemia o negócio caiu “muito”, porque as pessoas ficaram com receio devido à higiene dos mesmos.

É que, segundo Odalles Brandão muitas pessoas que vendem os rosários sem higiene e isso acaba por manchar a imagem de todos os que vendem.

“Apelo às pessoas que fazem roscas e rosários que os façam com zelo e higiene de forma que as pessoas possam ganhar confiança em comprá-las”, pediu.

LFS/HF

Inforpress/Fim

22/06/24 10:25

Porto Novo, 22 Jun (Inforpress) – Os habitantes de Espadaná, Moroços e Matinho, no Planalto Leste, na ilha de Santo Antão, estão “felizes” com a chegada hoje da energia eléctrica a essas comunidades, informou o porta-voz das comunidades, Domingos Morais.

Em conversa com a Inforpress, o representante das três comunidades disse que o dia de hoje vai ser de “muita festa” nessas zonas, que “há muito tempo” esperavam pela chegada da luz eléctrica.

“O dia finalmente chegou. Depois de muita reivindicação e de muita espera, a luz eléctrica é já uma realidade em Espadaná, Moroços e Matinho”, avançou Domingos Amador, que agradeceu ao Governo pelo investimento que, a seu ver, vai melhorar a vida das famílias.  

A inauguração do projecto de electrificação rural em baixa tensão destas localidades ocorre hoje, em acto presidido pela secretária de Estado da Inclusão Social, Lídia Lima.

Planalto Leste está, assim, totalmente coberto com energia eléctrica 24 horas, informou a Empresa de Electricidade e Água (Electra).

Os habitantes de Espadaná, Moroços e Matinho esperavam, há mais de quatro anos, pela electrificação das respectivos povoados, cujos trabalhos decorriam desde o mês de Abril.

O projecto, financiado pelo Governo, consiste na expansão de rede de baixa tensão a partir da zona de Lagoa do Planalto Leste e ainda na iluminação pública dos três povoados do Planalto Leste.

JM/AA

Inforpress/Fim 

22/06/24 09:53

Porto Inglês, 22 Jun (Inforpress) - O primeiro-ministro inaugurou na sexta-feira, 21, o projecto de reconstrução do anel de média tensão e a electrificação da zona turística de Morro e enalteceu o “impacto forte” dos mesmos para a economia do Maio.

“Em primeiro lugar vai haver redução de situações de interrupção ou de quebra no fornecimento de energia, portanto maior qualidade na distribuição da energia elétrica para a ilha do Maio”, declarou Ulisses Correia e Silva.

A mesma fonte considerou que os dois projectos, em segundo lugar, abrem condições para aumentar o nível para a penetração das energias renováveis, mas reconheceu a necessidade de se aumentar a energia na ilha.

Trata-se de um investimento conjunto orçado em 65 mil contos, e, a inauguração do anel de média tensão e a eletrificação de Morro, segundo o chefe do Governo, vai permitir reduzir as interrupções de energias, impactar a economia e melhorar as condições para a penetração das energias renováveis na ilha, que se aproxima dos 30%.

Ulisses Correia e Silva ressaltou, também, os impactos do investimento eléctrico para o turismo e para as aldeias turísticas rurais, sublinhando que, para “dar o pulo que se quer”, o turismo na ilha precisa de energia e de electricidade com mínimo tempo de interrupção possível, com redes que possam dar fiabilidade, qualidade e ligações a diversos empreendimentos turísticos. 

O projeto de reconstrução do anel de média tensão do Maio inclui a construção de 11 quilómetros de rede de média tensão entre Morrinho, Cascabulho e Praia Gonçalo, a construção de 500 metros de rede subterrânea em média tensão, e a reconstrução dos postos de transformação de Cascabulho e Praia Gonçalo, orçado em 41 mil contos.

A eletrificação de Boca Morro incluiu a expansão das redes de média e baixa tensão e iluminação pública da localidade, e o custo do trabalho rondou os 24 mil contos.

O investimento conjunto é de 65 mil contos, o que para o primeiro-ministro tem “um significado importante” para uma ilha como Maio. 

Nesta visita de trabalho, Ulisses Correia e Silva fez-se acompanhar pelo ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro.  

Da agenda da visita para hoje consta o lançamento das obras do Parque Solar Fotovoltaico no Maio, que marca o início da instalação dos parques solares financiados no âmbito do projeto de Energias Renováveis e Melhoria da Eficiência Energética nos Serviços.

RL/PC//AA

Inforpress/Fim

21/06/24 14:03

Porto Novo, 21 Jun (Inforpress) – Porto Novo foi um dos portos nacionais que mais escalas de navios de cruzeiros receberam durante a temporada de cruzeiros 2023 – 2025, em que Cabo Verde recebeu 220 navios e quase 91 mil passageiros.

Dados avançados hoje pela Enapor – Portos de Cabo Verde referem que Porto Novo, com 22 escalas e 1.680 passageiros, foi o quarto porto mais visitado durante a temporada de cruzeiros, que decorreu entre Setembro e Junho, ficando atrás dos portos Grande (São Vicente), da Praia (Santiago) e Vale dos Cavaleiros (Fogo).

O Porto Grande recebeu 69 escalas e 50.079 passageiros, Praia recebeu 55 escalas e 35 mil passageiros e Vale dos Cavaleiros com 25 escalas e 1.564 passageiros, sendo estes os portos mais visitados pelos navios de cruzeiros durante a temporada de cruzeiros, que terminou a 18 de Junho com a escala do navio Insígnia, no Porto Grande.

O porto da Furna foi o que menos escalas recebeu, apenas uma, com 38 passageiros.

Conforme a Enapor – Portos de Cabo Verde, os portos de Cabo Verde receberam 220 cruzeiros e 90.852 passageiros, tendo o Porto Grande recebido maior número de cruzeiros e passageiros.

JM/ZS

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21/06/24 13:15

Cidade da Praia, 21 Jun (Inforpress) – O instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgou hoje os dados de Índice de Preços do Comércio Externo referente a Maio de 2024, que indicam que os produtos exportados fixaram-se em 0,7% e os produtos importados aumentaram em 0,5%.

“Os preços dos produtos importados aumentaram 0,5% em Maio de 2024, valor superior em 1,0 ponto percentual (p.p.) face ao registado no mês anterior. A taxa de variação mensal dos preços dos produtos exportados fixou-se em 0,7% em Maio de 2024, valor superior em 1,3 p.p. face ao registado no mês anterior”, lê-se no documento divulgado.

Ainda de acordo com o INE, a taxa de variação mensal registada pelo Índice de Termos de Troca foi de 0,3%, aumentando 0,3 p.p. face ao valor registado no mês de Abril.

Segundo a mesma fonte, em Maio de 2024, o índice de preços da importação situou-se em 141,5, tendo registado um acréscimo de 0,5% relativamente ao mês anterior e os índices subjacente e volátil na importação registaram acréscimos de 0,3% e 0,8% respectivamente.

O aumento dos preços, refere o INE, ocorreu nas categorias de grupos bens Intermédios com 5,7% e explica-se, essencialmente, com a subida dos preços de produtos transformados para a construção (9,2%), e combustíveis (0,2%) devido à subida da única subcategoria, denominada combustíveis (0,2%);

Os dados do INE apontam ainda que a diminuição dos preços ocorreu nas categorias de grupos bens de consumo (-0,8%) justificada com a descida dos preços de produtos alimentares transformados (-1,5%) e bens de capital” (-3,4%), sendo tal explicada pela descida de preços de máquinas (-3,8%).

Em termos homólogos, os índices de preços da importação aumentaram 5,8%, relativamente ao mês de Maio de 2023, mas em comparação ao mês de Maio de 2023, os índices subjacente e volátil na importação registaram ambos acréscimos de 5,8%.

Já os Índices de Preços da Exportação situaram-se em 135,3, correspondendo a um acréscimo de 0,7%, face ao mês anterior, enquanto que os índices subjacente e volátil na exportação registaram acréscimos de 0,5% e 1,5%, respectivamente.

Em termos homólogos, em Maio de 2024, a taxa de variação homóloga do índice de preços das exportações fixou-se em 16,9%; sendo que comparativamente os índices subjacente e volátil na exportação aumentaram 20,2% e 7,3%, respectivamente.

Índice de Termos de Troca (ITT) no mês de Maio de 2024 situou-se em 95,6, registando-se um aumento de 0,3%, comparativamente ao mês anterior, tendo em termos homólogos fixado em 10,4%.

PC/ZS

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21/06/24 13:12

Cidade da Praia, 21 Jun (Inforpress) - O Ministério da Agricultura e Ambiente anunciou hoje os preparativos da campanha agrícola 2024-2025, orçada em 44,5 milhões de escudos, com foco em medidas de resiliência e combate às pragas, perspectivando “um bom ano agrícola”.

Os preparativos da campanha agrícola foram apresentados, na cidade da Praia, pela directora-geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuária, Inêida Rodrigues, e pela presidente do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), Nora Silva.

Os resultados da previsão pluviométrica sazonal, apresentados hoje e que preveem chuvas acima da média, incitam a acelerar os preparativos para uma “campanha tranquila”, segundo Inêida Rodrigues.

“Se a previsão for correcta, tudo indica um bom ano agrícola, mas lembramos que são sempre previsões. Esperamos que tenhamos um bom ano agrícola”, declarou a mesma fonte.

Para eventos extremos, informou que haverá monitoramento e comunicação entre os diversos ministérios e a Proteção Civil e, em casos de chuvas torrenciais, as infra-estruturas para conservação do solo e água ajudarão a diminuir os impactos.

Para esta campanha, o Ministério da Agricultura e Ambiente disponibilizou 106 mil plantas frutíferas e florestais, 310 mil estacas de batata-doce e mandioca, e 730 quilos de sementes forrageiras, todas produzidas no INIDA.

Além disso, serão oferecidas aproximadamente 20 toneladas de sementes de sequeiro, como milho e feijões, a preços simbólicos.

Inêida Rodrigues revelou, igualmente, a estratégia desenvolvida para a campanha agrícola 2024-2025, com foco na gestão das principais pragas, sublinhando que o ministério mantém um estoque de pesticidas, equipamentos de aplicação e proteção individual, promovendo ao máximo métodos alternativos, como a luta biológica.

Novos pesticidas biológicos serão introduzidos e a rede de armadilhas de feromona será reactivada para a detecção precoce de pragas.

Por seu lado, a presidente do INIDA, Nora Silva, informou que o controlo da lagarta do cartucho será reforçado com a utilização de inimigos naturais e novos biopesticidas.

“Este ano, três novos métodos serão testados com o apoio do especialista chinês no âmbito de um programa tripartido Cabo Verde-China-FAO, e serão realizados testes com armadilhas de atrativo alimentar para captura de machos e fêmeas da lagarta do cartucho do milho, ao contrário das armadilhas sexuais até agora utilizadas, que têm a capacidade de capturar apenas machos da lagarta do cartucho do milho”, indicou.

Nora Silva apelou aos agricultores para evitarem queimadas, especialmente nas ilhas de Santiago e Santo Antão, onde têm ocorrido precocemente. Restos vegetais devem ser utilizados como lenha, alimento para animais, cobertura do solo ou enterrados para melhorar a fertilidade do solo, aumentando a produtividade das culturas.

TC/AA

Inforpress/Fim

21/06/24 11:46

Nova Sintra, 21 Jun (Inforpress) - Os feirantes da 13ª edição da Feira Agro-pecuária da ilha Brava enalteceram hoje o evento que decorreu na cidade de Nova Sintra, no entanto, apelaram à organização que deveria realizar esta actividade mais vezes durante o ano.

Em declarações à Inforpress, o feirante Hélder Tavares salientou que a Feira Agro-pecuária é “muito criativa” e que a ilha precisa sempre deste tipo de “dinâmica” e assim trazer mais engajamento do público e onde também poderão expor os seus produtos.

“Os produtos que estamos a expor aqui são licores artesanais feitos pela minha mãe e com ajuda dos restantes membros da família, mas também temos banana que é uma fruta que cultivamos na nossa horta e camoca de terra produzida pelo meu pai, contudo o nosso foco principal é o nosso licor”, sublinhou.

Neste sentido, este feirante disse esperar ter uma “boa exposição” e que todo mundo saia a ganhar, não só financeiramente, mas também culturalmente para reforçar a tradição do município.

Por sua vez, o feirante João Tavares, que está a expor os seus mariscos neste evento, também partilha da mesma opinião que o colega, considerando que a esta feira é uma “boa iniciativa” por parte da organização, todavia lamentou o facto de ser realizado apenas uma vez ao ano.

“É uma actividade bastante vantajosa e uma oportunidade de negócio para todos nós que estamos a participar e penso que deveria ser feito mais vezes”, reforçou.

Já a visitante Assunção Tavares garantiu estar a “amar” este evento, no qual participa pela primeira vez, mas ressaltou que esta actividade não deveria ser só nessas alturas, defendendo a sua realização, pelo menos, mais duas vezes ao ano.

“Eu tenho a consciência que pode ser muito dispendioso para a entidade organizadora, mas acho que a comunidade merece isso e é bom as pessoas mostrarem os seus dotes, o que é natural, o que é da terra também, isso é muito bom, muito gratificante, viver e conviver e assistir isso tudo”, enfatizou.

A 13ª edição da Feira Agro-pecuária da ilha Brava, intitulada Impulsionando o Desenvolvimento Rural Sustentável decorre de 20 a 22 de Junho, na cidade de Nova Sintra, e conta com 30 stands de diversas índoles.

DM/ZS

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20/06/24 14:52

Cidade da Praia, 20 Jun (Inforpress) – O primeiro-ministro presidiu hoje ao lançamento do Banco Jovem e Mulher, um “instrumento inovador” que irá “facilitar e acelerar” o processo de financiamento ao empreendedorismo e “fomentar o ambiente de negócios”.

Segundo Ulisses Correia e Silva, trata-se de uma iniciativa “inovadora e pertinente” que irá tornar o processo de financiamento “mais rápido”, permitindo assim a qualquer jovem empreendedor, de Santo Antão a Brava, fazer o seu pedido, desde que tenha um móvel ligado a Internet.

“É um banco que vai ser 100 % digital, que vai permitir que desde o pedido de crédito, decisão e o acompanhamento do crédito seja feito através de meios informáticos, electrónicos e digitais, fazendo com que o beneficiário ou o empreendedor possa ter toda a informação e acompanhar o seu processo de pedido.”, adiantou o chefe do Governo.

A mesma fonte disse ainda que a visão deste programa é garantir que todo o processo seja “mais rápido, ágil e com menos burocracia” e garantir que cumpram as condições também da contratualização relativamente às garantias que são assumidas pelo Estado, relativamente à bonificação.

Na mesma linha, avançou que a ideia é fazer com que esses empreendedores possam criar negócios, autoemprego e rendimento, e tratem da sua vida com vantagens de que todo este sistema terá a facilidade de financiamento, através da fiscalidade também “muito mais favorável” do que seria fora deste quadro do programa.

“Vamos trabalhar com os bancos que já existem, é aproveitar as instituições financeiras e fazer a contratualização com eles para se aderirem a este programa”, apontou Ulisses Correia e Silva, que assegurou que o Governo vai aumentar o volume disponível para o microcrédito, crédito a pequenas e médias actividades, e para as empresas.

O Banco Jovem e Mulher vai simplificar o processo de acesso de financiamento juntando todos os serviços financeiros e não financeiros numa única plataforma electrónica, como uma “ferramenta facilitadora” de acesso ao ecossistema de financiamento.

Para aceder à linha de financiamento do banco o montante mínimo é de 150 mil escudos e máximo de cinco milhões de escudos, com uma taxa de juros não superior a 5,5 % ao ano, num período de carência com prazo máximo de seis meses.

O empreendedor deve possuir uma garantia via livrança subscrita e registo de bens móveis na plataforma, a taxa máxima de financiamento é de 95 %, e o capital próprio não pode ser inferior a 5 %, com prazo de reembolso até 60 meses, contando com os seis meses do período de carência.

AV/AA

Inforpress/Fim

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