Cooperação


24/06/24 21:31

Assomada, 24 Jun (Inforpress) - A Universidade de Santiago (US) recebe a partir desta terça-feira e durante três dias o quarto encontro da Rede-TER, com o lema “Diálogos Integrados: Pesquisa, Ensino e Inovação para o Desenvolvimento do Eixo Sul-Sul”.

De acordo com a organização, este encontro da Rede Internacional Interdisciplinar de Pesquisadores em Desenvolvimento de Territórios (Rede-TER) vai ser realizado em formato híbrido, com actividades presenciais no Campus da Assomada, e remotas, por meio de plataformas digitais.

Da programação, constam conferências, mesas redondas, apresentação de trabalhos, minicursos e oficinas, com o objectivo de promover a pesquisa, o ensino e a inovação no desenvolvimento dos territórios do Eixo Sul-Sul.

A Rede-TER é uma associação de pesquisadores de diversas universidades brasileiras e estrangeiras comprometidos com o desenvolvimento de seus respectivos territórios, com sede na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no Campus Avançado de Pau dos Ferros-RN, Brasil.

A mesma tem como missão produzir ciência de forma integrada e interdisciplinar, bem como levar conhecimento e formação de recursos humanos qualificados para as áreas fora dos eixos que, historicamente, tiveram concentração de oportunidades, assim como desenvolver e fomentar a pesquisa, o ensino e a extensão universitários, em cooperação e em parcerias, para o desenvolvimento desses territórios.

MC/CP

Inforpress/Fim

24/06/24 20:53

Espargos, 24 Jun (Inforpress) - Uma delegação de jovens, acompanhados de técnicos e vereador do Núcleo de Juventude da Câmara Municipal Vila Real, Portugal, encontra-se no Sal onde, até o dia 29, participam num intercâmbio com jovens da ilha visando troca de conhecimentos.

Durante o intercâmbio, fruto de visitas anteriores e acordos entre os municípios, os jovens dos dois municípios geminados terão oportunidade de interagir com líderes associativos e outros jovens locais.

Conforme o vereador responsável pela pasta da Juventude, Euclides Silva, este encontro é no sentido tirar o máximo partido do acordo de geminação entre o município do Sal e o município de Vila Real de Santo António.

Nós temos feito algumas ações, especialmente a nível do desporto, aproveitando os municípios, especialmente portugueses, para acções de capacitação, formação e intercâmbios desportivos, mas desta vez nós fizemos questão de trazer os jovens de Vila Real para o Sal, para depois também levarmos os nossos jovens”, disse.

Segundo Euclides Silva, a intenção é levar também os jovens do município do Sal para trocarem experiências e saberes, e aproveitar aquilo que a região de Algarve, o município de Vila Real de Santo António, tem para oferecer”.

Para o vereador do núcleo de Juventude da Câmara Municipal Vila Real, Álvaro Leal, “é fundamental fazer com que a geminação saia do papel e os jovens possam ter oportunidades de conhecer uma cultura diferente e possam levar também aquilo que a ilha tem a oferecer”.

“É uma parceria para durar, porque as migrações já existem há muitos anos, mas nós, desde que tomámos posse, estabelecemos este contacto mais próximo”, sublinhou.

Segundo a mesma fonte, esta parceria resulta de uma visita à ilha em que trouxeram um projecto de intercâmbio juvenil, “como forma de aproximar os povos”.

Tanto os jovens visitantes como os do Sal ambicionam que essa experiência seja de “muita partilha e ajuda mútua".

“É uma forma de conhecermos uma nova cultura e conhecer a realidade de Cabo Verde e ver como podemos ajudar de alguma forma, mas também adquirir e passar experiencial com os jovens daqui do Sal”, disse Jorge Piloto, membro da delegação portuguesa.

Do programa da semana de intercâmbio, consta visita aos serviços descentralizados da Câmara Municipal do Sal, visitas a espaços culturais, campanhas de limpeza, conversas abertas e para fechar, uma volta à ilha para conhecerem os pontos de interesse turístico da ilha do Sal.

NA/CP

Inforpress/Fim

24/06/24 18:22

Cidade da Praia, 24 Jun (Inforpress) – A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Miryan Vieira, destacou hoje, na Praia, o forte investimento de Cabo Verde nas áreas prioritárias do Centro Norte-Sul.

Desde 2010, quando Cabo Verde se tornou membro do Centro do Norte-Sul, tem-se evidenciado uma convergência de valores e objectivos entre o país e a instituição, focando-se na valorização dos direitos humanos, no estado de direito e no bem-estar social.

“Esta convergência de valores está mais actual do que nunca”, garantiu Miryan Vieira no seu discurso na abertura do Workshop de divulgação das actividades do Centro Norte-Sul: um instrumento de acção externa e de cooperação do Conselho da Europa, com vista a apresentar a nova estratégia do Centro Norte-Sul 2024-2027 aos responsáveis de Cabo Verde e identificar as prioridades de trabalho para Cabo Verde nos domínios de competência do Conselho da Europa.

“Cabo Verde tem feito um forte investimento nas áreas consideradas prioritárias para o Centro, como a educação, o emprego das mulheres e a cooperação voltada para as questões da juventude. Partilhamos, igualmente, valores de humanidade, aliança civilizacional, solidariedade e cooperação internacionais, que são essenciais para a adopção de políticas comuns, visando a busca de soluções comuns aos desafios globais”, sintetizou.

Miryan Vieira destacou ainda o envolvimento da juventude em várias vertentes do desenvolvimento, bem como o seu empoderamento, dado o potencial que possuem para promover a prosperidade social e económica.

Segundo a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Cabo Verde formalizou recentemente o seu interesse em aderir ao grupo de trabalho para a elaboração dessa estratégia, considerando a nova dimensão externa do Centro Norte-Sul, que visa melhorar a política de vizinhança e a estratégia de cooperação com a África.

A governante apontou ainda decisões do Executivo para reforçar a cooperação com países europeus, aderindo à convenção do Conselho da Europa, como a de Budapeste sobre o Cibercrime e a Protecção de Dados, promovendo assim a convergência legislativa, aquisição de conhecimentos e intercâmbio de boas práticas.

Comunicou ainda que de 25 a 29 de Junho, na Cidade Velha, acontece a 9ª edição da universidade sobre a juventude africana e o desenvolvimento.

TC/HF

Inforpress/Fim

24/06/24 17:33

Cidade da Praia, 24 Jun (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Praia destacou hoje em Kumasi (Gana) o reflexo da colaboração internacional para o desenvolvimento sustentável e a prestação de serviços públicos de qualidade, das boas práticas na gestão de resíduos sólidos na capital cabo-verdiana.

Francisco Carvalho defendeu esta parceria no encerramento da conferência final do Projecto HORESD – Reforço Holístico para o Desenvolvimento Sustentável, realizada nessa cidade do Gana, onde reafirmou a sua determinação na promoção das boas práticas ambientais sustentáveis e eficientes, visando contribuir para “um futuro melhor para todos os cidadãos”.

Financiado pela Europe Aid, o projecto HORESD afigura-se como uma iniciativa que reúne três administrações locais, designadamente a Mancomunitat de la Ribera Alta, em Espanha, como parceiro coordenador, a Assembleia Metropolitana de Kumasi, no Gana, como beneficiário e a Câmara Municipal da Praia, como terceiro parceiro colaborador e referência de boas práticas.

Pretende-se com o HORESD, aprimorar a prestação de serviços públicos através da capacitação eficaz e eficiente dos sistemas estruturais e de tomada de decisão das autoridades locais.

Carvalho realçou que “esta parceria demonstrou que, quando unimos forças e trabalhamos com um objectivo comum, podemos alcançar resultados extraordinários”, tendo sublinhado que a Câmara Municipal de Kumasi e a Câmara Municipal da Praia mostraram que, através da colaboração, as partes podem enfrentar os desafios ambientais de forma mais robusta e inovadora.

Esta parceria, explicitou, “fortaleceu não só as nossas capacidades institucionais, mas também os laços de amizade e cooperação entre as duas comunidades”, ressalvando que “os dois municípios devem continuar a construir sobre os sucessos alcançados, expandir as iniciativas e garantir que a sustentabilidade se torne uma parte intrínseca”.

A participação da Câmara Municipal da Praia, ao mais alto nível, de acordo com uma nota de imprensa da edilidade, “reflecte o reconhecimento das boas práticas adoptadas na gestão de resíduos sólidos na cidade da Praia, que se tornou um exemplo a nível africano”.

“Esta missão é um testemunho do compromisso da Câmara Municipal da Praia em continuar a trabalhar arduamente para a melhoria do sistema de ambiente e saneamento da capital cabo-verdiana”, lê-se na missiva.

Ainda, de acordo com a fonte, a “Conferência Final representa um marco significativo, destacando a importância da colaboração internacional para o desenvolvimento sustentável e a prestação de serviços públicos de qualidade”.

SR/HF

Inforpress/Fim

24/06/24 14:51

Cidade da Praia, 24 Jun (Inforpress) – A embaixadora da Espanha em Cabo Verde considerou hoje que trabalhar para consolidar os direitos do colectivo é um desafio social em qualquer país, realçando o financiamento de alguns projectos visando a defesa dos direitos LGBTI, no país.

Ana Paredes falava, em declarações à Inforpress, a propósito da situação da comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero (LGBTI), no país, cujo grupo deverá realizar uma marcha denominada “Parada Gay”, no final do mês.

Neste contexto, informou que a Cooperação Espanhola tem financiado vários projectos na área dos direitos LGTBI, executados pela ONG Fundación Triángulo, em Cabo Verde desde 2009, em parceria com o Instituto Cabo-verdiano da Igualdade e Equidade do Género (ICIEG).

“Trabalhar para consolidar os direitos do colectivo é um desafio social em qualquer país, mas consideramos que a Fundación Triángulo, junto com a sua parceira local, está a conseguir resultados”, considerou a diplomata.

Ana Paredes destacou o projecto em curso, denominado “Nu sta li” (estamos aqui, em português) que visa promover o acesso ao emprego digno e de qualidade a esta franja da sociedade, bem como reforçar as organizações da sociedade civil e sensibilizar a população sobre a questão.

“Confiamos no trabalho que está a ser realizado e, por isso, decidimos financiar um novo projecto, Nos Direitu (os nossos direitos), que dará continuidade ao anterior e que foi lançado por ocasião do dia 17 de Maio, Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia”, sublinhou, acentuando que a Espanha é um país que está “empenhado” na defesa dos direitos LGBTI, tanto a nível interno como através da sua política externa. 

A diplomata comentou que a luta pela defesa dos direitos da comunidade LGTBI também não foi fácil em Espanha, implicando, conforme disse, um longo trabalho de sensibilização e de políticas inclusivas ao longo dos anos.

“Contudo, em Espanha, infelizmente, continua a haver discursos e crimes de ódio anti-LGTBI, pelo que devemos continuar a trabalhar todos os dias para reduzir a vulnerabilidade do colectivo”, precisou, aplaudindo o facto de em Cabo Verde, desde 2004 as relações homossexuais tenham sido despenalizadas, sendo legais.

“Embora continuem a existir fendas a nível da protecção legal. O caminho está iniciado e há uma parte importante já percorrida. Temos de ter presente que Cabo Verde é hoje um dos países mais tolerantes da região africana. Está a ser um modelo exemplar para outros países do continente a nível do progresso e avanço de garantias dos direitos LGTBI.

Mencionando que o Governo e a Assembleia Nacional de Cabo Verde comprometeram-se a elaborar uma Lei Especial Anti Discriminação, a mesma fonte apontou, por outro lado, a existência de um anteprojecto desta lei, elaborada pela Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CMDHC) em 2022.

“A adopção desta lei representaria um avanço muito significativo em matéria de promoção da não discriminação das pessoas em função da sua orientação sexual e identidade de género no país”, instigou.

“Pouco a pouco, podemos afirmar que em Cabo Verde se vão registando avanços e progressos permitindo que o colectivo LGBTI tenha vez e voz.

Ana Paredes concluiu, reiterando que a luta contra a discriminação com base na orientação sexual e na identidade do género continua a ser um desafio, não só em Cabo Verde, mas em todas as sociedades do mundo.

“Temos ainda muito trabalho a fazer. Mesmo assim, tenho uma visão optimista e devemos reconhecer também todos os progressos realizados no mundo até hoje, que não são poucos. É primordial levar a sensibilização às escolas, com a finalidade de promover a tolerância, o respeito e a inclusão já desde a infância”, contemplou.

SC/HF

Inforpress/Fim

24/06/24 11:51

São Tomé, 24 Jun (Inforpress) – O Presidente são-tomense nomeou, por proposta do Governo, o antigo líder do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP) Aurélio Martins para embaixador em Cabo Verde, anunciou a Presidência da República.

Segundo uma publicação no Facebook da Presidência da República, Carlos Vila Nova, assinou o decreto presidencial na sexta-feira nomeando Aurélio Pires Quaresma Martins para, em comissão de serviço, exercer o cargo de embaixador extraordinário e plenipotenciário da República Democrática de São Tomé e Príncipe na República de Cabo Verde.

Aurélio Pires Quaresma Martins é licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Privada de Angola e foi deputado e por duas vezes - 2011 e 2015 a 2018 - presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrática (MLSTP/PSD), líder da oposição são-tomense.

O último mandato de Aurélio Martins à frente do MLSTP/PSD terminou em polémica, tendo sido expulso do partido e acusado de traição, após ter assinado um documento, com mais dois dirigentes do partido, um deles o actual ministro da Defesa e Administração, Jorge Amado e outros deputados da Acção Democrática Independente (actual partido no Governo), para a destituição do presidente do Supremo Tribunal de Justiça.

O político são-tomense também foi candidato às eleições presidenciais são-tomenses em 2011 e em 2021, tendo sido um dos adversários derrotados pelo actual Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova.

Foi jornalista da Rádio Nacional de Angola entre 1991 e 2005 e é consultor de estratégias de negócios e de relações internacionais.

Inforpress/Lusa

Fim

23/06/24 11:08

Cidade da Praia, 23 Jun (Inforpress) – O Presidente da República, José Maria Neves, enviou hoje ao Grão-Duque Henri e ao povo do Luxemburgo, as mais vivas felicitações e os renovados votos de “sucessos”, saúde, bem-estar e prosperidade no Dia Nacional do Grão-Ducado do Luxemburgo.

Em mensagem endereçada ao chefe de Estado daquele país do centro da Europa, na sua página nas redes sociais, José Maria Neves aproveitou a ocasião para reiterar a sua “constante disponibilidade” em continuar a aprofundar as relações de parceria e amizade entre os dois países.

Uma parceria, ressaltou José Maria Neves, que une os dois países e traz benefícios mútuos para ambos os povos.

O Dia Nacional do Luxemburgo celebra-se anualmente a 23 de Junho, data que corresponde ao aniversário do Grão-Duque. Neste dia, a tradição manda que as pessoas vistam as cores do país e que tragam o seu espírito festivo para as ruas.

Esta é, também, uma celebração que envolve toda a população. Duas das grandes atracções são a procissão de tochas e a grande exibição de fogo-de-artifício na capital.

O Luxemburgo é um dos membros fundadores das instituições que deram origem à actual União Europeia.

LT/HF

Inforpress/Fim

23/06/24 00:53

Lisboa, 23 Jun (Inforpress) – O investigador e professor na Universidade de Coimbra Pedro Gois considerou hoje que a comunidade cabo-verdiana passa por um processo de integração “muito diferenciado” em Portugal, mas também nos outros países da Europa.

A consideração foi feita em declarações à Inforpress, à margem da sua participação na primeira mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo, no âmbito do projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, que reúne as comunidades cabo-verdianas residentes em Portugal e nos demais países da Europa.

“A integração dos cabo-verdianos em Portugal é muito diferenciada. Há quem esteja completamente integrado e se sinta um cidadão nacional, e há quem esteja num processo de integração e tenha ainda alguns desafios pela frente, que têm a ver muito com o seu posicionamento identitário, mas também com a língua que fala, com a música que ouve, com o dia-a-dia de vivência entre duas culturas, o que às vezes gera um processo difícil, que é, ainda não são bem portugueses e já não são bem cabo-verdianos”, explicou.

Segundo Pedro Gois, esses cabo-verdianos quando vão a Cabo Verde são portugueses, o que considerou um “processo difícil de gerir em termos individuais”, mas lembrou que, genericamente, a maioria dos cabo-verdianos, sobretudo nos últimos anos, tornou-se “invisível” na sociedade portuguesa, que percebeu, finalmente, que os cabo-verdianos são “muito próximos” culturalmente da realidade portuguesa, sobretudo quando comparado com imigrantes que estão a chegar mais recentemente, que vêm do sudeste indiano, ou do Bangladesh, ou do Paquistão.

“Invisível no sentido em que se integraram, não causam problemas, deixamos de pensar neles como um desafio de integração e passamos a consolidar a integração, isto em grandes grupos. Pois há alguns casos que estão menos integrados, alguns jovens das periferias de Lisboa, nomeadamente, que têm mais alguma dificuldade de integração social no seu todo e não necessariamente na sociedade portuguesa”, esclareceu.

O investigador realçou, ainda, que a integração não é um processo imediato, demora tempo, chegando até três gerações, e quando se integram, “provavelmente desintegram-se” do país de origem e dos seus antepassados, o que cria um dilema, que é, “se estão muito bem integrados no país de destino, se calhar já não são cabo-verdianos, se ainda são cabo-verdianos, é se calhar porque ainda não estão suficientemente integrados”.

Sobre o projecto de mapeamento da diáspora, o professor universitário considerou que por essas razões possa vir a ter dificuldades, “que não são inultrapassáveis”, mas que devem ser consideradas no processo, que é como chegar a estas pessoas, como fazer com que elas sintam que a sua proximidade cultural de Cabo Verde é importante para as suas vidas pessoais, reiterando que esse é um processo de integração na Europa “muito diferente” no Algarve, em Lisboa, em Roterdão ou em Paris.

Por isso, fala em criar “embaixadores para o mapeamento” durante esse processo, por entender que a única forma possível de chegar ao cidadão comum, àquele que não ouve todos os dias os meios de comunicação social de Cabo Verde, mas que através das redes sociais, é possível, no entanto, são necessários “influenciadores das redes sociais”, neste caso, embaixadores.

O Governo aprovou em Junho de 2023 o início do processo de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, conferindo ao INE o papel de executar o projecto, com o objectivo de definir seu perfil, enquanto parte da população cabo-verdiana expatriada em mais de 40 países do mundo, de forma a que seja possível avaliar e projectar a sua real condição de vida e disponibilidade para se engajarem estrategicamente no processo de desenvolvimento do país.

DR/AA

Inforpress/Fim

22/06/24 15:20

Lisboa, 22 Jun (Inforpress) – O embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, classificou hoje, em Lisboa, de “importância vital” para Cabo Verde o mapeamento da diáspora, como forma de conhecer todas as suas potencialidades e definir “políticas assertivas”.

A declarações foi feita à Inforpress durante a primeira mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo, no âmbito do projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, que reúne as comunidades cabo-verdianas residentes em Portugal e nos demais países da Europa.

“Este projecto é de uma importância vital para Cabo Verde, na medida em que também a diáspora cabo-verdiana tem esta essencialidade (…). É conhecer todas as suas potencialidades, o que nos permite ter políticas públicas mais concretas e mais assertivas, baseadas em realidades de facto muito próximas daquilo que está efetivamente no terreno. Nós temos o conhecimento aproximado e nós queremos que o nosso conhecimento seja o mais próximo possível da realidade da diáspora”, frisou.

Para Eurico Monteiro, para falar da essencialidade da diáspora cabo-verdiana, implica “razoavelmente” conhecê-la em termos quantitativos e qualitativos.

O que o país tem realmente, o que representa, quais são os seus valores, quais são as suas mais valias e o contributo que “realmente dão e podem ainda dar mais para Cabo Verde”.

Sobre a escolha de Portugal para a realização desta mesa redonda que marca o arranque do projecto, o embaixador encontra a explicação no facto de existir neste país europeu uma das maiores comunidades cabo-verdianas no mundo.

“Hoje se diz que os Estados Unidos é a maior comunidade, em número, mas em termos de relações próximas, muito directas com Cabo Verde, creio que é Portugal, até também pela distância e pela ligação, e talvez também, por uma razão muito acrescida, de que existem condições institucionais que permitem uma colaboração mais rápida e estreita com as autoridades cabo-verdianas para montar um plano dessa natureza”, considerou.

Segundo Eurico Monteiro, todo esse cenário, aliado à circunstância de haver em Portugal um grupo associativo “muito dinâmico e muito activo”, são elementos no conjunto que justificam “perfeitamente” a escolha de Portugal como o primeiro país onde se está a fazer o lançamento deste “importantíssimo projecto”.

O objectivo do projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, do Governo e que confere ao Instituto Nacional de Estatística (INE) o papel de o executar, é definir seu perfil, enquanto parte da população cabo-verdiana expatriada em mais de 40 países do mundo.

A mesa redonda que decorre durante todo o dia de hoje no Centro Cultural Cabo Verde (CCCV), teve a sessão da abertura presidida pelo ministro das Comunidades, Jorge Santos, na presença do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

DR/AA

Inforpress/Fim

22/06/24 12:44

Lisboa, 22 Jun (Inforpress) – O presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE) considerou hoje, em Lisboa, que a mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo deve servir para trazer ‘inputs’ para melhoria do processo da recolha de dados.

João Cardoso fez essa afirmação à Inforpress, depois da sessão de abertura da primeira mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo, no âmbito do projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, que reúne as comunidades cabo-verdianas residentes em Portugal e nos demais países da Europa.

“Esta mesa redonda corresponde ao lançamento oficial do processo de mapeamento, vamos ter debates com especialistas, professores universitários e associações, para trazer inputs no sentido de melhorar o processo da recolha de dados e aprimorarmos a metodologia de recolha para que possamos ter sucesso”, explicou.

A mesa redonda acontece depois da primeira missão a São Tomé e Príncipe nessa de operação estatística, proposta pelo Governo, liderada pelo INE e financiada pelo Banco Mundial.

“A ida da equipa a São Tomé e Príncipe é porque esse país vai começar agora o recenseamento da população e queríamos aproveitar essa oportunidade para fazer duas coisa, uma,  tentar que o INE de São Tomé introduzisse no questionar algumas perguntas que nos permitissem identificar os cabo-verdianos e, duas, fazer o lançamento do projecto de mapeamento da diáspora em São Tomé e Príncipe”, contou João Cardoso.

Com a previsão da conclusão do mapeamento a ser realizado em todos os países que acolhem comunidades cabo-verdianas com vista a actualizar e facilitar a produção de estatísticas oficiais, até 2026, João Cardoso garantiu que o prazo é para cumprir.

“Vamos numa primeira fase, mapear 25 países europeus, até 2025, e depois o processo é para continuar. Como disse bem o senhor ministro das Comunidades, a estatística da diáspora vai entrar no sistema estatístico, ou seja, é algo que vai ter continuidade”, frisou.

O projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, criado pelo Governo e liderado pelo INE, visa definir o perfil dessa diáspora, enquanto parte da população cabo-verdiana expatriada em mais de 40 países do mundo.

Presente na abertura do evento esteve o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, que sublinhou o compromisso do Governo de Portugal com o povo de Cabo Verde, garantindo que o processo de apoio é para ter continuidade.

“Vamos continuar a trabalhar e contam comigo, pessoalmente, e com o nosso Governo, institucionalmente, para tudo o que Cabo Verde necessitar”, assegurou.

“Mapeamento da diáspora cabo-verdiana no mundo – Onde estão? Quantos são? Quem são? E como estão?” e “Estatísticas oficiais da diáspora, sua harmonização do SEM, o Sistema do Planeamento Nacional um imperativo de integração da diáspora no processo de desenvolvimento sustentável de Cabo Verde” são dois painéis em debate na mesa redonda.

O evento que teve a sessão da abertura presidida pelo ministro das Comunidades, Jorge Santos, na presença do embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, vai decorrer durante todo o dia, também contar com um atelier operacional sobre “O processo de mapeamento da diáspora com as associações e pontos focais”.

DR/AA

Inforpress/Fim

22/06/24 12:15

Lisboa, 22 Jun (Inforpress) – O ministro das Comunidades, Jorge Santos, considerou hoje, em Lisboa, que é preciso conhecer o perfil e o potencial da diáspora cabo-verdiana no mundo para se saber como agregar valor aos esforços nacionais de desenvolvimento.

A ideia foi defendida à Inforpress depois de Santos presidir a abertura da primeira mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo, que reúne na capital portuguesa comunidades cabo-verdianas residentes em Portugal e nos demais países da Europa, que acolhem a diáspora cabo-verdiana, no âmbito do projecto de mapeamento.

“É um projeto para fazermos o perfil de imigração cabo-verdiana no mundo, saber quantos são, quem são e onde estão, mas também o que fazem e a caracterização socioeconómica”, reforçou a mesma fonte.

Ou seja, continuou, a ideia é definir como trazer esse potencial, principalmente das segundas, terceiras ou quartas gerações, para agregar valor aos esforços nacionais de desenvolvimento.

Por isso, a produção estatística oficial, através do Instituto Nacional de Estatística, que é quem lidera esse projeto, “é fundamental” para o desenvolvimento de Cabo Verde, frisou.

Segundo Jorge Santos, a escolha de Portugal para dar o “ponta pé de saída” com a mesa redonda sobre o projecto, que terá, no mínimo, a duração de dois anos, relaciona-se com a dimensão da diáspora cabo-verdiana na Europa, que já ultrapassa os 460 mil cabo-verdianos de quatro gerações.

O governante lembrou que hoje existe uma “colaboração e um comprometimento grandes” da diáspora com Cabo Verde, através do capital humano, mas também a nível financeiro, já que ela já está a investir em contas a prazo, que neste momento já ultrapassa os 375 milhões de dólares.

Jorge Santos sustentou ainda que essas remessas são crescentes, com uma “pequena oscilação em 2023”, tendo já ultrapassado, só as remessas financeiras, os 18,2 por cento (%) do Produto Interno Bruto (PIB), sem contar os investimentos, que já ultrapassaram os 5,6 milhões de contos.

“As pequenas encomendas, o apoio familiar, toda essa coesão social e cultural, que também, quantificado, é importante, já ultrapassa os 7,2 % das despesas familiares de cabo-verdianos. Ou seja, se juntarmos tudo isto, estamos a falar de 34 % do PIB, e são esses dados que precisamos ter estatísticas científicas e geo-oficiais, para termos relatórios anuais, como forma de afinar e criarmos políticas públicas”, sublinhou.

O ministro das Comunidades é de opinião que a diáspora cabo-verdiana em diferentes países do mundo é um “capital endógeno”, por isso a necessidade de se investir em políticas públicas que sejam “assertivas” e se poder “aumentar essa participação”.

Presente na sessão da abertura da mesa redonda esteve o secretário de Estado das Comunidades Portuguesa, José Cesário, o embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, o presidente do INE, João Cardoso, representantes do Banco Mundial, de todas as embaixadas na Europa e dos postos consulares, das associações, das federações e também académicos.

DR/AA

Inforpress/Fim

21/06/24 22:18

Ribeira Brava, 21 Jun (Inforpress) –  A Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Patrícia Portela, disse hoje, no final da sua visita a São Nicolau, ter constatado uma ilha cheia de potencialidades, que precisam ser potencializadas.

Ao fazer o balanço dos cinco dias de visita à ilha de São Nicolau, Patrícia Portela de Souza afirmou ter mantido contacto com os líderes comunitários, as senhoras, os jovens, as crianças, com quem interagiu, pelo que o balanço é “muito positivo”.

“Mas o mais importante para mim foi ver as oportunidades que a ilha tem e, para isso, precisamos justamente apoiar fortemente os municípios para enfrentar os desafios. E aqui faço um ressalto à importância de ter um apoio bem focado nos adolescentes e jovens para que terminem o ensino secundário e tenham acesso a uma formação (...), para que possam prosperar e criar oportunidades no próprio município, na própria ilha”, realçou.

Segunda a mesma fonte, das conversas que manteve com alguns jovens, deu para constatar que alguns estão a trabalhar, no sentido de garantir a formação e de também fazer o investimento para criar oportunidades económicas.

Daí, a responsável defendeu “todo apoio aos jovens e mulheres”, destacando “a necessidade e a importância de investimentos nos jovens, nos adolescentes e nas mulheres”.

Nos últimos dois dias da sua visita à Ilha, a coordenadora do SNU esteve no município do Tarrafal, onde visitou diversas localidades e projectos financiados pelo Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde.

A mesma mostrou-se “muito alegre” por ter estado num município que tem acesso universal à água e à eletricidade, e destacou o impacto que isso tem no desenvolvimento da agricultura.

Patrícia Portela disse ter conversado com profissionais de saúde, com profissionais que trabalham na protecção social e ter visto como é necessário, até para incluir e fazer a integração social das pessoas que precisam, das famílias que precisam de mais apoio.

WM/JMV

Inforpress/Fim

Showing 1 to 12 of 60