Cabo Verde acelera a transformação dos sistemas agroalimentares - primeiro-ministro
Cabo Verde acelera a transformação dos sistemas agroalimentares - primeiro-ministro
Cidade da Praia, 25 Jul (Inforpress) - O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afiançou hoje que Cabo Verde acelera a transformação dos sistemas agroalimentares por ser de extrema importância para a segurança alimentar, saúde e para o futuro sustentável.
O chefe do executivo deu esta garantia na conferência “Acelerar a transformação dos sistemas agroalimentares em Cabo Verde”, realizada no Palácio do Governo, no quadro da visita oficial de três dias do director-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, a Cabo Verde.
Ulisses Correia e Silva considerou tratar-se de uma estratégia para os países menos desenvolvidos e, de forma ainda mais particular para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS, na sigla em inglês), dos quais Cabo Verde faz parte.
Afiançou que Cabo Verde vem fazendo o seu percurso no contexto de uma nação resiliente e com ambição de desenvolvimento.
“Os choques externos a que o mundo está sujeito derivados das alterações climáticas e de riscos sanitários, tornaram muito mais evidente e urgente a necessidade de acção sobre um conjunto de factores que põem em causa a humanidade”, vincou.
O chefe do Governo afirmou que na perspectiva da resiliência para o desenvolvimento sustentável, a estratégia do país assenta em transformações estruturais que se baseiam na aceleração de transição energética, na diversificação das fontes de água para agricultura, na eficiência hídrica, nas acções para a diminuição da erosão nos solos, aumento de infiltração e combate à desertificação.
Enumerou ainda a estruturação do sector pecuário, a conservação e a exploração sustentável dos recursos marinhos, o aumento da produtividade e do rendimento da agricultura e pesca e a unificação do mercado nacional através dos transportes marítimos eficientes, assim como tornar as cidades, vilas e aldeias rurais em lugares activos para se viver, visitar e investir e, promover a coesão territorial.
O sector climático, avançou, por outro lado, deve ser uma oportunidade para investimentos do sector privado, parcerias público-privadas, promoção de conhecimentos, qualificação profissional, investigação, inovação e tecnologias.
Enquanto isto, o director-geral da FAO enalteceu a resiliência dos cabo-verdianos e do Governo na luta pelo desenvolvimento de um país saheliano marcado por sucessivas crises.
Referiu que a FAO, que vem sendo um parceiro de Cabo Verde há cerca de 50 anos, continua disponível para ajudar o país a atrair investimentos, cientistas e tecnologia, para se investir no desenvolvimento das ilhas do arquipélago.
Qu Dongyu afirmou que apesar das suas capacidades limitadas, a FAO tenta sempre o seu melhor, pelo que prometeu trabalhar junto para o desenvolvimento do país de forma que o país possa capitalizar as suas potencialidades especialmente na economia azul, no quadro de uma combinação da agricultura com a agrotóxica.
Cabo Verde precisa de um projecto específico, observou Qu Dongyu, ressalvando que está a tentar o melhor para ajudar Cabo Verde na sua política de desenvolvimento.
SR/CP
Inforpress/Fim