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Brava: Camponeses iniciam a preparação das terras para a actividade agrícola de sequeiro

Nova embaixadora do Bangladesh quer fomentar comércio com Cabo Verde focado na exportação dos farmacêuticos

Cesária Évora Academia de Artes promove audição final de alunos que se destacaram no ano lectivo 2023- 2024

Ilha do Sal: Alta Autoridade para Imigração realiza mesa-redonda para debater situação da imigração na ilha

Novo embaixador de São Tomé e Príncipe em Cabo Verde focado na cooperação institucional entre os dois Estados

Parlamento aprova na generalidade a proposta de lei que estabelece termos da regularização do vínculo do pessoal da administração pública

Cidade da Praia, 27 Jun (Inforpress) - O Parlamento aprovou hoje na generalidade a proposta de lei que estabelece os termos da regularização do vínculo do pessoal da administração pública que esteja a exercer funções que correspondem os órgãos e serviços a que se encontram afectos.

O documento mereceu 31 votos a favor, sendo 28 da bancada do Movimento para a Democracia (MpD, poder), três da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) e 20 abstenção do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição).

O deputado do MpD João Gomes, na sua declaração de voto, explicou que o partido votou favorável ao diploma por considerar que todos os funcionários públicos que reúnam os requisitos para estarem na função, tenham um regime aplicável ao funcionalismo.

 “E agora apelamos e esperamos que o Grupo Parlamentar do PAICV nos acompanhe na votação, na especialidade, porque queremos que aquelas pessoas que já ouviram hoje, que recebem seis mil escudos, vão passar a receber 19 mil escudos, vão ter um aumento à volta de 200%”, frisou.

A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) também votou favorável e conforme o deputado António Monteiro o partido entendeu que estavam perante uma situação que já se arrasta por “muitos e muitos anos”.

“Agora estamos perante uma lei que, à primeira vista, e faço questão de frisar isto, parece que vai resolver os problemas de aproximadamente sete mil cidadãos cabo-verdianos que estão ligados, directa ou indirectamente, à função pública”, pontuou.

Segundo António Monteiro, a UCID entendeu que se trata de uma “boa medida” e esperam que, na discussão, na especialidade, algumas dúvidas que possam ainda existir nas cabeças dos deputados do partido serão devidamente sanadas com propostas que poderão ser feitas para que estas dúvidas realmente deixem de existir.

Por outro lado, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) optou pela abstenção, e criticou o processo apressado, em regime de urgência, sublinhando a falta de consulta adequada com sindicatos e a “ausência de clareza” sobre questões cruciais, como o congelamento de admissões e progressões

Segundo o deputado Julião varela o PAICV não teve conhecimento de qualquer parecer obrigatório, nestes casos das organizações sindicais.

“É obrigatório a solicitação do parecer, não tivemos conhecimento. Mas também porque esse debate ocorreu de uma forma extremamente lacónica, com ausência de informações fundamentais, importantes, portanto, para uma melhor compreensão daquilo que se pretende fazer. Desde logo, portanto, faz-se uma grande confusão relativamente à questão do congelamento de admissão e à questão da mobilidade na carreira”, salientou.

Julião Varela justificou ainda que ao longo do debate, um conjunto de propostas e anúncios foram feitos, mas que não fazem parte da lei, da proposta que lhes foi entregue.

“Nomeadamente, que todos os jornaleiros deste país irão ser admitidos à administração pública. Que todos os trabalhadores, neste momento com contratos de prestação de serviço, a nível de professores, que inclusivamente há professores com seis meses de salários em atraso”, questionou.

A proposta, segundo a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Edna Oliveira, visa estabelecer os termos de ingresso do pessoal denominado analistas de imagens, de scanners de contentores, na carreira dos técnicos de receitas e estabelecer os termos de ingresso do pessoal vinculado mediante contrato de assalariamento, nomeadamente os jornaleiros que exercem funções na administração pública.

A sessão será retomada na sexta-feira, 28 para que o documento seja apreciado na especialidade.

LFS/JMV

Inforpress/Fim

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Presidente da AJEC diz que é preciso “limar as arestas” entre instituições financeiras e a classe empresarial jovem

Cidade da Praia, 27 Jun (Inforpress) - O presidente da Associação de Jovens Empresários de Cabo Verde (AJEC), Lenine Mendes, considerou hoje que as medidas governamentais vocacionadas a apoiar a classe empresarial jovem têm sido “bem-intencionadas”, mas precisam ser “limadas” junto das instituições financeiras.

Lenine Mendes fez este pronunciamento em entrevista à Inforpress a propósito do dia mundial das micro, pequenas e médias empresas, que se assinala hoje, 27 de Junho, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O responsável admitiu que têm havido “boa vontade”, por parte do governo, mas ressalvou que precisam ser “limadas as arrestas”, junto das entidades financeiras para que não sejam “mais do mesmo”, uma vez que a classe empresarial jovem tem vindo a deparar com os mesmos problemas de burocracia no momento em que procuram o financiamento para os seus projectos.

“Ambiente de negócio em si neste momento é favorável, e tem sido apresentado medidas que na teoria são excelentes, desde incentivos, redução de cargas fiscais, bem como acesso a financiamento, mas que precisam sair da teoria”, constatou, frisando que o financiamento ainda constitui um dos grandes constrangimentos para os jovens empresários.

Lenine Mendes defendeu que existe uma “boa vontade” por parte do governo na criação de medidas de políticas, para proporcionar aos jovens empreendedores e empresários a conseguirem obter o financiamento para os seus projectos, no entanto, lembrou que a intenção e a execução não estão a coincidir, razão pela qual os potenciais beneficiários não estão a conseguir usufruir destas medidas.

Aquele representante da classe empresarial jovem enalteceu a criação da Pró-Garante, Pró-Empresa, e recentemente do Banco Jovem e Mulher, todavia, argumentou que a prática não está a funcionar de forma cabal, porque muitas vezes os promotores submetem os seus projectos juntos destas instituições, mas aguardam meses e anos para obterem uma resposta e acabam por desistir.

Por estas e outras razões, Lenine Mendes alertou que é preciso mais celeridade neste processo, argumentando que em Cabo Verde o empreendedorismo é “muito romantizado”, visto que se fala muito das oportunidades e das instituições que apoiam as micro, pequenas e médias empresas, mas que não estão a funcionar de forma cabal para dar respostas às expectativas dos jovens.

Lenine Mendes mostrou-se preocupado com a escassez de mão-de-obra qualificada no país em todos os ramos da economia, uma vez que, segundo ele, um número significativo de jovens com qualificação profissional e não só, está a deixar a terra natal à procura de melhores salários além-fronteiras, o que considerou ser benéfico para aqueles que estão a fazer isso, mas que está a dificultar a classe empresarial.

“Existe trabalhos por fazer e existem jovens que estão a investir e querem investir, mesmo com estes grandes constrangimentos, mas o problema neste momento é encontrar mão-de-obra qualificada no país, devido à fuga dos jovens para o estrangeiro”, constatou.

Por isso, aproveitou a ocasião para exortar as universidades e as instituições de formação profissional a apostarem nas áreas em que o mercado está a precisar neste momento, explicitando que a classe está motivada para contribuir para a diversificação da economia, mas que é preciso primeiro, a criação de condições básicas como transportes inter-ilhas, água, energia, que na sua opinião ainda são deficitários e muito caro no país, dificultando assim o ambiente de negócio com grande peso nos custos fixos.

Realçando que, o sector do turismo ainda está a beneficiar na sua maioria as grandes cadeias internacionais que operam no país, deixando praticamente de fora a população residente, Lenine Mendes garantiu que a AJEC vai continuar a dialogar com as entidades governamentais, sempre que forem solicitados, levando sempre a preocupação da classe, tanto residente como na diáspora.

O presidente da AJEC deixou uma mensagem de encorajamento aos jovens empresários neste dia, lembrando que a situação não está sendo fácil, mas que devem acreditar no potencial do país e continuarem porque dias melhores virão.

WN/CP

Inforpress/Fim

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Ilha do Sal: Alta Autoridade para Imigração realiza mesa-redonda para debater situação da imigração na ilha

Espargos 27 Jun (Inforpress)- A Alta Autoridade para Imigração (AAI) realizou hoje, na ilha do Sal, uma mesa-redonda, visando a promoção de reflexão e debate sobre a situação da imigração no concelho do Sal.

O encontro, destinado aos representantes das instituições e organizações locais que lidam com questões da imigração e a líderes das associações de imigrantes residentes na ilha do Sal, visa, conforme a presidente da AAI, Carmen Furtado, visa, acima de tudo, assinalar os dois anos de funcionamento da Unidade Local para a Imigração (ULI) na ilha, um serviço da Alta Autoridade implementado em parceria com a Câmara Municipal do Sal.

“Visa também reflectir um bocadinho sobre aquilo que é o contexto da imigração na ilha do Sal e reforçar a colaboração e a cooperação e dar conhecimento às instituições aquilo que foi feito durante estes dois anos com esta estrutura e identificar novos desafios e, eventualmente, novas prioridades”, contextualizou.

Para Carmen Furtado, “há dinâmicas locais intrínsecas àquilo que é este fenómeno”, por isso as unidades locais trabalham implementando actividades que a nível nacional são desenvolvidas, mas têm também actividades específicas que visam responder às demandas dos conselhos.

“O trabalho é de complementaridade e parceria com as organizações a nível local, sejam públicas, privadas, sejam da sociedade civil, que nós acreditamos que o benefício último e o objetivo principal são uma melhor abordagem do fenómeno da imigração”, continuou.

Enquanto primeira unidade local implementada no país, a mesma fonte sublinha que este serviu de “teste”, reconhecendo que é um trabalho que exige “coordenação, entendimento comum, e complementaridade”.

“O que nós verificamos aqui no Sal é que a colaboração com a Câmara Municipal produziu bons resultados, a maior parte das actividades são desenvolvidas efectivamente em estruturas da Câmara Municipal do Sal”, sublinhou, destacando, por outro lado, o “grande” papel das associações de imigrantes que fazem efetivamente que as atividades cheguem às suas comunidades.

A presidente da AAI destacou também o papel das instituições a nível desconcentrado e que têm estado abertas a levar informações aos imigrantes relativamente a vários domínios.

Carmen Furtado disse que “infelizmente” não se conseguiu resolver todos os desafios propostos, mas continuam a trabalhar para dar “melhores” respostas aos imigrantes.

Para o consultor Gilberto Neves, que apresentou o primeiro painel sobre a situação dos imigrantes na ilha do Sal, hoje os imigrantes “sentem-se que estão muito mais bem integrados no município do Sal”, sendo este é o segundo município com o maior número de imigrantes.

“Há vantagens e há desvantagens, mas eles se sentem a nível das instituições bem-recebidos. A nível da sociedade ainda há alguns questionamentos relacionados a alguns comportamentos que os imigrantes trazem das suas origens, mas estão a adaptar –se à nossa cultura”, disse.

O mesmo sublinhou que os imigrantes na ilha têm muito potencial que precisa ser explorado ainda pelo próprio município, para que o desenvolvimento sustentável do município possa ser abrangente para todos.

Já para a técnica local da AAI, Nademira Silva, ao longo desses dois anos foram desenvolvidas várias actividades, além de atendimentos presenciais que se aproximam dos 200.

“Nas saídas de terreno que são feitas como uma política de proximidade e que mensalmente deslocamos as comunidades imigradas, já foram realizados cerca de 103 atendimentos”, continuou.

A Unidade Local para a Imigração do Sal foi implementada em Junho de 2022, pela Alta Autoridade para a Imigração, no âmbito das suas atribuições do projeto Coo4pInt, em parceria com a Câmara Municipal do Sal, visando apoiar, orientar e dar informações os estrangeiros e imigrante.

NA/JMV

Inforpress/Fim

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Cesária Évora Academia de Artes promove audição final de alunos que se destacaram no ano lectivo 2023- 2024

Cidade da Praia, 27 Jun (Inforpress) – A Cesária Évora Academia de Artes promoveu hoje, na cidade da Praia, uma audição final de alunos que se destacaram no ano lectivo 2023-2024, com objectivo de proporcionar um momento de união entre a comunidade educativa.

 “Este evento interno permite que os alunos que mais evoluíram ao longo do ano pudessem apresentar o que aprenderam, convidando pais, colegas e outros membros da comunidade educativa”, explicou o professor José Maria Leal, em declarações à Inforpress.

Segundo aquele responsável, a recital de música, que teve lugar no Auditório Nacional Jorge Barbosa, tem como objectivo juntar a comunidade educativa, uma vez que ao longo do ano não foi possível reunir todos por ocasião do Natal, da Páscoa e do final do ano lectivo.

Além disso, trata-se de uma oportunidade para que os alunos de diferentes horários, idades e ocupações possam se conhecer e interagir, fortalecendo o senso de comunidade dentro da Academia.

"A música é o que nos une", enfatizou José Maria Leal.

 

Foram selecionados os alunos que estão mais preparados e confiantes para se apresentarem. Entre os destaques, há cerca de 30 alunos de violino, 10 de piano e 8 de guitarra, mais alunos da parceria com a Escola Pedro Gomes, que aprendem instrumentos de sopro e canto.

A Academia de Artes, segundo José Maria Leal, tem procurado se expandir para outras ilhas, indicando um núcleo na ilha do Sal e outro na ilha de São Vicente. Parcerias têm sido feitas com diversas instituições para levar a música a mais pessoas.

Um dos grandes desafios, como apontou aquele responsável, é a valorização da música e da arte pela sociedade cabo-verdiana, que, apesar de ser uma terra rica em cultura musical, muitas vezes não dá a devida importância a esses aspectos em meio a outras prioridades.

Vários de alunos já passaram pela Cesária Évora Academia de Arte, mas nem todos continuam devido às exigências da aprendizagem, viagens ou mudanças de prioridades, especialmente durante a adolescência.

No entanto, vincou o professor de música, a Academia acompanha e motiva também os adolescentes da melhor maneira possível, ajudando-os a encontrar um equilíbrio entre a música e outras responsabilidades.

E, este recital, frisou José Maria Leal, não só destaca o talento e a dedicação dos alunos, mas também reforça o papel fundamental da Academia de Artes na formação cultural e educativa da comunidade.

TC/JMV

Inforpress/Fim

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Futebol: Travadores - Bola pra Frente inaugura a Liga Stopira’2024 em sub-19

Cidade da Praia, 27 Jun (Inforpress) - A 12ª edição da Liga Stopira em futebol de sub-19, arranca na sexta-feira, 28, no Estádio Municipal Achada Santo António, na Praia, entre os Travadores e Bola Pra Frente, em partida marcada para às 08:30 do Grupo A.

De acordo com informações avançadas à Inforpress pelo mentor desta iniciativa, Ivanir Rodrigues, conhecido nas lides desportiva por Barrusco, o jogo inaugural será seguido do embate que coloca frente-a-frente as agremiações do Meio de Achada “TMT” e Varandinha, para a poule B.

A jornada inaugural prossegue no sábado, 29, com as partidas entre o Grémio Nhagar x Juda, ficando de fora o Real El Sonhador.

Já no domingo, em jogo para a poule C, o Sporting faz a recepção ao EFSOD, em partida marcada para às 08:30, para logo de seguida medir as forças os conjuntos de Palmarejo e Ajax.

Relativamente ao Grupo D, no sábado 29, às 14:30, Tira Chapéu defronta EFAG, sendo que às 16:00 Fonton e Criolinhos defrontam-se no Municipal de Santo António.

A Liga Stopira’2024 em sub-19 arranca esta sexta-feira, com 16 equipas, um acréscimo de quatro em relacção ao ano transacto e vai ser disputada em Santiago Norte e Santiago Sul em homenagem ao treinador Flávio Monteiro.

Os jogos serão realizados nos campos de Sucupira - Achada de Santo António, São Pedro - Pensamento, Achada Grande Frente e Estádio da Várzea, Santa Catarina, Santa Cruz e Tarrafal.

A “final-four” vai ser disputada a duas mãos, no Estádio da Várzea e no Estádio Municipal de Tarrafal de Santiago e a final será realizada no Estádio da Várzea.

SR/CP

Inforpress/Fim

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Nova embaixadora do Bangladesh quer fomentar comércio com Cabo Verde focado na exportação dos farmacêuticos

Cidade da Praia, 27 Jun (Inforpress) - A nova embaixadora do Bangladesh em Cabo Verde prometeu hoje trabalhar para que o seu país exporte produtos farmacêuticos ao arquipélago a preços competitivos e de boa qualidade e incentivar a prática do turismo no país.

Rezina Ahmed manifestou este desejo à imprensa no seguimento da apresentação das cartas ao chefe de Estado, José Maria Neves, que a acreditam como o quarto embaixador do Bangladesh reconhecido em Cabo Verde.

Disse que o sector farmacêutico será “muito importante”, porque Bangladesh exporta os seus farmacêuticos para 135 países, alegando que são produtos muito competitivos no preço e também muito bons na qualidade.

“Nós temos uma boa cooperação nos fóruns multilaterais até agora. E agora, gostaríamos de focar em desenvolver o trato entre nossos dois países”, referiu a diplomata que promete, nos próximos dias, identificar algumas novas áreas de cooperação entre os dois Estados com vista a desenvolver o comércio entre Cabo Verde e Bangladesh.

O turismo, avançou, será, igualmente, benéfico para ambos os países, assim como a economia azul, as mudanças climáticas, ressalvando que Bangladesh se afigura como um dos dez países mais vulneráveis à mudança climática.

“Cabo Verde também está enfrentando dificuldades. Então, nós podemos colaborar entre nós mesmos”, elucidou Rezina Ahmed, acrescentando que o seu país está disposto a colaborar com todos os Estados do mundo e que na última década, o seu governo está focado em construir as relações com os países africanos.

“Abrimos muitas missões em países africanos e onde não temos missões, nós acreditamos e protegemos de qualquer missão mais próxima”, finalizou.

SR/CP

Inforpress/Fim

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Brava: Camponeses iniciam a preparação das terras para a actividade agrícola de sequeiro

Nova Sintra, 27 Jun (Inforpress) –Alguns agricultores da ilha Brava já iniciaram a preparação das terras para receber as sementes, mas a maioria prefere esperar pela queda das primeiras chuvas para arrancar com a campanha agrícola de sequeiro.

Abordados pela Inforpress, alguns camponeses informaram hoje que já estão a preparar para o ano agrícola, sendo que o terreno e as sementes já estão prontos, contudo estão à espera de um momento mais apropriado para começarem a lançar as sementes à terra.

Na localidade de Cova Rodela, o porta-voz dos lavradores, João Armando Cabral, garantiu que já fez todos os preparativos para o início de mais um ano agrícola, porém salientou que só iniciará a faina agrícola a 26 de Julho.

“Ainda só fiz a limpeza do terreno, mas já tenho prontas as sementes, nomeadamente, pepino, abobora, milho, feijões, entre outros. Tenho a esperança que este ano iremos ter um bom ano agrícola e uma boa colheita, pois antigamente nesta época quase todo mundo já tinha colocado as sementes na terra ou então estavam a preparar para tal, no entanto, até agora, são poucas as pessoas que eu vi a preparar para o arranque da sementeira”, sublinhou.

Nos arredores da cidade de Nova Sintra, a maioria dos agricultores ouvidos pela Inforpress preferem esperar pela queda das primeiras precipitações para iniciarem as actividades agrícolas.

Joaquim Mendes, um agricultor aposentado, por motivos de doenças, frisou que embora não esteja a cultivar com a força dos seus braços, tem pago aos trabalhadores para o fazerem e por isso escolhe uma data mais apropriada para iniciar a faina agrícola.

“Actualmente eu não posso praticar a agricultura, todavia eu gosto de o fazer e sempre tenho esperança num bom ano agrícola. Por isso pago, sem medo, cerca de2.500$00, a cada trabalhador para o fazerem por mim. Ainda não tenho uma data certa para semear, mas a terra já está preparada para receber as sementes e só estou a aguardar as primeiras precipitações e assim ter uma data”, ressaltou.

Numa ronda a zonas mais altas da freguesia de Nossa senhora do Monte a Inforpress pôde constatar que são poucos os terrenos que já foram limpados e preparados para o início das actividades agrícolas

O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente no concelho da Brava, Ermelindo Barros, disse que neste momento estão a fazer avaliação de produtos de combate a pragas e aquisição sementes para fornecer aos agricultores. Todavia, garantiu que já estão formadas as equipas para o patrulhamento no terreno.

DM/JMV

Inforpress/Fim

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Número de crianças com grave escassez de alimentos duplicou em seis meses no Sudão

Cairo, 27 Jun (Inforpress) – O número de crianças sudanesas que enfrentam uma grave escassez de alimentos quase duplicou em seis meses e 75% delas sofre diariamente a falta de alimentos, com a guerra a agravar esta situação, informou hoje a Save the Children.

De acordo com os novos dados da Parceria para a Classificação Integrada das Fases de Segurança Alimentar (IPC) - a principal autoridade internacional em matéria de gravidade das crises de fome - a Organização Não-Governamental (ONG) Save the Children constatou que 16,4 milhões de crianças, ou seja, três em cada quatro crianças, enfrentam actualmente níveis de fome de "crise", "emergência" ou "catástrofe", contra 8,3 milhões em Dezembro.

De acordo com o CPI, existe um risco de fome em 14 localidades do país, com 755.000 pessoas a enfrentarem níveis catastróficos, incluindo 355.605 crianças, de acordo com as estimativas da Save the Children.

"[Os números] deviam fazer gelar o nosso sangue", afirmou o director nacional da ONG no Sudão, Arif Noor, em comunicado. Catorze meses de conflito devastador transformaram o Sudão num campo de batalha. Centenas de milhares de crianças que conseguiram desviar-se das balas e das bombas enfrentam agora a morte por fome e doença.

Noor questionou sobre onde está "a indignação colectiva - e a acção - necessária", uma vez que "já é demasiado tarde para evitar a fome e a subnutrição em massa”.

"[Mas] através de uma acção imediata e coordenada, podemos salvar vidas; a história julgar-nos-á se não o fizermos", acrescentou.

De acordo com a ONG, a resposta humanitária para o Sudão está "lamentavelmente subfinanciada", com os doadores "a fornecerem apenas 16,8% de um plano de resposta da ONU de 2,7 mil milhões de dólares" (cerca de 2,5 mil milhões de euros).

O Sudão é o cenário das piores catástrofes humanitárias do mundo e da maior vaga de deslocações a nível global, com mais de dez milhões de pessoas a fugirem das suas casas.

A guerra no Sudão entre o exército regular e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) matou entre 30.000 e 150.000 pessoas, de acordo com diferentes fontes.

Inforpress/Lusa

Fim

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