Presidente da República condecora criadores e intérpretes do Cancioneiro da Liberdade

27-06-2024 18:18

Mindelo, 27 Jun (Inforpress) - O Presidente da República (PR), José Maria Neves, vai condecorar os criadores e os intérpretes do Cancioneiro da Liberdade por ocasião dos 49 anos da independência nacional, celebrados a 05 de Julho.

A informação consta do Decreto-Presidencial n. º 07/2024, publicada hoje no Boletim Oficial.

De acordo com o mesmo documento, serão condecorados o compositor e intérprete Manuel d’Novas (Manuel de Jesus Lopes), a título póstumo, com o 2º Grau da Ordem Amílcar Cabral.

 Daniel Alberto Rendall Moreira Monteiro, Alcides Spencer Brito e o agrupamento musical ‘Os Tubarões’ serão condecorados com o 2º Grau da Ordem do Dragoeiro e os agrupamentos musicais ‘Os Kings’, ‘Kolá’, ‘Nova Aurora’ e ‘Kaoguiamo’ com a 2ª Classe da Medalha do Vulcão.

Conforme justificou o chefe de Estado, a cultura cabo-verdiana esteve desde a primeira aurora na linha da frente das manifestações a favor da libertação e contra o colonialismo.

Lembrou também que as condições de censura, opressão e descaso impostas pelo regime, as fomes, mortandade e doenças, agudizadas pelos longos períodos de ausência de chuvas, encontraram nas manifestações culturais, como a música e a literatura, a expressão da revolta, do protesto e da denúncia tantas vezes censurada e violentamente banida pelo regime de então.

“E, já pelo lugar essencial que ocupa na construção da Identidade da Nação cabo-verdiana, é absolutamente natural o muito particular papel que a música, de entre todas as manifestações da nossa cultura, desempenhou no processo de despertar da consciência nacional para a Luta de Libertação Nacional”, destaca-se no decreto.

Conforme o documento, a música foi “determinante na densificação e massificação” dos ideais da liberdade e da independência que se impunha conquistar, particularmente pontificando o “longo sofrimento imposto ao povo pelo regime colonial, a pobreza generalizada, a ânsia de liberdade, a determinação de um povo em ser dono e senhor do seu próprio destino”.

Assim, justificou, “urge agradecer e celebrar os criadores e os intérpretes que, com “notável rasgo criativo e imenso engenho e dedicação souberam ajudar a construir uma época histórica e, no meio de gigantescas dificuldades, ajudaram o seu povo a cantar, aqui na terra-mãe finalmente liberta e com o sabor muito próprio destas ilhas, os eternos e universais sons da liberdade e da dignidade”.

CD/CP

Inforpress/Fim

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