Cabo Verde quer reforçar parcerias com demais regiões da Macaronésia para melhorar situação das crianças e adolescentes

27-06-2024 13:25

Cidade da Praia, 27 Jun (Inforpress) – A presidente do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) revelou que Cabo Verde almeja reforçar parcerias com as restantes regiões da Macaronésia, para juntos pensarem nas melhores práticas visando melhorar a situação das crianças e adolescentes.

Zaida Freitas deu esta informação à imprensa no âmbito do “I Encontro de Boas Práticas na Protecção da Infância e Adolescência do Atlântico”, promovido pelo Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, através do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA).

“O objectivo deste encontro é reforçar as parcerias na região da Macaronésia. Então, hoje temos aqui representantes dos Açores, da Madeira, das Canárias e obviamente Cabo Verde, pois nós queremos reflectir sobre os desafios da protecção da infância e da adolescência na nossa região”, avançou.

Isto para, explicou, em conjunto, pensarem nas melhores práticas, nos melhores modelos de intervenção, nos grandes desafios, que segundo sublinhou, são muito semelhantes pelo facto de estas regiões serem estados insulares e países arquipelágicos.

Conforme a presidente do ICCA, ao longo destes dois dias pretendem encontrar, numa só voz, modelos para melhorar a situação das crianças e adolescentes, sendo que o encontro tem também como propósito, a criação de uma rede da Macaronésia, da protecção da criança e dos adolescentes, sem esquecer dos cuidadores.

“Como eu dizia inicialmente, enquanto Estados insulares temos vários desafios, como situações de disparidade, que muitas vezes leva a desigualdade e a dificuldade de acesso a serviços básicos igualitários para todas as famílias, o que tem um impacto directo nas nossas crianças e adolescentes” disse, reforçando que o que se pretende realmente é pensar nas melhores propostas de intervenção.

Zaida Freitas apontou como uma das “grandes preocupações” do país, a situação da irresponsabilidade parental, tendo adiantado neste sentido, que o país quer criar um Programa Nacional de Parentalidade.

“Nós queremos focar no sentido de melhorar as competências dos técnicos, nomeadamente dos técnicos sociais do ICCA, estaremos a organizar ainda para este ano um programa para melhorar a elaboração dos processos de averiguação dos casos e de elaboração dos relatórios sociais e também este programa que nós chamamos de cuidar de quem cuida”, esclareceu.

Por sua vez, a directora do Departamento de Apoio à Família, Infância e Juventude do Instituto de Segurança Social da Madeira, Paula Mesquita, considerou que esta parceria pode vir a enriquecer em todas as regiões, na medida em que, justificou, os direitos da criança são transversais.

“Temos uma experiência grande em termos de assessoria técnica aos tribunais, na elaboração de relatórios, de avaliações de crianças e de famílias e essa é a área em que nós podemos contribuir”, assegurou manifestando total disponibilidade de cooperação, tendo em conta que realçou que a experiência de todos será enriquecedora nesta matéria.

O ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, por seu lado, assegurou que a acção de Cabo Verde tem focado na defesa dos direitos das crianças de forma intransigente, como prioridade máxima.

E essa protecção passa, conforme sublinhou, por defender os direitos das crianças em toda a sua dimensão, contribuindo para que a criança e o adolescente estejam a estudar, ou a brincar, no ambiente familiar, avançando ainda que o Governo tem trabalhado para que toda a legislação possa reforçar essa protecção.

ET/ZS

Inforpress/Fim

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