Ilha do Sal: Alta Autoridade para Imigração realiza mesa-redonda para debater situação da imigração na ilha

27-06-2024 20:20

Espargos 27 Jun (Inforpress)- A Alta Autoridade para Imigração (AAI) realizou hoje, na ilha do Sal, uma mesa-redonda, visando a promoção de reflexão e debate sobre a situação da imigração no concelho do Sal.

O encontro, destinado aos representantes das instituições e organizações locais que lidam com questões da imigração e a líderes das associações de imigrantes residentes na ilha do Sal, visa, conforme a presidente da AAI, Carmen Furtado, visa, acima de tudo, assinalar os dois anos de funcionamento da Unidade Local para a Imigração (ULI) na ilha, um serviço da Alta Autoridade implementado em parceria com a Câmara Municipal do Sal.

“Visa também reflectir um bocadinho sobre aquilo que é o contexto da imigração na ilha do Sal e reforçar a colaboração e a cooperação e dar conhecimento às instituições aquilo que foi feito durante estes dois anos com esta estrutura e identificar novos desafios e, eventualmente, novas prioridades”, contextualizou.

Para Carmen Furtado, “há dinâmicas locais intrínsecas àquilo que é este fenómeno”, por isso as unidades locais trabalham implementando actividades que a nível nacional são desenvolvidas, mas têm também actividades específicas que visam responder às demandas dos conselhos.

“O trabalho é de complementaridade e parceria com as organizações a nível local, sejam públicas, privadas, sejam da sociedade civil, que nós acreditamos que o benefício último e o objetivo principal são uma melhor abordagem do fenómeno da imigração”, continuou.

Enquanto primeira unidade local implementada no país, a mesma fonte sublinha que este serviu de “teste”, reconhecendo que é um trabalho que exige “coordenação, entendimento comum, e complementaridade”.

“O que nós verificamos aqui no Sal é que a colaboração com a Câmara Municipal produziu bons resultados, a maior parte das actividades são desenvolvidas efectivamente em estruturas da Câmara Municipal do Sal”, sublinhou, destacando, por outro lado, o “grande” papel das associações de imigrantes que fazem efetivamente que as atividades cheguem às suas comunidades.

A presidente da AAI destacou também o papel das instituições a nível desconcentrado e que têm estado abertas a levar informações aos imigrantes relativamente a vários domínios.

Carmen Furtado disse que “infelizmente” não se conseguiu resolver todos os desafios propostos, mas continuam a trabalhar para dar “melhores” respostas aos imigrantes.

Para o consultor Gilberto Neves, que apresentou o primeiro painel sobre a situação dos imigrantes na ilha do Sal, hoje os imigrantes “sentem-se que estão muito mais bem integrados no município do Sal”, sendo este é o segundo município com o maior número de imigrantes.

“Há vantagens e há desvantagens, mas eles se sentem a nível das instituições bem-recebidos. A nível da sociedade ainda há alguns questionamentos relacionados a alguns comportamentos que os imigrantes trazem das suas origens, mas estão a adaptar –se à nossa cultura”, disse.

O mesmo sublinhou que os imigrantes na ilha têm muito potencial que precisa ser explorado ainda pelo próprio município, para que o desenvolvimento sustentável do município possa ser abrangente para todos.

Já para a técnica local da AAI, Nademira Silva, ao longo desses dois anos foram desenvolvidas várias actividades, além de atendimentos presenciais que se aproximam dos 200.

“Nas saídas de terreno que são feitas como uma política de proximidade e que mensalmente deslocamos as comunidades imigradas, já foram realizados cerca de 103 atendimentos”, continuou.

A Unidade Local para a Imigração do Sal foi implementada em Junho de 2022, pela Alta Autoridade para a Imigração, no âmbito das suas atribuições do projeto Coo4pInt, em parceria com a Câmara Municipal do Sal, visando apoiar, orientar e dar informações os estrangeiros e imigrante.

NA/JMV

Inforpress/Fim

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