Portugal: Mesa redonda sobre Mapeamento da Diáspora deve trazer ‘inputs’ para melhorar recolha de dados - INE
Portugal: Mesa redonda sobre Mapeamento da Diáspora deve trazer ‘inputs’ para melhorar recolha de dados - INE
Lisboa, 22 Jun (Inforpress) – O presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE) considerou hoje, em Lisboa, que a mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo deve servir para trazer ‘inputs’ para melhoria do processo da recolha de dados.
João Cardoso fez essa afirmação à Inforpress, depois da sessão de abertura da primeira mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo, no âmbito do projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, que reúne as comunidades cabo-verdianas residentes em Portugal e nos demais países da Europa.
“Esta mesa redonda corresponde ao lançamento oficial do processo de mapeamento, vamos ter debates com especialistas, professores universitários e associações, para trazer inputs no sentido de melhorar o processo da recolha de dados e aprimorarmos a metodologia de recolha para que possamos ter sucesso”, explicou.
A mesa redonda acontece depois da primeira missão a São Tomé e Príncipe nessa de operação estatística, proposta pelo Governo, liderada pelo INE e financiada pelo Banco Mundial.
“A ida da equipa a São Tomé e Príncipe é porque esse país vai começar agora o recenseamento da população e queríamos aproveitar essa oportunidade para fazer duas coisa, uma, tentar que o INE de São Tomé introduzisse no questionar algumas perguntas que nos permitissem identificar os cabo-verdianos e, duas, fazer o lançamento do projecto de mapeamento da diáspora em São Tomé e Príncipe”, contou João Cardoso.
Com a previsão da conclusão do mapeamento a ser realizado em todos os países que acolhem comunidades cabo-verdianas com vista a actualizar e facilitar a produção de estatísticas oficiais, até 2026, João Cardoso garantiu que o prazo é para cumprir.
“Vamos numa primeira fase, mapear 25 países europeus, até 2025, e depois o processo é para continuar. Como disse bem o senhor ministro das Comunidades, a estatística da diáspora vai entrar no sistema estatístico, ou seja, é algo que vai ter continuidade”, frisou.
O projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, criado pelo Governo e liderado pelo INE, visa definir o perfil dessa diáspora, enquanto parte da população cabo-verdiana expatriada em mais de 40 países do mundo.
Presente na abertura do evento esteve o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, que sublinhou o compromisso do Governo de Portugal com o povo de Cabo Verde, garantindo que o processo de apoio é para ter continuidade.
“Vamos continuar a trabalhar e contam comigo, pessoalmente, e com o nosso Governo, institucionalmente, para tudo o que Cabo Verde necessitar”, assegurou.
“Mapeamento da diáspora cabo-verdiana no mundo – Onde estão? Quantos são? Quem são? E como estão?” e “Estatísticas oficiais da diáspora, sua harmonização do SEM, o Sistema do Planeamento Nacional um imperativo de integração da diáspora no processo de desenvolvimento sustentável de Cabo Verde” são dois painéis em debate na mesa redonda.
O evento que teve a sessão da abertura presidida pelo ministro das Comunidades, Jorge Santos, na presença do embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, vai decorrer durante todo o dia, também contar com um atelier operacional sobre “O processo de mapeamento da diáspora com as associações e pontos focais”.
DR/AA
Inforpress/Fim