Porto Novo, 19 Jun (Inforpress) – A Câmara Municipal do Porto Novo quer envolver os jovens na salvaguarda da identidade cultural das festas de São João Baptista, neste município santantonense, elevadas em 2017 à categoria de património imaterial nacional.  

Neste quadro, explicou o vereador que responde pelo pelouro da cultura da edilidade porto-novense, Nilson Santos, realiza-se hoje no espaço da aldeia cultural, na cidade do Porto Novo, uma conversa sobre esta questão com o propósito de levar os jovens a se comprometerem na defesa deste património nacional.

Nilson Santos explicou que a conversa vai debruçar-se sobre a participação dos jovens na defesa da identidade cultural das festividades de São João Baptista como forma de os levar a ajudarem na definição de estratégias de políticas culturais que promovam a participação efectiva da juventude na salvaguarda deste património.

Durante o encontro é provável que se discuta a eventual candidatura destas festas de romaria a património imaterial da humanidade, um assunto que tem vindo a ser ponderado entre a autarquia e o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas.

A Inforpress soube que a Câmara Municipal do Porto Novo e o Governo têm estado a encarar a possibilidade de propor à Agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) a classificação das festas de São João Baptista, mais precisamente a peregrinação dos fiéis, num percurso de 24 quilómetros, a património imaterial da humanidade.

No entender dos promotores destas festas populares, a peregrinação, que envolve, anualmente, cerca de dez mil pessoas, é “o item de maior relevância” das festas de São João Baptista, no concelho do Porto Novo, e constitui “o aspecto que diferencia esta manifestação cultural das restantes” em Cabo Verde.

As festas de São João terão começado a ser celebradas em Santo Antão no século 17 e a peregrinação dos fiéis entre Ribeira das Patas e a cidade do Porto Novo terá começado há duas décadas.

JM/HF

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