Governo avança com a campanha agrícola 2024-2025 focado em medidas de resiliência e combate às pragas

21-06-2024 13:12

Cidade da Praia, 21 Jun (Inforpress) - O Ministério da Agricultura e Ambiente anunciou hoje os preparativos da campanha agrícola 2024-2025, orçada em 44,5 milhões de escudos, com foco em medidas de resiliência e combate às pragas, perspectivando “um bom ano agrícola”.

Os preparativos da campanha agrícola foram apresentados, na cidade da Praia, pela directora-geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuária, Inêida Rodrigues, e pela presidente do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), Nora Silva.

Os resultados da previsão pluviométrica sazonal, apresentados hoje e que preveem chuvas acima da média, incitam a acelerar os preparativos para uma “campanha tranquila”, segundo Inêida Rodrigues.

“Se a previsão for correcta, tudo indica um bom ano agrícola, mas lembramos que são sempre previsões. Esperamos que tenhamos um bom ano agrícola”, declarou a mesma fonte.

Para eventos extremos, informou que haverá monitoramento e comunicação entre os diversos ministérios e a Proteção Civil e, em casos de chuvas torrenciais, as infra-estruturas para conservação do solo e água ajudarão a diminuir os impactos.

Para esta campanha, o Ministério da Agricultura e Ambiente disponibilizou 106 mil plantas frutíferas e florestais, 310 mil estacas de batata-doce e mandioca, e 730 quilos de sementes forrageiras, todas produzidas no INIDA.

Além disso, serão oferecidas aproximadamente 20 toneladas de sementes de sequeiro, como milho e feijões, a preços simbólicos.

Inêida Rodrigues revelou, igualmente, a estratégia desenvolvida para a campanha agrícola 2024-2025, com foco na gestão das principais pragas, sublinhando que o ministério mantém um estoque de pesticidas, equipamentos de aplicação e proteção individual, promovendo ao máximo métodos alternativos, como a luta biológica.

Novos pesticidas biológicos serão introduzidos e a rede de armadilhas de feromona será reactivada para a detecção precoce de pragas.

Por seu lado, a presidente do INIDA, Nora Silva, informou que o controlo da lagarta do cartucho será reforçado com a utilização de inimigos naturais e novos biopesticidas.

“Este ano, três novos métodos serão testados com o apoio do especialista chinês no âmbito de um programa tripartido Cabo Verde-China-FAO, e serão realizados testes com armadilhas de atrativo alimentar para captura de machos e fêmeas da lagarta do cartucho do milho, ao contrário das armadilhas sexuais até agora utilizadas, que têm a capacidade de capturar apenas machos da lagarta do cartucho do milho”, indicou.

Nora Silva apelou aos agricultores para evitarem queimadas, especialmente nas ilhas de Santiago e Santo Antão, onde têm ocorrido precocemente. Restos vegetais devem ser utilizados como lenha, alimento para animais, cobertura do solo ou enterrados para melhorar a fertilidade do solo, aumentando a produtividade das culturas.

TC/AA

Inforpress/Fim

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