Parlamento vai debater as grandes opções do conceito estratégico da Defesa Nacional (RECTIFICADA)
Parlamento vai debater as grandes opções do conceito estratégico da Defesa Nacional (RECTIFICADA)
Cidade da Praia, 24 Jun (Inforpress) – A ministra da Defesa Nacional, Janine Lélis, anunciou hoje que o parlamento vai debater esta quinta-feira, 27, as grandes opções do conceito estratégico da Defesa Nacional, um documento já submetido ao Conselho Superior da Defesa Nacional para apreciação.
A governante avançou estas informações durante o seu discurso de encerramento do fórum “Defesa Nacional: As Grandes Opções e Estratégias da Defesa”, visando dar a conhecer às forças políticas e aos intervenientes com responsabilidades no domínio da defesa nacional, a proposta das grandes opções do Conceito Estratégico de Defesa Nacional.
Segundo Janine Lélis, a decisão de materializar o plano estratégico da Guarda Costeira com a implementação do destacamento naval permitiu uma defesa, nesse conceito, mais restrito da ilha Brava, levando a respostas que não se tinha conseguido antes.
E neste novo plano, adiantou, o Governo encontrou uma solução no quadro e na lógica do plano estratégico que está a ser definido, adiantando, entretanto, que foi aprovado um novo estatuto dos militares que confere motivação à classe, algo “muito esperado e desejado”.
“Recentemente aprovamos um novo código de justiça militar, instalamos o centro multinacional de coordenação marítima da Zona G, e isso, significa que nós passamos a fazer parte da arquitectura de segurança marítima para a Zona do Golfo, passos significativos que vão ser dados” pontuou, acrescentando ainda o alargamento do serviço militar obrigatório.
“Não é só uma questão do cumprimento da lei, é uma questão de trabalhar e garantir a eficácia do serviço militar obrigatório, para que haja sempre e cada vez mais confiança neste serviço e para que possamos ter os números que precisamos para garantir aquilo que é o essencial”, continuou.
Segundo a ministra, a segurança nacional não é uma tarefa exclusiva do Estado, ressaltando que Cabo Verde deve aproveitar da larga margem e rede de parceiros tendo em conta os grandes desafios enquanto uma realidade arquipelágica e as imensas responsabilidades a nível da defesa.
“São caminhos, acima de tudo, de valorização de algum potencial que Cabo Verde tem, mas também daquilo que nós podemos representar num contexto regional e num contexto internacional. Igualmente, estamos aqui a trabalhar num conceito estratégico e estamos a cumprir um programa de Governo ", disse.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que presidiu à abertura do fórum, realçou que decorridos 13 anos desde a aprovação do Conselho Estratégico de Defesa Nacional, o mundo experimentou mudanças em termos de risco aliado a tensões geopolíticas, com situações de terrorismo, internacionalização do populismo e extremismo e o aumento de golpes de Estado.
Segundo o chefe do Executivo, Cabo Verde fez progressos assinaláveis, todavia continua com níveis elevados de vulnerabilidades face a choques externos de natureza económica ambiental e climática.
“Quer no contexto interno quer externo, impõe-se um novo ciclo de planeamento estratégico que se concretiza nas grandes opções e no novo conceito estratégico da defesa nacional com foco orientado para a acção” acentuou, ressaltando que o País, por ser mais mar que terra, é uma das razões para eleger a segurança marítima como prioridade das políticas de defesa, segurança e desenvolvimento sustentável.
LT/HF
Inforpress/Fim