ambiente


27/06/24 20:59

Nova Sintra, 27 Jun (Inforpress) –Alguns agricultores da ilha Brava já iniciaram a preparação das terras para receber as sementes, mas a maioria prefere esperar pela queda das primeiras chuvas para arrancar com a campanha agrícola de sequeiro.

Abordados pela Inforpress, alguns camponeses informaram hoje que já estão a preparar para o ano agrícola, sendo que o terreno e as sementes já estão prontos, contudo estão à espera de um momento mais apropriado para começarem a lançar as sementes à terra.

Na localidade de Cova Rodela, o porta-voz dos lavradores, João Armando Cabral, garantiu que já fez todos os preparativos para o início de mais um ano agrícola, porém salientou que só iniciará a faina agrícola a 26 de Julho.

“Ainda só fiz a limpeza do terreno, mas já tenho prontas as sementes, nomeadamente, pepino, abobora, milho, feijões, entre outros. Tenho a esperança que este ano iremos ter um bom ano agrícola e uma boa colheita, pois antigamente nesta época quase todo mundo já tinha colocado as sementes na terra ou então estavam a preparar para tal, no entanto, até agora, são poucas as pessoas que eu vi a preparar para o arranque da sementeira”, sublinhou.

Nos arredores da cidade de Nova Sintra, a maioria dos agricultores ouvidos pela Inforpress preferem esperar pela queda das primeiras precipitações para iniciarem as actividades agrícolas.

Joaquim Mendes, um agricultor aposentado, por motivos de doenças, frisou que embora não esteja a cultivar com a força dos seus braços, tem pago aos trabalhadores para o fazerem e por isso escolhe uma data mais apropriada para iniciar a faina agrícola.

“Actualmente eu não posso praticar a agricultura, todavia eu gosto de o fazer e sempre tenho esperança num bom ano agrícola. Por isso pago, sem medo, cerca de2.500$00, a cada trabalhador para o fazerem por mim. Ainda não tenho uma data certa para semear, mas a terra já está preparada para receber as sementes e só estou a aguardar as primeiras precipitações e assim ter uma data”, ressaltou.

Numa ronda a zonas mais altas da freguesia de Nossa senhora do Monte a Inforpress pôde constatar que são poucos os terrenos que já foram limpados e preparados para o início das actividades agrícolas

O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente no concelho da Brava, Ermelindo Barros, disse que neste momento estão a fazer avaliação de produtos de combate a pragas e aquisição sementes para fornecer aos agricultores. Todavia, garantiu que já estão formadas as equipas para o patrulhamento no terreno.

DM/JMV

Inforpress/Fim

27/06/24 18:55

Cidade da Praia, 27 Jun (Inforpress) – O Comité de Pilotagem do projecto “Reforçar as capacidades de Cabo Verde na abordagem dos efeitos das alterações climáticas em sectores-chave da Economia Azul”, reúne-se esta sexta-feira para avaliar e validar os entregáveis do projecto.

Segundo uma nota de imprensa da FAO, trata-se de um projecto de preparação executado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura é financiado pelo Fundo Verde para o Clima (GCF, na sigla em inglês) em 500 mil dólares (cerca de 55 mil contos) e visa reforçar as capacidades nível nacional.

Lançado em 2022, o projecto “Reforçar as capacidades de Cabo Verde na abordagem dos efeitos das alterações climáticas em sectores-chave da Economia Azul” apoiou o Governo a integrar plenamente as questões climáticas na economia azul e na implementação das prioridades definidas na Contribuição Determinada Nacional e no Programa Nacional de Adaptação.

Analisou também os impactos e como fazer face a esses impactos em matéria da subida do nível do mar, aumento da temperatura da água, eventos climáticos extremos, acidificação oceânica e alterações na distribuição de peixe e biomassa que, segundo as projeções, irão afectar os ecossistemas marinhos e costeiros.

O projecto enquadra-se na estratégia de implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS II) e da Contribuição Nacional Determinada (NDC) e foi implementado durante um período de 18 meses.

AV/CP

Inforpress/Fim

27/06/24 18:07
27/06/24 16:32

Porto Novo, 27 Jun (Inforpress) – Os agricultores na Ribeira das Patas, Porto Novo, Santo Antão, não têm, “já há muito tempo”, informações sobre o projecto de ordenamento desta bacia hidrográfica, cujo início se previa inicialmente para Julho de 2023.

As declarações são do representante da Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas, Arlindo Delgado, que adiantou que, quase um ano depois da data prevista para o arranque do projecto, os agricultores continuam sem “notícias” sobre uma nova data para o início dos investimentos.

Os agricultores na Ribeira das Patas têm insistido na implementação dos investimentos previstos no âmbito do projecto de ordenamento da bacia, anunciado, nos últimos anos, pelo Governo, destacando a mobilização de água subterrânea para o relançamento da actividade agrícola nesse vale.

O presidente da Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas disse à Inforpress que a bacia hidrográfica da Ribeira das Patas, o maior centro populacional do interior do município do Porto Novo, com três mil habitantes, necessita de um plano estratégico de desenvolvimento, que priorize investimentos na agricultura.

“Ribeira das Patas precisa de um plano estratégico de desenvolvimento que traz, realmente, aquilo que esta zona precisa. Um plano que leva em conta a agricultura”, sublinhou Arlindo Almeida, lamentando a “demora” na implementação do projecto de ordenamento dessa bacia hidrográfica.

Este responsável disse que os investimentos na agricultura podem ajudar a reter os jovens na Ribeira das Patas, numa altura em que estão a abandonar essa localidade em direcção a outras ilhas do arquipélago.  

O delegado no Ministério da Agricultura e Ambiente no Porto Novo, Joel Barros, assegurou, recentemente, à Inforpress que “o processo está bem encaminhado” e que se prepara para o lançamento do concurso para a realização dos investimentos na bacia hidrográfica da Ribeira das Patas, designadamente na mobilização de água para agricultura.

JM/CP

Inforpress/Fim

27/06/24 14:04

Porto Novo, 27 Jun (Inforpress) – Os agricultores da Ribeira das Patas, no Porto Novo, Santo Antão, iniciaram a colheita da manga e dizem-se "satisfeitos" com a produção dessa fruta neste ano, informou hoje o porta-voz dos agricultores locais, Arlindo Delgado.

Este agricultor disse à Inforpress que a safra de manga nessa bacia hidrográfica está a decorrer na normalidade, considerando “razoável” a produção neste ano desta fruta, que constitui uma fonte de rendimento para inúmeras famílias.

O vale da Ribeira das Patas está entre os maiores produtores de manga no concelho do Porto Novo, sendo também considerado um grande produtor de citrinos (laranja e limão).

Em 2023, a produção de manga ficou “aquém das expectativas”, devido ao mau tempo que ocorreu no município do Porto Novo. 

A produção de mangas na Ribeira das Patas é muito aguardada todos os anos pelos agricultores que vêem nesta actividade uma importante fonte de rendimentos, avançou Arlindo Delgado.

Outros vales no interior do concelho do Porto Novo, como Lajedos, Ribeira da Cruz, Alto Mira, Martiene e Tarrafal de Monte Trigo, são também produtores de manga.

JM/HF

Inforpress/Fim 

27/06/24 10:08

Redação, 27 jun (Inforpress) - Um mês após o lançamento, a missão EarthCare, da Agência Espacial Europeia (ESA), já conseguiu revelar segredos sobre o funcionamento e a dinâmica das nuvens, dados que podem ser relevantes para uma melhor compreensão das alterações climáticas.

O satélite da ESA enviou a primeira imagem de um dos seus instrumentos e, pela primeira vez a partir do espaço, revela a estrutura interna e a dinâmica das nuvens, informou hoje a Agência Espacial Europeia, que referiu que esta captura “extraordinária” é apenas um primeiro vislumbre de todo o potencial do instrumento, uma vez que esteja plenamente calibrado.

O EarthCare transporta quatro instrumentos sofisticados concebidos para trabalhar em conjunto para lançar uma nova luz sobre o papel que as nuvens e os aerossóis desempenham no aquecimento e arrefecimento da atmosfera da Terra, contribuindo para uma melhor compreensão das alterações climáticas.

A missão foi lançada em 29 de Maio e enviou a sua primeira imagem através do “cloud profiling radar”, fornecido pela Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA).

Os primeiros dados dos três instrumentos europeus do satélite – o radiómetro de banda larga, o “lidar atmosférico” e o gerador de imagens multiespectral – são esperados nas próximas semanas e meses, detalhou a ESA num comunicado hoje divulgado.

Takuji Kubota, cientista da missão da JAXA para o radar de perfil de nuvens, avaliou a imagem enviada, que revela detalhes sobre a estrutura interna da dinâmica das nuvens sobre o oceano, a leste do Japão, em 13 de Janeiro.

"Nunca obtivemos esse tipo de informação medida do espaço. É tudo o que esperávamos e muito mais. Acredito que o radar de perfil de nuvem proporcionará diversas descobertas científicas", afirmou.

A imagem é apresentada em duas partes; à esquerda, os dados revelam a concentração vertical de partículas de nuvens medidas como reflectividade do radar. Vê-se claramente que a parte mais densa da nuvem está no seu centro, onde existem mais partículas maiores.

À direita está a velocidade de queda das partículas de nuvens, com valores baixos na camada superior, indicando cristais de gelo e flocos de neve em suspensão, ou caindo lentamente, enquanto na camada inferior os valores muito mais elevados de velocidades de queda indicam chuva.

Ambas as imagens mostram uma fronteira clara a uma altitude de cerca de cinco quilómetros, onde o gelo e a neve derretem, formando gotículas de água que caem como chuva.

O Cloud Profiling Radar usa a sua capacidade "Doppler" para medir a velocidade vertical do movimento do gelo, neve e chuva.

Esta informação detalhada sobre a densidade, distribuição de tamanho e velocidade das partículas permitirá aos cientistas distinguir os componentes das nuvens e, portanto, compreender melhor a sua física, informou a ESA, que sublinhou que é a primeira vez que esta medição é realizada no espaço.

Até agora, estes dados só podiam ser obtidos através de radares de nuvens no solo ou em aviões, métodos que só podem medir áreas limitadas, mas o “radar de perfil de nuvens” transportado pelo satélite “EarthCare” pode medir a estrutura das nuvens uniformemente em todo o planeta.

A directora dos Programas de Observação da Terra da ESA, Simonetta Cheli, também valorizou o primeiro resultado obtido pela missão e pela agência JAXA.

Inforpress/Lusa/

fim

26/06/24 14:12

Porto Novo, 26 Jun (Inforpress) – O Governo anunciou hoje o lançamento do concurso de empreitada para a construção da estrada de acesso à Ribeira Fria e Ribeira dos Bodes, no interior do município do Porto Novo, em Santo Antão.

O edital publicado pela Estradas de Cabo Verde, a que a Inforpress teve acesso, diz que as empresas concorrentes têm, até ao dia 05 de Agosto próximo, para apresentar as propostas, devendo no dia 10 de Julho efectuar a visita obrigatória ao município do Porto Novo, mais exactamente à Ribeira Fria e Ribeira dos Bodes.                    

A construção da estrada de acesso à Ribeira dos Bodes e Ribeira Fria, segundo a mesma fonte, tem o financiamento do Banco Mundial no âmbito do projecto “Improving Connectivity and Urban Infrastructure”.

O Governo já admitiu investir cerca de 200 mil contos na construção da estrada que, segundo a autarquia porto-novense, numa reacção ao anúncio do Governo, constitui “mais um grande passo no processo de desenvolvimento do concelho do Porto Novo, sendo "um sonho que se tornará realidade muito em breve para as duas comunidades”.

O lançamento do concurso acontece numa altura em que os habitantes da Ribeira Fria e Ribeira dos Bodes estavam a se manifestar “apreensivos” com o que consideram “demora” no arranque da estrada de acesso.

O representante da comunidade da Ribeira Fria, Adilson Gomes, disse à Inforpress que os habitantes dessa zona agrícola e turística estavam a ficar “apreensivos” devido à “demora” no arranque da estrada de acesso, anunciado pelo Governo em 2023.   

Da mesma forma, na Ribeira dos Bodes, a população local estava já a ficar “impaciente” face ao “atraso” na realização do projecto, segundo o porta-voz, Henrique da Luz.

Ambos os responsáveis consideram que a melhoria das estradas de acesso representa a “maior aspiração” dessas comunidades que, além do turismo, dispõem de “um grande potencial agrícola”.

JM/ZS

Inforpress/Fim

26/06/24 13:34

Porto Novo, 26 Jun (Inforpress) – Os munícipes têm manifestado, nos últimos dias, inquietação face ao vazamento de esgotos na cidade do Porto Novo (Santo Antão) e voltaram hoje a pedir os investimentos prometidos pelo Governo no domínio de saneamento nesta urbe. 

A Inforpress constatou que os munícipes estão preocupados com os esgotos a céu aberto e pedem a “quem de direito” que resolvam os problemas existentes, mais precisamente, o arrombamento das fossas sépticas, designadamente neste período mais quente que, alertam, está a pôr em causa a saúde pública.   

Trata-se de “problemas estruturais” que se colocam ao sector do saneamento na cidade do Porto Novo a nível da gestão dos resíduos líquidos e que, segundo os munícipes, clamam por “uma solução urgente” a bem da saúde pública.

A cidade do Porto Novo dispõe, há mais de duas décadas, de uma rede de esgotos já saturada e obsoleta, que cobre apenas 20 por cento (%) dos 11 mil habitantes deste centro urbano, cujas fossas têm estado a arrombar, sobretudo no período mais quente.

O ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, disse, recentemente, de visita a Santo Antão, que o Governo “estará muito brevemente” a lançar as obras da rede de esgotos da cidade do Porto Novo.

Carlos Santos explicou que a rede de esgotos desta urbe se insere no âmbito do projecto de água e saneamento desta ilha, que representa um investimento de mais de um milhão de contos.

Além da rede de esgotos, o Governo pretende, no âmbito do projecto de água e saneamento de Santo Antão, instalar no Porto Novo uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR).

Conforme os porto-novenses, a cidade do Porto Novo precisa de uma rede de esgotos que abarca todos os bairros deste centro urbano, com 11 mil pessoas.

JM/ZS

Inforpress/Fim

25/06/24 09:31

Paris, 25 Jun (Inforpress) – O número e a intensidade dos incêndios florestais extremos, os mais destrutivos e poluentes, mais do que duplicaram em todo o mundo nos últimos 20 anos, devido ao aquecimento global causado pela actividade humana, aponta um novo estudo.

Com recurso a dados de satélite, os investigadores estudaram cerca de 3.000 incêndios florestais com enorme “poder radiativo” – a quantidade de energia emitida pela radiação – entre 2003 e 2023 e descobriram que a sua frequência aumentou por um factor de 2,2 durante este período.

São as florestas temperadas de coníferas, especialmente no oeste dos Estados Unidos, e as florestas boreais, que cobrem o Alasca, o norte do Canadá e a Rússia, as mais afectadas, com uma frequência desses incêndios multiplicada por 11 e 7, respectivamente.

Considerando apenas os 20 incêndios mais violentos de cada ano, o seu poder radiativo cumulativo também mais do que duplicou, a um ritmo que “parece estar a acelerar”, segundo o estudo publicado na segunda-feira na revista Nature Ecology & Evolution, noticiou a agência France-Presse (AFP).

“Eu esperava um aumento, mas esta taxa alarmou-me”, sublinhou o principal autor do estudo, Calum Cunningham, da Universidade da Tasmânia, na Austrália.

“Os efeitos das alterações climáticas já não pertencem ao futuro e actualmente vemos os sinais de uma atmosfera que está a secar e a aquecer”, realçou à AFP, apelando a uma melhor gestão preventiva das florestas.

Os seis anos mais extremos em intensidade e frequência de incêndios florestais ocorreram desde 2017, concluíram os autores do estudo.

Confirmando a tendência, é o ano de 2023, o mais recente, que registou “as intensidades mais extremas de incêndios florestais” ao longo do período analisado.

Estes incêndios extremos são alimentados por secas cada vez mais severas, uma consequência do aquecimento global.

Durante o seu crescimento, a cobertura florestal absorve CO2, mas este retorna em massa à atmosfera quando a vegetação queima, agravando o aquecimento global causado pelas emissões de gases de efeito estufa.

Isto cria um “efeito de feedback”, frisou Cunningham.

Além disso, com estes incêndios, “vastas regiões são atravessadas pela nuvem de fumo, que tem efeitos significativos na saúde e provoca muito mais mortes prematuras do que as próprias chamas”, sublinhou a investigadora.

O seu estudo cita, em particular, um trabalho segundo o qual a poluição do ar devido aos ‘megaincêndios’ em 2015 na Indonésia levou a uma mortalidade excessiva de 100.000 pessoas.

Inforpress/Lusa

Fim

24/06/24 16:48

Assomada, 24 Jun (Inforpress) – O município de Santa Catarina (Santiago) já tem em curso o seu plano de emergência para a época das chuvas de 2024, que tem por base a segurança das populações, sobretudo as das zonas de “maior risco".

O plano, que vai até o final de Outubro, orçado em 9.000 contos, conforme avançou à Inforpress o vereador da Protecção Civil da Câmara Municipal de Santa Catarina, Vladmir Brito, é constituído por três fases, ou seja, antes, durante e após a época das chuvas deste ano.

Limpeza e cobertura de valas de drenagem de água, reposição de estradas, construções de diques e limpeza das encostas das ribeiras, são alguns trabalhos realizados e por realizar ao longo da materialização do plano que vai ao encontro do regional e nacional, e conta com uma equipa multidisciplinar.

O mesmo, acrescentou, vai priorizar as zonas de “maior risco” já identificadas como Boa Entrada, centro da cidade de Assomada e Nhagar, Banana Semedo, Engenhos, Mato Sanches, Ribeira da Barca, Rincão e Serra Malagueta.

Em declarações à Inforpress, Vladmir Brito garantiu que em caso de derrocadas, quedas de árvores ou outras catástrofes, a edilidade vai apoiar as famílias afectadas.

Tendo em conta, que Santa Catarina é o município que teve maior número de incêndios em 2023, de acordo com os dados do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB), o autarca aconselhou os agricultores a não fazerem a limpeza dos terrenos de cultivo, recorrendo à prática de queimadas, tendo alertado que esta técnica tem provocado incêndios.

É que, conforme sustentou, apesar da facilidade da utilização desta técnica, a mesma tem resultado em incêndios que, consequentemente, causam danos e diminuem a fertilidade dos solos.

Relativamente às sementes, informou que a equipa liderada por Jassira Monteiro está em contacto com a delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente para apoiar os agricultores que vão precisar das sementes.

Em Santiago Norte, numa ronda feita por alguns municípios, a Inforpress constatou que a maioria dos camponeses já fez a limpeza dos seus campos, recorrendo ainda à prática de queimadas, não obstante o alerta dado pelas autarquias e delegações do Ministério da Agricultura e Ambiente.

Entretanto, a maioria dos homens do campo está a aguardar pela queda das chuvas para jogar sementes à terra.

FM/HF

Inforpress/Fim

24/06/24 12:36

Cidade da Praia, 24 Jun (Inforpress) - Técnicos de instituições públicas, a nível nacional, iniciaram hoje uma formação de dois dias em matéria de mudanças climáticas, no âmbito do projecto “Quarta Comunicação Nacional (4CN), e Primeiro Relatório Bienal Actualizado (1BUR).

Esta acção de formação cujo projecto é financiado pelo GEF e executado pela Direcção Nacional do Ambiente, no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, tem como propósito aumentar o conhecimento sobre as mudanças climáticas em todos os domínios, nacional e local, a nível da mitigação ou adaptação.

Referindo que Cabo Verde ambiciona construir a resiliência climática até 2030, a directora nacional do Ambiente, Ethel Rodrigues, que presidiu à abertura desta formação realçou os vários projectos em curso que visam aumentar o conhecimento e literacia climática em todos os sectores.

“O Governo tem uma política, objectivo definido e metas traçadas para que, efectivamente, consigamos alcançar a resiliência climática em 2030, como também a neutralidade carbónica em 2050”, realçou aquela responsável, sublinhando que hoje, cada vez mais, há que alinhar as acções às questões das mudanças climáticas.

“Não só as actividades dos sectores, porém, o planeamento e o orçamento deverão ser também focados e desenhados por forma a responder àquilo que são as exigências relativamente às mudanças climáticas, mitigando e adaptando aos efeitos das alterações climáticas”, sintetizou.

Por seu lado, a formadora Joana da Silva explicou que, ao longo desses dois dias, o objectivo é consolidar uma base de conhecimentos, partindo de um contexto internacional até a um contexto nacional e local, estribados em quatro módulos temáticos.

Assim, a Ciência e os conceitos relativos às mudanças climáticas; O processo internacional - os acordos no âmbito da convenção quadro sobre as mudanças climáticas e o acordo de Paris; como é que Cabo Verde se posiciona nesse espaço e nessa esfera internacional; Instrumentos e estratégias nacionais – aprofundar os principais compromissos que Cabo Verde já assumiu e tem vindo a assumir são, de entre outras, matérias a serem desenvolvidas, associadas à dinâmica do trabalho em grupo.

“A acção climática não é um exclusivo de alguns actores, do Estado, ou do sector privado… é de facto uma exigência, um desafio que se coloca hoje em dia a todos, aos cidadãos, às crianças, aos jovens, às pessoas de todas as gerações, a todos os segmentos da sociedade e sectores da economia”, enfatizou, esperando que esses dois dias de formação sejam “muito produtivos”.

Conforme uma nota explicativa, o processo de preparação da 4CN e 1BUR permite dar continuidade ao diálogo, troca de informação e parcerias entre as partes interessadas, incluindo o Governo, a sociedade civil, a academia, o sector privado e os parceiros internacionais de desenvolvimento, para integrar as prioridades das mudanças climáticas nas estratégias de desenvolvimento nacional e nas políticas sectoriais relevantes.

Nesta base, até o final do ano, estão igualmente programadas formações idênticas dirigidas a outros grupos alvos, nomeadamente organizações da sociedade civil, sector privado e jornalistas, com a mesma finalidade.

SC/ZS

Inforpress/Fim

24/06/24 10:00

Porto Novo, 24 Jun (Inforpress) – Os porto-novenses voltaram hoje a pedir a construção da segunda via circular da cidade do Porto Novo, em Santo Antão, com vista a normalizar o trânsito nesta urbe, com cerca de 11 mil habitantes.

Os munícipes dizem-se “preocupados” com o “caos” que tem sido o trânsito na cidade do Porto Novo, sobretudo “nestes dias” em que esta urbe está a celebrar a festa de São João, o santo padroeiro, e voltaram a reivindicar a construção da segunda via circular neste centro urbano.

Adilson Silva, João Oliveira, António Santos, Rosa Fortes e Fretson Rodrigues foram alguns dos vários munícipes abordados pela Inforpress, que defenderam a “necessidade urgente” de se construir uma via alternativa à avenida Amílcar Cabral, a única artéria que liga os dois extremos da cidade do Porto Novo.

Conforme estas pessoas, aquando da requalificação da orla marítima da cidade do Porto Novo, projecto que consistiu na construção de apenas uma via pedonal, perdeu-se “uma grande oportunidade” de construir uma avenida marginal para “descongestionar” o trânsito nesta urbe.

O presidente da edilidade porto-novense, Aníbal Fonseca, admitiu que, efectivamente, falta construir na cidade do Porto Novo “duas pontes cruciais” no processo de construção da segunda via circular, considerando que são obras que têm de ser feitas pela a sua autarquia e o Governo.

Aníbal Fonseca avançou que as pontes são infra-estruturas que a sua autarquia e o Governo vão ter de construir para uma melhor estruturação da cidade do Porto Novo, que tem “potencial para ser uma das maiores centralidades” do País.

JM/ZS

Inforpress/Fim

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