Sal/Greve Professores: Sindicalista diz que mesmo com número reduzido "são vozes importantes" que vão manter firmes

19/09/24 14:52

Santa Maria, 19 Set (Inforpress) – A representante do Sindicato Democrático de Professores (Sindprof) na ilha do Sal, Albertina Rodrigues, disse hoje, que embora a greve na ilha não tenha tido a adesão esperada, os que aderiram são vozes importantes que vão manter firmes nesta luta.

A sindicalista que falou em nome de todos os outros sindicatos e de toda classe docente na ilha do Sal, sublinhou que o número reduzido de professores que aderiram à greve deve-se pelo facto desta ser a segunda greve neste ano, e que na última muitos professores “sofrerem represálias”.

“Quem é que está aqui conta, e é uma voz importante. Nunca, em nenhum momento, nós temos diminuído o peso dessa presença aqui porque na última greve passávamos situações bem difíceis e muitos não estão psicologicamente preparados para mais esta etapa”, sublinhou.

Para Albertina Rodrigues, isso mostra que “o país está a caminhar numa direcção nada boa”, em que as pessoas que estão a “reivindicar os seus direitos são penalizadas depois”.

“Por questões de congelamento de nota, que está dentro do enquadramento da greve, alguns professores, ainda estão a enfrentar processos disciplinares, o que consideramos uma intimidação, mas esse número que conseguimos já transmite uma força intensiva da nossa luta”, continuou a sindicalista.

A mesma fonte destacou que a intenção dessa greve logo no início do ano lectivo, justamente porque o Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) não está nos trâmites que é exigido pelos sindicatos e que “há muita coisa que precisa ser organizada e orientada”.

"Precisamos sentar de vez para conversar, porque é um plano que prejudica professores e todos os seus direitos adquiridos (…) a sociedade tem que entender que o professor tem que ter qualidade de vida e não estamos num bom caminho”, justificou.

Conforme a mesma, é “visível” a evolução nos outros sectores, enquanto que a classe docente “continua estagnada”, com professores com mais de 15 anos de carreira “na mesma situação" e agora separados por “professores licenciados e não licenciados”.

Albertina Rodrigues concluiu, afirmando que a classe “continua firme nesta luta”, mesmo que seja com um número reduzido de professores, mas que vão fazer “de tudo” para serem ouvidos.

NA/ZS

Inforpress/Fim

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