Primeiro-ministro elege segurança marítima como “maior prioridade” das políticas de defesa segurança e desenvolvimento sustentável

27-06-2024 13:36

Cidade da Praia, 27 Jun (Inforpress) – O primeiro-ministro elegeu hoje, no Parlamento, a segurança marítima como “maior prioridade” das políticas de defesa, segurança e desenvolvimento sustentável, devido às ameaças da criminalidade transnacional como o tráfico de drogas e de pessoas, pirataria marítima e terrorismo.

Ulisses Correia e Silva fez essas considerações durante a abertura do debate parlamentar sobre política interna e externa, sob o tema “As Grandes Opções do Conceito Estratégico da Defesa Nacional”.

Para o chefe do Executivo, decorridos treze anos após a aprovação do Conceito Estratégico de Defesa e Segurança Nacional, o contexto mundial mudou muito em termos de ameaças e riscos que se aprofundaram.

“Agudizaram-se as tensões geopolíticas e o terrorismo, recrudesceu e internacionalizou-se o populismo e o extremismo, aumentou a intensidade de golpes de Estado e agravaram-se os impactos das mudanças climáticas e das pandemias”, frisou.

Correia e Silva disse que Cabo Verde, enquanto um pequeno Estado insular em desenvolvimento, fez progressos, mas continua com elevados níveis de vulnerabilidade face a choques externos de natureza económica, ambiental e climática.

Sublinhou que, quer o contexto externo, quer interno, em termos de riscos, ameaças e oportunidades, impõem um novo ciclo de planeamento estratégico que se concretiza nas “grandes opções” e no novo conceito estratégico da defesa nacional, com foco na orientação para a acção.

“A vasta Zona Económica Exclusiva é razão forte para eleger a segurança marítima como a maior prioridade das políticas de defesa, segurança e desenvolvimento sustentável para a protecção dos interesses económicos nacionais”, continuou.

O primeiro-ministro sublinhou ainda que a segurança marítima é, assim, “um imperativo para a estabilidade, a paz social e o desenvolvimento económico sustentável”.

“Tornar o país mais resiliente e menos vulnerável a choques externos económicos, pandémicos, climáticos e ambientais, é a alta prioridade do Governo, expressa na aceleração da transição energética, na estratégia da água, na acção climática, na conservação e protecção da biodiversidade e na saúde pública”.

Segundo o mesmo, o posicionamento de Cabo Verde como um país seguro, exige instituições nacionais “robustas” para a defesa e segurança cooperativa e colectiva”.

Por isso, continuou, é um “imperativo de desenvolvimento” inserir Cabo Verde em espaços económicos dinâmicos que permitam ao país o acesso e a atracção de investimentos, mercados, tecnologia, conhecimento e segurança para acelerar o crescimento económico, reduzir as vulnerabilidades externas e assegurar a sustentabilidade.

Lembrou também que Cabo Verde detém a sede do Centro Multidimensional de Coordenação Marítima da Zona G, que tem por missão contribuir para a segurança marítima no Golfo da Guiné e tem relações bilaterais de parceria para a defesa com vários países.

Estão ainda na área de interesse de Cabo Verde, segundo Ulisses Correia e Silva, a integração em espaços de concertação político-diplomática em matéria de cooperação e segurança, como a CPLP e a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas).

Por fim, o chefe do Governo disse que o Conceito Estratégico da Defesa Nacional implica o reposicionamento das Forças Armadas e das demais instituições relevantes em matéria de segurança e a racionalização na afectação de recursos humanos, organizacionais, materiais e tecnológicos, em função das finalidades estratégicas.

NA/HF

Inforpress/Fim

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