Papa e embaixador russo no Vaticano discutiram condições de Putin e Ucrânia

22-06-2024 18:14

Cidade do Vaticano, 22 Jun (Inforpress) - O embaixador russo, Ivan Soltanovski, reuniu-se com o Papa Francisco para discutir o conflito ucraniano e as condições de paz exigidas por Putin.

Neste encontro ficou determinado que a Rússia e o Vaticano quer "manter um diálogo regular baseado na confiança".

O papa Francisco recebeu o embaixador russo na Santa Sé, com quem conversou sobre as condições do Presidente Putin para a paz na Ucrânia, como a retirada das regiões anexadas e a renúncia à NATO, informou este sábado a diplomacia russa.

"Discutiram o conflito ucraniano, incluindo as condições de paz expressas pelo Presidente da Rússia, Putin, durante a sua reunião com a liderança do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia", disse um representante da diplomacia russa à agência de notícias TASS.

Segundo a mesma fonte, Ivan Soltanovski "agradeceu ao pontífice pela sua posição consistentemente equilibrada e inevitavelmente pacífica" em relação à ofensiva russa na Ucrânia.

A mesma fonte indicou que a Rússia confirma que o papa Francisco procura constantemente uma solução diplomática para a guerra e "compreende toda a complexidade do conflito e os seus verdadeiros motivos".

"O Vaticano está consciente da falta de perspetivas de um processo de paz sem a participação russa", acrescentou a Embaixada.

Adicionalmente, segundo esta versão, a Rússia e o Vaticano "partilham a preocupação sobre a crescente degradação da situação internacional" e concordaram em "manter um diálogo regular baseado na confiança".

O líder russo exigiu, antes da cimeira sobre a Ucrânia realizada na Suíça, a retirada das tropas ucranianas das regiões anexadas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, a renúncia de Kiev à sua entrada na NATO e o fim das sanções ocidentais, em troca de um cessar-fogo imediato e o início de negociações de paz.

Estas condições foram rejeitadas não só por Kiev, mas também pelo Ocidente, que reiterou o seu apoio à causa ucraniana.

O Vaticano, por sua vez, defendeu durante a cimeira suíça, para a qual a Rússia não foi convidada, que "a única forma de alcançar uma paz estável e justa é o diálogo entre todas as partes envolvidas".

"Em nome do papa Francisco, desejo confirmar a sua proximidade pessoal ao martirizado povo ucraniano e o seu compromisso constante com a paz", disse então o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.

Inforpress/Lusa

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