Grupo de Apoio Orçamental vai investir 56 milhões de euros em Cabo Verde este ano

24-06-2024 20:32

Cidade da Praia, 24 Jun (Inforpress) - O Grupo de Apoio Orçamental (GAO) vai investir 56 milhões de euros em 2024 no país, um acréscimo de 25 milhões em relação a 2023, face à entrada adicional do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), revelou hoje o vice-primeiro-ministro.

Em conferência de imprensa para o balanço de mais uma missão de avaliação do GAO, que terminou hoje, Olavo Correia, também ministro da Finanças, alertou, contudo, que a “tendência futura, é cada vez menos donativos e cada vez menos ajuda pública”, face ao cenário político e as incertezas que impedem sobre o mundo e o país.

“Nós temos a obrigação no plano interno de trabalhar para mobilizarmos mais recursos endógenos”, referiu o governante, para quem torna-se imprescindível arrecadar mais impostos para “pagar mais e melhor”, alegando que os “salários não podem ser pagos com o recurso à dívida pública”.

O Governo, segundo o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, no quadro do exercício do GAO resulta uma análise muito positiva do desempenho económico e global do executivo, sobretudo no alinhamento com os parceiros em relação aos pilares fundamentais para a construção do futuro melhor para Cabo Verde.

Olavo Correia destacou “o alinhamento forte no sentido de manter o país como um referencial de estabilidade económica, macroeconómica, financeira, orçamental”, assim como na estabilidade política e social, admitindo, entretanto que “existe riscos fortes, que advém, seja do lado externo, como do lado interno”.

Apontou ainda, o governante, a necessidade de o Governo continuar a sua agenda de estruturação de reformas do sector económico, como o segundo pilar importante para poder duplicar o potencial económico da economia cabo-verdiana e a edificação de um sector privado, cada vez mais forte.

Uma agenda alinhada com a transição energética (acção climática), a transição digital e a criação de um bom ambiente de negócio e de um bom clima de investimentos foi defendida por Olavo Correia, como sendo importante para o crescimento económico, assim como a diversificação da economia cabo-verdiana.

A inclusão foi, também, programada pelo governante como um pilar “muito importante” para promover as pessoas à uma vida com dignidade, autonomia e independência, assim como uma governação marcada por instituições fortes, e capacitadas para o desafio de “vencer a velocidade à escala exigida pelas pessoas num quadro de transparência e fluidez na prestação de contas”.

Já na sua primeira avaliação de 2024, o economista sénior do BAD para Cabo Verde, Felisberto Mateus, que foi apresentado pelo Governo como o novo representante residente desta instituição financeira no país, enalteceu o crescimento económico de 5.1% (por cento) em 2023, mas alertou “para a urgência de acelerar as medidas de protecção social” para combater a pobreza.

O GAO reiterou a necessidade de se acelerar o processo da diversificação da economia, altamente dependente do turismo, de forma a torná-la mais resiliente a choques externos, e de “enfrentar o desafio de longa data dos transportes inter-ilhas”, alegando que este processo desempenha um papel crucial para o desenvolvimento do país.

SR/CP

Inforpress/Fim

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