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Praia: Programa “Reforço Familiar para protecção e cuidado infantil” vai beneficiar 150 famílias

Tarrafal: Requalificação do Largo Santo Amaro inaugurada a 11 de Setembro – edilidade

Governo vai criar biblioteca móvel para levar os livros a todos os recantos do país

Santa Catarina: População beneficia de consultas gratuitas no âmbito da missão médica chinesa a Cabo Verde

A música não só contribui para independência como deu força ao povo para seguir em frente - PR

Santo Antão/Aeroporto: Rosa Rocha entende que Governo "nunca esteve de boa fé" com os santantonenses

Porto Novo, 07 Set (Inforpress) – A deputada da Nação do PAICV (oposição), eleita por Santo Antão, Rosa Rocha, disse que o Governo “nunca esteve de boa fé” com os santantonenses em matéria da construção do novo aeroporto para esta ilha.

A propósito das informações avançadas pelo edil do Porto Novo sobre a possibilidade de o Governo mobilizar até 2026 o financiamento para o aeroporto, Rosa Rocha considerou que “o Governo nunca esteve de boa fé com o povo desta ilha”.

“Se estivesse, a construção do aeroporto de Santo Antão entraria nas negociações com a Vinci Airports, cujo contrato de concessão para a gestão dos aeroportos de Cabo Verde, assinado com o Governo de Cabo Verde, para um período de 40 anos, integraria também o tão aguardado aeroporto de Santo Antão”, explicou.

Este contrato em causa integra obras de ampliação de outros aeroportos do país, avançou Rosa Rocha, que questiona as razões porque este acordo não abarcou o aeroporto de Santo Antão.

O processo de mobilização do financiamento para a construção do aeroporto de Santo Antão, conforme admitiu o autarca porto-novense, deverá ficar concluído dentro de dois anos.

Os estudos geoclimáticos que apontam para a viabilidade técnica e operacional da infra-estrutura aeroportuária já foram concluídos, o mesmo acontecendo com plano director, que aponta para a construção de um aeroporto de médio porte, com uma pista até 2.500 metros, capaz de receber voos charter internacionais. 

JM/CP

Inforpress/Fim

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Porto Novo: Operadores defendem mais investimentos na melhoria dos percursos turísticos no município 

Porto Novo, 07 Set (Inforpress) – Os operadores turísticos no município do Porto Novo defenderam hoje mais investimentos na melhoria dos percursos turísticos, numa altura em que Santo Antão está a pouco menos de um mês do arranque da época alta do turismo.

Amadeu Ramos, operador turístico no interior deste concelho, reconheceu que tem havido ultimamente intervenções dos caminhos vicinais que formam o itinerário dos turistas que chegam a Santo Antão para a prática de trekking (caminhadas), mas entende que “ainda há muito a fazer para que fiquem em melhores condições”.

A própria Unidade de Gestão de Projectos Especiais (UGPE) e a Câmara Municipal do Porto Novo admitiram, recentemente, a necessidade de se avançar “com urgência” com a requalificação do segundo pacote de reabilitação dos caminhos vicinais na ilha de Santo Antão.

Defenderam também a construção de novos miradouros turísticos no município do Porto Novo, onde estão na forja a edificação de, pelo menos, mais três miradouros, sendo dois no Tarrafal de Monte Trigo e o terceiro em Alto Mira.

Porto Novo dispõe de uma rede de quatro miradouros, todos situados nos planaltos Norte e Leste.

A época alta do turismo em Santo Antão arranca em Outubro, prolongando-se por oito meses, período durante o qual a ilha recebe milhares de turistas para efecturem, sobretudo, caminhadas em trilhas.

No quadro do projecto “Turismo Resiliente e Desenvolvimento da Economia Azul”, financiado pelo Banco Mundial, e gerido pela UGPE, vários percursos integrando quatro trilhas turísticas foram reabilitados no primeiro semestre deste ano no concelho do Porto Novo.  

Em toda a ilha de Santo Antão, foram reabilitadas, no quadro deste projecto, oito trilhas num investimento de 25 mil contos com o propósito de “impulsionar o turismo da natureza” nesta ilha.

JM/CP

Inforpress/Fim

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Praia: Programa “Reforço Familiar para protecção e cuidado infantil” vai beneficiar 150 famílias

Cidade da Praia, 07 Set (Inforpress) – O projecto piloto “Reforço Familiar para protecção e cuidado infantil”, das Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, lançado hoje em parceria com a Câmara Municipal da Praia, vai beneficiar 150 famílias em três bairros da capital.

A informação foi avançada à imprensa pelo director nacional das Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, Ricardo Andrade, no âmbito da apresentação hoje do projecto, que teve lugar no bairro de Água Funda.

Trata-se de um programa, segundo explicou o responsável, que visa trabalhar na prevenção, de modo que ao invés de as crianças em situação de vulnerabilidade irem parar às Aldeias SOS, conhecidas por acolher as crianças, como modelo familiar, é esta própria organização não governamental que irá dirigir-se às crianças.

Isto, tendo em conta que conforme disse, com tanto flagelo social não haverá Aldeias suficientes para acolher tantas crianças.

“São três bairros que vão beneficiar do programa, Água Funda, Jamaica e Alto Safende. E são 150 famílias, um total de 450 crianças contempladas, fase a fase. É um projecto piloto aqui na Ilha de Santiago, correndo tudo bem, então nós iremos junto com o financiador passar para um nível ainda muito maior”, esclareceu.

Com este programa pretende-se trabalhar a questão das competências parentais, ou seja, na questão das actividades geradoras de rendimento, em rede com parceiros, abrangendo famílias que não têm rendimentos fixos, famílias mono-parentais, na sua maioria lideradas por mulheres com vista a maior protecção infantil.

“Porque os filhos acabam por ficar abandonados e são educados ao modelo de rua. Então a questão da pobreza, a questão da falta de competências parentais e educação positiva gera toda esta situação que as crianças acabam por crescer num ambiente que não lhes é favorável. E é essa a grande questão, então nós vamos actuar ", assegurou.

O programa “Reforço Familiar para protecção e cuidado infantil” tem como parceiro a câmara da Praia, que através do seu presidente enalteceu esta iniciativa das Aldeias Infantis SOS Cabo Verde.

Francisco Carvalho sublinhou que esta intervenção passa a ser dentro da família, englobando toda a família, o que a seu ver é extraordinário porque permite fazer um trabalho estruturante, de fundo dentro da comunidade.

“Porque a câmara tem esta preocupação de cuidar das famílias dentro das comunidades, e nós estamos aqui a ter um parceiro que está a fazer precisamente aquilo que também a câmara deveria estar a fazer. Então, saímos todos a ganhar”, salientou.

Explicou que a autarquia entra através da cedência de espaço, para a instalação do projecto, e um técnico para fazer o trabalho prático e concreto de montagem.

ET/CP

Inforpress/Fim

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Governo vai criar biblioteca móvel para levar os livros a todos os recantos do país

Cidade da Praia, 07 Set (Inforpress) – O Governo vai criar uma biblioteca móvel para fazer chegar os livros aos pontos mais recônditos do país de modo a dar continuidade à dinâmica de apetrechamento das bibliotecas municipais, escolares e comunitárias em todo o território nacional.

O anúncio foi feito pelo ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga, durante a sua intervenção na cerimónia de encerramento do XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que vinha decorrendo desde quinta-feira, na cidade da Praia, sobre o tema “Literatura, Liberdade e Inclusão” e homenageando Amílcar Cabral e Luís de Camões.

O ministro assegurou que a biblioteca móvel será implementada e coordenada pelo Instituto da Biblioteca Nacional de Cabo Verde.

Na mesma linha, os recursos da Biblioteca Nacional serão reforçados para dar continuidade à dinâmica de apetrechamento das bibliotecas municipais, escolares e comunitárias em todo o território nacional.

Augusto Veiga explicou ainda que no âmbito do Plano Nacional de Leitura, já dispõem de um financiamento para o lançamento de um prémio editorial reservado às editoras nacionais em 2025.

Em relação ao encontro de escritores de Língua Portuguesa em que o ministério da Cultura é parceiro através da Biblioteca Nacional, garantiu que essa parceria será reforçada sendo que a língua e a literatura é que os une.

O governante manifestou ainda sua satisfação pelo facto do campo de concentração do Tarrafal ser incluído no itinerário deste evento, sendo que esta prisão colonial era também um símbolo de luta pela liberdade em África.

Expressou também o seu agrado pela homenagem prestada a Amílcar Lopes Cabral, o pai das nacionalidades cabo-verdiana e guineense e Luís Vaz de Camões, poeta maior da língua portuguesa e um dos pilares da poética ocidental.

“A homenagem à Amílcar Cabral, em pleno ano do centenário do seu nascimento, afigura-se-nos como uma feliz iniciativa, pois a luta travada por Amílcar Cabral e os seus seguidores constituía também a prova do poder da palavra e da escrita em favor da mudança e da promoção de um mundo mais justo, mais livre, mais humano e mais inclusivo”, sublinhou.

Para Augusto Veiga, Luís de Camões é um património do mundo lusófono, um símbolo da irmandade linguística que une os países de expressão portuguesa, pelo que a homenagem que muito bem decidiram render a este poeta é assim “inteiramente justificada e necessária”.

Lembrou que nos últimos dois anos, o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do Instituto da Biblioteca Nacional, realizou duas edições do concurso nacional de leitura, que contou com a participação de 474 escolas e 15 mil alunos de todos os ciclos do ensino.

A edição deste ano contou com a presença de Jorge Arrimar, representando Angola, de Domício Proença Filho, Macau, de Fernanda Ribeiro, do Brasil, e uma grande representação de Cabo Verde, com nomes como Germano Almeida, Vera Duarte e o comandante Pedro Pires.

No domingo, os participantes vão estar no município do Tarrafal, interior da ilha de Santiago, para o encontro de escritores estrangeiros com estudantes, escritores locais, agentes culturais, “Mano a Mano Literário” - José Luiz Tavares & Mário Lúcio Sousa (moderação do escritor Mário Loff) e lançamento do livro “Um preto de maus bofes”, do escritor José Luiz Tavares.

O Encontro de Escritores de Língua Portuguesa é promovido pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e pela Câmara Municipal da Praia.

AV/CP

Inforpress/Fim

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Futebol/Fogo: João Domingos Teixeira eleito por unanimidade para o cargo de presidente da direcção da ARFF

São Filipe, 07 Set (Inforpress) – O dirigente desportivo João Domingos Teixeira Barbosa conhecido por “Lucindin” foi eleito hoje, por unanimidade dos clubes presentes na assembleia electiva, para o cargo de presidente da direcção da Associação Regional de Futebol do Fogo (ARFF).

A eleição dos novos órgãos sociais da Associação Regional de Futebol do Fogo (ARFF) aconteceu na manhã deste sábado, na cidade de São Filipe, durante uma assembleia-geral electiva que contou com a participação dos dirigentes de 16 dos 23 clubes de futebol do primeiro e segundo escalões.

João Domingos encabeçou a única lista para dirigir o destino de futebol do Fogo nos próximos dois anos e mereceu a confiança de todos os clubes presentes e foi eleito por unanimidade com 16 votos.

Com o acto eleitoral de hoje os órgãos sociais da Associação Regional de Futebol do Fogo passam a ser integrados pelos seguintes elementos: a Mesa da Assembleia Geral por Euclides Fernandes (presidente), José Pires (vice-presidente), Rito Barbosa Varela e Verónica Ribeiro (secretário) e Ianick Semedo (suplente)

A direcção da Associação Regional de Futebol passa a ser constituída por João Domingos Teixeira Barbosa (presidente), Adilson Barradas (vice-presidente), António Barbosa (tesoureiro), Henriqueta Cardoso e Dionísio Semedo (vogais) e Samara Monteiro (suplente).

O Conselho de Disciplina por Michel Platini Andrade (presidente), João Pedro Barbosa (secretário), Perivaldo Andrade e Luís Gomes (vogais) e José António Silva (suplente).

O Conselho Jurisdicional por Nilton Nunes (presidente), Abílio Alves (secretário), Abraão Gonçalves (vogal) e Marcelino Dias Gonçalves (suplente), o Conselho Técnico por Ernesto Gomes de Pina (Presidente), Nilton Ribeiro (secretário), Euclides Barros e Cândido Veiga Pires (vogais) e Orlando Pereira de Pina (suplente) e o Conselho Fiscal por Jailson Andrade Cardoso (presidente), Ricardo Fernandes (secretário), Maria Mendes Antunes (vogal) e Neido Rosa Gomes (suplente).

Como prioridades o novo presidente da ARFF destacou a questão da verdade desportiva, solidariedade, organização das competições habituais e uma atenção especial ao futebol feminino e introdução de novos torneios, formação de dirigentes, monitores das escolas de iniciação, treinadores nível C e colaboradores nas TIC (FIFA Connect), digitalização e informatização dos serviços da ARFF com criação de um Website.

Introdução de incentivos com atribuição de prémios, troféus e medalhas e a reintrodução do torneio de abertura para melhor preparação dos jogadores, incentivos às escolas de iniciação criando competições nos escalões de formação (Sub-12 e sub-15) constam da lista das prioridades.

A atribuição de prémios monetários, taças e medalhas para os campeões do primeiro e segundo escalões e da Taça Fogo, troféus e medalhas para melhor marcador, jogador do campeonato e guarda-redes menos batido, medalhas para o melhor jogador em todos os jogos do campeonato e realização de uma gala desportiva anual para premiar os que mais destacaram no futebol da ilha durante a época desportiva são outras prioridades assim como a abertura de uma sede da ARFF.

Antes de ser eleito presidente da direcção da ARFF João Domingos foi membro da associação e desempenhou o cargo de presidente do Conselho de Disciplina.

JR/CP

Inforpress/Fim

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PALOP: CJP defende maior participação dos jovens em políticas públicas

Cidade da Praia, 06 Set (Inforpress) - A criação de condições para melhor participação da juventude no processo de desenvolvimento dos PALOP constitui a principal recomendação saída da segunda Conferência Regional sobre Juventude, Paz e Desenvolvimento (DEPAJURC), que terminou hoje na cidade da Praia.

Em declarações à Inforpress, o coordenador da Conferência da Juventude dos PALOP (CJP) de Cabo Verde e da comissão organizadora, Denilson Monteiro, ressaltou que deve haver espaços para que os jovens participem na elaboração de políticas públicas capazes de oferecer condições aos jovens para o emprego digno e educação de qualidade e inclusiva.

Ainda de acordo com este responsável, durante o encontro, os jovens assumiram vários compromissos, entre os quais, a promoção do diálogo, da democracia, da justiça social e apoiar a resolução pacífica e democrática de conflitos, combatendo terrorismo, fundamentalismo religioso, extremismo e xenofobismo.

Comprometeram-se, também, estreitar cooperação entre os estados dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e criar sinergias com outros países e organizações internacionais, sobretudo com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Denilson Monteiro afirmou ainda que durante nesta conferência ficou decidida a constituição de um comité de acompanhamento de implementação da declaração final da DEPAJURC, cujos temas em consideração serão definidos pelo secretário-geral da coligação dos PALOP.

 Aproveitou ainda a oportunidade para avançar que a próxima edição desta conferência, em 2025, vai acontecer em Moçambique com a participação de vários jovens dos PALOP.

Por seu lado, o secretário de Estado da Economia digital, Pedro Lopes, que presidiu a sessão de encerramento, recomendou aos jovens a apostar no digital para continuarem a fazer a diferença e a serem disruptivos.

"Nós aqui em Cabo Verde não podemos depender apenas do turismo e das remessas dos imigrantes, temos que diversificar a nossa economia. E uma das ferramentas é o digital", defendeu.

Entre os vários exemplos do investimento feito em Cabo Verde nesta área apontou a construção do Parque Tecnológico, para servir não só o país, mas toda a sub-região africana e os países que falam português, em África. 

Pedro Lopes lembrou ainda que o Governo tem a responsabilidade de definir políticas públicas, sublinhando que Cabo Verde está a investir na sua juventude, não só com infra-estruturas de base tecnológica, como o Parque Tecnológico, mas também a criação de diversos programas, como a Cabo Verde Digital.

Esta conferência subordinada ao lema “Diálogo e compromisso – juventude dos PALOP construindo agenda comunitária para consolidação da paz, democracia e desenvolvimento” foi organizada pela Coligação da Juventude dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (CJP), que decorre de 05 a 07 deste mês na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), com a participação de 41 jovens dos PALOP.

A primeira edição deste evento aconteceu no ano passado na Guiné-Bissau.

DG/CP

Inforpress/Fim

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Porto Novo/Planalto Norte: Criadores de gado começam a enfrentar dificuldades na compra de ração – representante

Porto Novo, 06 Set (Inforpress) – Os criadores de gado no Planalto Norte, Porto Novo, estão a enfrentar dificuldades para adquirir ração para os seus animais, numa altura em que já paira neste município o espectro de mais um ano de seca.

O alerta foi feito hoje pelo porta-voz dos criadores de gado desse planalto, Marciano Guilherme, que informou que a classe começa a ficar preocupada com a demora na queda de chuvas, numa altura em que, praticamente, todos os criadores na zona Norte já não estão a conseguir comprar o milho para sustentar o seu efectivo.

Este criador de gado pediu ao Governo para ponderar a necessidade de apoiar os criadores na aquisição de ração dada a dificuldades, já que a maioria enfrenta nessa altura do ano dificuldades para manter a sua actividade, que é produção de queijos, o único meio de que dispõem para o sustento das suas famílias.

Porto Novo tem um efectivo pecuário de cerca de 25 mil cabeças de gado, na sua grande maior espécie caprina, que se concentra sobretudo no Planalto Norte e na zona baixa do município (arredores da cidade do Porto Novo).

Todas as famílias vivem da produção de queijo que, segundo os criadores de gado, tem caído muito nos últimos tempos devido a problemas dos criadores na compra de ração.

Enquanto isso, o delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente no município do Porto Novo, Joel Barros, exortou recentemente os criadores de gado a tirarem proveito do programa de apoio à pecuária, lançado em Julho por este ministério.

Joel Barros explicou que se trata de um programa a fundo perdido que tem o propósito de apoiar os criadores de gado na dinamização da sua actividade, tendo apelado à classe a tirar o proveito desta “grande oportunidade” de conseguir recursos financeiros para melhor a sua actividade.

Disse que os serviços que dirige estão preparados para auxiliar os criadores a aceder ao programa.

JM/ZS

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Vacinação em Gaza mostra que ajuda é possível quando há vontade

Lisboa, 07 Set (Inforpress) – A Unicef considera que os resultados da vacinação contra a poliomielite na Faixa de Gaza, obtidos com pausas humanitárias nos combates, mostram que é possível ajudar o território quando existe vontade, ainda que seja preciso bastante mais.

Em entrevista à agência Lusa a partir de Nova Iorque, Tess Ingram, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para o Médio Oriente e Norte de África, alerta que os resultados já alcançados na atual campanha de vacinação destacam a importância de um cessar-fogo definitivo entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, para socorrer a população do enclave sitiado desde outubro pelas forças israelitas.

O programa de vacinação de mais de 640 mil crianças abaixo dos 10 anos foi desencadeado pelo ressurgimento da poliomielite ao fim de 25 anos sem um único caso no território, estando previstas três rondas em cada uma de duas fases entre setembro e outubro.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, quase 355 mil crianças tinham sido vacinadas até sexta-feira, graças às pausas humanitárias acordadas com Israel e o Hamas, e que vigoram entre as 06:00 e as 15:00 locais em zonas específicas.

A primeira ronda foi considerada “um sucesso” e acima das previsões, em primeiro lugar, explica a porta-voz, porque as equipas estavam organizadas e foi possível colocar no terreno as vacinas e as cadeias de frio a tempo, mas também graças ao respeito observado pelos beligerantes das pausas humanitárias.

“Isso permitiu que os profissionais fizessem o seu trabalho”, refere a porta-voz, e contribuiu ainda para “as famílias terem confiança para levar os seus filhos aos centros de saúde” e a elevadas afluências, com relatos de longas filas, “o que é muito encorajador”, somando-se a equipas de vacinação nos centros de deslocados para abranger o máximo de crianças.

A campanha contra a poliomielite corresponde às primeiras boas notícias em 11 meses de conflito, segundo Tess Ingram, a quem “faltam adjetivos” para descrever a situação na Faixa de Gaza e que tem vindo a deteriorar-se dia após dia, na proporção da intensidade dos bombardeamentos e combates, aumento de mortos, feridos e deslocados, devastação de infraestruturas, colapso do sistema de saúde e propagação de doenças: “É bom encontrar, finalmente, algo de bom para se dizer”.

A campanha de vacinação demonstra igualmente que “este tipo de resposta é possível se houver vontade de o fazer”, o que sugere a necessidade de ser alargada a proteção de civis e o aumento da ajuda e a urgência de um cessar-fogo definitivo.

Tess Ingram chama a atenção para o caráter temporário destas pausas humanitárias e seu alcance limitado a zonas específicas, o que significa que, fora daquelas horas e fora daquelas áreas, os combates continuam e não é disso que a população de Gaza precisa”.

Para acudir aos habitantes, prossegue, “é preciso que o fim dos combates se faça sentir em toda a Faixa de Gaza durante 24 horas” e não apenas pausas, que, “sendo melhor do que nada, não são o suficiente”, pelo que apela para a continuação das negociações entre Israel e Hamas, até agora inconclusivas.

Ao mesmo tempo, à semelhança de outras agências da ONU e organizações de auxílio na Faixa de Gaza, a porta-voz lamenta a falta de resposta de Israel aos pedidos que lhe são dirigidos desde início do conflito, em 07 de Outubro passado.

“Há muitas coisas que as Nações Unidas, incluindo a Unicef como agência humanitária, pediram ao longo dos últimos 11 meses, e continuamos a pedir as mesmas coisas”, observa, referindo-se a “apelos não concretizados em muitas frentes”, o que inclui o aumento da quantidade de ajuda, a melhoria da coordenação das missões humanitárias para aceder a todo o território em segurança, a proteção das infraestruturas civis. E “a lista continua...”, sublinha.

Pelo contrário, outro desafio que parece ter finalmente eco está relacionado com a necessidade de unir a comunidade internacional para um cessar-fogo, o que “parece ser agora uma posição bastante partilhada”, no sentido de “não se permitir que a situação atual se torne na norma” ao fim de quase um ano de conflito.

“Enquanto comunidade internacional, temos de continuar a dar o alarme sobre o que está a acontecer em Gaza e continuar a considerar que um cessar-fogo é a melhor forma de proteger as crianças e as suas famílias”, insiste a porta-voz.

Isto implica também que as atividades humanitárias no enclave continuem a ser financiadas, após “uma grave diminuição no início do ano”, em resultado da suspensão dos pagamentos de países doadores, ao ser revelada uma suposta ligação de colaboradores da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA) aos ataques do Hamas em outubro, que levaram à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

Após investigações internas da ONU a este caso, a maioria dos países retomou as suas transferências, e, no caso da Unicef, “uma boa parte do dinheiro foi reposta”, embora a resposta global “continue a ser subfinanciada” num território que a organização aponta como o lugar mais perigoso do mundo para se ser criança.

Tess Ingram indica o caso da educação, que está “seriamente subfinanciada”, com o regresso às aulas previsto para este fim de semana e os encargos da Unicef na Palestina neste domínio apenas cobertos em 12% das necessidades, mas também a área da nutrição exibe números críticos.

Dada a situação “para lá do imaginável” na Faixa de Gaza, onde segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a atual guerra já matou mais de 40 mil pessoas, na maioria mulheres e crianças, e provocou um desastre humanitário sem precedentes no território, pouco se fala das ondas de choque do conflito para os menores noutras regiões.

É o caso da Cisjordânia ocupada, onde as forças israelitas lançaram nos últimos dias uma grande intervenção militar, mas também do Líbano e até de Israel, que ainda lida com as consequências do ataque letal do Hamas em Outubro, que deixou cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de 250 pessoas na condição de reféns.

A porta-voz da Unicef para o Médio Oriente comenta que “as crianças da região não são alheias aos conflitos”, sendo vítimas da tensão que lhes cria medo e afeta o seu bem-estar e a sua saúde mental, quando as perturbações atingem as suas comunidades e famílias, a economia, a escola e o acesso a cuidados de saúde.

“Já vimos isso no Líbano, já vimos isso em Israel e já vimos isso na Cisjordânia”, afirma, dando conta de preocupações adicionais no território palestiniano ocupado, onde, no seu balanço semanal divulgado na quarta-feira, as Nações Unidas registavam 30 mortos durante a recente ofensiva israelita, incluindo sete crianças.

Trata-se, de acordo com Tess Ingram, de “um nível de violência inédito e que tem vindo a intensificar-se desde outubro”, com a Unicef a reforçar os apelos “para a calma e à não escalada de partes ligadas a qualquer tipo de tensão na região neste momento”.

Inforpress/Lusa

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