internacional


27/06/24 11:59

Cairo, 27 Jun (Inforpress) – O número de crianças sudanesas que enfrentam uma grave escassez de alimentos quase duplicou em seis meses e 75% delas sofre diariamente a falta de alimentos, com a guerra a agravar esta situação, informou hoje a Save the Children.

De acordo com os novos dados da Parceria para a Classificação Integrada das Fases de Segurança Alimentar (IPC) - a principal autoridade internacional em matéria de gravidade das crises de fome - a Organização Não-Governamental (ONG) Save the Children constatou que 16,4 milhões de crianças, ou seja, três em cada quatro crianças, enfrentam actualmente níveis de fome de "crise", "emergência" ou "catástrofe", contra 8,3 milhões em Dezembro.

De acordo com o CPI, existe um risco de fome em 14 localidades do país, com 755.000 pessoas a enfrentarem níveis catastróficos, incluindo 355.605 crianças, de acordo com as estimativas da Save the Children.

"[Os números] deviam fazer gelar o nosso sangue", afirmou o director nacional da ONG no Sudão, Arif Noor, em comunicado. Catorze meses de conflito devastador transformaram o Sudão num campo de batalha. Centenas de milhares de crianças que conseguiram desviar-se das balas e das bombas enfrentam agora a morte por fome e doença.

Noor questionou sobre onde está "a indignação colectiva - e a acção - necessária", uma vez que "já é demasiado tarde para evitar a fome e a subnutrição em massa”.

"[Mas] através de uma acção imediata e coordenada, podemos salvar vidas; a história julgar-nos-á se não o fizermos", acrescentou.

De acordo com a ONG, a resposta humanitária para o Sudão está "lamentavelmente subfinanciada", com os doadores "a fornecerem apenas 16,8% de um plano de resposta da ONU de 2,7 mil milhões de dólares" (cerca de 2,5 mil milhões de euros).

O Sudão é o cenário das piores catástrofes humanitárias do mundo e da maior vaga de deslocações a nível global, com mais de dez milhões de pessoas a fugirem das suas casas.

A guerra no Sudão entre o exército regular e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) matou entre 30.000 e 150.000 pessoas, de acordo com diferentes fontes.

Inforpress/Lusa

Fim

27/06/24 10:24

Teerão, 27 Jun (Inforpress) – Os iranianos vão sexta-feira às urnas para eleger um novo Presidente de entre seis candidatos, incluindo um reformador até agora desconhecido que espera abalar a preponderância dos conservadores.

Esta eleição presidencial, inicialmente prevista para 2025, foi organizada em poucas semanas para substituir o Presidente Ebrahim Raissi, que morreu num acidente de helicóptero a 19 de Maio.

O acto eleitoral realiza-se num contexto delicado para a República Islâmica, que tem de gerir simultaneamente tensões internas e crises geopolíticas, da guerra na Faixa de Gaza à questão nuclear, a cinco meses das eleições presidenciais nos Estados Unidos, seu inimigo declarado.

A campanha, que começou de forma desapaixonada, foi mais competitiva do que a anterior, em 2021, graças à presença do reformista Massoud Pezeshkian, que se impôs como um dos três favoritos.

Os seus dois principais adversários são o conservador presidente do Parlamento, Mohammad-Bagher Ghalibaf, e Saïd Jalili, o ultraconservador ex-negociador nuclear.

Esta proximidade de destaque poderá levar a uma segunda volta, o que só aconteceu numa eleição presidencial, em 2005, desde o início da República Islâmica, há 45 anos.

Para ter hipóteses de ganhar, Massoud Pezeshkian deve esperar uma elevada taxa de participação, ao contrário da eleição presidencial de 2021, que foi marcada por uma abstenção recorde de 51% quando nenhum candidato reformista ou moderado foi autorizado a concorrer.

Na terça-feira, o líder supremo, ayatollah Ali Khamenei, apelou aos iranianos para que "compareçam em grande número", receando a mais que provável baixa taxa de participação, tendo como pano de fundo os 41% registados nas legislativas de Março passado.

Para Ali Vaez, especialista sobre questões ligadas ao Irão do International Crisis Group (ICG), o futuro Presidente terá de enfrentar "o desafio de evitar alargar o fosso entre o Estado e a sociedade". Até à data, nenhum dos candidatos "apresentou um plano concreto para resolver estes problemas", considera.

O reformista Pezeshkian, de 69 anos, viúvo e pai de família, garantiu aos eleitores que era possível "melhorar" alguns dos problemas com que se defrontam os 85 milhões de habitantes do Irão.

No entanto, aos olhos de alguns eleitores, este médico que se tornou deputado carece de experiência governativa, tendo sido apenas ministro da Saúde há cerca de 20 anos.

Em contrapartida, Mohammad-Bagher Ghalibaf é, aos 62 anos, um veterano da política, depois de ter feito carreira na Guarda Revolucionária, o poderoso exército ideológico da República Islâmica.

Por seu lado, Saïd Jalili, 58 anos, que perdeu uma perna durante a guerra Irão-Iraque, nos anos 80, atrai os apoiantes mais fervorosos da República Islâmica, apoiando a firmeza inflexível de Teerão face aos países ocidentais.

No outro extremo do espetro, Massoud Pezeshkian defende uma aproximação nas relações com os Estados Unidos e com a Europa, a fim de levantar as sanções que afectam duramente a economia, e recebeu o apoio do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Javad Zarif, o arquitecto do acordo nuclear alcançado com as grandes potências em 2015.

O reformista apela também a uma solução para a questão persistente do véu obrigatório para as mulheres, uma das causas do vasto movimento de protesto que abalou o país no final de 2022, após a morte de Mahsa Amini, que foi presa por não respeitar o código de vestuário.

"Durante 40 anos, tentámos controlar o hijab, mas só piorámos a situação", lamentou Pezeshkian.

A maioria dos outros candidatos adoptou uma posição cautelosa em relação a esta questão, declarando-se bastante contrários à implantação da polícia da moralidade.

Uma das certezas da eleição é que o próximo presidente será um civil e não um clérigo xiita, como os dois presidentes anteriores, Hassan Rohani e Ebrahim Raissi.

Não pode, portanto, ser considerado como um potencial sucessor do ayatollah Khamenei, que tem 85 anos e está à frente do Irão há 35.

Inforpress/Lusa

Fim

26/06/24 11:01

Washington, 26 Jun (Inforpress) - Os ex-militares norte-americanos expulsos das Forças Armadas dos Estados Unidos condenados e expulsos pelo "crime de relações consentidas entre pessoas do mesmo sexo" foram indultados pelo Presidente Joe Biden.

A legislação que se aplicava aos efectivos das forças militares dos Estados Unidos esteve em vigor até 2013.

As restrições constavam do Código de Justiça Militar, que durante 60 anos sancionou com expulsão e desonra "cerca de duas mil" pessoas, segundo fontes citadas pela estação de televisão CNN.

Biden disse que se tratou de "um erro histórico", lamentando que durante décadas vários militares tenham sido "condenados por serem simplesmente o que são".

"Apesar da coragem e do sacrifício, milhares de militares LGBTIQ+ foram expulsos do Exército por causa da orientação sexual ou identidade de género", acrescentou um comunicado do Presidente dos Estados Unidos.

O chefe de Estado referindo que "patriotas aguentaram o peso dessa grande injustiça durante décadas" sublinha que agora é permitida a solicitação de pedidos de indulto e de anulação das condenações.

Joe Biden disse ainda que os Estados Unidos, "para serem a melhor força de combate do mundo" devem garantir que a "cultura das Forças Armadas deve ser o reflexo de valores excepcionais", a nível nacional.

A medida adotada por Joe Biden é diferente da lei adoptada em 2011 que estabelecia que "os homossexuais podiam servir nas Forças Armadas mas não revelar publicamente a orientação sexual".

Na prática, a lei de 2011 provocou o afastamento de 14 mil pessoas das Forças Armadas.

A lei era conhecida como a medida "Don't Ask, Don't Tell" ("Não Perguntes, Não Digas Nada").

Inforpress/Lusa

Fim

26/06/24 09:15

Niamey, 26 Jun (Inforpress) – O Ministério da Defesa do Níger disse que pelo menos 20 soldados e um civil morreram num alegado ataque terrorista contra um destacamento do exército na região de Tillabéri, no noroeste do país.

De acordo com o ministério, o ataque aconteceu no departamento de Tera, perto da fronteira com o Mali e Burkina Faso, onde numerosos grupos fundamentalistas islâmicos lançam ataques frequentes contra civis e forças de segurança.

O incidente começou por volta das 10:00 de terça-feira (mesma hora em Lisboa), quando um comboio militar que patrulhava a área foi atacado por um grupo de militantes fortemente armados, que causaram ferimentos em nove militares, além das vítimas mortais.

Dois veículos foram danificados e “dezenas de terroristas foram neutralizados”, enquanto “os seus meios de transporte [foram] destruídos”, disse o ministério, que acrescentou ter enviado reforços aéreos e terrestres para perseguir os restantes atacantes que conseguiram fugir

O Governo do Níger declarou luto nacional de três dias em todo o território a partir de hoje, uma medida que inclui a colocação das bandeiras a meio haste, informou o portal de notícias Actuniger.

O ataque surgiu dias depois de o exército do Níger ter anunciado a morte de dez supostos terroristas, incluindo um líder do Estado Islâmico, e a detenção de outros 31 entre quinta-feira e sábado, também na região de Tillabéri.

Nove dos terroristas terão sido mortos durante uma missão de controlo aéreo feita no sector de Nabolé, no âmbito da operação militar "Niya", que lidera a luta contra o terrorismo na margem direita do rio Níger.

Uma patrulha militar motorizada, composta por vários veículos, encontrava-se no sector de Nabolé quando sofreu uma emboscada na noite de quinta-feira, 20 de Junho, por terroristas que abriram "fogo pesado" contra os militares.

Durante uma incursão na mesma zona, na noite de 21 para 22 de Junho, os militares mataram Abdoulaye Souleymane Idouwal, que o exército qualifica de "membro influente do Estado Islâmico no Grande Saara", na aldeia de Gnandawal.

O Níger, governado por uma junta militar golpista desde Julho de 2023, alberga grupos fundamentalistas fiéis à Al-Qaida e ao Estado Islâmico, que fazem ataques recorrentes contra as forças de segurança e população civil.

De acordo com a organização não-governamental Armed Conflict Location And Event Data Project, que monitoriza a violência em todo o mundo, entre Maio de 2023 e Maio de 2024, 1.460 pessoas foram mortas no Níger em eventos violentos por grupos não estatais e 997 por forças estatais.

O Níger é um dos países mais pobres de África e ocupa o 189.º lugar (entre 195) no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, que estima que 91% da sua população é pobre.

Inforpress/Lusa/Fim

25/06/24 12:38

Beijing, 25 jun (Inforpress) - O presidente chinês, Xi Jinping, estendeu nesta terça-feira congratulações pelo sucesso da missão Chang'e-6, que trouxe as primeiras amostras, a nível mundial, recolhidas no lado oculto da Lua.

Em nome do Comité Central do Partido Comunista da China (PCCh), do Conselho de Estado e da Comissão Militar Central (CMC), Xi Jinping, também secretário-geral do Comitê Central do PCC e presidente da CMC, estendeu calorosas congratulações e sinceras saudações aos quartéis-generais da missão Chang'e-6 e a todos aqueles que participaram da missão em uma mensagem de felicitações.

Segundo a Xinhua, a cápsula de retorno da sonda Chang'e-6, carregando as amostras da Lua, pousou precisamente na área designada na bandeira de Siziwang, Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, às 14:07 (horário de Beijing) desta terça-feira.

Xi destacou que, pela primeira vez na história da humanidade, a Chang'e-6 colectou amostras do lado oculto da Lua e retornou à Terra, marcando outra conquista histórica no esforço da China para se tornar uma potência espacial e de ciência e tecnologia.

Nos últimos 20 anos, todos os envolvidos no projecto de exploração lunar atingiram as alturas de ciência e tecnologia e alcançaram conquistas notáveis que chamaram a atenção mundial, disse o Presidente chinês.

"As contribuições excelentes que vocês deram serão sempre lembradas pelo país e pelo povo", disse Xi.

Os cientistas chineses preveem que as amostras devolvidas incluirão rochas vulcânicas com 2,5 milhões de anos e outros materiais que responderão a questões sobre as diferenças geográficas entre os dois lados da Lua.

A sonda deixou a Terra a 3 de Maio e a sua viagem durou 53 dias.

Inforpress/Xinhua

Fim

25/06/24 09:22

Washington, 25 Jun (Inforpress) – O fundador do Wikileaks, Julian Assange, aceitou declarar-se culpado de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais, num acordo com a justiça dos EUA, e já saiu da prisão, disse hoje o portal.

Assange “deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de Junho”, foi libertado no aeroporto de Stansted, em Londres, “onde embarcou num avião e partiu do Reino Unido”, tendo a Austrália como destino final, disse o Wikileaks.

O portal disse na rede social X (antigo Twitter) que a libertação resulta de “uma campanha global” que “criou espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, conduzindo a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado”.

Assange deverá comparecer na quarta-feira perante um tribunal federal das Ilhas Marianas, um território norte-americano no Oceano Pacífico, de acordo com documentos judiciais apresentados na segunda-feira à noite.

O fundador do Wikileaks vai declarar-se culpado de crime de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais da defesa nacional dos Estados Unidos, confissão que terá de ser aprovada por um juiz.

Cidadão australiano de 52 anos, Julian Assange poderá então regressar à Austrália.

Ainda antes do anúncio da libertação, um porta-voz do Governo australiano defendeu que o caso do fundador do Wikileaks “arrastou-se por muito tempo e não há nada a ganhar com o prolongamento da detenção".

Assange estava detido em Belmarsh, no leste da capital britânica desde 2019, altura em que foi detido, após sete anos de reclusão na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de violação.

Desde então que os EUA tentavam a extradição de Assange, acusado de 18 crimes de espionagem e de intrusão informática pela divulgação no portal WikiLeaks de documentos confidenciais, que em 2010 e 2011 expuseram violações de direitos humanos cometidas pelo exército norte-americano no Iraque e no Afeganistão.

Washington queria julgar Assange pela divulgação de mais de 700 mil documentos secretos e estava acusado pelas autoridades norte-americanas ao abrigo da Lei de Espionagem de 1917, enfrentando uma possível pena de até 175 anos de prisão.

Em 20 de Maio, o Tribunal Superior de Londres tinha autorizado Assange a recorrer da ordem de extradição do Reino Unido para os Estados Unidos da América.

Inforpress/Lusa

Fim

24/06/24 12:23

Seul, 24 Jun (Inforpress) – A Coreia do Sul, o Japão e os EUA condenaram hoje, “nos termos mais fortes possíveis”, o acordo entre a Coreia do Norte e a Rússia, que prevê a assistência mútua em caso de agressão.

Os três países lamentaram as “contínuas transferências de armas” de Pyongyang para as forças russas, num comunicado conjunto publicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul.

Estas armas “prolongam o sofrimento do povo ucraniano, violam múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ameaçam a estabilidade tanto no nordeste da Ásia como na Europa”, de acordo com o documento.

A parceria entre a Coreia do Norte e a Rússia “deve ser motivo de grave preocupação para todos os interessados em manter a paz e a estabilidade na península coreana, em defender o regime global de não proliferação e em apoiar o povo da Ucrânia na defesa da liberdade e independência contra a brutal agressão da Rússia”, acrescentou.

Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão prometeram “reforçar ainda mais a cooperação diplomática e de segurança para combater as ameaças representadas pela RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] à segurança regional e global e evitar uma escalada da situação”.

O compromisso dos EUA com a defesa dos dois aliados “permanece firme” e Seul, Washington e Tóquio “reafirmam que o caminho para o diálogo permanece aberto e instam a RPDC a cessar novas provocações e a regressar às negociações”, acrescentou o comunicado.

Na quarta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse em Pyongyang que “o acordo de parceria global (…) prevê igualmente a prestação de assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes do acordo”.

De acordo com a agência de notícias russa TASS, Putin referiu declarações dos Estados Unidos e de outros países da NATO sobre o fornecimento à Ucrânia de armas de longo alcance, aviões F-16 e outro armamento para, segundo disse, atacar o território russo.

“Não se trata apenas de uma declaração, isto já está a acontecer e tudo isto é uma violação grosseira das restrições assumidas pelos países ocidentais no âmbito de vários tipos de obrigações internacionais”, afirmou.

Depois das conversações com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, Putin descreveu o acordo como um “documento verdadeiramente revolucionário” e disse que Moscovo “não exclui a possibilidade de cooperação técnico-militar” com Pyongyang.

Por seu lado, o líder norte-coreano afirmou que o acordo com a Rússia era puramente defensivo, de acordo com as agências de notícias russas.

Kim descreveu Putin como “o melhor amigo” da Coreia do Norte e saudou o início de uma “nova era” nas relações com a Rússia.

Também expressou “total apoio e solidariedade para com o Governo, o exército e o povo russo na condução da operação militar especial na Ucrânia para proteger a soberania, os interesses de segurança e a integridade territorial” da Rússia.

Inforpress/Lusa

Fim

24/06/24 10:56

Luxemburgo, 24 Jun (Inforpress) - O Conselho da União Europeia (UE) adoptou hoje o 14.º pacote de sanções contra a Rússia por causa da invasão ao território ucraniano, que inclui restrições à importação de gás natural liquefeito russo.

Em comunicado, o Conselho da UE anunciou a adopção deste pacote de sanções, que pela primeira vez vai incluir restrições à importação de gás natural liquefeito russo para os países da UE e também a sua passagem para países terceiros, prejudicando uma “fonte de receita significativa” que o Kremlin utiliza para fomentar o conflito.

Com a adopção destas restrições, mais 116 pessoas e organizações passam a estar sancionadas, o que significa que ficam impedidas de aceder a bens que tenham em países europeus e proibidas de viajar para qualquer Estado-membro.

A UE também colocou em prática medidas para impedir o contorno das sanções por parte de Moscovo, requerendo que empresas sediadas num dos 27 assegurem que as suas subsidiárias e empresas com as quais trabalham em regime de outsourcing não participem em actividades comerciais ou outras que acabem por facilitar o contorno das sanções.

A UE tem vindo a reduzir as importações de gás russo (que chega por gasoduto), passando de uma dependência de 40% em 2021 para 8% em 2023, mas as importações de gás natural liquefeito da Rússia têm vindo a aumentar, num importante sector para a economia do país que gera quase oito mil milhões de euros anuais.

O Conselho da UE também proibiu empresas europeias de transacionarem com instituições financeiras e de criptomoedas que continuem a trabalhar com a Rússia e a fomentar a indústria da defesa do país que invadiu a Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de Fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Inforpress/Lusa

Fim

24/06/24 10:00

Beijing, 24 jun (Inforpress) - O presidente chinês, Xi Jinping, considerou que o "Vínculo com Kuliang: Festival da Juventude China-EUA 2024" ajuda a aprimorar os intercâmbios e a compreensão entre os dois povos, em carta enviada esta segunda-feira.

Na carta de felicitações ao festival realizado em Fuzhou, na Província de Fujian, leste da China, Xi disse que está “satisfeito” em ver jovens de todas as esferas da vida na China e nos Estados Unidos se reunirem em Fuzhou para reviver a história de Kuliang, transmitir o amor por Kuliang e ajudar a aprimorar os intercâmbios e a compreensão entre os dois povos.

“Os jovens são energéticos e cheios de sonhos, e o futuro das relações China-EUA depende dos jovens”, enfatizou Xi, citado pela Xinhua.

O Presidente chinês disse ainda esperar que os jovens chineses e norte-americanos realizem intercâmbios aprofundados, melhorem a amizade, se conheçam bem e trabalhem lado a lado para levar adiante a amizade entre a China e os EUA, contribuir para o crescimento sólido e constante das relações China-EUA e trabalhar com pessoas do mundo inteiro para construir a paz, promover o progresso e criar a prosperidade.

O "Vínculo com Kuliang: Festival da Juventude China-EUA 2024", inaugurado nesta segunda-feira, é coorganizado pela Associação do Povo Chinês para Amizade com Países Estrangeiros, o Governo Popular da Província de Fujian e a Federação Nacional da Juventude da China.

Inforpress/Xinhua

Fim

23/06/24 16:26

Luxemburgo, 23 Jun 2024 (Lusa) – O grão-duque Henrique do Luxemburgo anunciou hoje, dia nacional do país, o início do seu processo de abdicação, colocando o filho Guilherme como príncipe regente e pronto a assumir as funções oficiais do governo em Outubro.

"Decidi entregar o cargo de lugar-tenente ao príncipe Guilherme em Outubro", anunciou Henrique, de 70 anos, num anúncio considerado surpreendente.

“Com todo o meu amor e confiança, desejo-lhe uma liderança feliz. Olhemos para o futuro com optimismo, sabendo que só juntos podemos alcançar grandes feitos", proclamou.

Guilherme, de 42 anos, será proclamado lugar-tenente do grão-duque – um papel semelhante ao de um príncipe regente no Reino Unido – e assumirá plenamente as suas funções depois de ser empossado pelo Parlamento.

Henrique, no entanto, manterá o título de soberano do país, que detém há quase um quarto de século e que recebeu do seu pai, o grão-duque João, em Outubro de 2000.

Em declarações à estação pública RTL, o primeiro-ministro luxemburguês, Luc Frieden, admitiu que há já algum tempo que vinha a discutir a transição com o grão-duque Henrique.

"A medida tem o meu total apoio", disse Frieden após o anúncio.

Embora não tenha dado razões precisas para a decisão, o primeiro-ministro explicou que se tratava de um procedimento "tão normal como histórico".

O Luxemburgo, que segue o regime monárquico constitucional, tem uma população de 660 mil habitantes e fica situado entre a França, a Alemanha e a Bélgica.

Inforpress/Lusa/Fim

23/06/24 13:40

Gaza, Palestina, 23 Jun 2024 (Inforpress) – O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento radical Hamas, adiantou hoje que já morreram 37.598 pessoas na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano, a 07 de Outubro de 2023.

Nas últimas 24 horas foram registados pelo menos mais 47 mortes, adiantou este ministério, em comunicado.

Além disso, o organismo adiantou que, nos nove meses que já dura a guerra, registam-se 86.032 feridos no território palestiniano.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita de 07 de Outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Telavive lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que até ao momento provocou mais de 37 mil mortos e mais de 85 mil feridos, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano, controladas pelo Hamas desde 2007.

Calcula-se ainda que 10 mil palestinianos permanecem soterrados nos escombros após cerca de nove meses de guerra.

O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas - “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Também na Cisjordânia e em Jerusalém Leste, ocupados por Israel, pelo menos 520 palestinianos foram mortos pelas forças israelitas ou por ataques de colonos desde 07 de Outubro.

Inforpress/Lusa/Fim

23/06/24 13:37

Gaza, Palestina, 23 Jun 2024 (Inforpress) – Pelo menos 15 palestinianos morreram hoje em bombardeamentos israelitas, concentrados desde a madrugada na cidade de Gaza, no norte do enclave, e no campo de refugiados de Nuseirat, no centro, informou a agência de notícias palestina Wafa.

“Aviões de guerra da ocupação [israelita] atacaram uma casa no bairro de Al Sabra, no sul da cidade de Gaza” e causaram oito mortes e dezenas de feridos, segundo a Wafa, citada pela EFE.

No centro do enclave, um ‘drone’ atacou um grupo de palestinianos perto de uma central eléctrica no campo de Nuseirat, matando dois deles e causando vários feridos.

A estas dez vítimas mortais somam-se as causadas durante uma madrugada de atentados também concentrados na capital da Faixa de Gaza, conforme informou a agência local.

“Três cidadãos foram mortos e outros ficaram feridos, incluindo crianças e mulheres, num ataque aéreo israelita que teve como alvo um edifício residencial perto da Torre Al Jawhara”, restos de um icónico edifício de escritórios, bombardeado em 2014, no centro da capital de Gaza.

Outras duas pessoas perderam a vida no ataque a uma casa em Al Shati, uma área onde um bombardeamento matou outros 24 habitantes de Gaza no sábado, num dos dias mais mortíferos para a Faixa nas últimas semanas, com pelo menos 101 mortos em toda a Palestina.

“No último dia, a Força Aérea Israelita atacou dezenas de alvos terroristas em toda a Faixa”, refere um comunicado do Exército israelita divulgado hoje.

O Exército garantiu continuar as suas operações no sul de Rafah, onde afirmou ter encontrado armas, túneis e infra-estruturas terroristas subterrâneas, bem como ter eliminado uma célula terrorista.

Segundo a Wafa, os ataques das forças armadas concentraram-se no centro e no sul da cidade, na fronteira com o Egipto, bem como no Norte, onde uma casa foi bombardeada.

Desde o início da guerra, pelo menos 37.551 habitantes de Gaza foram mortos e outros 85.911 feridos, a maioria deles mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.

Inforpress/Lusa/Fim

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