Tarrafal: Grupo de batucadeiras “Voz di Liberdadi” surge para “dar voz a todos os membros e a sociedade em geral” (c/áudio)

03-07-2024 19:58

Tarrafal, 03 de Jul (Inforpress) – O recém-criado grupo de batucadeiras “Voz di Liberdadi” surge no Tarrafal como uma “oportunidade” para que “todos os elementos e a sociedade em geral tenham voz para expor tudo o que precisa mudar”.

Esta afirmação foi feita pela líder do grupo, Aldina Borges, explicando que todos os membros já pertenceram a alguns grupos de batuque no município, mas que devido a certas divergências de opiniões foram abandonando os grupos de origem.

No seu caso, com 22 anos no batuque, a abandonar o antigo grupo, cujo nome não quis revelar, diz não se sentir bem em ficar parada e de mãos cruzadas, unindo-se assim a outras mulheres que também abandonaram os seus antigos grupos e formaram “Voz di Liberdadi”.

Neste grupo, Aldina Borges garantiu que o que lhe diferencia dos outros é a “liberdade de se expressar e de se opinar”, não só os membros, mas toda a sociedade, pretendendo assim fazer algo diferente do que tem sido a prática, em que muitas vezes a opinião dos outros não é bem aceite.

Até porque, num Estado democrático e num país desenvolvido, relembrou que a liberdade de expressão deve estar presente, e o batuque, reforçou, é uma voz da expressão.

Sobre os projectos na manga informou que são vários, mas que ainda estão a dar os primeiros passos, tendo já participado em alguns eventos, cuja aceitação foi “boa”, não sabendo agora se é pela qualidade do trabalho que acredita que estão a fazer ou então por serem conhecidas em outros grupos, mas o certo é que segundo a porta-voz, o feedback que têm tido é que até o nome tem chamado atenção das pessoas.

Para os próximos dias anunciou que têm algumas actuações agendadas, pois o foco é actuar dentro do município, mas também ir além-fronteiras.

Este mês, o grupo vai actuar no festival Rainha Santa Isabel em Chão Bom, no município do Tarrafal, no dia 13 estará em Figueira Môita, 28, no município de São Domingos, 3 de Agosto no festival “Mara panu”, acreditando que os caminhos vão se abrindo mediante as actuações.  

A nível geral, falando sobre o batuque, esta batucadeira considera que este género já está a ter um nível de aceitação satisfatório, mas que o Governo precisa fazer mais, dar mais valor, argumentando que “os outros géneros musicais têm sido valorizados”

MC/JMV

Inforpress/Fim

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