São Nicolau: PAICV considera que endividamento da câmara do Tarrafal coloca em causa a sustentabilidade da instituição

15-07-2024 22:44

Ribeira Brava, 15 Jul (Inforpress) – O deputado do PAICV pelo círculo eleitoral de São Nicolau considerou hoje que o nível de endividamento da Câmara Municipal do Tarrafal coloca em causa a sustentabilidade da instituição.

Em conferência de imprensa, Hipólito Barreto, que é também membro do Conselho Nacional do PAICV, denunciou aquilo que considera ser um “conjunto de irregularidades” que têm vindo a acontecer na autarquia tarrafalense.

Segundo o mesmo, a autarquia tem contraído sucessivos empréstimos junto à banca para a realização de investimentos, cujas obras não foram realizadas e “não se sabe o paradeiro desses montantes”.

“Estamos a falar de dois empréstimos, um de 30 mil contos e outro de 65 mil contos, destinados à realização de obras de requalificação da Rua Padre Jesualdo, deslocalização das pocilgas da zona de Marel Pintod e para pôr em funcionamento o matadouro municipal”, sublinhou.

Prosseguiu afirmando, que a situação se complica ainda mais tendo em vista que, nos últimos dias, a Assembleia Municipal aprovou uma proposta que autoriza a autarquia a contrair um empréstimo bancário no valor de 185 mil contos destinados a investimentos e liquidação de dívidas.

“Parte deste empréstimo é para pagar outros empréstimos, pelo que entendemos que para um município com fracos recursos não pode estar a contrair dívidas para pagar dívidas”, acrescentou.

O deputado nacional disse não entender a posição da câmara municipal em contrair este novo empréstimo, tendo em conta a aproximação das eleições autárquicas, para as quais o actual edil não foi o escolhido do seu partido.

Hipólito Barreto alertou as autoridades para a necessidade de se realizar uma auditoria na Câmara Municipal do Tarrafal, como tem sido feito em outras autarquias do país, devido a possíveis irregularidades.

Quanto à “má gestão” dos recursos públicos, afirmou que as obras dos Paços do Concelho do Tarrafal, orçadas em 75 mil contos, e que deveriam ser inauguradas em Junho de 2022, estão abandonadas.

WM/HF

Inforpress/Fim

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