Presidente da Adevic diz que persistem desafios na integração dos deficientes visuais no mercado de trabalho

26-06-2024 13:44

Cidade da praia, 26 Jun (Inforpress) – O presidente da Adevic e responsável da escola “Manuel Júlio”, Marciano Monteiro disse hoje que, apesar de alguns ganhos desde a criação da escola, ainda persistem desafios na integração dos deficientes visuais no mercado de trabalho.

O presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde (Adevic) fez estas considerações esta manhã na abertura da formação sobre Planeamento e Gestão de Conflitos destinada aos seus membros, no âmbito da comemoração X aniversário da criação da escola para pessoas com deficiência visual e défice cognitivo designada escola “Manuel Júlio” que se assinalou hoje.

Segundo este responsável, esta escola teve ganhos sobretudo em conseguir implementar o sistema braille no país, que contribuiu para o desenvolvimento educacional dos deficientes visuais no melhoramento da “qualidade” das suas vidas.

“Antes não encontrávamos as pessoas cegas no trabalho, mas hoje, com a vinda do sistema braille no país, essas pessoas começaram a estudar no regime de alfabetização de adultos e nas escolas várias crianças, no âmbito do sistema de inclusão”, assegurou.

Marciano Monteiro salientou que apesar destes ganhos, ainda os desafios são "muito maiores", porque mesmo que as pessoas cegas estudem, tendo o ensino secundário e superior, ao terminarem os estudos “não conseguem” entrar para o mercado de trabalho.

“Muitas entidades empregadoras ainda têm receio de integrar um deficiente visual na sua empresa e o desemprego neste meio é gritante em relação às outras pessoas”, frisou, considerando que o preconceito é “visível” neste grupo, por isso é "mais difícil" encontrar emprego.

Neste quesito, apelou a todas as instituições para terem mais sensibilidade nesta questão para mais inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

A escola, conforme informou, iniciou a sua actividade educacional em 1977, na altura apenas com dois alunos, e foi oficializada em 26 de Junho de 1993, dando assim esperança a pessoas com deficiência visual de poderem entrar no sistema educativo e a lutar pela sua inclusão social.

Para comemorar esta data a Adevic organizou uma formação e um concurso de leitura e escrita em braille.

DG/HF

Inforpress/Fim

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