Porto Novo: Edil confirma apreensão de documentos que se consideram "úteis" para o esclarecimento das denúncias de corrupção

02-07-2024 20:59

Porto Novo, 02 Jul (Inforpress) – O edil do Porto Novo confirmou hoje que a sua edilidade foi alvo de um mandato de buscas e apreensão por parte do Ministério Público e da Polícia Judiciária, no âmbito do qual foram apreendidos vários documentos.

A operação, confirmou Aníbal Fonseca, surgiu na sequência das denúncias feitas pela presidente da Comissão Política Regional do PAICV (oposição), em Santo Antão, Elisa Pinheiro, sobre um eventual “esquema de corrupção” instalado na Câmara Municipal do Porto Novo, envolvendo a vereadora Maísa Pinto e o próprio presidente da câmara.

“Este procedimento significa que a justiça funciona em Cabo Verde”, avançou o presidente da câmara do Porto Novo, que disse que a autarquia encara esta situação com “normalidade”, mantendo-se “firme” e “plenamente confiante na justiça” cabo-verdiana.

 Confirmou que foi apreendida a documentação que as autoridades judiciais “entenderam como necessária” para o esclarecimento das denúncias, da qual se destacam balancetes trimestrais, relatórios e contas e ainda relatórios de auditoria interna.

Avançou ainda que o executivo que dirige vai continuar a governar o município do Porto Novo “sem sobressaltos” até ao final do mandato que se cessa dentro de cinco meses.

Em Abril, a líder do PAICV em Santo Antão entregou ao poder judicial um conjunto de documentos denunciando a existência de “um esquema de corrupção” na Câmara Municipal do Porto Novo, envolvendo a vereadora Maísa Pinto e “outros dirigentes” da Câmara Municipal do Porto Novo, “especialmente o presidente” Aníbal Fonseca.

Nessa altura, Elisa Pinheiro apresentou aos jornalistas documentos que, em seu entender, provam o “escândalo” que envolve a edilidade porto-novense, tendo apresentado “uma queixa” à Procuradoria Geral da República e exigido “uma auditoria independente” à câmara municipal.

De entre as acusações, a responsável disse que, desde 2018, todas as propinas ou mensalidades pagas pelos pais e encarregados de educação das crianças matriculadas no jardim infantil “O Ninho”, sob a tutela da autarquia, deram entrada numa conta bancária pertencente à Maísa Pinto.

JM/JMV

Inforpress/Fim 

Notícias Recentes


04-07-2024 23:23
04-07-2024 22:07
04-07-2024 21:14
04-07-2024 19:35
04-07-2024 19:05