Cidade da Praia, 03 Jul (Inforpress) – O Ministério das Comunidades realiza esta quarta e quinta-feira uma acção de “capacitação sobre engajamento com a diáspora” no desenvolvimento sustentável de Cabo Verde, dirigida aos funcionários das instituições governamentais e organizações da sociedade civil na cidade da Praia.

Segundo o director-geral das Comunidades, Martinho Ramos, o evento enquadra-se no Programa do VIII Governo Constitucional da X Legislatura, com o objectivo de identificar e sistematizar estratégias.

Pretende ainda com esta aposta reforçar os mecanismos para a promoção da diáspora em áreas prioritárias e promissoras de desenvolvimento, visando “um novo paradigma que pretende dar centralidade à diáspora.

Ramos considera tratar-se de uma “acção muito importante para o engajamento da diáspora no processo do desenvolvimento sustentável do país, face ao seu peso económico-financeiro”, à volta de 34 por cento (%) do Produto Interno Bruto (PIB), razão pela qual o “Governo quer promover eventos que levem a uma boa integração da nossa diáspora”.

Esta iniciativa, com que se pretende defender os interesses da comunidade diaspórica, vai ao encontro do Plano Estratégico das Comunidades 2022-2026, que, “anseia dar centralidade à diáspora através de políticas públicas desenvolvidas no País na actual legislatura”.

De forma a contribuir para a consolidação do Plano Estratégico, o Ministério das Comunidades conta com a Agência das Nações Unidas para a Migração (OIM), como parceira do projecto em curso intitulado “Apoio à Implementação de um Programa de Investimento para a Diáspora em Cabo Verde”.

As partes pretendem incentivar os investidores da diáspora a desenvolverem e a implementarem os seus negócios em Cabo Verde, através da criação de um programa de investimento específico para a diáspora, pois o Governo pretende “fazer de tudo para que o país tenha políticas públicas direccionadas à diáspora, que dêem respostas às suas reais ambições”.

Nesta linha, Martinho Ramos apontou o projecto “Mapeamento da Diáspora”, liderado pelo Ministério das Comunidades, em curso, como sendo de muita importância porquanto vai permitir ao país produzir políticas públicas assertivas à diáspora.

“Daí que pretendemos saber quantos somos fora de Cabo Verde, onde estamos e o que é que fazemos”, explicou Ramos, para quem só assim estará o executivo em condições de produzir estatísticas oficiais para serem colocadas ao serviço do país.

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