Independência/49 anos: UCID aponta solidariedade e justiça social como “vitais” para coesão da sociedade cabo-verdiana

05-07-2024 15:13

Cidade da Praia, 05 Jul (Inforpress) – O deputado da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), António Monteiro, apontou hoje, no parlamento, na cidade da Praia, que o espírito de solidariedade e de justiça social são princípios “vitais” para a coesão da sociedade cabo-verdiana.

A observação foi feita durante a sessão solene da Assembleia Nacional, comemorativa dos 49 anos da Independência de Cabo Verde, que se assinala hoje, 05 de Julho.

“Precisamos fortalecer os laços de fraternidade entre os nossos cidadãos, promovendo políticas que amparem os mais vulneráveis e que incentivem a colaboração entre todos os sectores da nossa sociedade”, apontou o deputado democrata-cristão, apelando a mais justiça social para se ter uma sociedade mais justa.

Neste sentido, observou que a justiça social é o pilar para se construir uma sociedade mais igualitária, defendendo que, para tal, as políticas públicas têm de ser orientadas, “de facto”, para a redução das desigualdades sociais e económicas, promovendo uma distribuição equitativa dos recursos e das oportunidades.

“Acreditamos que o crescimento económico deve caminhar de mãos dadas com o progresso social, garantindo que a criação de riqueza nacional beneficie a todos. Esta justiça social nos impele a encontrar soluções para milhares de idosos que recebem uma pensão muito baixa”, observou.

Por outro lado, António Monteiro defendeu uma Justiça “extremamente forte”, autónoma e capaz de agir, a todo momento, com base na Constituição e nas demais leis da República e sem qualquer possibilidade de influências externas.

“Infelizmente a nossa preocupação tem aumentado cada vez mais nos últimos tempos já que temos assistido episódios na nossa Justiça que nos impelem, em nome do povo cabo-verdiano, a chamar atenção daqueles que têm a responsabilidade de dirigir este importante sector na vida dos cabo-verdianos”, observou António Monteiro, referindo-se ao “encarceramento” do deputado Amadeu Oliveira.

“Neste caso não se fez justiça e de forma muito duvidosa se calou, temporariamente, a boca de um advogado e deputado por ter tido a ousadia de ser uma voz com decibéis superiores aos outros”, acusou.

Para terminar o seu discurso chamou a atenção pela ascensão da extrema direita na Europa e noutras partes do mundo, facto que classificou como uma “grande preocupação”.

“Esta tendência pode impactar negativamente a cooperação internacional, a emigração e os direitos humanos. Nós como país que valoriza a democracia devemos nos manter vigilantes e continuar a promover os valores da tolerância, da inclusão e a solidariedade”, concluiu.

OM/HF

Inforpress/Fim

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