São Filipe, 25 Jul (Inforpress) – A vereadora da Cultura, Lia Barbosa, exortou quinta-feira, 24, os formandos em pintura em cerâmica a criarem um grupo para fazer funcionar o espaço dedicado a artes e ofícios e aproveitar os equipamentos e materiais disponibilizados.

A vereadora da Câmara Municipal de São Filipe falava no encerramento da primeira acção de formação em pintura em cerâmica em resultado da parceria existente entre os municípios de São Filipe e Palmela (Portugal).

Conforme a mesma fonte, o centro “está e estará sempre de portas abertas”, mas é preciso organizar o grupo para aproveitar o espaço, já que a câmara não quer ter o local de portas fechadas.

A vereadora explicou que esta não é a primeira acção de formação ministrada no espaço dedicado a artes e ofícios e apontou outras como artes em cabedal e reparação dos instrumentos de Carnaval.

Observou que o objectivo não é esperar só pela formação, mas incentivar os artistas plásticos e artesãos que terminaram a formação de pintura em cerâmica a continuarem, porque não vale a pena ter a forno e outros equipamentos a estragarem por falta de uso.

“Vamos criar regras de utilização, já estamos a trabalhar com a Adrepal, que tem muita experiência e também partilham o forno com a comunidade, e vamos beber da experiência deles, para dar o melhor aproveitamento a nossa oficina aqui no centro”, disse Lia Barbosa, para quem a aprendizagem de novas técnicas vai abrir novos horizontes aos formandos que desejam investir e seguir o caminho da arte.

Para a vereadora, trata-se de uma formação inédita no município de São Felipe que não tem a tradição do barro e da olaria, mas é uma área que pode ser introduzida através do apoio da câmara de Palmela que tem uma longa tradição e experiência nesta matéria.

As regras de funcionamento do espaço serão partilhadas com todos os formandos para que façam “bom uso” e que tenham “bons negócios no futuro”, referiu a vereadora, para quem a câmara vai ser primeiro cliente com aquisição de brindes institucionais.

Para o representante do município de Palmela, da Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal (Adrepal) e da empresa Adrepes, Joaquim Carapeto, a ideia da formação é dar primeiros conhecimentos, tanto sobre as técnicas, desenho e pintura, como sobre a questão da modulação.

A cerâmica, segundo o mesmo, é “muito importante” porque tem várias dimensões, desde a artística, cultural e artesanal, e também um que serve para negócios e pode ser vendido para construção civil, referiu Joaquim Carapeto que destacou ainda o talento e a criatividade dos formandos apesar da formação ter sido de curta duração, menos de 30 horas.

As instituições que representa estão disponíveis, se a câmara de São Filipe e de Palmela entenderem para continuarem a fazer parte do projecto maior de cooperação entre os dois municípios, para fortalecer esta união e cooperação.

A formadora Lurdes Santos mostrou-se surpreendida com o talento dos formandos de uma forma geral e recomendou ao grupo para que não se esqueça das técnicas partilhadas e os cuidados que devem ser observados no processo.

JR/AA

Inforpress/Fim