Fogo: Presidente do Sindprof diz que os professores conseguiram ainda “apenas promessas e nada de concreto”

04-07-2024 13:11

São Filipe, 04 Jul (Inforpress) - A presidente do Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof), Lígia Herbert, disse hoje, em São Filipe, que os professores ainda não conseguiram nada de concreto, mas “apenas promessas da tutela”.

A presidente de Sindprof que termina hoje uma visita de trabalho de dois dias à ilha do Fogo com o objectivo de inteirar-se da situação laboral da classe docente e das educadoras de infância e recolher subsídios no âmbito da Revisão do Estatuto e Plano, Cargo, Funções e Carreiras (PCFR), avançou que de promessas o sindicato está habituado e quer ver tudo escrito no papel, observando que o Sindprof “não assina acordos onde o saco esta amarrado e não se sabe o que está lá dentro”.

A delegação do Sindprof estabeleceu contactos com os professores dos três municípios da ilha do Fogo e recolheu subsídios para a revisão do PCFR e a missão, segundo Lígia Herbert, regressa satisfeita porque os professores estão conscientes de que da forma como estão a apresentar o estatuto não é o melhor caminho e que o PCFR não traz coisas boas para os professores.

“O Sindprof não vai dar um parecer favorável ao PCFR porque esperava mais”, disse Lígia Herbert, indicando que o sindicato vai avançar com contrapropostas com acréscimo do que está em falta e algumas correcções porque não se pode ter um PCFR subjectivo e com possibilidades de três ou quatro análises diferentes.

A dirigente sindical apontou vários aspectos com os quais o Sindprof não está de acordo, nomeadamente a questão da mobilidade dos professores de acordo com a conveniência da tutela e sem ter em conta a situação familiar, as progressões, as promoções.

Outro aspecto abordado está relacionado com a eliminação do direito à greve ao professor que no dizer da mesma “é outro erro”, pontuando que num país livre e democrático não pode haver cultura do medo e que a questão da introdução do serviço mínimo na greve “é descabida”.

“Fechar o direito à greve, amordaçar e manietar o professor” é para a responsável do Sindprof “incompreensível”, sublinhando que mais de 300 professores que não fizeram o lançamento das notas no Sistema Integrado de Gestão Escolar (SIGE) estão com processos disciplinares embora o SIGE ainda não tem respaldo legal e não está regulamentado.

A presidente dos Sindprof disse que os sindicatos estão abertos a negociar com a tutela aquilo que é razoável, salientando que o que a tutela está a propor não vai de encontro aos professores que estão conscientes disso.

JR/CP

Inforpress/Fim

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