BVC intermedia operação de 1,3 milhões de contos para terminar construção de hotel em São Vicente

28-06-2024 16:37

Cidade da Praia, 28 de Jun (Inforpress) – A Bolsa de Valores de Cabo Verde intermediou uma operação de 1,3 milhões de contos para terminar a construção do hotel Four Points by Sheraton Laginha Beach, em Mindelo, na ilha de São Vicente.

Esta informação foi avançada pelo presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC), Miguel Monteiro, durante a apresentação dos resultados da oferta particular de subscrição de obrigação da “Maseyka Holdings Investments”, que aconteceu esta manhã, na sala de conferências da BVC, na cidade da Praia.

O montante arrecadado desta emissão para a construção da “Four Points by Sheraton Laginha Beach”, em Mindelo, na ilha de São Vicente, configura-se, segundo Miguel Monteiro, a sexta maior série de emissão de obrigações, em termos de montante, na história da BVC.

“Este empreendimento contará com a construção de 130 quartos e suites, uma piscina, spa, restaurantes, lojas, espaços de apoio e serviço”, disse Miguel Monteiro, ressaltando que este hotel será de “grande valia” para a promoção da ilha de São Vicente e de Cabo Verde, trazendo impactos positivos na atracção de turistas e no aumento do emprego.

Durante o seu discurso disse ainda que é com grande satisfação e sentimento de “dever cumprido” que apresenta este resultado, num projecto que iniciou desde 2021 e que passou por várias etapas até alcançar um consenso em todas as partes envolvidas.

“Este é um exemplo claro de que o mercado de capitais, a bolsa de valores está a cumprir com o seu papel”, asseverou, considerando que o co-financiamento deste “grande projecto” criará condições para o desenvolvimento dessa ilha.

Para o responsável da BVC, a participação do Fundo Soberano fornecendo garantia aos obrigacionistas foi “essencial” para o sucesso desta operação, sublinhando que esta é a primeira operação através da BVC que contou com a participação deste fundo.

“O Fundo Soberano é uma instituição fundamental para o nosso ecossistema de financiamento. Esperamos que esta seja a primeira de várias participações do Fundo Soberano acelerando os processos de financiamento através de BVC”, enfatizou.

Acrescentou ainda, que esta operação é um exemplo “inequívoco” de que o engajamento dos sectores públicos e privados é “crucial” para o desenvolvimento do nosso país.

Por outro lado, afirmou que aproximadamente a um ano e meio de concluir o plano estratégico 2021 a 2025, no qual estabeleceram como objectivo estratégico alcançar 28 emissões de obrigações diversas, nas empresas e municípios, já alcançaram 23 emissões o que significa que já cumpriram mais de 80% das emissões projectadas para o cumprimento integral do plano estratégico.

“Estamos a trabalhar com toda a força para ultrapassar esse número de obrigações e estamos convictos de que vamos conseguir ultrapassar isso para dar melhores condições para Cabo Verde, nomeadamente, a nível do emprego e do rendimento, porque este tipo de empréstimo serve para a economia real”, explicou.

O responsável aproveitou a oportunidade para agradecer aos investidores internacionais da empresa Maseyka por escolherem Cabo Verde para investir e, também, por confiarem nesta instituição pela colaboração cordial e incansável.

Por seu turno, o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, disse que este empreendimento é “simbólico” e de “extrema importância” para Cabo Verde e para a ilha de São Vicente, por ser um projecto de grande porte e um hotel de “altíssima qualidade”.

“Este é um bom exemplo de como nós podemos fazer acontecer e para aqueles que têm dúvida, que o Fundo Soberano funciona e nós fizemos isso para São Vicente podemos fazer para qualquer ilha”, realçou.

“A mensagem que eu deixei, a mensagem de confiança, ou seja, se alguém que vem dos Estados Unidos e que é originário dos Camarões, que tem à sua disposição cerca de 140 países para investir, escolhe o nosso país para investir é porque confia em Cabo Verde”, sublinhou.

Por seu lado, o responsável da “Maseyka Holdings Investments, Roger Tchoufa, um investidor de origem Camaronês, que reside nos EUA, disse que o facto de ter acabado de levantar esse dinheiro da bolsa para terminar o hotel e abrir em Novembro é motivo de satisfação.

Disse que preferiu investir na ilha de São Vicente devido à oportunidade na área do turismo e que é a ilha mais adequada para fazer hotéis clássicos.

“Tenho a segunda fase que rondará os 200 quartos num valor total de 60 a 65 milhões de euros. Então essa é a primeira fase”, afirmou.

DG/HF

Inforpress/Fim

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