Vice-PM desafia colaboradores a abordarem questão de emprego com “urgência e escala”

19-02-2024 19:46

Cidade da Praia,19 Fev (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, Olavo Correia, desafiou hoje os seus colaboradores a abordarem a questão do emprego e da empregabilidade com “urgência e escala”, por forma a mudar o ‘status quo’.

O governante falava na abertura da reunião do Comité de Pilotagem Conjunto do Eixo Emprego e Empregabilidade do Programa Indicativo de Cooperação “Desenvolvimento-Clima-Energia” Cabo Verde – Luxemburgo (2021-2025).

Olavo Correia salientou que "o trabalho está a ser feito bem", mas sublinhou que é preciso trabalhar com sentido de urgência e garantir escala e velocidade.

“Os resultados têm sido bons nos últimos anos. Temos formado mais de 45 mil jovens, mais de cinco mil unidades de negócios, mais de 15 mil jovens com estágios profissionais. Portanto, eu não estou aqui a avaliar o resultado, que é positivo. Estou a avaliar as demandas do mercado. Portanto, eu não estou interessado em ter ganhos incrementais. O Governo está interessado em encontrar uma solução para o problema”, realçou.

Por isso, defendeu que é necessário mudar o ‘status quo’, realçando que o emprego é um dos bens públicos mais importantes que se pode coloca à disposição das pessoas, já que é com emprego que se tem o rendimento, dignidade e as pessoas podem cuidar da sua vida com autonomia.

“Meus caros amigos, estamos perante uma urgência. Isto é como a relação à pandemia da covid-19. Coisas que nós faríamos em 10 anos, fizemos em um. É uma questão de nós olharmos para o problema com sentido de urgência. Temos de garantir escala e velocidade. Estamos a fazer bem, é verdade, mas precisamos de mais escala e temos de ser mais rápidos”, realçou.

“Actualmente, atingimos cerca de 300 jovens por ano. Quando olhamos em relação ao passado, os gestores ficam contentes, não é? Mas eu não. Porque 300 por ano significa, se for dois empregos por cada kit, são 600. Em 10 anos, são seis mil. Isso não é nada face à demanda que temos no mercado. Agora, e se em vez de 300 conseguimos dois mil por ano?”, desafiou.

Olavo Correia acrescentou que é com escala que se pode garantir a inclusão e afirmou que é obrigação do Estado criar as oportunidades que os jovens precisam para sonhar grande, pensar longe e poderem também dar o seu contributo para o futuro de Cabo Verde.

“A mensagem que quero deixar é de confiança. Que juntos poderemos ir longe. Abordar o emprego com sentido de urgência e garantir escala e velocidade em relação aos nossos programas.  E quero contar também com o apoio de todos. E quero a voz de todos os parceiros, mas também da equipa que trabalha connosco no sector”, disse.

O vice-primeiro-ministro reconheceu igualmente que o sistema financeiro existente actualmente em Cabo Verde, que “extremamente garantístico” não está preparado para responder à demanda dos jovens e defendeu um modelo de governança que seja sustentável, mas que não pede aos jovens aquilo que não podem dar.

“Não podemos pedir aos jovens um histórico que ele não consegue apresentar. Isso é só pedir burocracia e perda de tempo. Então nós temos de ver como é que nós podemos montar um sistema de governança para permitir que os jovens que têm talento, passem por um processo de formação e literacia, querem empreender no turismo, na agricultura, na economia digital ou na economia social, possam ter as ferramentas para entrar no negócio”, sustentou.

Entretanto, alertou que nunca será numa lógica de doação, mas sim numa lógica de financiamento com condições excepcionais em termos de custos.

MJB/HF

Inforpress/fim 

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