Mindelo, 02 Jan (Inforpress) – O consumo de rúcula, também conhecida como mostarda-persa, tem aumentado na ilha de São Vicente e tornou-se um dos produtos que mais tem gerado recursos aos agricultores por ser de fácil plantação e resistente a pragas.

Esta informação foi avançada à Inforpress pelo presidente da Associação Agro-pecuária do Calhau, Ederley Rodrigues, que explicou que iniciaram a produção desta hortaliça, há cerca de quatro anos, sobretudo devido à procura por parte de estabelecimentos de venda de comida italiana, entre as quais pizzarias.

No entanto, avançou, com a sua introdução no mercado sanvicentino o produto “é muito apreciado pelos mindelenses”.

“Foi uma experiência que introduzimos aqui e já produzimos bastante. É um produto rentável, que se desenvolve rápido, pode-se produzir sem pragas pelo que os custos são mais baixos e consegue colocá-lo no mercado com mais frequência. As pessoas já estão a consumir bastante rúcula em São Vicente, a nível dos hotéis, nos restaurantes e em casa”, afirmou.

Conforme o responsável, um quilo de rúcula pode custar 400 escudos no mercado, o que tem gerado algum rendimento aos agricultores. Mas, referiu, a única dificuldade prende-se com a disponibilidade de sementes nas lojas ou casas de venda de produtos agrícolas.

“A rúcula vem em pacotes pequenos de sementes. Antes, um pacote de 10 gramas custava 100 escudos ao agricultor. Mas neste momento não há uma regulamentação do preço e quando chega no mercado chega de forma deficitária e cada um coloca o um preço aleatório às vezes custa 200 por cento (%) ou até 300% do valor inicial que ele tinha”, declarou.

A rúcula é um vegetal com sabor levemente amargo e picante, podendo ser consumida crua ou cozida em preparações como saladas, molhos, refogados, tortas ou sopas. Ela é rica em fibras e vitaminas A e C, contém minerais como potássio e cálcio e também apresenta efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes.

CD/HF

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