São Salvador do Mundo: Familiares desolados com morosidade de processo de transferência pedem apoio para tratamento do Sidney

22-02-2024 17:26

Achada Igreja, 22 Fev (Inforpress) – Os familiares de Sidney Sanches demonstraram hoje a angústia que vivem devido à demora no processo de transferência do paciente para uma cirurgia em Portugal e o desespero de não ter como fazer isso por conta própria.

Quem procurou a imprensa foi a irmã, Elizete Sanches, que contou que Sidney tem 31 anos e a 1 de Setembro de 2023, em “um dia normal” para este jovem que vinha do seu trabalho, teve o infortúnio de ser agredido por um grupo de “delinquentes” nas imediações do Sucupira na cidade da Praia, acto este que colocou o jovem numa cama e dependente de terceiros para qualquer coisa.

Segundo a irmã, “a única coisa que Sidney lembra é que foi atacado em estilo “caçubody” e, no momento, reconheceu um dos integrantes que chamou pelo nome, situação que agravou o acto”, pois, com isso, estes o empurraram, bateu com a cabeça no chão e além de ferimentos, os exames diagnosticaram “cervicalgia e diminuição imediata da força dos quatro membros”.

Desde esta data, Elizete Sanches contou que a vida desta família mudou por completo. “Tentámos de tudo. No dia 4 de Outubro, recebemos o relatório médico solicitando a junta médica para a transferência do paciente com máxima urgência, alegando que o jovem precisava fazer uma cirurgia num período menor de três meses que lhe permitiria sentar no menor tempo possível, evitando complicações”, mas seis meses depois nada foi feito.

Avançou que sempre que procura os serviços do Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN) a única resposta que recebe é que estão à espera de Portugal e esta é uma situação que tem preocupado e desesperado a família, que não possui nenhum apoio, e o estado de saúde do irmão está a se agravar dia após dia.

Elizete Sanches revelou que hoje, Sidney já consegue fazer um mínimo movimento com as mãos, coisa que não conseguia antes, graças aos incentivos, estímulos e diligências que fazem com ele em casa, porque nem fisioterapia o jovem está a fazer, uma vez que não foi prescrita pelos médicos.

Temendo que este jovem, pai de duas filhas fique permanentemente nesta situação, os familiares pedem apoio para levá-lo até Senegal e tentar alguma sorte, pois têm noção de que o tempo recomendado pelos médicos já expirou, mas o que não podem é “desistir de lutar pela vida do jovem que demonstra vontade em viver e andar”.

Questionada se têm algum apoio, disse que único apoio é nos medicamentos que a Câmara Municipal de São Salvador do Mundo tem-lhes apoiado, e que devido ao tempo deitado o jovem já apresenta algumas feridas nas costas e nas pernas, que por vezes os profissionais da Delegacia de Saúde de Picos apoiam-lhes nos curativos, mas quando estes não conseguem é a própria mãe que vai buscar os medicamentos e fazer o curativo em casa.

Outra situação que dificulta a vida desta família é o acesso, pois onde moram, o acesso, além de íngreme, não é das melhores, sendo necessário depender do apoio dos Bombeiros e de outras pessoas para fazer o Sidney chegar na estrada caso seja necessário levá-lo ao médico.

Além da morosidade nos serviços de saúde, a morosidade da Justiça é um outro aspecto que está a indignar esta família, porque segundo a irmã, fez a denúncia, inclusive, apresentou o nome de um dos indivíduos e a localização onde este se encontra, mas até então não lhes foram informados de nenhum passo da investigação e, enquanto isso, estão a ver o irmão padecer e a sofrer em cima de uma cama.

À irmã, também juntaram a voz a própria vítima e a mãe, Maria Martins, apelando à união e o apoio de todos para se aventurarem num tratamento.

MC/CP

Inforpress/Fim

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