Portugal: Carta aberta “Contra o Racismo e a Xenofobia, recusamos o silêncio” recebe mais de oito mil subscrições

02-02-2024 11:51

Lisboa, 02 Fev (Inforpress) – A carta aberta “Contra o Racismo e a Xenofobia, recusamos o silêncio” teve 213 subscrições de organizações e 8.271 signatários individuais, que decidiram posicionar-se contra a escalada de violência dirigida às comunidades imigrantes em Portugal.

A carta dirigida às entidades com responsabilidades para tomar medidas para que fosse cumprida a Constituição da República Portuguesa, foi colocada a circular de 21 a 27 de Janeiro, pela Acção Conjunta Anti-Racista, formada por um conjunto de organizações anti-racistas, incluindo “O lado negro da força”, encabeçada pelo activista cabo-verdiano José Rui Rosário.

Entre os subscritores, estão associações cabo-verdianas, como a Associação Cavaleiros de São Brás e outros, como SOS Racismo e Kilombo - Plataforma de Intervenção Anti-Racista.

A missiva denuncia a prática do crime de discurso de ódio, por força da organização de uma marcha por movimentos da extrema-direita portuguesa com o mote “Contra a islamização da Europa”, na zona do Martim Moniz, em Lisboa, foi enviada para as entidades às quais se destinava, no dia 25 de Janeiro.

“Tendo em conta muitos pedidos para que a carta continuasse aberta para assinatura, foi decidido prolongar a recolha até ao dia 27 de Janeiro. Estamos em condições de confirmar que a carta aberta “Contra o Racismo e a Xenofobia, recusamos o silêncio”, recebeu um total de 213 subscrições de organizações e 8.271 de signatários individuais, das mais variadas áreas profissionais, que decidiram deste modo posicionar-se contra a escalada de violência dirigida às comunidades imigrantes”, revelaram os promotores.

A Acção Conjunta Anti-Racista entende que “o número é significativo” e que deve ser tornado público como forma de pressão para que as entidades destinatárias da carta, assumam as suas responsabilidades, como o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Augusto dos Santos Silva, e o primeiro-ministro, António Costa.

“Até ao momento não obtivemos qualquer resposta das entidades destinatárias da carta aberta, o que revela uma omissão grave na defesa do Estado de Direito. O silêncio das instituições é cúmplice. Não o acompanharemos nem o legitimaremos”, frisaram.

DR/HF

Inforpress/Fim

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