Países da África Ocidental passam a ter observatório para promover comércio

23-05-2024 7:55

Abuja, 23 Mai (Inforpress) - Mais de metade do potencial de exportação intrarregional na África Ocidental, avaliado em 3,2 mil milhões de dólares (2,95 mil milhões de euros), está inexplorado, situação que um observatório de oportunidades comerciais, agora lançado, visa contrariar.

O Observatório da Competitividade da África Ocidental, uma plataforma online, é um instrumento de monitorização para avaliar a competitividade comercial dos países da região, lançado pela Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e o Centro de Comércio Internacional (ITC), com o apoio financeiro da União Europeia (UE), num evento realizado terça-feira, em Abuja, capital da Nigéria, e hoje anunciado.

O objetivo, refere a CEDEAO, organização de que fazem parte a Guiné-Bissau e Cabo Verde, é ajudar a desencadear o crescimento económico em toda a África Ocidental, “onde mais de metade do potencial de exportação intrarregional (…) permanece inexplorado”.

Acresce que “as exportações da África Ocidental são mais competitivas na região do que no resto do continente ou nos mercados globais”, refere ainda.

O Observatório oferece três módulos, um deles de “Business Matchmaking”, que facilita a colaboração transfronteiriça para as empresas, promovendo os seus produtos e serviços e permitindo-lhes ligarem-se a parceiros em toda a região, através de tradução automática para inglês, francês e português, lê-se no comunicado.

Outro módulo é de competitividade comercial, que proporciona uma monitorização e análise da competitividade comercial dos países, apresentando dados a nível global, continental e regional.

O terceiro é sobre cadeias de valor regionais, fornecendo aos decisores políticos e às empresas informações sobre cinco setores-chave: vestuário e têxteis; produtos de beleza, bem-estar e cuidados pessoais; fórmulas alimentares para lactentes; produtos transformados à base de peixe e marisco; frutas, legumes e raízes transformados.

"O Observatório fornecerá informações importantes aos decisores políticos e às empresas para tirar partido dos mercados internacionais. Ao ajudar as PME (pequenas e médias empresas) a aceder ao mercado de forma eficiente, criará postos de trabalho e contribuirá para o crescimento económico”, afirmou Massandjé Toure-Litse, Comissária para os Assuntos Económicos e a Agricultura da Comissão da CEDEAO, citada no comunicado.

Pamela Coke-Hamilton, diretora executiva do ITC, por seu turno, lançou o desafio aos decisores de “políticas e às empresas” para que usem o observatório “para descobrir o potencial de negócios inexplorados da sua região e transformá-los em benefícios económicos tangíveis".

“Esperamos ver as empresas, especialmente as pequenas, aproveitarem ao máximo esta ferramenta para encontrar compradores e explorar novos mercados", afirmou.

Inforpress/Lusa

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