ONG Lantuna defende reforço de acções de sensibilização para impedir captura de espécies protegidas

26-02-2024 14:33

Cidade da Praia, 26 Fev (Inforpress) – A directora executiva da ONG ambiental Lantuna, Ana Veiga, denunciou hoje a permanência de captura de espécies protegidas, nomeadamente, tartarugas, aves marinhas, tubarões e golfinhos, defendendo o reforço de acções de sensibilização para pôr cobro à situação.

Em entrevista à Inforpress, esta responsável afirmou que a situação tem registado alguma diminuição, mas lamentou, entretanto, a insistência de captura por parte da população que a pratica para fins alimentares e medicinais.

“Ainda permanece muita insistência na captura das espécies protegidas, como, por exemplo, as tartarugas marinhas, algumas espécies de tubarões, de golfinhos, aves marinhas. Há várias espécies que a lei protege, mas que ainda a população captura”, frisou.

Por isso Ana Veiga defende a necessidade de reforçar as acções de sensibilização e educação ambiental, trabalho que, ressaltou, a Lantuna tem feito em prol da preservação do ambiente, com apoio de alguns financiamentos que tem conseguido por meio de projectos financiados sobretudo por organismos internacionais.

De momento avançou que esta ONG tem em implementação o projecto de investigação e conservação da garça vermelha de Santiago, aves marinhas no Parque Natural Baía do Inferno, e também na colónia de Achada Grande Trás, na Cidade Velha, para além de outros relacionados a tartarugas marinhas, tubarões e raias, todos visando a preservação dessas espécies.

“Temos vários projectos porque a organização está sempre a candidatar-se para fundos, sendo que a maior parte do financiamento, assim como outras ONG do mesmo ramo vem do internacional, há uma pequena parcela de apoio a nível nacional, mas grande parte de fundos são internacionais”, realçou.

Este ano informou, a Lantuna celebra os 10 anos de acções de conservação, pelo que pretende comemorar a data com uma série de actividades o ano todo, tendo elegido o principal desafio da organização, o trabalho preventivo contra a captura das espécies.

“Outro desafio tem a ver com o financiamento porque há várias prioridades, mas não conseguimos ter fundos suficientes para tudo, então temos que priorizar que tipo de acções”, disse.

Por outro lado, assinalou como o melhor marco o reconhecimento do Parque Natural da Baía do Inferno no Monte Angra como uma área protegida em 2021, explicando que este projecto esteve na própria génese da criação da Lantuna, há dez anos.

“Este é um grande marco, um orgulho. Um outro marco também tem sido a capacitação de estudantes que formam no país, recebemos estagiários de biologia dos quais empregamos alguns. Então a capacitação penso que é um outro grande marco, assim como o conhecimento e divulgação da biodiversidade de Santiago”, finalizou.

A ONG Lantuna está a comemorar 10 anos a trabalhar em prol da preservação de biodiversidade e promoção de desenvolvimento sustentável na ilha de Santiago, em rede também com outras ONG ambientais no país.

ET/ZS

Inforpress/Fim

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