Movimento Internacional considera que aplicação dos direitos de pessoas com deficiência em África “está em baixa”
Movimento Internacional considera que aplicação dos direitos de pessoas com deficiência em África “está em baixa”
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Cidade da Praia, 23 Mai (Inforpress) – O presidente do Movimento Internacional dos Direitos Humanos em Cabo Verde, Olugbenga Adewoyin, considerou hoje que a aplicação dos direitos das pessoas com deficiência em África está “em baixa”, justificando que apesar de existirem leis falta o cumprimento.
Este responsável falava à imprensa no âmbito de uma conversa aberta realizada pela Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde (Adevic), em parceria com o Movimento Internacional dos Direitos Humanos em Cabo Verde.
O evento foi realizado no âmbito do Dia d’África e de um conjunto de acções que têm sido desenvolvidas com o propósito de sensibilizar as autoridades nacionais para a ratificação e assinatura do protocolo à carta africana dos direitos das pessoas com deficiência em África.
A seu ver, o direito das pessoas com deficiência em África está “em baixa”, uma vez que, segundo afirmou, apesar de existirem “muitas convenções, leis, e propagandas”, a aplicação das mesmas “tem sido fraca”.
“Falta o princípio de amor, cuidado, e responsabilidade e o que está a falhar também é o cumprimento. Hoje essas pessoas têm direitos em todos os locais públicos, mas vemos, por exemplo, que ainda há alguns espaços públicos que não facilitam o acesso às pessoas com deficiências, não há igualdade, e falta inclusão na sociedade”, criticou.
Daí que, explicou, o Movimento Internacional dos Direitos Humanos em Cabo Verde tem trabalhado no sentido de chamar atenção para esses factos, e na sensibilização para mais amor, respeito e cuidado aos direitos humanos, principalmente tratando-se de pessoas com deficiência.
Sobre a ratificação e assinatura da carta africana dos direitos das pessoas com deficiência em África assegurou que este movimento internacional tem sensibilizado e trabalhado como mediador chamando atenção de todos que tem essa responsabilidade para ver o que podem com vista a concretização deste protocolo.
O Protocolo Africano sobre Deficiência à Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos foi adoptado pela Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, na Trigésima Sessão Ordinária da Assembleia realizada em Janeiro de 2018.
O documento requer a ratificação de 15 países para entrar em vigor, sendo que até então foi ratificado por países como Angola, Burundi, Mali, Quénia e Ruanda. Outros países africanos estão a seguir o exemplo para assegurar a protecção dos direitos dos seus cidadãos com deficiência.
ET/AA
Inforpress/Fim