Ilha do Sal: Processo erradicação das barracas de Alto São João está a caminhar para o fim – MIOTH

01-02-2024 17:39

Espargos, 01 de Fevereiro (Inforpress) – A ministra das Infra-estruturas, Ordenamento do Território e Habitação afirmou hoje, no Sal, que o processo de erradicação das barracas no Alto São João está prestes a terminar, prevendo que até ao final deste mês esteja tudo resolvido.

Eunice Silva fez essa afirmação depois de um encontro de trabalho que manteve com a Câmara Municipal do Sal para abordar a questão do realojamento em curso.

“Devo situar que desde 2017 estamos a trabalhar para erradicar as barracas nas ilhas do Sal e da Boa Vista. Na ilha da Boa Vista já conseguimos alcançar o nosso propósito, aqui no Sal iniciamos em Outubro a demolição das barracas, isso na sequência de um processo iniciado em 2017”.

“Com cadastro feito em 2017 e posteriormente em 2019, Alto de São João, pela avaliação que acabei de fazer com a equipa da câmara e a equipa técnica que temos no terreno está a caminhar para o fim e acredito que durante o mês de Fevereiro Alto São João estará pronto”, explicou.

Paralelamente ao processo de erradicação das barracas, a ministra esclareceu que existem “vários programas em execução para colmatar o déficit habitacional” que num horizonte de dez anos poderá chegar aos quatro mil habitações.

“Temos vindo a trabalhar com as câmaras municipais de modo geral para, nos vários programas, colmatar o deficit habitacional. O déficit maior está na cidade da Praia, em São Vicente e no Sal e por agora temos várias frentes abertas nessas ilhas para combater o déficit quantitativo pela via do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRAA)”, completou.

Eunice Silva esclareceu ainda que neste momento o que acontece na ilha do Sal é um processo de requalificação das habitações no quadro da diminuição do déficit qualitativo, sendo que para o déficit quantitativo, assim como está a acontecer na Praia e em São Vicente vai se iniciar novas frentes.

Questionada sobre as tipologias dos apartamentos T0 e quartos “solitário”, que não resolvem o problema das famílias, a titular da pasta das Infra-estruturas, Ordenamento do Território e Habitação afirmou que esta foi uma medida para responder conforme as situações das barracas.

“Foi constatado que tinham famílias com agregados que justificavam T3, T2, T1 e T0 e quando se trata dos quartos foram destinados particularmente às pessoas que chegavam da Costa Africana, normalmente apenas uma pessoa e tinham que deixar as barracas”, justificou a ministra.

Eunice Silva concluiu dizendo que “ninguém vai ficar nas barracas e nenhuma barraca vai deixar de ser demolida”, mas esclareceu que vai haver alternativa para todos os casos.

“A experiência que tivemos na ilha da Boa Vista foi bem-sucedida assim como estamos a constatar aqui no Alto São João. Quer dizer que vamos conseguir o mesmo em Alto Santa Cruz e as pessoas todas vão sair, com uma moradia nessas construções que foram feitas, com um lote de terreno para construir a sua casa ou então com um subsídio do Governo de seis meses de arrendamento, este último para as pessoas que chegaram mais recente a esses bairros”, concluiu.

NA/HF

Inforpress/Fim

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