Ilha do Sal: PAICV afirma que situação da habitação na ilha é muito má

01-02-2024 0:14

Ilha do Sal, 31 Jan (Inforpress) – O deputado nacional do PAICV (oposição) pelo círculo do Sal, Démis Lobo Almeida, asseverou hoje que a situação da habitação na ilha “é muito má”, persistindo ainda os vários bairros de chapas.

Démis Almeida falava em conferência de imprensa sobre a situação da habitação no Sal, reiterando que o Governo e a câmara municipal local prometeram que em quatro anos erradicariam os bairros de chapa da ilha.

“A verdade é que os bairros não só não foram erradicados como podemos ver aqui em Alto Santa Cruz e em vários outros bairros de chapa e papelão na ilha do Sal, como cresceram e continuam a crescer cada vez mais”, salientou.

“Não satisfeitos com este incumprimento, anunciaram que já arrancou um programa de realojamento que supostamente irá beneficiar 500 famílias. Nós queremos dizer que este anúncio é falso porque não serão construídas 500 habitações”, explicou

O deputado esclarece que “se está a prever apenas a construção de 6 apartamentos T4, 200 apartamentos T2, os únicos apartamentos familiares, cerca de 82 apartamentos T0 e 194 quartos”.

Quando se fala na construção de quartos, Démis Almeida refere que por estes “sequer terem cozinha e casa de banho próprios” volta-se a um sistema de “pavilhões” e não irá resolver o problema da habitação na ilha.

No entendimento do deputado, “ainda que fossem construídas 500 habitações, a Ilha do Sal tem um déficit habitacional de mais de dois mil habitações segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE)” que prevê ainda que até 2030, com o aumento da população, esse déficit pode chegar a quatro mil habitações.

Neste sentido, a mesma fonte afirmou que o programa do Governo e a ausência de programas habitacionais da Câmara Municipal do Sal são “manifestamente insuficientes para resolver o problema de habitação na ilha do Sal”.

Almeida denunciou ainda que a autarquia local, constatando a manifesta insuficiência das soluções propostas para a resolução do problema, “notificou um conjunto de familiares a abandonarem as suas moradias”.

“A Câmara Municipal do Sal decidiu notificar um conjunto de chefes de famílias, que supostamente não são ilegíveis para terem acesso aos apartamentos que estão a ser construídas, prometendo-lhes 90 mil escudos, tendo alguns recebido 30 mil outros 60 mil e outros nada, dando lhes sete dias para abandonarem as suas habitações, sob pena de serem retirados à força com a demolição das suas residências”, denunciou Almeida.

Démis Almeida concluiu dizendo que estas decisões da Câmara Municipal do Sal “são inaceitáveis e violam os direitos fundamentais desses chefes de família”, concluiu.

NA/HF

Inforpress/Fim

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