Ilha de Santiago vai acolher Central de Armazenamento de Energias Renováveis – Governo

19-02-2024 14:19

Cidade da Praia, 19 Fev (Inforpress) – O Governo apresentou hoje, na cidade da Praia, o projeto da Central de Armazenamento de Energias Renováveis em Santiago, que, segundo o primeiro-ministro, representa o “maior investimento” com impacto nas tarifas de energia.

Conforme anunciado por Ulisses Correia e Silva, à imprensa, a Central de Armazenamento de Energias Renováveis em Santiago, também conhecida como Santiago Pumped Storage, em inglês, ficará localizada em São João Baptista, município de Ribeira Grande de Santiago, e a sua construção terá início em 2025.

Orçado em 60 milhões de euros, com um período de construção de dois anos, está previsto entrar em funcionamento em 2028, fruto da parceria com a União Europeia, através da iniciativa “global gateway” Luxemburgo e com o Banco Europeu de Investimentos.

Segundo Ulisses Correia e Silva, Santiago Pumped Storage é o maior investimento, não só em termos de montante financeiro, mas também em relação ao impacto das energias renováveis em Cabo Verde.

Pois, a central, assinalou, “aumentará significativamente” a capacidade de armazenamento de energia, viabilizando assim o aumento da capacidade de produção, o que é uma condição necessária para atingir a meta de mais de 50 por cento (%) da produção de electricidade através de energias renováveis até 2030 e aproximar Cabo Verde de 100 % até 2040.

“É o maior projecto que está a ser preparado para ser realizado em Cabo Verde no sector da energia particularmente das energias renováveis, está integrado no pacote da global gateway, são 246 milhões de euros que tem uma componente forte, aliás a principal são as energias renováveis, tem uma componente da economia azul e tem uma componente da economia digital”, frisou Ulisses Correia e Silva.

Segundo o chefe do Governo, este projecto aumentará tanto a capacidade de armazenamento quanto a produção, o que, por sua vez, reduzirá essa dependência da produção, resultando em maior utilização de energias renováveis, menos importação e menor sensibilidade às flutuações dos preços internacionais.

“Obviamente terá um impacto significativo nas tarifas, com reduções previstas tanto para as famílias quanto para as empresas. Estamos falando no horizonte de 2026 a 2030, e este projecto entrará em efectividade na produção em 2028”, indicou o governante.

A embaixadora da União Europeia (UE), Carla Grijó, por seu lado, expressou a satisfação da União Europeia e de toda a Equipa Europa pelo resultado alcançado, ressaltando, por outro aldo, que ainda este ano será colocado à disposição do Governo um total de 149 milhões de euros, através de um acordo-quadro que abrange o financiamento deste e de outros projectos na área das energias renováveis.

“Este acordo-quadro integra uma subvenção de 29 milhões de euros financiada pela União Europeia combinada com empréstimo soberano do Banco Europeu de investimentos de 120 milhões de euros”, esclareceu Carla Grijó.

As principais áreas de investimento, destacou, são o desenvolvimento de infra-estruturas para energias limpas, com o projecto pumped storage, mas também parques eólicos e solares, redes inteligentes e investimentos na eficiência energética.

TC/AA

Inforpress/Fim

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