Delegado do MAA diz que não tem havido “diferenciação positiva” de Santo Antão
Delegado do MAA diz que não tem havido “diferenciação positiva” de Santo Antão
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Porto Novo, 02 Abr (Inforpress) - O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) no Porto Novo considerou hoje que não tem havido em Cabo Verde a “diferenciação positiva” das ilhas como a de Santo Antão, apontando a agricultura como um exemplo.
Joel Barros, que falava no encontro de socialização da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Regional e Local, na cidade do Porto Novo, disse que o país tem “alguma dificuldade” em pôr na prática a ideia de que tem deve haver uma “diferenciação positiva” das ilhas e dos concelhos, cujos indicadores de desenvolvimento apontam para isso.
Este responsável deu como exemplo a agricultura que, no caso de Santo Antão, não tem merecido a aposta que este sector merece, sendo uma actividade económica “fundamental” para esta ilha.
No seu entender, Santo Antão, onde a “agricultura é fundamental”, devia-se investir efectivamente neste domínio, “o que não acontece”, avançou o delegado do MAA no Porto Novo, para quem o desenvolvimento do arquipélago continua a centrado nos chamados três polos de desenvolvimento (Santiago, Sal e São Vicente).
Porto Novo, avançou, tem conseguido indicadores positivos em relação à agricultura, indicando, por exemplo, o equipamento dos sistemas de produção de água com sistemas fotovoltaicos, com uma taxa de cobertura de 100 por cento (%).
No âmbito do programa de massificação do sistema de rega gota a gota, Porto Novo tem estando na dianteira, com uma taxa de cobertura que ultrapassa de longe a média nacional.
Cabo Verde tem uma taxa de cobertura de rega com a gota de 42%, enquanto Porto Novo possui uma taxa de 58,8%, feito que, segundo Joel Barros, não resulta de uma política específica para Santo Antão, mas sim da criatividade e da ousadia em se aproveitar os financiamentos que existem no âmbito dos diversos programas implementados por este ministério.
Este responsável defendeu que a tão falada diferenciação ou discriminação positiva deve ser efectiva para que as ilhas possam capitalizar o seu potencial de desenvolvimento através de investimentos inseridos numa política nacional.
JM/CP
Inforpress/Fim