internacional


28-06-2024 13:45

Beijing, 28 Jun (Inforpress) – O Presidente chinês, Xi Jinping, considerou hoje que “quanto mais aumenta a força da China, maior é a esperança de paz mundial”, no seu discurso numa conferência em Beijing para assinalar 70.º aniversário dos "Cinco Princípios da Coexistência Pacífica".

Esses princípios oficiais da diplomacia chinesa incluem o respeito mútuo pela soberania e integridade territorial, a não agressão, a não ingerência nos assuntos internos, a cooperação e a coexistência pacífica.

Num discurso de mais de 10 páginas, publicado pela Xinhua, Xi assegurou que o seu país nunca seguirá o “velho caminho da pilhagem colonialista nem o caminho errado da procura da hegemonia”, mas prosseguirá o “caminho certo do desenvolvimento pacífico”.

Na questão da paz e da segurança, a China, segundo o seu Presidente, tem o “melhor registo” entre as grandes potências do mundo, acrescentando que o país "tem-se esforçado por explorar as suas próprias vias para resolver questões mais prementes".

O líder chinês adiantou ainda que o seu país vai desempenhar um “papel construtivo” na crise ucraniana, no conflito israelo-palestiniano, bem como nas questões relacionadas com a Península Coreana, o Irão, Mianmar e o Afeganistão. “Quanto mais aumenta a força da China, maior é a esperança de paz mundial”, disse.

A mesma fonte sublinhou o "multilateralismo genuíno", que consiste na “elaboração e salvaguarda das regras internacionais por todos os países" e defendeu que "os assuntos mundiais devem ser tratados por todos os países através de consultas", sem permitir que "quem tem o braço mais forte" se imponha.

"A China defende que todos os países, independentemente da sua dimensão, força ou fraqueza, ricos ou pobres, são membros iguais da comunidade internacional; que devem partilhar interesses, direitos e responsabilidades nos assuntos internacionais; e que devem dar as mãos para enfrentar os desafios e alcançar a prosperidade comum", afirmou.

Xi Jinping apelou também à "unidade e cooperação internacional para enfrentar os desafios globais" e reiterou "o empenho da China no desenvolvimento pacífico e na cooperação amigável com todas as nações".

O objectivo destes princípios é "proteger os interesses e as aspirações dos países pequenos e fracos num ambiente de política de poder", de acordo com Xi, que acrescentou que são "claramente anti-imperialistas, anti-coloniais e anti-hegemónicos, abandonando a lei da selva do militarismo e da intimidação dos fracos pelos fortes e estabelecendo uma base ideológica importante para a promoção da ordem internacional numa direção mais justa".

“Tomemos o 70º aniversário dos Cinco Princípios de Coexistência Pacífica como um novo ponto de partida, assumamos a nossa missão histórica e avancemos juntos com coragem e determinação, com vista à construção de uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade e à construção de um futuro mais brilhante. . radiante”, concluiu.

Inforpress/Xinhua

Fim

28-06-2024 12:03

Bruxelas, 28 Jun (Inforpres) – O agora eleito presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou hoje que a sua principal prioridade para o cargo que assume a partir de Dezembro é “construir unidade” entre os países da União Europeia (UE), perante “momentos difíceis”.

“A Europa e todos nós estamos a enfrentar momentos difíceis, sim, mas a União Europeia demonstrou a sua resiliência no passado, encontrando sempre força na unidade e, por isso, construir unidade entre os Estados-membros será a minha principal prioridade quando assumir o meu cargo em Dezembro”, declarou António Costa.

Intervindo por videoconferência na conferência de imprensa após a cimeira europeia que decorreu hoje em Bruxelas, aquele que será o primeiro português a assumir a liderança do Conselho Europeu comprometeu-se “a pôr em prática a agenda estratégica do Conselho Europeu” e em concentrar-se “nos cidadãos”.

O socialista António Costa foi hoje eleito pelos chefes de Estado e de Governo da UE como presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio a partir de 01 Dezembro de 2024, foi anunciado em Bruxelas.

A decisão foi adoptada numa reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, na qual os líderes da UE propuseram também o nome de Ursula von der Leyen para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia, que depende porém do aval final do Parlamento Europeu, e nomearam a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, sujeita à eleição pelos eurodeputados de todo o colégio de comissários.

Falando sobre Von der Leyen e Kallas, António Costa destacou que as duas responsáveis “são europeias notáveis”, dizendo esperar uma “colaboração muito bem-sucedida”.

Após a demissão na sequência de investigações judiciais, o ex-primeiro-ministro português António Costa foi escolhido para suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, a instituição da UE que junta os chefes de Governo e de Estado do bloco europeu, numa nomeação feita por maioria qualificada (55% dos 27 Estados-membros, que representem 65% da população total).

António Costa será o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu.

Inforpress/Lusa

Fim

28-06-2024 9:56

Atlanta, 28 Jun (Inforpress) – A vice-presidente Kamala Harris emergiu esta madrugada como figura crítica na campanha democrata, após o desempenho considerado desastroso de Joe Biden no primeiro debate presidencial com o rival Donald Trump. 

“Ela apela aos segmentos onde a coligação de Biden está com maior dificuldade”, disse o analista político John King na emissão da CNN, a televisão norte-americana que moderou o encontro. “É um activo que devia ter sido alavancado desde o primeiro dia”, acrescentou.

A vice-presidente entrou em acção nas horas que se seguiram ao debate, onde Joe Biden apareceu com pouca energia, voz rouca e aparente desorientação nalguns momentos. 

“As pessoas podem debater sobre o estilo, mas esta eleição tem de ser sobre substância”, afirmou Kamala Harris, numa entrevista à CNN em que foi pressionada sobre o desempenho de Biden. 

“Foi um começo lento, mas um final forte”, defendeu a democrata, salientando que o presidente “marcou um contraste com Trump em todos os tópicos que interessam aos eleitores norte-americanos. 

Depois da CNN, Kamala Harris passou por uma outra televisão, a MSNBC, e voltou a descrever Biden como “muito forte” contra um Trump que mentiu. 

“Kamala tornou-se muito mais importante para a campanha esta noite”, disse o comentador Lawrence O’Donnell na MSNBC. 

As análises pela noite dentro debruçaram-se sobre se o partido democrata deve tentar que o candidato – ainda não confirmado na convenção – desista da corrida.

“Este foi um debate que mudou o jogo”, apontou John King na CNN. “Neste momento, há pânico no partido democrata, que envolve operacionais, oficiais eleitos, doadores”, continuou. “Consideram que o seu desempenho foi mau”, acrescentou.

A sondagem de rescaldo da CNN mostrou que os eleitores que assistiram ao debate deram a vitória a Donald Trump, com 67% contra 33% de Biden. A maioria (81%) disse que não mudou de opinião, enquanto 5% admitiram mudar o sentido de voto e 14% poderão vir a repensar. 

“O pânico que estou a ouvir é algo que nunca ouvi antes”, afirmou a analista Abby Phillip. “As respostas de Biden não foram coerentes. É profundamente problemático que ele não tivesse conseguido responder de forma directa”, continuou. “Houve aqui um dano real”, acrescentou.

O desempenho titubeante de Biden, disse Phillip, “solidificou a percepção entre os eleitores que não acreditam que ele consegue fazer isto por mais quatro anos”. 

O democrata Van Jones, que foi conselheiro de Barack Obama, reconheceu que a performance de Biden foi dolorosa e que o presidente falhou o teste a que se submeteu. 

Também o veterano democrata David Axelrod salientou que o objectivo de Biden era aparecer energético e capaz de servir mais quatro anos. “Conseguiu pontos em questões de política como aborto e economia, mas há um sentimento de choque com a forma como ele apareceu no início”, apontou. “Parecia desorientado”, acrescentou. 

O estratega republicano Scott Jennings considerou que a candidatura de Biden “caiu esta noite” e que a posição de Harris foi aumentada, considerando notável que a campanha tenha de impulsionar a vice-presidente para mitigar as lacunas do presidente. Já o republicano David Urban considerou o debate “um desastre absoluto”. 

Na MSNBC, o biógrafo de Biden Evan Osnos afirmou que o candidato que apareceu no palco em Atlanta “é uma pessoa diminuída” em relação ao que se candidatou há quatro anos. 

Após o debate, Joe Biden apareceu numa festa com apoiantes que se juntaram para ver a transmissão e a seguir foi a um restaurante falar com eleitores. Em ambas as paragens, pareceu ter mais energia e à vontade do que no palco. 

Este foi o primeiro debate de sempre entre um ex-presidente e um presidente incumbente que se vão defrontar pela Casa Branca.

Os meios de comunicação apontaram para o desempenho abaixo das expectativas de Biden e para o número elevado de mentiras ditas por Trump, com os verificadores de factos a apontarem para mais de 30 instâncias em que o republicano não disse a verdade.

Inforpress/Lusa/Fim

27-06-2024 11:59

Cairo, 27 Jun (Inforpress) – O número de crianças sudanesas que enfrentam uma grave escassez de alimentos quase duplicou em seis meses e 75% delas sofre diariamente a falta de alimentos, com a guerra a agravar esta situação, informou hoje a Save the Children.

De acordo com os novos dados da Parceria para a Classificação Integrada das Fases de Segurança Alimentar (IPC) - a principal autoridade internacional em matéria de gravidade das crises de fome - a Organização Não-Governamental (ONG) Save the Children constatou que 16,4 milhões de crianças, ou seja, três em cada quatro crianças, enfrentam actualmente níveis de fome de "crise", "emergência" ou "catástrofe", contra 8,3 milhões em Dezembro.

De acordo com o CPI, existe um risco de fome em 14 localidades do país, com 755.000 pessoas a enfrentarem níveis catastróficos, incluindo 355.605 crianças, de acordo com as estimativas da Save the Children.

"[Os números] deviam fazer gelar o nosso sangue", afirmou o director nacional da ONG no Sudão, Arif Noor, em comunicado. Catorze meses de conflito devastador transformaram o Sudão num campo de batalha. Centenas de milhares de crianças que conseguiram desviar-se das balas e das bombas enfrentam agora a morte por fome e doença.

Noor questionou sobre onde está "a indignação colectiva - e a acção - necessária", uma vez que "já é demasiado tarde para evitar a fome e a subnutrição em massa”.

"[Mas] através de uma acção imediata e coordenada, podemos salvar vidas; a história julgar-nos-á se não o fizermos", acrescentou.

De acordo com a ONG, a resposta humanitária para o Sudão está "lamentavelmente subfinanciada", com os doadores "a fornecerem apenas 16,8% de um plano de resposta da ONU de 2,7 mil milhões de dólares" (cerca de 2,5 mil milhões de euros).

O Sudão é o cenário das piores catástrofes humanitárias do mundo e da maior vaga de deslocações a nível global, com mais de dez milhões de pessoas a fugirem das suas casas.

A guerra no Sudão entre o exército regular e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) matou entre 30.000 e 150.000 pessoas, de acordo com diferentes fontes.

Inforpress/Lusa

Fim

27-06-2024 10:24

Teerão, 27 Jun (Inforpress) – Os iranianos vão sexta-feira às urnas para eleger um novo Presidente de entre seis candidatos, incluindo um reformador até agora desconhecido que espera abalar a preponderância dos conservadores.

Esta eleição presidencial, inicialmente prevista para 2025, foi organizada em poucas semanas para substituir o Presidente Ebrahim Raissi, que morreu num acidente de helicóptero a 19 de Maio.

O acto eleitoral realiza-se num contexto delicado para a República Islâmica, que tem de gerir simultaneamente tensões internas e crises geopolíticas, da guerra na Faixa de Gaza à questão nuclear, a cinco meses das eleições presidenciais nos Estados Unidos, seu inimigo declarado.

A campanha, que começou de forma desapaixonada, foi mais competitiva do que a anterior, em 2021, graças à presença do reformista Massoud Pezeshkian, que se impôs como um dos três favoritos.

Os seus dois principais adversários são o conservador presidente do Parlamento, Mohammad-Bagher Ghalibaf, e Saïd Jalili, o ultraconservador ex-negociador nuclear.

Esta proximidade de destaque poderá levar a uma segunda volta, o que só aconteceu numa eleição presidencial, em 2005, desde o início da República Islâmica, há 45 anos.

Para ter hipóteses de ganhar, Massoud Pezeshkian deve esperar uma elevada taxa de participação, ao contrário da eleição presidencial de 2021, que foi marcada por uma abstenção recorde de 51% quando nenhum candidato reformista ou moderado foi autorizado a concorrer.

Na terça-feira, o líder supremo, ayatollah Ali Khamenei, apelou aos iranianos para que "compareçam em grande número", receando a mais que provável baixa taxa de participação, tendo como pano de fundo os 41% registados nas legislativas de Março passado.

Para Ali Vaez, especialista sobre questões ligadas ao Irão do International Crisis Group (ICG), o futuro Presidente terá de enfrentar "o desafio de evitar alargar o fosso entre o Estado e a sociedade". Até à data, nenhum dos candidatos "apresentou um plano concreto para resolver estes problemas", considera.

O reformista Pezeshkian, de 69 anos, viúvo e pai de família, garantiu aos eleitores que era possível "melhorar" alguns dos problemas com que se defrontam os 85 milhões de habitantes do Irão.

No entanto, aos olhos de alguns eleitores, este médico que se tornou deputado carece de experiência governativa, tendo sido apenas ministro da Saúde há cerca de 20 anos.

Em contrapartida, Mohammad-Bagher Ghalibaf é, aos 62 anos, um veterano da política, depois de ter feito carreira na Guarda Revolucionária, o poderoso exército ideológico da República Islâmica.

Por seu lado, Saïd Jalili, 58 anos, que perdeu uma perna durante a guerra Irão-Iraque, nos anos 80, atrai os apoiantes mais fervorosos da República Islâmica, apoiando a firmeza inflexível de Teerão face aos países ocidentais.

No outro extremo do espetro, Massoud Pezeshkian defende uma aproximação nas relações com os Estados Unidos e com a Europa, a fim de levantar as sanções que afectam duramente a economia, e recebeu o apoio do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Javad Zarif, o arquitecto do acordo nuclear alcançado com as grandes potências em 2015.

O reformista apela também a uma solução para a questão persistente do véu obrigatório para as mulheres, uma das causas do vasto movimento de protesto que abalou o país no final de 2022, após a morte de Mahsa Amini, que foi presa por não respeitar o código de vestuário.

"Durante 40 anos, tentámos controlar o hijab, mas só piorámos a situação", lamentou Pezeshkian.

A maioria dos outros candidatos adoptou uma posição cautelosa em relação a esta questão, declarando-se bastante contrários à implantação da polícia da moralidade.

Uma das certezas da eleição é que o próximo presidente será um civil e não um clérigo xiita, como os dois presidentes anteriores, Hassan Rohani e Ebrahim Raissi.

Não pode, portanto, ser considerado como um potencial sucessor do ayatollah Khamenei, que tem 85 anos e está à frente do Irão há 35.

Inforpress/Lusa

Fim

26-06-2024 11:01

Washington, 26 Jun (Inforpress) - Os ex-militares norte-americanos expulsos das Forças Armadas dos Estados Unidos condenados e expulsos pelo "crime de relações consentidas entre pessoas do mesmo sexo" foram indultados pelo Presidente Joe Biden.

A legislação que se aplicava aos efectivos das forças militares dos Estados Unidos esteve em vigor até 2013.

As restrições constavam do Código de Justiça Militar, que durante 60 anos sancionou com expulsão e desonra "cerca de duas mil" pessoas, segundo fontes citadas pela estação de televisão CNN.

Biden disse que se tratou de "um erro histórico", lamentando que durante décadas vários militares tenham sido "condenados por serem simplesmente o que são".

"Apesar da coragem e do sacrifício, milhares de militares LGBTIQ+ foram expulsos do Exército por causa da orientação sexual ou identidade de género", acrescentou um comunicado do Presidente dos Estados Unidos.

O chefe de Estado referindo que "patriotas aguentaram o peso dessa grande injustiça durante décadas" sublinha que agora é permitida a solicitação de pedidos de indulto e de anulação das condenações.

Joe Biden disse ainda que os Estados Unidos, "para serem a melhor força de combate do mundo" devem garantir que a "cultura das Forças Armadas deve ser o reflexo de valores excepcionais", a nível nacional.

A medida adotada por Joe Biden é diferente da lei adoptada em 2011 que estabelecia que "os homossexuais podiam servir nas Forças Armadas mas não revelar publicamente a orientação sexual".

Na prática, a lei de 2011 provocou o afastamento de 14 mil pessoas das Forças Armadas.

A lei era conhecida como a medida "Don't Ask, Don't Tell" ("Não Perguntes, Não Digas Nada").

Inforpress/Lusa

Fim

26-06-2024 9:15

Niamey, 26 Jun (Inforpress) – O Ministério da Defesa do Níger disse que pelo menos 20 soldados e um civil morreram num alegado ataque terrorista contra um destacamento do exército na região de Tillabéri, no noroeste do país.

De acordo com o ministério, o ataque aconteceu no departamento de Tera, perto da fronteira com o Mali e Burkina Faso, onde numerosos grupos fundamentalistas islâmicos lançam ataques frequentes contra civis e forças de segurança.

O incidente começou por volta das 10:00 de terça-feira (mesma hora em Lisboa), quando um comboio militar que patrulhava a área foi atacado por um grupo de militantes fortemente armados, que causaram ferimentos em nove militares, além das vítimas mortais.

Dois veículos foram danificados e “dezenas de terroristas foram neutralizados”, enquanto “os seus meios de transporte [foram] destruídos”, disse o ministério, que acrescentou ter enviado reforços aéreos e terrestres para perseguir os restantes atacantes que conseguiram fugir

O Governo do Níger declarou luto nacional de três dias em todo o território a partir de hoje, uma medida que inclui a colocação das bandeiras a meio haste, informou o portal de notícias Actuniger.

O ataque surgiu dias depois de o exército do Níger ter anunciado a morte de dez supostos terroristas, incluindo um líder do Estado Islâmico, e a detenção de outros 31 entre quinta-feira e sábado, também na região de Tillabéri.

Nove dos terroristas terão sido mortos durante uma missão de controlo aéreo feita no sector de Nabolé, no âmbito da operação militar "Niya", que lidera a luta contra o terrorismo na margem direita do rio Níger.

Uma patrulha militar motorizada, composta por vários veículos, encontrava-se no sector de Nabolé quando sofreu uma emboscada na noite de quinta-feira, 20 de Junho, por terroristas que abriram "fogo pesado" contra os militares.

Durante uma incursão na mesma zona, na noite de 21 para 22 de Junho, os militares mataram Abdoulaye Souleymane Idouwal, que o exército qualifica de "membro influente do Estado Islâmico no Grande Saara", na aldeia de Gnandawal.

O Níger, governado por uma junta militar golpista desde Julho de 2023, alberga grupos fundamentalistas fiéis à Al-Qaida e ao Estado Islâmico, que fazem ataques recorrentes contra as forças de segurança e população civil.

De acordo com a organização não-governamental Armed Conflict Location And Event Data Project, que monitoriza a violência em todo o mundo, entre Maio de 2023 e Maio de 2024, 1.460 pessoas foram mortas no Níger em eventos violentos por grupos não estatais e 997 por forças estatais.

O Níger é um dos países mais pobres de África e ocupa o 189.º lugar (entre 195) no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, que estima que 91% da sua população é pobre.

Inforpress/Lusa/Fim

25-06-2024 12:38

Beijing, 25 jun (Inforpress) - O presidente chinês, Xi Jinping, estendeu nesta terça-feira congratulações pelo sucesso da missão Chang'e-6, que trouxe as primeiras amostras, a nível mundial, recolhidas no lado oculto da Lua.

Em nome do Comité Central do Partido Comunista da China (PCCh), do Conselho de Estado e da Comissão Militar Central (CMC), Xi Jinping, também secretário-geral do Comitê Central do PCC e presidente da CMC, estendeu calorosas congratulações e sinceras saudações aos quartéis-generais da missão Chang'e-6 e a todos aqueles que participaram da missão em uma mensagem de felicitações.

Segundo a Xinhua, a cápsula de retorno da sonda Chang'e-6, carregando as amostras da Lua, pousou precisamente na área designada na bandeira de Siziwang, Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, às 14:07 (horário de Beijing) desta terça-feira.

Xi destacou que, pela primeira vez na história da humanidade, a Chang'e-6 colectou amostras do lado oculto da Lua e retornou à Terra, marcando outra conquista histórica no esforço da China para se tornar uma potência espacial e de ciência e tecnologia.

Nos últimos 20 anos, todos os envolvidos no projecto de exploração lunar atingiram as alturas de ciência e tecnologia e alcançaram conquistas notáveis que chamaram a atenção mundial, disse o Presidente chinês.

"As contribuições excelentes que vocês deram serão sempre lembradas pelo país e pelo povo", disse Xi.

Os cientistas chineses preveem que as amostras devolvidas incluirão rochas vulcânicas com 2,5 milhões de anos e outros materiais que responderão a questões sobre as diferenças geográficas entre os dois lados da Lua.

A sonda deixou a Terra a 3 de Maio e a sua viagem durou 53 dias.

Inforpress/Xinhua

Fim

25-06-2024 9:22

Washington, 25 Jun (Inforpress) – O fundador do Wikileaks, Julian Assange, aceitou declarar-se culpado de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais, num acordo com a justiça dos EUA, e já saiu da prisão, disse hoje o portal.

Assange “deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de Junho”, foi libertado no aeroporto de Stansted, em Londres, “onde embarcou num avião e partiu do Reino Unido”, tendo a Austrália como destino final, disse o Wikileaks.

O portal disse na rede social X (antigo Twitter) que a libertação resulta de “uma campanha global” que “criou espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, conduzindo a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado”.

Assange deverá comparecer na quarta-feira perante um tribunal federal das Ilhas Marianas, um território norte-americano no Oceano Pacífico, de acordo com documentos judiciais apresentados na segunda-feira à noite.

O fundador do Wikileaks vai declarar-se culpado de crime de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais da defesa nacional dos Estados Unidos, confissão que terá de ser aprovada por um juiz.

Cidadão australiano de 52 anos, Julian Assange poderá então regressar à Austrália.

Ainda antes do anúncio da libertação, um porta-voz do Governo australiano defendeu que o caso do fundador do Wikileaks “arrastou-se por muito tempo e não há nada a ganhar com o prolongamento da detenção".

Assange estava detido em Belmarsh, no leste da capital britânica desde 2019, altura em que foi detido, após sete anos de reclusão na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de violação.

Desde então que os EUA tentavam a extradição de Assange, acusado de 18 crimes de espionagem e de intrusão informática pela divulgação no portal WikiLeaks de documentos confidenciais, que em 2010 e 2011 expuseram violações de direitos humanos cometidas pelo exército norte-americano no Iraque e no Afeganistão.

Washington queria julgar Assange pela divulgação de mais de 700 mil documentos secretos e estava acusado pelas autoridades norte-americanas ao abrigo da Lei de Espionagem de 1917, enfrentando uma possível pena de até 175 anos de prisão.

Em 20 de Maio, o Tribunal Superior de Londres tinha autorizado Assange a recorrer da ordem de extradição do Reino Unido para os Estados Unidos da América.

Inforpress/Lusa

Fim

24-06-2024 12:23

Seul, 24 Jun (Inforpress) – A Coreia do Sul, o Japão e os EUA condenaram hoje, “nos termos mais fortes possíveis”, o acordo entre a Coreia do Norte e a Rússia, que prevê a assistência mútua em caso de agressão.

Os três países lamentaram as “contínuas transferências de armas” de Pyongyang para as forças russas, num comunicado conjunto publicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul.

Estas armas “prolongam o sofrimento do povo ucraniano, violam múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ameaçam a estabilidade tanto no nordeste da Ásia como na Europa”, de acordo com o documento.

A parceria entre a Coreia do Norte e a Rússia “deve ser motivo de grave preocupação para todos os interessados em manter a paz e a estabilidade na península coreana, em defender o regime global de não proliferação e em apoiar o povo da Ucrânia na defesa da liberdade e independência contra a brutal agressão da Rússia”, acrescentou.

Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão prometeram “reforçar ainda mais a cooperação diplomática e de segurança para combater as ameaças representadas pela RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] à segurança regional e global e evitar uma escalada da situação”.

O compromisso dos EUA com a defesa dos dois aliados “permanece firme” e Seul, Washington e Tóquio “reafirmam que o caminho para o diálogo permanece aberto e instam a RPDC a cessar novas provocações e a regressar às negociações”, acrescentou o comunicado.

Na quarta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse em Pyongyang que “o acordo de parceria global (…) prevê igualmente a prestação de assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes do acordo”.

De acordo com a agência de notícias russa TASS, Putin referiu declarações dos Estados Unidos e de outros países da NATO sobre o fornecimento à Ucrânia de armas de longo alcance, aviões F-16 e outro armamento para, segundo disse, atacar o território russo.

“Não se trata apenas de uma declaração, isto já está a acontecer e tudo isto é uma violação grosseira das restrições assumidas pelos países ocidentais no âmbito de vários tipos de obrigações internacionais”, afirmou.

Depois das conversações com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, Putin descreveu o acordo como um “documento verdadeiramente revolucionário” e disse que Moscovo “não exclui a possibilidade de cooperação técnico-militar” com Pyongyang.

Por seu lado, o líder norte-coreano afirmou que o acordo com a Rússia era puramente defensivo, de acordo com as agências de notícias russas.

Kim descreveu Putin como “o melhor amigo” da Coreia do Norte e saudou o início de uma “nova era” nas relações com a Rússia.

Também expressou “total apoio e solidariedade para com o Governo, o exército e o povo russo na condução da operação militar especial na Ucrânia para proteger a soberania, os interesses de segurança e a integridade territorial” da Rússia.

Inforpress/Lusa

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24-06-2024 10:56

Luxemburgo, 24 Jun (Inforpress) - O Conselho da União Europeia (UE) adoptou hoje o 14.º pacote de sanções contra a Rússia por causa da invasão ao território ucraniano, que inclui restrições à importação de gás natural liquefeito russo.

Em comunicado, o Conselho da UE anunciou a adopção deste pacote de sanções, que pela primeira vez vai incluir restrições à importação de gás natural liquefeito russo para os países da UE e também a sua passagem para países terceiros, prejudicando uma “fonte de receita significativa” que o Kremlin utiliza para fomentar o conflito.

Com a adopção destas restrições, mais 116 pessoas e organizações passam a estar sancionadas, o que significa que ficam impedidas de aceder a bens que tenham em países europeus e proibidas de viajar para qualquer Estado-membro.

A UE também colocou em prática medidas para impedir o contorno das sanções por parte de Moscovo, requerendo que empresas sediadas num dos 27 assegurem que as suas subsidiárias e empresas com as quais trabalham em regime de outsourcing não participem em actividades comerciais ou outras que acabem por facilitar o contorno das sanções.

A UE tem vindo a reduzir as importações de gás russo (que chega por gasoduto), passando de uma dependência de 40% em 2021 para 8% em 2023, mas as importações de gás natural liquefeito da Rússia têm vindo a aumentar, num importante sector para a economia do país que gera quase oito mil milhões de euros anuais.

O Conselho da UE também proibiu empresas europeias de transacionarem com instituições financeiras e de criptomoedas que continuem a trabalhar com a Rússia e a fomentar a indústria da defesa do país que invadiu a Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de Fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Inforpress/Lusa

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24-06-2024 10:00

Beijing, 24 jun (Inforpress) - O presidente chinês, Xi Jinping, considerou que o "Vínculo com Kuliang: Festival da Juventude China-EUA 2024" ajuda a aprimorar os intercâmbios e a compreensão entre os dois povos, em carta enviada esta segunda-feira.

Na carta de felicitações ao festival realizado em Fuzhou, na Província de Fujian, leste da China, Xi disse que está “satisfeito” em ver jovens de todas as esferas da vida na China e nos Estados Unidos se reunirem em Fuzhou para reviver a história de Kuliang, transmitir o amor por Kuliang e ajudar a aprimorar os intercâmbios e a compreensão entre os dois povos.

“Os jovens são energéticos e cheios de sonhos, e o futuro das relações China-EUA depende dos jovens”, enfatizou Xi, citado pela Xinhua.

O Presidente chinês disse ainda esperar que os jovens chineses e norte-americanos realizem intercâmbios aprofundados, melhorem a amizade, se conheçam bem e trabalhem lado a lado para levar adiante a amizade entre a China e os EUA, contribuir para o crescimento sólido e constante das relações China-EUA e trabalhar com pessoas do mundo inteiro para construir a paz, promover o progresso e criar a prosperidade.

O "Vínculo com Kuliang: Festival da Juventude China-EUA 2024", inaugurado nesta segunda-feira, é coorganizado pela Associação do Povo Chinês para Amizade com Países Estrangeiros, o Governo Popular da Província de Fujian e a Federação Nacional da Juventude da China.

Inforpress/Xinhua

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