Cidade da Praia, 08 Mai (Inforpress) – O deputado do MpD Aniceto Barbosa afirmou hoje que Cabo Verde continua a ser "um farol de liberdade e estabilidade" em África, fruto de um trabalho institucional sério, uma cultura democrática em consolidação e políticas públicas assertivas.

O deputado do Movimento para a Democracia (MpD, poder) fez a afirmação durante durante uma declaração política, na Assembleia Nacional, tendo afirmado que num mundo marcado por incertezas, instabilidade geopolítica e desafios económicos globais, Cabo Verde se tem destacado como um exemplo notável de resiliência, estabilidade e progresso.

Regozijou-se com os reconhecimentos internacionais que enaltecem Cabo Verde como “um exemplo de estabilidade, de desenvolvimento humano e da liberdade de imprensa e progresso económico” em África.

Destacou que os valores ideológicos e identitários do MpD têm contribuído para que a liberdade de imprensa seja garantida como expressão da liberdade total e do direito à informação, acessível a todos os grupos sociais, correntes de opinião, forças políticas e cidadãos.

“Em 2025, Cabo Verde subiu 11 posições no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, alcançando o 30.º lugar entre 180 países. Este avanço reflete o compromisso contínuo do país e deste Governo suportado por esta maioria parlamentar, com a liberdade de expressão, o fortalecimento das instituições democráticas e a promoção de um ambiente propício ao exercício do jornalismo”, declarou.

Estes indicadores, segundo a mesma fonte, consolidam a posição de Cabo Verde como uma das democracias mais livres e respeitadas de África (3.ª) e do mundo (35.ª), considerando que são conquistas do povo cabo-verdiano e devem orgulhar todos e sem excepção.

Frisou, no entanto, que a oposição tem um papel essencial numa democracia o de fiscalizar, propor alternativas, levantar preocupações legítimas, mas que, apontou, “há uma linha que separa a crítica responsável do alarmismo político inconsequente”.

“Quando a oposição desvaloriza ou ignora estes indicadores, não está a criticar apenas o Governo que está a pôr em causa o esforço colectivo do povo cabo-verdiano, das nossas instituições e dos profissionais que diariamente trabalham para manter o país estável, livre e seguro”, afirmou.

Aniceto Barbosa disse, por outro lado, estranhar a decisão da Radio de Cabo Verde em suspender as transmissões dos trabalhos parlamentares na íntegra, sem ouvir a Assembleia Nacional e que este gesto “afronta a democracia, viola o direito do povo à informação e representa um atentado ao Estado de Direito e à transparência institucional”.

Ao abordar os relatórios divulgados pelo Business Insider África, que colocam Cabo Verde entre os países africanos com melhor desempenho em áreas estruturantes, asseverou que esta conquista é resultado de políticas públicas coerentes, de uma governação responsável e uma sociedade civil activa e resiliente.

Sobre o desenvolvimento humano, prosseguiu, Cabo Verde ocupa o 2.º lugar entre os países africanos com maior expectativa de vida, estimada em 76,9 anos, afirmando que este indicador é igualmente resultado de investimentos contínuos na saúde pública, na educação e na melhoria das condições de vida da população.

Ainda neste âmbito dos indicadores de desenvolvimento reconhecidos internacionalmente por organizações de elevado prestígio, o deputado do MpD lembrou que em 2024, Cabo Verde foi classificado como o país mais estável de África.

“A força de um país não está apenas em suas instituições, mas na determinação do seu povo. Devemos continuar a construir com responsabilidade e visão, enfrentando os desafios com confiança e resiliência. Democracia não se proclama, é preciso defende-la, com acções, transparência e compromisso inabalável com a verdade”, declarou.

CM/AA

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Cidade da Praia, 08 Abr ( Inforpress) - Cabo Verde está a dar um passo "audacioso" para abraçar o futuro do turismo com o projecto Nómadas Digitais Cabo Verde, concebido para atrair trabalhadores remotos e nómadas digitais para as comunidades, anunciou hoje o governo.

Em comunicado, o executivo explica que esta iniciativa do Ministério do Turismo de Cabo Verde, em parceria com a Cabo Verde Digital e liderada pela The Remote Impact, destaca a prontidão do país para se posicionar como líder em inovação e turismo sustentável na África Ocidental.

O projecto, conforme explicou a mesma fonte, vai além de uma simples resposta às tendências globais, tornando-se uma oportunidade para redefinir a forma como é promovido o arquipélago.

"Este projecto reflete o orgulho que temos nas nossas ilhas e a visão que temos para o nosso futuro. Com o Nómadas Digitais, estamos a abrir novas portas para o crescimento, inovação e intercâmbio do país", realçou.

Segundo os promotores, esta iniciativa afasta-se do modelo tradicional de turismo de massa, apresentando a cultura única de Cabo Verde, paisagens deslumbrantes e o estilo de vida local.

Avançaram ainda que Cabo Verde, neste processo, já investiu na infraestrutura tecnológica, tornando possível receber trabalhadores remotos com internet fiável e um ambiente acolhedor.

"O objectivo da promoção do Nomadismo Digital está alinhado com a visão de transformar Cabo Verde num hub digital no Atlântico Médio", elucidou.

Segundo o ministro do Turismo e Transportes, José Luís Sá Nogueira, o governo está a investir na criação de condições para que os Nómadas Digitais se sintam em casa e bem acolhidos para trabalharem.

Nesta primeira fase, o projecto Nómadas Digitais inicia na ilha de São Vicente, por ser uma ilha de "riqueza cultural e espírito dinâmico". 

 "É o ponto de partida ideal para este projecto inovador, que traz novas oportunidades económicas para os negócios locais e das comunidades", sublinhou.

Por sua vez, a gestora deste projecto, Anna Maria Kochanska, disse que esta iniciativa é uma oportunidade para o país diversificar a sua estratégia turística.

"Não se trata apenas de atrair visitantes, trata-se de criar sinergias vantajosas para todos e garantir que o turismo beneficie, em primeiro lugar, os cabo-verdianos", frisou. 

A primeira fase do projecto vai investir na sensibilização, promovendo o potencial de Cabo Verde como o principal destino para nómadas digitais na África Ocidental, depois na construção de parcerias para fortalecer laços com empresas e partes interessadas locais e internacionais para criar um ecossistema sustentável.

A criação de comunidade incide também em reunir locais, trabalhadores remotos e membros da diáspora cabo-verdiana para colaborar e crescer juntos.

Cabo Verde está a alinhar esta iniciativa com os objectivos da Cabo Verde Digital para se tornar num centro tecnológico na África Ocidental.

DG/JMV

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Cidade da Praia 08 Mai (Inforpress) - A Câmara Municipal da Praia e a Assembleia municipal realizaram hoje uma mesa redonda para discutir a situação social, política e económica da capital no início da independência, enquadrada nas festividades dos 50 anos de independência nacional.

Em entrevista à inforpress, a presidente da Assembleia Municipal, Clara Marques, informou que o evento se enquadra dentro das festividades da cidade e do município, sob a égide dos 50 anos da independência de Cabo Verde.

Clara Marques afiançou que o evento visa destacar a importância de promover uma Praia mais inclusiva, que atenda às necessidades de todos os cidadãos, independentemente da sua origem ou condição social. 

“A cidade da Praia, que abriga quase um terço da população de Cabo Verde e mais de metade da população da Ilha de Santiago, é um reflexo da diversidade do país, com moradores de diferentes origens e expectativas sobre o futuro da cidade”, explicou.

Marques informou ainda que a capital neste momento precisa de um centro de convenções, em que considera a mesma fundamental o município ter um espaço cultural e com equipamentos socioculturais, para além das comunidades que, segundo a mesma, são 85 bairros, cada uma com exigências diferentes. 

“(…)para começar, precisamos de um grande centro de convenções (…)De fazer cultura, centros culturais, equipamentos socioculturais, para além de nós sabermos que, também, as comunidades cresceram muitas, temos 85 bairros e  cada um vai pedindo de acordo com as suas necessidades”, frisou. 

Por seu turno, o historiador Lourenço Gomes avançou que o evento visa abordar questões antes da independência até hoje, principalmente eventos culturais, citando os grandes eventos como a Kriol Jazz Festival, os CVMA, Noite Branca entre outros.

Lourenço explicou que para entender melhor esse evento é necessário fazer um recuo no tempo para melhor compreensão, frisando ainda que o evento visa abordar também a própria dinâmica da vida quotidiana da capital no tempo dos grandes cinemas da capital. 

O historiador abordou também a questão da tradição urbanística da capital, explicando que os bairros nascentes não seguem essa tradição urbanística, o que dificulta a localização por parte de quem administra o país.

KR/JMV