São Vicente: Mobilização de recursos é “um dos maiores desafios” da Cruz Vermelha de Cabo Verde - presidente

Mindelo, 08 Mai (Inforpress) - O presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV) disse hoje, no Mindelo, que a mobilização de recursos tem sido “um dos maiores desafios” enfrentados actualmente pela instituição.

Arlindo Carvalho falava à imprensa no acto central das celebrações que assinalam o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, este ano sob o lema “Do lado da humanidade”, e que também marca os 50 anos da criação da CVCV.

Segundo a mesma fonte, as crises circunstanciais, as provocadas pelo homem, as que derivam da natureza, as incidências, os impactos das alterações climáticas a nível dos sistemas de produção, dos sistemas económicos e políticos e, sobretudo, a nível das comunidades tornam a mobilização dos recursos mais difícil.

“Hoje, mobilizar recursos é um pouco mais difícil, daí que temos que ser muito inteligentes, colocar a sapiência a funcionar e conseguir desenvolver e projectar soluções inovadoras", lançou.

Também, continuou,  projectos que reforçam a base da sustentabilidade financeira da Cruz Vermelha para que possa continuar a dar de tudo e defender as causas humanitárias.

Neste sentido, considerou que a Cruz Vermelha tem que fazer “uma engenharia” usar conhecimento e inteligência para que as pessoas “sofram e morram menos” e também para que em cada espaço haja sempre um serviço dessa instituição.

“Entendemos que uma instituição humanitária tem que ser forte, tem que ter uma base de sustentabilidade muito forte para que, quando as pessoas peçam, quando as pessoas reclamam, esteja em condições de ajudar”, argumentou.

Sobre as comemorações do Dia da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a mesma fonte explicou que homenageia   a data do nascimento do fundador do Movimento Internacional da Cruz Vermelha, Henri Dunant.

“Este dia tem um duplo significado porque estamos também a comemorar os 50 anos da existência da CVCV. É uma instituição que desde logo abraçou as boas causas, escolheu ser parceira das autoridades, das pessoas e interlocutora das causas, sobretudo daqueles que precisam de apoio”, finalizou.

O acto central das comemorações acontece em São Vicente, com destaque para acções sociais e solidárias que beneficiarão famílias em situação de vulnerabilidade na localidade do Madeiral.

No entanto, por todo o território nacional, as diferentes estruturas locais da Cruz Vermelha de Cabo Verde realizam actividades. Em Santiago, os sete conselhos locais e os dois núcleos locais reúnem-se no sábado para uma jornada de partilha e solidariedade. 

As estruturas do Fogo, São Nicolau e Santo Antão também promovem actividades alusivas à data. Nas ilhas do Sal, Brava, Maio e Boa Vista, que têm uma única estrutura local, as acções acontecerão em diversas comunidades.

A Cruz Vermelha é uma instituição humanitária internacional sem vinculação estatal que actua na defesa de pessoas em situação de vulnerabilidade causada por conflitos armados, catástrofes entre outros.

O objectivo desta instituição é fornecer auxílio às pessoas de forma a garantir a protecção e aliviar o sofrimento das mesmas.

A instituição surgiu em 1863 resultante dos esforços HenriDunant, um empresário suíço que ele testemunhou a Batalha de Solferino, ocorrida em Itália em 1859 que causou uma mortandade.

Henri Dunant foi motivado pelo sofrimento de soldados feridos a abandonar os campos de batalha e iniciar uma campanha que resultaria na fundação do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

No mundo existem 191 sociedades nacionais da Cruz Vermelha que trabalham com protecção e apoio às pessoas em situação de maior vulnerabilidade.

CD/AA

Inforpress/Fim