Porto Inglês, 8 Mai (Inforpress) – O mercado internacional registou, na primeira semana de Maio, uma descida nos preços do óleo de soja e do milho, ao passo que os fretes marítimos apresentaram uma tendência de alta no mesmo período.
Segundo dados do Secretariado Nacional para a Segurança Alimentar e Nutricional (SNSAN), divulgados pelo Ministério da Agricultura e Ambiente, os principais produtos agrícolas de base apresentaram comportamentos distintos entre 30 de Abril e 6 de Maio.
No caso do milho, os preços mundiais continuaram a recuar. Nos Estados Unidos, apesar de uma forte procura internacional, com destaque para uma grande compra da Coreia do Sul, os preços foram pressionados pela baixa nos mercados externos.
Na Argentina, estimativas apontavam para uma colheita de milho 2024/25 já 30% concluída até ao final de Abril. No Brasil, a empresa StoneX aumentou a projeção da produção da segunda safra para 104,3 milhões de toneladas, o que corresponde a um acréscimo de 2,7 milhões.
Também o trigo registou descidas de preço. Na Rússia, mesmo com condições climáticas adversas, a previsão de produção para 2025/26 subiu para 83,8 milhões de toneladas. Na União Europeia, especialmente em França, os preços baixaram, influenciados por estimativas de estoques elevados e perspetivas mais positivas para a próxima campanha. Já na Argentina, manteve-se a tendência de baixa.
Em contraste, os preços do arroz subiram. Na Tailândia, o aumento foi impulsionado pelas variações cambiais e pela redução na chegada de culturas fora de época. No Vietname, a oferta limitada e o ritmo acelerado das exportações sustentaram a valorização. As exportações vietnamitas de Abril foram estimadas em 1,1 milhão de toneladas, um crescimento de 12%.
O óleo de soja destacou-se pela queda nas cotações. Na Argentina, os preços recuaram 2,4% e, no Brasil, 2,3%, face à semana anterior, refletindo o abrandamento da procura global.
No sector do açúcar, os preços também continuaram a descer. No Brasil, a produção na região Centro-Sul aumentou 1,25% na primeira quinzena de Abril, totalizando cerca de 731 mil toneladas. Já na Índia, a produção na actual campanha 2024/25 situou-se em 25,69 milhões de toneladas até ao final de abril, o que representa uma queda de 18,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por fim, ao contrário da maioria das matérias-primas alimentares, os fretes marítimos apresentaram uma tendência de subida, refletindo ajustes na logística global e na procura por transporte de carga.
RL/JMV
Inforpress/Fim
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