Mindelo, 17 Jul (Inforpress) – O guarda-redes da selecção de Cabo Verde Vozinha e parceiros juntaram-se para abrir uma escola de guarda-redes, no Mindelo, para receber adolescentes dos 13 aos 16 anos e os formar em técnicas, mas também em valores.
A iniciativa é do Vozinha como forma de dar o seu contributo para a evolução da modalidade na ilha, mas quem ajudou na sua concretização foi o empresário italiano Laayouni Musta.
Musta, tal como explicou à imprensa no acto de inauguração hoje, no Estádio Adérito Sena, no Mindelo, assumiu as rédeas desde uma conversa com o internacional cabo-verdiano, para idealizar em São Vicente uma filial do seu projecto idêntico em Itália e que recebeu o mesmo nome, Escola de Guarda-redes Paixão Número 1.
Por isso, diz-se muito contente com o trabalho dos parceiros sanvicentinos, entre estes, a associação de futebol e a delegação do Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ).
Neste momento, segundo a mesma fonte, a ideia é ficar somente em São Vicente e conseguir atingir o objectivo de ter uma escola que “permaneça no tempo e com um passo de cada vez”.
A iniciativa vai abarcar adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e os 16 anos, faixa etária considerada por Laayouni Musta como a “idade de ouro” para aprendizagem.
“Muito importante para aprender as técnicas de base para a função de guarda-redes”, sublinhou, com a convicção que somente quando os alunos atingirem a maior-idade é que vão ser ensinados outras técnicas.
Questionado sobre os talentos observados em São Vicente, o empresário italiano disse que tem notado jovens com boa estrutura e falta somente a parte técnica e os conhecimentos.
“Com todas essas caracteristicas juntas, podemos criar um óptimo perfil de guarda-redes em Cabo Verde”, garantiu Laayouni Musta.
Por seu lado, o director Desportivo da escola, Toni Marcelino, destacou a mais-valia deste projecto de raiz para São Vicente e Cabo Verde em geral, para a formação de jovens.
Vai funcionar, conforme a mesma fonte, com uma programação anual de Setembro a Junho, com aulas teóricas e práticas.
Para além disso, a ideia é acompanhar os estudos dos alunos para formar homens, mas também mulheres do amanhã, porque neste momento já têm três atletas femininas no projecto.
A frequência, anunciou Toni Marcelino, vai ser gratuita, com todos os gastos e equipamentos assumidos por Musta e responsáveis de São Vicente.
O director Desportivo explicou ainda que a escola arranca com 15 alunos, 12 do sexo masculino e três do sexo feminino, mas caso tiverem mais apoio podem posteriormente receber mais atletas.
Por agora, os 15 jovens vão ser orientados pelo monitor Ronaldo Santos, e outro colega, para quem a iniciativa significa o realizar de um sonho, assim como para os alunos, que “além de serem futuros guarda-redes, vão ser educados na parte social e na vida”.
LN/JMV
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