Praia: MpD critica presidente da câmara municipal de “não fazer nada” ao grave problema de saneamento

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Praia: MpD critica presidente da câmara municipal de “não fazer nada” ao grave problema de saneamento
17/07/25 - 04:52 pm

Cidade da Praia, 17 Jul (Inforpress) – O Grupo Parlamentar do MpD considerou hoje “gritante e preocupante” a situação do saneamento na cidade da Praia e acusa o presidente da câmara de nada fazer e de culpar injustamente o Governo e a população.

O deputado e porta-voz do Grupo Parlamentar (GP) do Movimento para a Democracia (MpD) Alberto Melo, que falava à imprensa depois de um encontro com o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), acusou o presidente da Câmara Municipal da Praia de "se armar em vítima" e de procurar culpabilizar o Governo e a população, ao invés de assumir as suas responsabilidades.

O GP do MpD, que esteve também nas zonas de Petxeco, Várzea da Companhia e na Delegacia de Saúde da Praia, denunciou a ausência de acções camarárias no terreno, como a limpeza de valas, essenciais para prevenir surtos de doenças, especialmente com a aproximação da época das chuvas.

“Estamos a alertar a cidade da Praia, sobretudo o presidente da câmara, para trabalhar, deixar os discursos, deixar de conversas e deixar de fazer ‘lives’ e fazer o trabalho mínimo que é a limpeza das valas e estamos a aproximar-nos do período das chuvas, propício para os mosquitos”, apontou.

O deputado recordou que, em 2017, durante o surto de dengue, a então gestão camarária liderou um exemplo de resposta eficaz, algo que, segundo ele, está agora completamente ausente.

“Neste momento, há uma inexistência total de acção por parte da autarquia, o que coloca Cabo Verde em perigo”, alertou.

Alberto Mello sublinhou que o Governo tem cumprido com as suas obrigações no domínio do saneamento e do combate a doenças como o paludismo e a dengue e, neste momento, a câmara liderada por Francisco Carvalho continua inoperante.

“Estamos perante um estado de alarme, um perigo real para a saúde”, advertiu.

O deputado demonstrou ainda preocupação com o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que disse que Cabo Verde corre o risco de perder a certificação de país livre de malária, atribuída em Janeiro de 2024, caso não controle os casos de transmissão local até ao início do próximo ano.

Para Melo, este risco é consequência directa da má gestão do saneamento na capital do país.

“É o alarme, é o grito, é o socorro que estamos a pedir, sobretudo à Câmara Municipal da Praia. O saneamento básico foi um dos maiores ganhos da gestão anterior e, agora, estamos a andar para trás”, concluiu.

AV/HF

Inforpress/Fim

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