Sal Rei, 17 Jul (Inforpress) – O ex-presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, José Luís Santos, rebateu hoje as acusações de má gestão e desvio de verbas do Fundo do Turismo, no valor de 100 milhões de escudos, durante o seu mandato.
As declarações foram feitas durante a discussão do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Nacional, que investigou a gestão dos fundos do turismo e do ambiente.
José Luís Santos afirmou que o discurso dos seus acusadores mudou, e que inicialmente o PAICV, através do deputado Walter Évora, alegava "gestão danosa" e "desvio de 100 milhões de escudos" do Fundo do Turismo, agora a narrativa é de que os justificativos foram apresentados, mas o Fundo do Turismo não os aceitou.
O ex-autarca exige acesso aos documentos justificativos para verificar se efectivamente foram os justificativos de aplicação desse valor, afirmando que "um político tem de ser gente séria, não pode hoje dizer uma coisa e amanhã dizer outra".
Para provar a “correcta aplicação dos fundos”, José Luís Santos enumerou uma série de obras realizadas: a requalificação de Povoação Velha, que descreve como "emblemática", a requalificação de Bofareira, intervenções em João Galego e Fundo das Figueiras (incluindo a entrada e a praça), o campo de Ca Gadjá e obras em Boa Ventura.
Lamentou ainda que o Governo de então não tenha enviado todo o valor a que a Câmara Municipal da Boa Vista tinha direito, que seria "mais algumas centenas de milhares de contos", afirmando que teria "todo o prazer” de utilizar todo esse valor para a melhoria das condições de vida dos boa-vistenses.
O ex-presidente revelou ter apresentado uma queixa-crime na Procuradoria da Comarca da Boa Vista devido às acusações de desvio, acrescentando que o deputado, quando solicitado a comparecer em tribunal, recusou suspender a sua imunidade parlamentar.
"Estou disponível para, em sede do Tribunal, avançar as minhas razões", assegurou José Luís Santos.
José Luís Santos apelou à colaboração da Assembleia Nacional e do deputado em questão para "dissipar todas as dúvidas", e pediu que “ele não se esconda na sua imunidade e continue a cavalgar mentiras” para minar a sua imagem e credibilidade.
MGL/HF
Inforpress/Fim
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